Capsicum frutescens in anus autrem kisucus est!!!!! Meu diário, meus pensamentos... meu amigo!!!
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
SIMPLESMENTE NA CASA DA BRUXA
Tem buda, tem santo.
Tem anjo, tem sílfide, fada, duende, gnomo.
Figa, guia, cigano, patuá e orixá.
Na casa da bruxa, tem parede estufada.
Tem piscina, churrasqueira e ducha.
Um quarto pra receber gente boa.
De tudo tem na casa da bruxa.
Tem vassoura, claro.
Mas também tem rodo e pá.
A bruxa ama arrumação.
Tem um grande caldeirão.
Mas detesta limpar.
Limpa por obrigação.
Na casa da bruxa tem ninho.
um montão de passarinho.
tem mico, cachorro e gambá.
Na casa da bruxa, tem reza, prece, amor no coração.
Ninguém quase sabe que a bruxa não é curandeira.
Estudou a vida inteira pra ter diplomas na mão.
Só que a bruxa sabe, que mais vale a sabedoria.
E a intuição do que a pós graduação.
Aqui, na casa da bruxa, tem planta de montão.
Flor pra todo lado, abraço apertado.
Tem um mural lindo.
Ah... Na casa da bruxa tem sempre a porta aberta.
Mas nem entre sem ser convidado.
A bruxa é maluca, vai atirar.
Na casa da bruxa tem muita bruxaria.
Muita fé e magia, sempre pra cura e pro bem.
Eu, a dona da casa, bruxa de muita fé.
Acredito em tudo que é do bem.
Tem gente que não entende
Diz até que sou do mal.
Tenho pena desta gente.
Isso não é normal... Não se julga assim.
E na minha casa, na casa da bruxa.
Reside o amor, respeito pela natureza.
Acalanto e protejo a beleza.
Coisas que dou valor.
Porque o amor mora na casa da bruxa.
Mora no meu lar, mora em mim.
Autor: desconhecido
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
Amigos
AMIGOS
Na vida pode existir
Milhares de amigas.
Mas a verdadeira amiga
É aquela que cuida de você,
Que está com você nos piores momentos.
É apenas um recado,
Preste muita atenção
Nas amizades que você tem,
Porque às vezes, podem não ser boas...
Talvez a pessoa
Que não está nem aí
Pode ser a amiga perfeita...
Que fica com você
Nos momentos ruins e bons.
Por: Letícia Regiani de Freitas Padilha
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Arte!!
Tem experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Tem determinação feroz e extrema coragem”. Grifos nossos – Autora: Clarissa Pinkola Estés.
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
NO BREJO
Nunca imaginei que dizer que
eu moro no brejo em uma rede social acarretaria tanto descontentamento; principalmente
na minha vida profissional, e olha, que não citei nenhum nome próprio e muito
menos marquei o local. - Mas sim, moro no brejo.
Recorri ao dicionário para rever
o conceito:
“1 - terreno
alagadiço, lodoso; pântano, paul.
2 - 2 atascadeiro, atoleiro, charco, lamaçal,
lamaceira, lameiro, lodaçal, marnel, pantanal, pântano, paul, tremedal,
volutabro.”
Chego todos os dias com os
calçados sujos de lama, já joguei fora dois calçados de couro legítimo (da
Arezzo), o quintal fica alagado e já teve vezes de achar que não conseguiria passar
com o meu carro na estrada para chegar em casa.
Não gosto de sujar os pés,
não gosto da lama, não gosto dos insetos, pois sou alérgica, muito alérgica.
Qualquer picada vira um calombo roxo, que arde, queima, coça e fecha a minha
glote. Nunca sofri tanto com isso... dizem que os insetos gostam de sangue tipo
O_, O tipo de sangue mais raro... que é justamente o
meu...
Dependendo do local da picada
e do tamanho do pânico que tenho de marimbondos e abelhas sou capaz de tirar a
roupa e ficar nua. É que posso morrer com uma única picada e o hospital
descente mais próximo fica aproximadamente há uns 70 quilômetros... Desculpe-me se isso acarreta falta de
compostura. Já pulei de um carro em movimento para não ser picada por um
marimbondo, tirar a roupa para mim em qualquer lugar por causa de um inseto é
questão de sobrevivência. E tiro mesmo!
Dizer que moro no brejo em
minha rede social, não significa que estou falando mal do lugar, das pessoas,
ou, muito menos sendo ingrata com a “’única” opção de emprego que tive na vida...
ainda estou digerindo essa parte da “única opção de emprego”...
Morar no brejo é a maneira
bem humorada que achei para descrever onde é a minha residência atual. Não tenho
CEP, nome de rua, número exposto na fachada da casa, celular não funciona,
linha de ônibus não existe, delivery nem pensar e durmo todas as noites com a
cantoria dos sapos. A maneira como chamo o lugar que eu vivo hoje, só diz respeito
a mim. Não escolhi morar aqui, o destino me trouxe.
E por falar em destino,
talvez seja por isso que aguento. Há anos fiz um pacto com Deus. Coloquei minha
vida em suas mãos. Esse é o meu propósito de felicidade: acreditar, entregar e
confiar. O que me coloca de pé é a fé e a gratidão que sinto por estar viva e
ainda ser capaz de aprender.
