SONHO
Ao despertar da vigília
Após viajar em estágios do conscientePerdida em múrmura
Em obsessões que aprisiona.
A intensidade incomoda constantemente.
Queria porque queria...
Viver e ser tudo o que não sou!
A aceitação de mim mesma é corrosiva.
Vejo o quanto perdi nesta vida.
Poderia ter vivido e me arriscado mais!
Uma sensação de ruína gótica...
Sinto ingratidão e vergonha,
Por ter vivido em padrões estabelecidos
Em uma sociedade sórdida,
Onde o ter prevalece.
Vivo sem entregas e conquistas
Por pura desconfiança exclusivamente.
Fui meu próprio algoz!
A nuvem negra assombra
Não me encaixo em nada,
Completamente fora de todos os padrões.
Não sei mais quem sou...
Afasto do mundo por coragem? Ou covardia?
Sem resposta ou alucinógenos,
Sigo sóbria com o desconforto.
Penso em filosofia, sociologia, psicologia e religião.
Sinto que suportar o silêncio é o grande desafio
Para não dilacerar corações.
Não quero esparadrapos e consolos descabidos...
Preciso conservar a fragilidade do aquário trincado
Para que o ecossistema continue equilibrado...
Manter a mente limpa para não cair da prancha.
Remeto a Jesus e sito a sua dor.
Estou cansada de máscaras, principalmente da minha!
Transbordo em COMPAIXÃO...
Por ter a oportunidade de transformar e recomeçar.
Por:
Lucileyma Rocha Louzada Carazza