quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OS CHAKRAS E O PAI NOSSO



  

Para que esta energia de alta freqüência possa ser percebida pela materialidade humana, tem que ser rebaixada — Como se faz com a energia elétrica de alta voltagem, que deve ser transformada (por um transformador) — para que possamos utilizá-la.

A oração do Pai Nosso é uma interessante seqüência de afirmações e petições, que se inicia num nível vibratório de alta freqüência, altamente mística e vai decrescendo até freqüências mais baixas, puramente éticas.

A oração do Pai Nosso é como um caminho, porque passa a energia dentro de um transformador. O transformador, no caso, é o corpo humano, com seus diversos níveis de troca de energia.

As trocas de energia no corpo fazem-se através de plexos nervosos, com ritmos vibratórios distintos, que se distribuem pelo corpo em locais denominados “chacras”.

A energia divina é chamada, pela invocação de Deus. Entra pelo alto da cabeça, e vai sendo progressivamente transformada, a cada chacra que passa, até atingir o nível vibratório do chacra básico (genital), onde se encontra nossa materialidade.

Traz, desta forma, Deus até nós!

Vamos acompanhar, passo a passo, essa transmutação da energia divina, para que tenhamos uma compreensão da grandeza desta oração que Jesus nos deixou.

 

Chakra Coronário — Chamado da energia

Pai nosso que estás nos céus.

 

Esta primeira afirmação consiste na chamada da energia do Alto, na entrada desta energia pelo alto da cabeça, através do plexo coronário que, segundo os orientais, tem mil pétalas e gira com incrível velocidade.

Pai!

A prece se inicia com a chamada: — Pai! Esta simples afirmação, identificando Deus como Pai, é de um extraordinário alcance. Ao chamarmos Deus de Pai, estamos nos identificando como Seus Filhos.

Como Filhos, temos a potencialidade do Pai em nós. Nos identificamos com Deus em um nível energético extremamente elevado. Neste momento captamos a energia do alto!

Nosso

Quando dizemos “Nosso”, entendemo-nos como Irmãos de todos os seres. O Pai é nosso; não é só meu, porque somos todos Irmãos.

Esta conceituação amplia a anterior. A energia contida nesta afirmação – Pai Nosso! – é possível explicar, mas é impossível a um ser humano comum sentir esta afirmação com total percepção de amor. A emoção contida na total compreensão desta afirmação, seria de tal magnitude, que destruiria o sistema nervoso de um homem comum.

A grande mística, Santa Terezinha, não conseguia dizer a oração do Pai Nosso: quando iniciava a oração, perdia os sentidos. Santa Terezinha, nesse momento, tinha percepção e consciência desta energia de altíssima freqüência. Freqüência que o organismo humano não tem estrutura para suportar.

Que estais nos céus

Deus que está em toda parte, que impregna tudo, que É! Este é o conceito que Deus transmitiu a Moisés, quando este perguntou-lhe quem Ele era. A resposta foi:

“Sou aquele que É!”

Nesta primeira afirmação da oração, temos a identificação de Deus, e a chamada do “Nome de Deus”. “Aquele que É”! Jafé! Jeová ! Iod-Hé-Vau-Hé! Nome que a boca humana não é capaz de pronunciar!

Explicar tais conceitos é possível; senti-los, entretanto, é totalmente impossível ao ser humano normal. Como se pode ver por este início, o que está escrito nos evangelhos transcende em muito a aparente simplicidade das palavras. A grandeza do Evangelho não está na letra morta, mas no espirito de quem o lê. O Evangelho é vivo!

 

Chakra Frontal

Santificado seja o vosso nome.

 

Entender esta petição, temos que antes entender o que quer dizer “santificado”.

Santificado – “Que seja considerado Santo”. Santo envolve o conceito de perfeição e de universalidade.

Nome – O nome não é como imaginamos, uma palavra que designa alguma coisa.

Nome é a vocalização ou a materialização de um ser ou objeto. O Nome de Deus é impronunciável!

Segundo os judeus, esse Nome só era pronunciado em determinado dia, no âmago do Santuário do Templo, pelo Supremo Sacerdote. O nome é a excelência do ser ou do objeto.

O Nome de Deus é a essência de Deus – é o próprio Deus!

