SELVAGEM
Trago sangue e cicatrizes
Das estradas em que andei,
E sem pudores ou diretrizes...
'Inda não sei pra onde irei
Sigo assim: inconstante e alheia
Selvagem e desconfiada
Meio lava, meio teia
Desprotegida, ferida e armada
Minha loucura incomoda
E sem véu ou cortina
Tão indecente e sem moda
alenta e desatina
Atormentada, vou caçando
Quem se atreve, vira obstáculo
Mordo, machuco e arranho
Não perco tempo, não tenho oráculo
Nessa saga animal
Pouca gente eu estimo
E de um modo visceral
Vou abraçando meu destino...
( J. )
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Extraída do blog (Espelhos e Ensaios - Nov/2010)