Escolhi ser feliz e fazer o
meu melhor dentro das minhas limitações. Jamais sairia de casa para maltratar ou
desfazer de uma pessoa. Não é da minha índole, mas sei que incomodo e
principalmente, sei que erro, mas isso ainda é o de menos. O que mais me afeta
hoje são as malditas projeções. Olho para as pessoas e sinto tristeza em razão
das projeções que causo. As criticas que recebo não me afetam, ver o outro
falando mal de mim, me chamar de arrogante e mal educada não me afeta. Não me
afeta porque posso mudar (emocionalmente). Conheço meus defeitos e posso até
ajudar o outro a falar mal de mim, sou o meu pior algoz, mas não se engane, “não
sou terreno baldio, sou solo sagrado”. Sei me defender e me posicionar diante
de qualquer situação.
Vejo o outro como um espelho,
vou explicar, talvez desenhar... o que o outro me diz sobre mim não é meu, fui
apenas um instrumento de projeção. O lugar que eu vivo e que me preocupa é esse
emaranhado de más interpretações, de péssimos julgamentos, de pudores descabidos,
de injúrias, de assédios moral, de ser muito julgada, de ser taxada de arrogante,
auto eficiente, mal educada, de ser irredutível e me sentindo completamente
incapaz, incompetente, despreparada e desprotegida. É nessa merda de lugar que
eu vivo. Estou presa nesses pensamentos e condenada a sentença: do que vejo,
sinto e o que é realidade de fato.
O brejo é um PARAÍSO!
Com isto, recorri ao único
conforto que tive na vida por anos e que há muito tempo não me dedicava, o
livramento da reflexão escrita e da exposição. Escrever é desabafar, é jogar
fora o lixo do outro. É expor a minha dor e jogar essa falácia no Universo para
que a transformação ocorra. A mudança que rogo é a minha transformação íntima e
moral. Quero aprender o que ainda preciso aprender. Conto com um livramento para
transformar essa dor. Estou aqui e agora pensando exclusivamente em mim. Egoisticamente
falando: estou preocupada comigo! Estou muito preocupada. Preocupadíssima
comigo... porque eu mudo (emocionalmente) e tudo muda ao meu redor. Rogo todos
os dias: mudança.
Afundo no brejo para renascer.
A flor de lotus só nasce no brejo, assim como o arroz e outros alimentos...
Estou aqui e agora, sem
entender direito o porque de estar aqui, mas confio, entrego e sigo em retidão.
Ainda preciso aprender algo. Convicta de que isso tudo vai passar.
Por: Lucileyma Carazza
domingo, 12 de setembro de 2021
DESAFIOS DA GESTÃO NO PERÍODO DA PANDEMIA E PÓS-PANDEMIA
Por: Lucileyma Carazza
Estamos vivendo um momento histórico, único e atípico. O ano de 2020 surpreendeu a todos, a COVID 19 fez os profissionais de todas as áreas se reinventarem e não seria diferente com a gestão educacional.
Devemos realizar uma análise de três momentos: a) período
anterior à pandemia; b) período da pandemia; e c) período pós-pandêmico.
Diante desta análise percebemos que as mudanças são
inerentes à sociedade, não adaptar, por exemplo, a gestão escolar, a este novo
cenário é colocar em risco a formação de seres humanos, tendo em vista que este
é o papel principal da escola: formar seres humanos melhores para a sociedade, pessoas
capazes de sentirem empatia, de ter respeito ao próximo e tudo mais que
precisamos para ter uma vida adulta.
Destacamos alguns desafios que são inerentes à gestão
escolar e que as equipes administrativa e pedagógica precisa enfrentar, os
quais seriam: protocolos de saúde pública; impactos psicológicos negativos; associar
a tecnologia à sala de aula; manter um bom fluxo financeiro; lidar com a evasão
escolar; delegar tarefas; ensino híbrido e a retomada de conteúdos.
Analisar o futuro ainda é precoce devido as mudanças
imediatas a que toda sociedade precisou se adaptar. Os gestores das escolas
precisam rever o orçamento e adequar seus gastos em meio às incertezas
financeiras. Os educadores e professores, que passaram a ser especialistas em internet. Os pais que estão trabalhando
em esquema de “home office” e são
desafiados a ensinar, ou dar aulas para os seus filhos, e finalmente, os alunos,
que precisam se reajustar a uma nova forma de aprendizagem.
Todas estas mudanças imediatas estão contribuindo para que
as pessoas compreendam que aprendizagem não se restringe aos muros da escola,
ainda que a escola seja essencial. Certamente não possuímos respostas conclusas
para a atual realidade.
A metodologia utilizada para esta pesquisa é biográfica,
analisando principalmente as discussões realizadas em “lives” durante o período pandêmico e informações já publicadas,
nos chamados livros clássicos.
1
DESENVOLVIMENTO
No dia 17 de março de 2020, o Brasil registrou o primeiro
óbito causado pela COVID-19. Neste momento, entramos em quarenta no Brasil e as
aulas presenciais foram suspensas. Esta ação tinha o objetivo de reduzir os
impactos da pandemia, diminuindo o seu pico de incidência e o número de mortes.
O ano letivo que havia se iniciado com planejamento coletivo
estratégico, planos de ação e metas, fora interrompido abruptamente e nada
daqui que havia sido planejado fazia mais sentido. Nesse momento não estávamos
mais garantido aprendizados, pois, precisávamos garantir as vidas.