Nesta petição mística, pedimos que Deus seja aceito por tudo e por todos, como a perfeita harmonia universal (Santo). Como sendo “Aquele que É”! Que Deus seja a harmonia total, e que tudo e todos sejam o seu reino!

Aqui está expresso o conceito maior da unidade. Tudo e todos são Um! Este conceito não pode ser percebido pelos nossos sentidos.

Com esta petição mobilizamos a energia pela passagem no Chacra Frontal. A energia transformada, neste ponto, já permite uma certa compreensão, que muito se aproxima de uma inspiração, e que pode ser percebida através da região frontal ou do “terceiro olho”.

 

Chakra Laríngeo

Venha a nós o vosso reino

 

Na petição anterior pudemos ter uma pequena inspiração do que seja o “Reino de Deus”. Nesta segunda petição mística, pedimos que este “reino”, esta harmonia de todos e de tudo, venha a até nós. O reino de Deus manifesta-se através do Verbo! “No inicio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1, 1).

O Verbo, o Logos, o Cristo, se manifestam pela palavra. Através da palavra é que podemos materializar a energia que vem de outros níveis.

Sabe-se hoje que o som é a energia vibratória que mais próximo se encontra da matéria. Com facilidade materializamos um som, fazendo vibrar a limalha de ferro em uma placa, formando figuras.

O som e o Verbo manifestam-se através do Chacra Laríngeo, onde encontra-se nossa capacidade de expressão pela palavra. O modo do Reino vir até nós é através do nosso Chacra Laríngeo. A conceituação expressa nesta terceira afirmativa movimenta o Chacra Laríngeo, pela passagem da energia divina por ele.

Na simbologia da Torre de Babel, podemos observar que a perda do reino (harmonia entre os homens), deu-se pela perda da possibilidade de expressão pelo homem. A perdição do homem foi pela perda da palavra, em conseqüência de sua presunção. Notamos que, a cada descida da energia divina, fica-nos mais acessível o entendimento.

 

Chakra Cardíaco

Seja feita vossa vontade assim na terra como nos céus.

 

Claro que a vontade de Deus se fará sempre em todos os lugares! Independendo da nossa vontade e das nossas rogativas. Nossa vontade não é oriunda da mente racional, como muito pretensiosamente julgamos. A vontade é um impulso que parte de dentro do coração, que a mente transforma e adapta às suas necessidades.

Vemos no Evangelho que muitas vezes Jesus afirma este conceito – “Porque pensais assim em vossos corações”.

Que nossos corações aceitem e entendam a “Vontade de Deus”! Esta é a síntese da quarta petição.

Neste ponto a energia é transformada pela passagem pelo plexo do Chacra Cardíaco.

A petição é de que nosso coração tenha o entendimento desta Vontade. Que esta vontade seja aceita tanto em cima como embaixo (na terra como nos céus). A afirmação adquire aqui uma conotação interessante. O Chacra Cardíaco é o chacra que fica no meio do corpo. A figura de céu e terra, colocada neste ponto da oração, é de uma clareza e de uma beleza poéticas.

Podemos ver que a cada descida da energia, fica mais compreensível o entendimento e mais clara a correlação com os plexos energéticos (chacras) do corpo humano.
Neste ponto encerram-se as 3 petições que são de conteúdos místicos, passando-se às 4 seguintes que são de conteúdo ético.

 

Chakra Umbilical

O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.

 

As petições éticas são de mais fácil entendimento. A energia já se encontra em níveis vibratórios próximos à nossa consciência. De uma forma poética, o pão está representando todas as nossas necessidades de sobrevivência neste mundo. Difícil achar forma mais clara de expressar tal abrangência.

“O pão nosso de cada dia dai-nos hoje” – não o pão do dia de amanhã: somente o de cada dia, a seu tempo. Esta petição envolve não só a satisfação de nossas necessidades materiais, como também as psicológicas, pedindo que tenhamos confiança e fé de que o pão de amanhã será servido a seu tempo. Que não tenhamos ambição e ganância para acumular tesouros terrenos, que as traças e a ferrugem destróem.

A primeira petição ética é claramente a ativação do Plexo Solar, Umbilical ou do Estômago, que é representado pelo Chacra Umbilical.

 

Chakra Esplênico

Perdoa as nossas dividas, assim como nós perdoamos os nossos devedores.

