quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Rudolf Steiner



Forjando a armadura
Nego-me a me submeter ao medo
Que me tira a alegria de minha liberdade,
Que não me deixa arriscar nada
Que me torna pequeno e mesquinho
Que me amarra.
Que não me deixa ser direto e franco
Que me persegue,
que ocupa negativamente minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo
Eu quero viver, e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir o meu medo...,
E quando me calo quero fazê-lo por amor
E não por temer as consequências das minhas palavras
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim,
Por medo de errar, não quero tornar-me inativo.
Não quero fugir de volta ao velho, ao inaceitável,
Por medo de não me sentir seguro de novo.
Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de que, senão, poderia ser ignorado.
Por convicção e amor
Quero fazer o que faço
E deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor
E quero crer no reino que existe em mim.

Poema de Rudolf Steiner