A solução imediata encontrada para darmos continuidade ao
aprendizado foi a de realizar o ensino à distância. O mundo virtual passou a
ser o nosso mundo real e fomos nos compreendemos nesse novo espaço.
Neste momento, vimos saltar as desigualdades sociais arraigadas
em nosso cotidiano. Com uma estrutura tecnológica precária procuramos garantir
a todos a importância do isolamento social.
A educação apoiada em suas diretrizes garantiram a autonomia
da escola para reconhecer a sua realidade e propor novas formas de interação
com grupos no WhatsApp, vídeos no youtube para realização de lives e outros.
Na atual conjuntura pandêmica, a educação precisou se
reinventar. Estamos nos reinventando mais humanos, mais gratos, mais solidários
e seguimos firme com a responsabilidade de esperançar.
É preciso ter esperança, mas ter
esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo
esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar-se
é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não
desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar-se é juntar-se com outros para
fazer de outro modo. (P110-111. Paulo Freire. 2014. Pedagogia da esperança. São
Paulo: Paz e Terra.
Para
darmos continuidade ao nosso projeto realizamos uma análise crítica
destacando três momentos da educação no Brasil:
a) Período anterior à pandemia:
A educação no Brasil, segundo o
que determina a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), é responsabilidade do Governo Federal, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que devem gerir e organizar seus
respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é
responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos
e fontes de recursos financeiros.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
valoriza a proposta de uma gestão democrática e participativa incentivando uma
formação profissional diferenciada para uma atuação também diferenciada. O
ensino convencional, tradicional, na qual o professor transmite o conhecimento
que possui, através de aulas expositivas, para seus alunos, sempre num local
físico, a sala de aula.
Neste período já utilizávamos o Ensino à Distância (EAD),
mas, muito sutilmente em alguns casos específicos.
A educação à distância será parte
natural do futuro da escola e da universidade. Valerá ainda o uso do correio,
mas parece definitivo que o meio eletrônico dominará a cena. Para se falar em
educação à distância é mister superar o mero ensino e a mera ilustração. Talvez
fosse o caso distinguir os momentos, sem dicotomia. Ensino à distância é uma
proposta para socializar informação, transmitindo-a de maneira mais hábil
possível. Educação à distância, por sua vez, exige aprender a aprender,
elaboração e consequente avaliação. Pode até conferir diploma ou certificado, prevendo
momentos presenciais de avaliação. (DEMO, 1994, p. 60).
b)
Período pandêmico:
Ocorre a transposição das aulas presenciais para aulas em
ambientes virtuais. Deparamos com o despreparo dos docentes para o uso de
ferramentas tecnológicas e para o uso de ferramentas para aulas virtuais, e em
muitos casos, curvando para ausência de recursos tecnológicos dos alunos e de
suas famílias.
Esse novo método de educação à distância, já era previsto
pelo Decreto nº 2.494 da Presidência da República, regularmente o artigo 80 da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o qual, reforçamos a
veracidade desse sistema destacando:
Educação a Distância é uma forma de
ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos
sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de
informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos
meios de comunicação. (BRASIL, 1998, não paginado).
A educação presencial nunca será substituída pela educação à
distância, porém, a viagem pelos ambientes virtuais está apenas começando, pois
a cada momento, são desenvolvidas novas tecnologias, para facilitar nossas
vidas, e aproximar o distante para aqueles que muitas vezes não podem alcançar.
De acordo com Belloni (2001):
Do livro e do quadro de giz à sala de
aula informatizada e on-line a escola vem dando saltos qualitativos, sofrendo
transformações que levam de roldão um professorado menos perplexo, que se sente
muitas vezes despreparado e inseguro frente ao enorme desafio que representa a
incorporação das TIC ao cotidiano escolar. Talvez sejamos os mesmos educadores,
mas os nossos alunos já não são os mesmos (BELLONI, 2001, p. 27)
Os docentes passaram a conviver com a insegurança do
desenvolvimento de uma proposta metodológica virtual à distância e diferenciada
que atenda aos objetivos expressos nos planos de ensino, do projeto pedagógico
da escola e ao mesmo tempo aos interesses e necessidades dos alunos.
A atual prática pedagógica virtual, dentre outras questões,
passou a exigir um docente que tenha um bom conhecimento de recursos
tecnológicos, para a utilização de ferramentas que lhe possibilite gravar aula,
editar aulas, postar aulas, ministrar aulas ao vivo, disponibilizar atividades
em ambientes virtuais de aprendizagem, além de outras atividades. Dessa forma,
ao repensar a própria prática e as influências da mesma nos estudantes, o
docente deverá considerar, neste momento de transformações educacionais
significativas, a concepção de que:
Educar significa, então, capacitar,
potencializar, para que o educando seja capaz de buscar a resposta do que
pergunta, significa formar para a autonomia. (GADOTTI, 2010, P.13).