 

Esta petição, que de inicio parece mística, é uma forte petição ética, como vamos ver a seguir. Nas nossas dívidas estão as nossas culpas. Quando temos culpa, ficamos vinculados a essa culpa de uma maneira quase física.

A culpa nos prende pela emoção. A emoção é diferente do sentimento; é acompanhada de manifestações físicas (calafrios, rubores, suores, arrepios). As emoções são percebidas através do abdome. Os vínculos obsessivos com entidades espirituais fazem-se através do Plexo Esplênico.

Como é possível perdoar nossas culpas? Seria injusto Deus perdoar uns e não perdoar outros. Não é Deus que perdoa nossas culpas, somos nós mesmos! Perdoamos na medida em que nos tornamos capazes de perdoar os nossos devedores. Quando conseguimos perdoar nossos devedores, desfazemos esse vínculo esplênico da culpa. Perdoar os nossos devedores não é uma atitude mística e sim ética.

Perdoar, ou não, os nossos devedores, é mais importante para nós do que para o devedor. Perdoar é uma atitude lógica, racional e do interesse de cada um. Na medida em que perdoamos é que somos perdoados. Por mais que sejamos perdoado, só estaremos perdoados, quando nós mesmo nos perdoarmos! Esta segunda petição ética é colocada de uma forma impressionante sobre o Plexo Esplênico, orientando a forma com que a energia tramita por este chacra.

 

Chakra Sacro

Não nos deixeis cair em tentação.

 

Esta petição tem características muito interessantes. Não se pede aqui para que não existam tentações. Também não se pede que não sejamos submetidos às tentações. Que existam! Que sejamos tentados! Que tenhamos força para não cairmos nelas!

Não podemos evitar as tentações da matéria, porque vivemos nela. Viver na matéria é a principal finalidade de nossa existência neste “eon”. Não podemos pedir que nos liberte do mundo! Pedimos que não fiquemos presos às tentações do mundo. Que saibamos viver no mundo sem ficarmos presos às coisas terrenas.

Com esta terceira petição ética chegamos com a energia divina até nossa materialidade terrena.

Nossos plexos Sacro e Genital (básico) são a parte do nosso corpo que nos põe em contato com o mundo material. Neste ponto, temos mais uma interessante colocação desta prece, quando separa o chacra sacro do chacra básico. Há entre os estudiosos dos chacras aqueles que os consideram como um único chacra. Provavelmente com a intenção de que o número dos chacras sejam sete.

Na prece, os chacras sacro e básico aparecem separados de uma forma bastante sutil, o que dá margem a interpretar os chacras como sete ou oito. A ultima petição pode parecer incluída nesta.

 

Chakra Básico

Livrai-nos do mal.

 

Esta ultima petição ética é de difícil interpretação. Ficou claro na petição anterior, que a tentação não é o mal.

O que seria este mal? Poder-se-ia entender o mal como sendo o caminho da satisfação dos sentidos, o mergulho do homem na sua materialidade. Sendo este caminho uma opção de fé e de vida. Alegam alguns magos negros que esta seria um opção divina. Já foi o próprio Deus que nos colocou os sentidos e nos proporcionou o prazer em satisfazê-los.

A doutrina de Jesus é clara em mostrar que é mesmo necessário que tenhamos nossos sentidos satisfeitos, até o momento em que tenhamos chegado ao fim do poço da jornada da satisfação destes sentidos, para então reiniciarmos o caminho de volta a Deus, como bem está demonstrado na parábola do Filho Pródigo.

O homem é sem duvida muito mais que a sua materialidade. A plena satisfação da materialidade não conduz o homem à felicidade. Este fato está sendo demonstrado de modo prático e claro, neste fim de ciclo pelo qual estamos passando. O homem vem tendo todas as suas necessidades satisfeitas pelo progresso da ciência e da tecnologia, sem que isto o torne mais feliz. Esta interpretação não faz sentido, não só nesta prece, como também não se sustenta por si mesma.

O verdadeiro mal também não consiste em se ser mau. A grande maioria dos que são maus, o são por defesa, por medo, ou por ignorância. “Deus faz nascer o sol todas as manhãs igualmente para os bons e para os maus”. Não se pode aceitar que exista um mal organizado, que se contraponha ao bem e à harmonia de Deus. Desta forma, estaríamos aceitando um Deus que não seria onipotente. Não há dualidade entre bem e mal. Fazer o mal gera uma reação externa, que se volta contra o próprio homem, criando agressões dos outros homens ou do meio.

