FRAGMENTOS
Por vezes a
vida nos prega peças
Quando achamos
que está tudo sobre controle
Numa zona de
conforto como um mar de almirante.
Eis que o
inesperado nos desperta, atiça e nos traz um brilho novo.
Não estava
vivendo como zumbi ou morta
Vivenciava o
tempo como uma espectadora ávida da vida
Na simplicidade
de apenas ser
Sem objetivo
de conquistas ou provas.
Apenas degustando
os espetáculos da natureza e da humanidade.
Vivendo um
dia de cada vez, como coadjuvante desperta no presente
Andando como
uma lebre sem destino aparente
Uma leveza livre
onde o que mais me preenchia era sorrir,
Sendo
benevolente e simplesmente amando.
Havia me
comprometido em ser feliz em minha solitude.
Fechei
algumas portas e me julguei protegida...
Eis que
surge um calabouço de emoções,
Talvez seja
apenas uma projeção,
Um sonho,
uma doçura, uma centelha ou a esperança.
Pode ser
carência ou o tal do “ego emocional”;
Que inferno
inventaram agora...
No passado,
quando percebi que era apenas um ego
Morri, derreti,
ralei no umbral, reinventei e renasci.
Agora afirmam
que um ego ralado ainda pode estar me dominando...
A paciência
não é uma dádiva que me acompanha
De fato eu
sou eu e você é você, mas no fundo somos todos um...
A certeza da
loucura nos leva a ver o mundo com outros olhos...
Tem tanta
beleza e a gente perde tanto tempo...
Falácias não
convencem e o material não me interessa
A essência
nos leva para o fundo da alma, mas pra quê?
O mundo é
raso e a maioria das pessoas nem sentem...
Meu
casamento com o mar me leva a profundezas
Dais quais
não quero mais fazer parte, seria o presságio de um divórcio?
Vivo num
limbo onde não me encaixo em lugar algum
Não possuo
raiz por não saber relacionar.
Me guardei e
me reservei tanto e não sei porquê?
Atropelo emoções,
abro mão, vou embora em silêncio.
Guardo tudo
para mim e viro neblina...
Ninguém
nunca percebe, pois todos acham que sou a louca feliz!
De repente
me encontro assim...
Sem vontade
de respirar ou seguir
A beleza no
mundo ainda existe
A
impaciência persiste num calor insuportável...
Paro de respirar,
não quero pensar, não quero sentir.
O tempo
precisa passar rápido
Não sei me
relacionar
Muito menos
amar.
E está tudo
bem, apesar de doer muito.
Me acolho e
recomeço.
Ainda tenho
tempo para aprender e mudar,
E acima de
tudo: AMAR!
Se a
reciprocidade não ocorre como almejamos
O Universo
nos proporciona outros calabouços de emoções recíprocas.
Por:
Lucileyma Carazza
Revisado
por: Pedro Lucas Defante Nolasso – meu aluno preferido!
Dedico
este texto ao ilustre Urso.