Neste contexto, criamos autonomias significativas em dois
lados: os docentes com autonomia buscando novos conhecimentos para enfrentar os
novos desafios da prática profissional, como para os estudantes, que deverão
compreender esse novo modelo de aula, assumindo uma postura de mais autonomia
educativa, de investigador, de pesquisador e de construtor do próprio
conhecimento.
c)
Período pós-pandêmico:
Sendo intitulado como o “novo normal educacional”, só irá se
concretizar com o retorno das atividades presenciais, mesmo que esse retorno
seja em forma de rodízio repleto de restrições.
A pandemia provocou a possibilidade de se repensarem os
modelos atuais de ensino, os modelos estruturais das escolas, as práticas de
gestão, o processo de ensino e aprendizagem.
A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais
participativa e menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade
escolar, pautada em princípios e valores éticos. Muito ligada aos protocolos de
saúde, com especial preocupação em relação à saúde dos estudantes e funcionários
da escola.
Uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de
estratégias motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente,
em função da preposições de alteração para o desenvolvimento do processo de
ensino aprendizagem.
O projeto pedagógico da escola sofrerá reestruturações,
visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
A maior preocupação, entretanto, ainda deverá ser com a
obtenção de melhorias nos índices avaliativos da escola, que, certamente, se
agravará em função das desigualdades socioeducacionais.
Destacamos alguns dos principais desafios para uma boa
gestão escolar no retorno às aulas presenciais, os quais seriam:
Protocolos de saúde
pública: A ideia é que a escola esteja apta para receber e orientar uso de
máscaras, álcool em gel, distanciamento social com marcações feitas no chão,
criar escala de entrada e saída das turmas, evitar circulação em espaços comuns
e realizar refeições dentro das salas de aula. Além disso, reforçar a limpeza e
ventilar os ambientes.
Impactos psicológicos
negativos: O prolongamento desse distanciamento tem efeitos negativos na
saúde física e mental provocados por medo de infecção, frustração, tédio,
informações divergentes, falta de contato social, falta de espaço em casa e até
falta de renda. Para diminuir estes efeitos, várias ações conjuntas devem ser
realizadas, como o comitê de pais, que tem papel conciliador na escola; apoiar
hábitos saudáveis de alimentação; psicólogos oferecendo serviço de apoio e
assistência social para ajudar os pais a lidar com problemas familiares. O
ponto chave ao discutir a reorganização das atividades educacionais por causa
da pandemia situa-se em minimizar os impactos emocionais das medidas de
isolamento social na aprendizagem dos estudantes, considerando a longa
suspensão das atividades educacionais de forma presencial nos ambientes
escolares. O professor deve ser um exemplo vibrante, o centro da motivação dos
alunos.
Associar a tecnologia
em sala de aula: A pandemia veio para deixar clara a urgência da integração
entre a tecnologia e a escola. Provavelmente, quando o isolamento social
acabar, as escolas passarão a investir mais em recursos tecnológicos já que
todos puderam sentir na prática o quanto eles são úteis. Não só na sala de aula
mas para a gestão da escola como um todo.
Manter um bom fluxo
financeiro: controlar as finanças pode ser uma das partes mais difíceis do
trabalho de um gestor. A melhor forma de resolver isso é mantendo uma
atualização constante das entradas e saídas.
Evasão escolar:
para lidar com esse problema, a primeira coisa a se fazer é entender por que os
alunos estão deixando a escola, pois, podem existir vários motivos como:
dificuldade no aprendizado, problemas financeiros, aluno com necessidades
especiais, “bullying” ou assédio,
problemas familiares etc.
Delegar tarefas:
alguns gestores encontram dificuldades em delegar tarefas, o que é de grande
importância para uma boa gestão escolar. Se sobrecarregar com as demandas gera
um grande transtorno emocional.
Ensino híbrido:
Metodologia que envolve tanto as aulas presenciais quanto as remotas,
possibilitando que em determinados momentos o processo de aprendizado ocorra na
escola, com outros em que o aluno pode estudar sozinho, na sua própria casa.
Retomada de conteúdos:
tido como o maior impacto do retorno às aulas presenciais será a retomada dos
conteúdos referentes ao ano letivo de 2020. Será necessária a elaboração de
plano de ação e estratégias junto ao corpo docente onde deverá será realizado
uma análise meticulosa com o perfil dos alunos.
2 CONCLUSÃO
Tendo como referencial a nossa realidade educacional e os
novos desafios advindos com a pandemia e pós-pandemia, juntamente com a
obtenção de melhorias de ensino, tivemos o objetivo de analisar a atual
realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula, visando propor
alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socieducacionais.
Contextualizamos a importância da gestão democrática e
participativa, além dos novos desafios da gestão administrativa, pedagógica,
juntamente com os novos desafios de gestão de sala de aula considerando as
consequências da pandemia e pós-pandemia.
Podemos concluir que, por mais triste e difícil que tenha
sido esse período, os docentes não desistiram de sua missão e continuarão
movendo montanhas, sempre em busca do aprimoramento do ensino, com novas
adaptações e metodologia de ensino.
3 REFERÊNCIAS
LOBO NETO, Francisco José da Silveira. Regulamentação da
Educação a Distância: caminhos e descaminhos. In: SILVA, Marco (org.). Educação
online. São Paulo: Loyola, 2006.
MARINI, Janete Aparecida da Silva et al. Aprendizagem
autorregulada de estudantes de Pedagogia: suas estratégias de aprendizagem,
teorias implícitas de inteligência e variáveis motivacionais. 2012.