Quanto mais adiantado o homem, fazer o mal gera uma desarmonia interna que o faz sofrer. O homem está no mundo para evoluir e crescer, na compreensão deste ciclo evolutivo. Sendo mau, vai de alguma forma movimentar forças que se voltarão contra ele, não com o intuito de puni-lo, mas de educá-lo na compreensão deste ciclo evolutivo. Desta forma, vemos que ser mau não é o verdadeiro mal.

Estas observações levam-nos a admitir que o verdadeiro mal está na inércia do homem.

O mal está em ser morno, não ser frio nem quente. O mal está em não usar os “talentos” com que fomos brindados. O mal está em ficar parado! – Conforme foi dito pelo próprio Jesus.

Com esta ultima petição, se encerra esta maravilhosa oração.

A energia divina foi trazida até nós, rebaixada gradualmente através dos nossos vórtices de energia (chacras), vindo finalmente nos dar um impulso de vida. Impulso para que sigamos adiante!

Para que andemos!

Para que vivamos!

Por que vivendo, bem ou mal, certo ou errado, inevitavelmente estaremos cumprindo a Vontade de Deus que está em nós!

 
Amém!

  


 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Não seja um modelador de pessoas, modele a sí próprio!


Infelizmente a falta de paciência, a intolerância, a presunção, a arrogância e o controle são características negativas presentes na maioria das pessoas que vivem nesse planeta.

Talvez pudéssemos excluir não mais que umas cem pessoas em todo o globo que talvez estão isentas dessas atitudes negativas. Portanto, essa é uma realidade presente na história das pessoas que vivem uma vida conhecida como normal, e mesmo que queiramos negar, basicamente somos intolerantes!

Onde isso repercute mais em nossas vidas?

Com certeza em diversas áreas de nossa existência, mas sem dúvida alguma, principalmente nos relacionamentos.

Tudo que criticamos em uma outra pessoa envolve a falta de tolerância, falta de amor ou compaixão. Queremos, em cem por cento dos casos, que a outra ou as outras pessoas se comportem como nós achamos que ela ou elas devem se comportar. E o pior, costumamos gostar mais de uma pessoa, no sentido da afinidade mesmo, quando essa se comporta de forma mais parecida com aquilo que nós consideramos certo.

Não dá para negar que afinidades surgem naturalmente nas nossas vidas, e também não quero dizer que essas sintonias saudáveis entre pessoas não sejam importantes. Claro que são! Apenas quero lembrar que não costumamos nos relacionar com maior proximidade ou intimidade, com pessoas que não se comportam como achamos que elas devem se comportar. E de novo, não me refiro a conduta moral, ética e valores, porque é claro que esses aspectos precisam ser sempre ponderados nos relacionamentos que temos em todos os níveis. Não vou escolher um estelionatário para sócio, sabendo que o passado dele é envolvido por atitudes criminosas ou no mínimo suspeitas. Também teremos dificuldade de confiar em alguém que já agiu de modo errado em outra circunstância. Então devemos sim escolher relacionamentos que estejam na mesma sintonia de valores e código moral, mas as emoções... Essas nos enganam.

É comum você não gostar de uma pessoa simplesmente porque ela tem um tom de voz excessivamente grave, ou agudo, ou baixo, ou alto. Como você tem registros internos de não tolerar oscilações de voz em qualquer pessoa, então quando conhece e se relaciona com alguém assim, nitidamente irá se irritar também.

Esse é apenas um exemplo.

Você pode ter uma crença interna que pessoas com sotaque do sul são antipáticas. Uma vez que você conhece alguém assim, imediatamente já se fecha porque não gosta daquele tipo de sotaque.

Tudo que buscamos externamente traduz o que sentimos internamente. Estamos o tempo todo buscando conforto, buscando "acomodar" as nossas emoções da melhor maneira dentro de nós mesmos. Procuramos o conforto em todos os sentidos, é natural pois queremos nos sentir bem. É aí que um grande erro começa, pois sem querer, ou sem perceber, e pior ainda, sem ter o mínimo direito, começamos a modelar pessoas!

Modelamos as pessoas controlando os relacionamentos em todos os níveis, fazendo de tudo para que elas se comportem da forma como mais nos conforta!

