GAROTA MÁ
Não sou adepta
As hierarquias e obediênciasNão questiono muito
Julgo a humanidade burra
Com regrinhas de consumo
E de convivência social
O meu conceito de mundo
É simples e regado de magia
No meu caminho
Existem sempre andorinhas...
É que sou meio Franciscana
Talvez seja o momento de me assumir
Não sou feliz em selvas de concreto
Em escritórios politicamente organizados
Não gosto do sofisticado elitizado
Gosto de nadar nua ao luar
Vivenciar as estações
Viver o momento
Conhecer estranhos e culturas
Nunca fui boazinha
O egoísmo me consome
Por ser livre demais
No meu território devidamente demarcado
Amo ser assim
Amo como um cavalo selvagem
Me entrego a quem não merece
E renego quem me deseja
Neste ciclo concluo
Que de fato quero estar só
Caminhar assim sem nada, vazia...
Observando e vivendo a natureza
Não sou desta época
Sou antiga por dentro
E nem mais tão jovem assim
Mas sinto como se tivesse 5 anos
Talvez seja isto
Me tornei criança novamente
E não quero ser adulta
Não quero ter insônia, olheiras
E contas para pagar
Acho que assim que começaram
As verdadeiras revoluções
Che e sua motocicleta
Neste instante ele até me pareceu interessante
É que sou Confucionista de alma
E Che, comparado com Confúcio
É apenas uma andorinha...
Por: Lucileyma Rocha Louzada
Carazza