MIGUEL, F. K. Psicologia das emoções: uma proposta
integrativa para compreender a expressão emocional. Psico-USF, Itatiba ,
v. 20, n. 1, p. 153-162, abr. 2015.
FERREIRA, Naura S. C. (Org.). Gestão democrática da
educação: atuais tendências, novos desafios. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
GADOTTI, Moacir. Qualidade na Educação: Uma Nova Abordagem.
São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2010.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?
Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo: Cortez,
2001.
LÜCK, Heloísa. Liderança em gestão escolar. 6. ed. –
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do
futuro. São Paulo: Cortez, 2003.
PAIVA, Francisco J. de. Gestão participativa: impactos sobre
a produtividade organizacional. Curitiba: Appris, 2016.
SCHÖN, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo
design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: ARMED, 2000
BELLONI, M. L. Educação à distância. 2. ed. Campinas,
SP: Autores Associados, 2001.
sábado, 7 de agosto de 2021
Aparecida, Alfredo Chaves/ES
UMA HISTÓRIA DE AMOR E GUERRA
Lucileyma Rocha Louzada Carazza
Tudo começou com as anotações de fatos,
abandonando qualquer padrão e técnica de escrita ou pedagógica. Estava
começando a compor os registros em rabiscos mal feitos em minha pasta pessoal,
posteriormente, um grupo de estudo criado no aplicativo de WhatsApp também
serviu de apoio, pois, foi aqui que registramos fotos, vídeos e experiências.
Sou professora na zona rural, na cidade
de Alfredo Chaves/ES, local conhecido como a “Região da Costa de Imigração”. Trabalho
em Aparecida, comunidade conhecida pela fé. Aqui há cachoeiras, pousadas,
condomínios a beira de lagos ao pé das montanhas, com economia predominante no
cultivo de café, banana e hortaliças. Lugar pacato, onde problemas climáticos críticos
são desafios constantes dos moradores o que os tornam pessoas resilientes. Presenciei
enchentes, tornados, desmoronamentos de terras e vi pessoas com um sorriso no
rosto e uma lágrima na face recomeçar.
Além da agricultura e da geografia local
(que tem grande potencial turístico), nesta região tão pitoresca do Espírito
Santo, destaco a importância dos imigrantes italianos e alemães. Em Aparecida é
possível se deparar com pessoas utilizando o dialeto pomerano fluentemente nas
ruas.
Como boa mineira, não pude deixar de
comparar a diferença histórica das duas regiões. Fiquei dias a pensar e me
apeguei ao fato de que aqui não existirem senzalas como nas cidades históricas
de Minas Gerais e as igrejas não são abarroadas de ouro.
Aqui, os imigrantes, trouxeram
experiência, história e tradições. As igrejas são minimalistas, construídas com
esforço e mérito por seus imigrantes e sua fé. A base de toda e qualquer igreja
é uma imagem advinda do exterior, em bagagens próprias dos imigrantes, semelhança
que se repete em vários distritos do interior com o marco inicial da construção
de uma igreja, um cemitério e um campo de futebol. Destaco que aqui, não
encontrei raízes escravocratas.
Divergências históricas a parte, adotei
o Espírito Santo como o meu lar, me conectei com mar e nunca mais quis
voltar... Casei com o mar e me perco nas montanhas esporadicamente. Do alto mar
vejo a costa espírito-santense e sofro uma catarse emocional “sine qua non”.
Não consigo descrever em palavras porque vai muito além disso, é uma sensação
indescritível. Uma riqueza natural única a ser admirada. Estar no mar, olhar
para costa, ver uma planície litorânea e ter ao fundo um emaranhado de
montanhas...
Em Aparecida me redescobri como descente
de imigrantes Italianos. Vivencio, na atualidade, toda a dificuldade enfrentada
por imigrantes, lógico, que hoje possuo mais recursos (estrutural e
tecnológico). A experiência com as Olimpíadas, me proporcionou constatar de
como as histórias se repetem, alguns ciclos viciosos, outros virtuosos que
muitas das vezes não os identificamos, ou apreciamos por estarmos vivendo no
“piloto automático da vida”.
Esse é o emaranhado de informação que
“fritou” meu cérebro nesta jornada. Me redescobri como pessoa, delimitei
espaços e tracei objetivos. Todas essas emoções e conhecimentos refletem
diretamente no meu trabalho, no ofício de ensinar.
Relato com amor e dor todas as emoções e
aprendizados vivenciados nesta experiência que tanto me surpreende e
decepciona. Dualidade ímpar que muita das vezes aprisiona, frustra, ensina e
liberta. Peço perdão, se no findar deste trabalho decepcionar meus “gestores”,
sinto muito.
A Olímpiada proporciona ao professor uma
abordagem técnica precisa e até mais agressiva para tratar determinados temas e
envolver os alunos com o intuito de sanar dificuldades. É o momento de uma
avaliação diagnóstica da turma para conhecer a realidade do aluno e suas
principais dificuldades em língua portuguesa. Após este momento é a hora de
levarmos um pouco de conhecimento, cultura, história, diálogo, senso crítico,
desenvolver leitura, enriquecer o vocabulário, estimular pesquisas, sanar
dificuldades, e principalmente, proporcionar a escrita.