Quanta arrogância!

Não se assuste, apenas reflita pois, eu faço, você faz e todos nós fazemos! Aceite essa verdade atual, o amor incondicional ainda não está impregnado em nossas veias! O nosso amor é totalmente condicional.

Duvida de mim? Acha que eu estou exagerando? Acha mesmo?

Então vamos refletir um pouco...

Por que gostamos de determinada pessoa, seja em qualquer nível de relacionamento?

Porque necessariamente essa pessoa é alguém que também que nos retribui afetos, que faz coisas que nos agradam, que faz com que sintamos emoções positivas, certo?

E se essa pessoa parar de se comportar assim? E se as atitudes dela não necessariamente agradarem mais? Nós continuaremos amando essa pessoa?

Provavelmente manteremos um resquício de amor, mas muita coisa vai mudar nessa relação. Salvo os casos de mães e filhos, em que podemos encontrar uma grande intensidade do verdadeiro amor incondicional, nas outras relações, dificilmente o magnetismo que une essa união irá continuar existindo. Isso porque não gostamos exatamente de uma outra pessoa, mas do que ela faz por nós, ou melhor, da emoção que ela desperta, como por exemplo: carinho, alegria, conforto, acolhimento, aceitação, etc.

E se a pessoa por meio de outras atitudes não mais estimular essas emoções em nós? Nós continuaremos a gostar dela da mesma forma?

Provavelmente não, exceto no caso de mães, como já comentado!

Quando as pessoas próximas a nós começam a ter novas ideias, novos caminhos, novos conceitos - porque todo mundo muda - e essa mudança não necessariamente agradar, nesse momento o nosso relacionamento com elas começa a se complicar. Complicar porque começamos a querer que a pessoa aja de outra forma, que certamente não será a que ela acha correta, mas a que nós entendermos ser!

Nesse caminho, vamos ficando críticos, controladores, intolerantes, ardilosos, impiedosos, em resumo, nos tornamos modeladores de pessoas!

Esse não é um bom caminho! Definitivamente não é!

E qual a solução para isso? Como contornar tais situações tão comuns?

Aprendendo a aceitar as pessoas como elas são. Mantendo a liberdade nas relações, cultivando o respeito pelas vontades alheias e entendendo principalmente que ninguém, ninguém mesmo é responsável pela sua felicidade. Da mesma forma, jamais aceite o peso da responsabilidade de fazer alguém feliz.

Quando o comportamento de alguém lhe fizer mal, não tente mudar a pessoa, esse é o pior caminho, mais sofrido, mais tortuoso, mais custoso, mais escuro. Nessas situações de divergências olhe para dentro de você e perceba quais são as emoções que surgem com a situação. É o ciúmes, o medo de perder, a necessidade de aprovação, a ansiedade, o pessimismo, seja qual for a emoção negativa, preste atenção nela e não dê tanto foco naquelas atitudes alheias que você julga equivocada.

Dando atenção ao seu Eu interior você perceberá que sempre busca relações que lhe tragam conforto emocional de acordo com suas crenças, e que sempre que esse seu (e unicamente seu) código emocional interno for quebrado por atitudes alheias julgadas por você como destoantes, então as mágoas, os conflitos e as confusões começarão. Uma vez que você parar de procurar relações com o objetivo de confortar as suas emoções internas, mas principalmente com a ideia de conviver bem com o mundo, encontrando plenitude e bem viver, você perceberá uma mudança drástica na qualidade de seus relacionamentos.

Não seja um modelador de pessoas, seja um modelador de emoções negativas em positivas, porque esse é o segredo para estabelecer relações pautadas no amor e consequentemente na verdade, ou melhor dizendo: a verdade que liberta!

Bruno J. Gimenes

Fonte: http://marcoaureliorocha5.blogspot.com.br/2011/05/nao-seja-um-modelador-de-pessoas-modele.html#!/2011/05/nao-seja-um-modelador-de-pessoas-modele.html

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A INVEJA

 Inveja. Eis um dos sentimentos mais torpes e difíceis de serem eliminados da alma humana. Trata-se de um dos vícios que mais causa sofrimento à humanidade. Onde houver apego à materialidade das coisas, notadamente em seu significa...
do, naquilo que o objeto de desejo simboliza em termos de bem-estar e status quo, aí estará a inveja, sobrevoando os pensamentos mais íntimos qual urubu ou abutre insaciável, esfomeado pela carniça. A cobiça é o seu moto-contínuo.

Há pessoas que se colocam como cães de guarda, sempre alertas ao menor ruído. Basta alguém se destacar em alguma área, por mais ínfima que seja e lá estará o invejoso, pronto para apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo. Uma roupa diferente, um calçado da moda ou mesmo um brico ou pulseira bem colocados, já torna-se motivo para elogios, nem sempre sinceros. As mulheres, e que me perdoem as mulheres, elas são pródigas nesse tipo de expediente.

COBIÇA E BEM-ESTAR

Torna-se necessário, contudo, diferenciar a inveja, a cobiça, da busca do bem-estar. Não há nada de errado em trabalhar para se conquistar o conforto necessário à subsistência e às condições materiais imprescindíveis, visando o aprimoramento e a eficiência em determinada atividade, sem causar prejuízo ao próximo. Se alguém possui um objeto ou uma virtude que nos falta, desejá-los com humildade e sinceridade não é inveja.

Todavia ela surge, graciosa e sedutora, quando sentimos uma sensação de perda, um vazio não preenchido pelo objeto de desejo, principalmente quando, numa formulação mental mesquinha e destrutiva, nos consideramos muito mais dignos do que aquele que possui o que não temos.

902. É repreensível cobiçar a riqueza com o desejo de praticar o bem?
— O sentimento é louvável, sem dúvida, quando puro. Mas esse desejo é sempre bastante desinteressado? Não trará oculta uma segunda intenção pessoal? A primeira pessoa a quem se deseja fazer o bem não será muitas vezes a nossa? (O Livro dos Espíritos - Ed. LAKE)

A acepção desta pequena palavra, contida no dicionário Aurélio, é deveras interessante. “Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio.” Os Espíritos que perturbam a nossa relativa felicidade, erroneamente chamados de obsessores, a fim de nos ver nivelados ao seu estado de inferioridade moral, agem movidos pela inveja.

Invejosos eram os fariseus e os saduceus na época de Jesus de Nazaré. Invejoso foi Judas. E Barrabás, ao se ressentir do carisma que o mestre possuía naturalmente em profusão, sem precisar lançar mão de artifícios, poses e posturas afetadas, às vezes até necessárias para um político profissional.

Quantos reis e rainhas não foram massacrados, mortos em circunstâncias misteriosas, efeito direto dessa viciação moral? A chamada “puxada de tapete”, que ocorre nas empresas, nos vários locais de trabalho, inclusive na família e onde quer que se reúnam pessoas, sempre acontece sob inspiração esse vício hediondo e asqueroso.

TRIO DE FERRO

A vaidade e o orgulho, esses dois gigantes da imoralidade, filhos diletos do egoísmo, combinados proporcionalmente com a inveja, formam um trio de ferro corrosivo, uma espécie de três mosqueteiros às avessas. Um triunvirato repugnante e nauseabundo, espécie de tríade repulsiva e sinistra.

Se nos consideramos mais merecedores do que o próximo que tenha aquele belo carro do ano, imaginando que seria mais “justo” que aquele objeto fosse de nossa propriedade, essa fantasia traz consigo um ranço de origem, proporcionado pela inveja.

Em função desse sentimento mesquinho, muitos grupos espíritas se dividem (aliás, o movimento espírita cresce mais por divisão do que por uma multiplicação previamente planejada) na busca tresloucada de espaços de trabalho, na direção de determinadas atividades, no exercício do poder. É muito comum vermos subgrupos dentro de um mesmo grupo, a popular panelinha, um tipo de trincheira, um gueto mesmo, que se arma contra os que conquistaram, ao longo do tempo, o seu espaço por mérito moral e intelectual.

Esses grupelhos promovem fofocas, queimam pessoas, malham as legítimas lideranças como se fossem Judas, desmerecem o trabalho realizado e promovem intrigas. Tudo por inveja. Não há dor de cotovelo que suporte o sucesso alheio. É por isso que a cobiça, a avidez desmesurada e destrutiva proporcionam um quadro de morbidez e infelicidade para aquele que se alimenta desse sentimento maligno.