O louvor dessa odisseia é relacionar-se
intimamente com os alunos. Aqui, descobrimos o que cada “centelha divina” (é
com esse sentimento que olho para o meu aluno) pensa, sabe e vivencia. Nos
envolvemos intimamente em seus “dizeres” mais secretos. O professor passa a ser
um sacerdote ministrando aulas para despertar o lúdico nesses seres, que,
muitas das vezes, são incompreendidos por nós, ou pelo meio que vive.
O ensinar, para atender esta competição,
nos frustra, pois nos deparamos com salas de aulas desprovidas de base
educacional. Realidade clássica e negativa de alunos que escrevem muito mal, ou
escrevem nada, leem mal, não possuem valores sociais críticos, sem coerência e sem
coesão. Alunos que não estão disponíveis em expressar a escrita, com várias
barreiras a serem desenvolvidas, sanadas e vencidas, estas, raramente serão
rompidas em 6 (seis) meses de trabalho para realizar esta atividade.
Ressalta-se que às vezes somos agraciados com turmas com base estrutural e educacional
com alunos que possuem o hábito de escrita, leitura, que gostam de aprender e
estudar.
O lado prático é que iniciamos o ano
letivo sabendo que até meados de agosto, precisamos ter textos técnicos e muito
bem redigidos para nos representar.
Começamos essa jornada em fevereiro,
precisamente na primeira quinzena, onde solicitei aos alunos uma produção de
texto, sem gênero e tema definidos. Um texto sem muito rigor para uma avaliação
diagnóstica. Um momento para identificar o domínio de cada aluno em relação aos
padrões da linguagem escrita. O objetivo deste diagnóstico não é contabilizar
os erros um a um, porém, agrupar problemas semelhantes para direcionar o
planejamento de atividades capazes de corrigi-los. Aqui nos deparamos com as
principais dificuldades da turma, atividade fundamental para saber o que é mais
importante ensinar.
Diante deste diagnóstico realizei um
plano de ação com o objetivo de melhorar o desempenho dos alunos. Diversas
oficinas foram realizadas antes do preparo de fato de um texto. Revisamos
classes gramáticas, ortografia, pontuação, palavras que causas dúvidas, figuras
de linguagem e estruturas de textos. Apresentei as regras básicas para produzir
um texto e os incentivei, ressaltando as qualidades de cada um com o intuito de
melhorar a autoestima. Este trabalho é uma força tarefa para o professor cujo objetivo
íntimo não é apenas participar e ganhar a olimpíada, e sim, ver a evolução dos seus
alunos.
Com o plano de ação delimitado, metas
definidas e objetivos a serem alcançados, começamos a compor nossos textos.
Textos que em um primeiro momento nos remete a tristeza do cotidiano tedioso,
para, no findar do trabalho, degustarmos textos com mais cor, sabor, alegria,
histórias e descobertas.
Em decorrência desta força tarefa, entrei
com material específico, extraído do próprio site das Olimpíadas sobre os
gêneros: Memórias Literárias (6o e 7o ano) e crônicas (8o
e 9o ano). Ministro aula para todos esses os anos e desenvolvo o
trabalho em conjunto para abrir o horizonte de conhecimento do aulo. Aqui
assistimos vídeos e iniciamos nossa pesquisa de campo.
O tema “O lugar onde vivo” muitas das
vezes confundi o aluno. O aluno pensa que o trabalho a ser realizado seria
descrever sua vida, seu cotidiano de maneira penosa e tediosa, mas, essa
primeira impressão termina no momento em que eles começam a pesquisar os
costumes, a formação histórica do lugar, quando em conversas com os mais velhos
descobrem suas histórias, seus segredos e origens.
Para fazer com que o aluno compreenda o
que seria uma Memória Literária, apresentei e trabalhei com diversos
textos finalistas de edições anteriores, tais como: DA ESCURIDÃO PARA O
COLORIDO, de Évelin Cristina Nascimento da Silva, baseado na entrevista
realizada com o Sr. Sarkis Ramos Alwan, 41 anos; ACENDE A FOGUEIRA DO MEU
CORAÇÃO, de Maria Emanuely dos Santos
Andrade, Texto baseado na entrevista realizada com Maria Núbia Matias
Vasconcelos, de 57 anos e DOCES MEMÓRIAS, de Adrielle Vieira de Oliveira, Texto
baseado na entrevista realizada com Lucy Ferreira Vieira, de 73 anos.
Com os alunos que teriam que produzir uma
Crônica, apresentei e trabalhei com diversos textos finalistas de
edições anteriores, tais como: A ÚLTIMA CRONICA DE CARLOS DRUMOND DE ANDRADE
-Cião; ESTRANHA NO NINHO, Iasmim Luíze Teófilo da Silva; A DEVOÇÃO FAZ O LUGAR,
Mel Eduarda Guimarães Silva e UM RAMINHO DE ARRUDA E UM ROSÁRIO NA MÃO, Emeli
Vichinieski Wieczorkoski.