O INVEJOSO EM AÇÃO

O invejoso não suporta ver um novato invadir espaços que ele, em sua santa indolência, deixou de ocupar por pura incompetência e comodismo. Se sente atingido, usurpado e se agarra, com unhas e dentes, ao espaço que ele acha que é seu e somente seu. Uma sutileza interessante, já que o homem pré-histórico, movido pelo instinto brutal, destroçava o seu algoz, a fim de se apropriar de seus pertences. O tempo passou, a evolução se processou como convém à estrutura das leis naturais, mas o princípio permanece o mesmo.

O invejoso passa para o boicote, vai minando com fofocas e pequenas atitudes estrategicamente montadas, a fim de destruir o novo trabalhador da Doutrina. Quer provar, ao menos para si mesmo, que o espaço é dele, e somente dele.

Do micro-universo do centro à macro-estrutura do movimento espírita, acontece, analogamente, a mesma situação. Os burocratas do Espiritismo brasileiro, cercados por seus porta-vozes, asseclas e pseudo-intelectuais, se arrepiam só em pensar na perda do poder. Quando algum grupo surge, contestando sua concepção doutrinária e seus esquemas, tratam logo de persegui-lo, taxando-o de antro de obsedados, de anti-fraternos, anti-espíritas etc.

Não dá para negar que muitos até escrevem livros atacando esses grupos, se esmeram na elaboração de artigos e fazem palestras, movidos pela boa intenção. Mas será que, no fundo, não há também uma razoável dose de inveja do vigor da juventude intelectual e moral que, inevitavelmente, agride os indiferentes?

INSTINTO DEGENERADO

A inveja é uma das facetas do instinto de destruição degenerado, estagnado, pois ela conduz o invejoso ao extermínio, ao transtorno e à ruína de si mesmo.

“Puxa, que belo quadro, gostaria de tê-lo pintado!”
“Que livro interessante, desejaria tê-lo escrito!”
“Caramba, que sacada, por que não tive essa idéia antes!”

Se o sentimento de surpresa diante de uma obra, de um feito ou de uma rara virtude for digno e generoso, não há inveja. Trata-se apenas de um incentivo, um grande estímulo para que nos empenhemos em adquirir novas virtudes, produzir quadros mais belos se formos artistas, textos mais requintados se formos escritores, tortas mais saborosas se formos um mestre-cuca.

O Espiritismo nos ensina que as pessoas que agem de modo desinteressado, com benevolência e ternura, de forma natural, sem afetações, sem hipocrisia, são como velhos guerreiros que no passado já autoconstruiram e conquistaram sua grandeza moral. Ter o desejo de se comportar como essas pessoas não é inveja. Se fosse, seria uma inveja deveras singular.

Daí que o modelo de virtude eleito pelo Espiritismo, Jesus de Nazaré, torna-se ao menos para nós, ocidentais, uma referência longínqua e ao mesmo tempo muito próxima, uma baliza, um marco para a busca necessária da virtude, de uma ética condizente com as leis naturais.

A VIRTUDE

Segundo Platão e Sócrates, virtude não se ensina. A virtude (aretê) nada tem de opiniático. Trata-se de um dom ofertado por Deus, segundo a concepção socrática. Mas virtude é conhecimento, e como tal, segundo os gregos, não pode ser ensinada. Ou seja, não é uma técnica, um conhecimento formal, que possua o mesmo sentido lógico e racional de uma equação matemática ou mesmo de um teorema. Esse aforismo conhecer a si mesmo, a grande máxima inscrita no Templo de Delfos e adotada por Sócrates, é um dos fundamentos de sua doutrina.

Com Sócrates e Platão entendemos que aprender é recordar, relembrar, é rever, revisitar. Eles eram reencarnacionistas e inauguraram uma concepção toda nova do que se convencionou chamar de alma (psiquê), algo imponderável e que sobrevive à matéria. Não foi à-toa que Allan Kardec os considerou, e com razão, como precursores do Espiritismo.

Essa questão da virtude, na história da filosofia, é uma das muitas questões ainda em aberto. Os neo-platônicos, existencialistas, marxistas, positivistas, neo-evolucionistas, e outros istas não se entendem em relação a essa questão. Nem mesmo os espiritistas. Intelectuais espíritas, de mentalidade cristã e formação religiosa, possuem pontos de vista nem sempre compatíveis com espíritas de mentalidade laica e formação mais filosófica e científica.