Para atender aos quesitos do gênero
Memória Literária, realizamos uma entrevista com o exímio Professor de
Matemática da escola, Nivaldo Buback, uma vez que este professor é história
viva desta comunidade. Professor admirável pelo bom humor e experiência em
ensinar. Seu avô, Basílio Buback, foi um dos fundadores de Aparecida, foi
através deste ilustre imigrante austríaco visionário que tivemos o primeiro
comércio da região, as famosas vendas do interior, ele fora o responsável pela
construção da igreja, cemitério, um moinho de fubá e uma pila de café (atualmente
desativados), campo de futebol e dentre outros benefícios locais. O professor
com empenho e dedicação envolveu os alunos. A entrevista foi desenvolvida pelos
alunos com maestria que se dedicaram com entusiasmo.
Neste momento os alunos apresentaram
mural de fotos, uma mesa com materiais antigos, livro sobre a região, realizam
pesquisas e montaram um grupo de cantoria.
Os alunos montaram no improviso, uma
banda composta por um sanfoneiro e um trio de violeiros. Essa cantoria foi uma
iniciativa dos alunos para homenagear o entrevistado e relembrar o gosto
musical da região. A cantoria foi linda! Enriqueceu o nosso dia, a nossa escola
e as nossas vidas.
A Olimpíada não me revelou apenas
talentos para a escrita. Descobri talentos da música, da arte e exímios
contadores de casos.
Este relato, até o momento, mostrou o
lado lúdico e altruísta deste trabalho, o lado da aprendizagem e do crescimento.
É excepcional lidarmos com o crescimento intelectual, emocional e pessoal do
estudante. É o que nos gratifica. Entrar em uma sala de aula e ser ovacionada como
a melhor professora da escola. Somos acariciados ao sentir a metamorfose ocorrida
na vida estudantil. Percebemos que o verdadeiro mestre não se restringe apenas
ao intelectual, ele incentiva, educa o amadurecer, o construir...
O lado enfadonho é a conclusão de que
aqui sou uma forasteira. Forasteiros são mal vistos, não são bem quistos, são incompreendidos.
Ser proativo e assertivo é sinal de falta de educação, não ser prolixo é
questão de menosprezo; ter um planejamento produtivo e receber sempre uma
crítica destrutiva sobre o que os alunos escreveram fazem parte deste trabalho.
A falta de mérito é exclusiva do professor.
Diante do demérito pergunto: O que
podemos fazer para melhorar a didática para a próxima Olimpíada?
Precisamos de uma força tarefa, um plano
de ação, professor de língua portuguesa não vai extrair um brilhante texto
lúdico sozinho, e mesmo que o faça, este precisa ser lapidado com o auxílio de
todos. Precisamos organizar uma articulação horizontal e envolver todos os
componentes curriculares.
Professor de português sozinho não
consegui ministrar todos os aspectos desta Olimpíada, e ainda, continuar com
ensino obrigatório da Base Nacional Curricular Comum -BNCC. É uma sobrecarga de
trabalho muito grande.
Sinto-me angustiada por não alcançar os objetivos
traçados, os quais resultariam a nossa vitória, com pesar no coração repito: para
obter êxito, precisamos de uma força tarefa com o envolvimento de todos os
componentes curriculares e a participação ativa do “demais” gestores da
educação. Sinto-me realizada em ver a evolução intelectual dos alunos. A minha
glória é ver que alunos que achavam que não sabiam escrever e que não possuíam
criatividade se encontram escrevendo e citando textos pessoais, originais e
belíssimos provenientes das suas faixas etárias. Sinto-me honrada em acreditar
que esse aluno não vai mais perder oportunidades e que vai sonhar em construir
uma vida melhor.
Minha história, meu relato de amor e
guerra baseia no amor em ensinar, trabalhar, vivenciar, ver o prosperar,
valorizar os frutos em todos os aspectos. A guerra dedico a todos aqueles que
não vestem a camisa na arte de ensinar, que não sabem dividir e contribuir
positivamente para a evolução escolar e que simplesmente promovem a falência
emocional, que podam liberdades (com s mesmo), que minam o entusiasmo para que
a espontaneidade morra.
Sagrada Família.
Um pouco
sobre a educação no distrito de
Sagrada Família em Alfredo Chaves:
A
Escola Municipal de Ensino Fundamental “Sagrada Família”, localizada à Rua
Agostinho Bruschi, s/no, distrito de Sagrada Família, comunidade do
interior da Cidade de Alfredo Chaves/ES.
A
escola foi fundada de fato e direito no ano de 1979 e recebeu este nome em
homenagem à padroeira local. A escola tem como missão tornar o aluno um
parceiro na construção do conhecimento, formar cidadãos críticos e atuantes na
sociedade.
Um
pouco sobre a nossa história:
De
acordo com os relatos feitos por antigos moradores, a origem do nome da escola
deu-se na época da colonização, onde imigrantes Italianos desembarcavam de
navios no município de Anchieta/ES, pegavam outras embarcações que se deslocavam
através do Rio Benevente até chegar a Alfredo Chaves.
A
educação em Sagrada Família começou com imigrantes italianos, que aqui chegaram
por volta de 1874 a 1876.
Os
colonos estabelecidos nestas terras, descendentes de humildes camponeses pouca
cultura trouxeram, pois, a maioria deles era analfabeta. Não encontraram
escolas para educar seus filhos, aproveitaram, no entanto, os que tinham certo
conhecimento para em horas noturnas ensinarem-lhes. Neste sentido vemos em
primeiro lugar o Senhor Janduia a dar aulas noturnas.
Em
1894, o Senhor Orestes Bissoli a dar aulas particulares, à noite, aos filhos
dos colonos imigrantes. No ano de 1910 ele foi nomeado professor público.
Em
1921, decidiu construir uma casa onde pudesse funcionar a escola pública, com
algumas reservas, pois esta casa funcionaria também com os serviços da
Comunidade Religiosa.
Em
1934, Máximo Costa funda uma escola noturna particular, só para rapazes,
funcionando na casa da antiga venda do Senhor José Antônio Charbel,
aproveitando do próprio balcão da venda, como mesa para os alunos. Da fundação
desta escola originou-se a fundação de um grupo de teatro amador, liberado por
Máximo Costa, com a finalidade de educar e animar a juventude. Com esta
criação, a animação foi tão grande que, dois anos depois, o grupo construiu seu
próprio palco.
Em
1948, O governador Carlos Monteiro Lindenberg constrói um grupo escolar,
dando-lhe como patrono o nome de Jerônimo Bissoli, pelos seus nobres atos
políticos realizados.
Em
28 de maio de 1965, a vila de Sagrada Família obteve do Governo Estadual a
escola primária, denominada Escola Singular “Sagrada Família” pelo decreto de no
1.185. A escola era estadual e lecionava-se para as séries iniciais do ensino
fundamental (1a a 4a séries). A escola comportava apenas
uma sala de aula, uma cozinha e dois banheiros, possuía ainda, uma pequena casa
para acolher a sua única professora.
Em
1970, muitos dos filhos de pais residentes em Sagrada Família e adjacências
faziam seus estudos de ginásio em Alfredo Chaves. Diariamente faziam um percurso
de 12 km. Para acabar com estes sacrifícios e beneficiar todos os alunos em
idade de frequentar uma escola, a Fundação Cultural de Alfredo Chaves, pelo seu
presidente Darcy de Paula Gaigher, funda a primeira escola dando-lhe o nome de
“Ginásio Padre Antônio Charbel”.
Sobre
os fatos e datas mencionadas neste documento: Nos anos de 1968 a 1973 não
existe nenhum registro sobre a educação em Sagrada Família. Os dados foram
apurados pelos depoimentos dos antigos e através de pesquisas realizadas nos
livros:
·
Remembranças da Noninha – Máximo
Costa;
·
Memórias de um Imigrante Italiano
– Orestes Bissoli
Em
1979, pela Portaria 1116, de 10 de março, a escola de Sagrada Família foi
transformada em escola de 1o grau, funcionando de 1a a 8a
série. A partir dessa data os registros tornaram-se obrigatórios.
Em
1980, o Governo do Estado, decide construir uma nova escola, com mais salas de
aulas no Grupo Escolar para atender a demanda dos alunos na região.
Primeiros
professores: Orestes Bissoli, Cristina Salochi, Olga Giarnodoli, Maria Santos,
Jandiara Gianordoli Costa, Ernestina Pereira Souza, Lucia Serrano Vereza,
Senhorinha Queiroz, Alcys Loureiro Costa, Nair Matos, Clarinha Costa Guignoni,
Hilda Gracelli Costa e outras que se sucederam até hoje.
A
Associação comunitária desfruta de uma quadra esportiva, onde se pratica
futebol de salão, voleibol e demais recreações. Fora do perímetro urbano tem um
campo de futebol, e anexo, para seguir o costume de seus antepassados há também
um campo de bochas.
Em
1999, a então escola foi demolida e, construído no mesmo local, a atual
edificação para atender a demanda de estudantes.
No
ano de 2005, a escola foi municipalizada pelo Resumo de Convênio no
185/2005 – portaria 067 – R de 03/08/2005, adquirindo assim, o CNJP no
03.208.264/0001-23 e INEP 32042400. A escola passa a ser responsabilidade do
Município de Alfredo Chaves. A escola adquiriu o seguinte nome: EMEF “Sagrada
Família”. Inicialmente a escola funcionava em dois turnos: 1a a 4a
séria no turno matutino e da 5a a 8a série no turno
vespertino.
Em
2008, em virtude das inovações tecnológicas e da Lei de Inclusão Social, a
escola sofreu outras adaptações. Adquiriu um laboratório de informática e uma
sala de AEE – Atendimento Educacional Especializado.
Na atualidade a escola funciona apenas no turno matutino, ministrando aulas do Ensino Fundamental I (1o ao 5o ano) e Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano)
Por: Lucileyma Carazza/agosto 2019
quinta-feira, 17 de junho de 2021
Agradecimento
Agradecimento
Conheço
gente que reclama,
Reclama
de tudo.
Que
tem tudo na vida
E
querem mais...
Não
sabem agradecer,
Nem
respeitar.
O
trabalho foi a ferramenta
Para
tudo conquistar.
Quando
seus pais eram crianças
Não
tinham quase nada,
Mas
eram felizes...
A
vida era super animada.
Não
tinham energia em casa,
Nem
transporte escolar...
Fim
de semana era:
Futebol
e pescar.
Reconhecem
agora que:
O
mérito atual foi realizado
Com
muito trabalho e dificuldades,
Mas
com muito amor também.
Mesmo
que a trajetória
Tenha
sido difícil,
Valeu
a pena e a luta.
Eles
lutaram por nós!
Por:
Pedro Henrique dos Anjos Saidt