Segundo o Espiritismo, a evolução moral nem sempre acompanha a evolução intelectual. No processo evolutivo é necessário primeiramente o conhecimento do bem e do mal, somente possível em função do desenvolvimento do livre-arbítrio, consequência natural do aprimoramento intelectivo. A evolução moral é uma consequência da evolução intelectual. “A moral e a inteligência são duas forças que não se equilibram senão com o tempo” ( LE - p. 780-b).

A virtude, segundo o Espiritismo, é uma qualidade primária, um atributo, uma característica variável em função do nível evolutivo do Espírito, o sujeito pensante, que sente, reflete e age. A virtude é uma propriedade moral adquirida, consquistável. Segundo Kardec, “aquele que a possui a adquiriu pelos seus esforços nas vidas sucessivas, ao se livrar pouco a pouco das suas imperfeições” (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Introdução - LAKE).

Para se combater os vícios, nada melhor do que aprimorar as virtudes, com conhecimento de causa. Aí está a chave da questão. O ato de reprimir as viciações é sempre louvável, mas se não vier acompanhado de um processo de autoconhecimento, de autopercepção, não terá sentido. Sem uma atitude racional, sem o devido bom senso, o que temos é a hipocrisia, a repressão cega e insensata com o verniz da virtude piedosa, uma usina produtora de sepulcros caiados.

A EDUCAÇÃO

O Espiritismo nos oferece uma compreensão racional muito bem fundamentada na observação, na experimentação. A base de todas as viciações se acha no abuso das paixões. “As paixões são como um cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa.” (LE - p. 908).

O princípio das paixões não é um mal. O mal está no exagero, nos excessos e nas consequências nefastas que possam existir quando há o abuso. Segundo o provérbio latino, “o abuso não desmerece o uso”.

A saída que o Espiritismo propõe é a educação. Nesse sentido, podemos afirmar que, ao contrário dos filósofos clássicos, a virtude pode ser ensinada, não no sentido tecnológico, formal, mas como um conjunto de caracteres passíveis de serem moralmente formatados.

O comentário de Allan Kardec, a esse respeito, é bem elucidativo: “A educação, se for bem compreendida, será a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, poder-se-á endireitá-los, da mesma maneira como se endireitam plantas novas. Essa arte, porém, requer muito tato, muita experiência e uma profunda observação. É um grave erro acreditar que basta ter a ciência para aplicá-la de maneira proveitosa.” (LE - p. 917)

A educação segundo o Espiritismo é moralizante. O moralismo hipócrita não cabe em seus princípios. A educação espírita é libertária sem ser libertina. Ela não é religiosa; é cultural, reflexiva e tolerante.

Trabalho, solidariedade e tolerância, o lema que Kardec adotou para si se constitui, em termos sintéticos, numa atitude entusiasta e viril diante da vida. Sentimentos viciosos como a inveja, o orgulho, a hipocrisia, dentre tantos outros, se esvaem, tendem a se diluir e se reordenar diante do processo de transformação moral que o Espiritismo propõe, na incessante busca da sabedoria e da virtude.

Fonte: Eugenio Lara

INVEJA - O FOGO QUE CONSOME



O sentimento de inveja é uma das principais causas de infelicidade.

Somente compreendendo a estrutura básica da inveja podemos reconhecer esse sentimento em nós e aprendemos a lidar com ele em nossa vida e nosso comportamento.

O mecanismo intelectual básico responsável pelos ressentimentos é a comparação.

Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos, em algum aspecto, inferiores, estamos com inveja. Nem toda comparação leva à inveja, mas esta é sempre resultado de uma comparação.

É a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, tristeza, mal estar, acanhamento, por nos sentirmos menores, menos, por não possuirmos o que o outro possui, por não sermos o que o outro é. É um desequilíbrio íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade fruto da comparação.

Esse processo é muito sutil e encoberto. Escondemos de nós mesmos esse sentimento de inveja através de mecanismos de defesa que desde cedo nos foram sendo ensinados. Não temos consciência de que somos invejosos.

Um dos mecanismos mais comuns é o processo em que ao nos sentirmos menos que os outros nós nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal estar do desequilíbrio. Falamos exageradamente bem de nossas próprias coisas e ao mesmo tempo procuramos diminuir o outro através de críticas. Quando criticamos alguém, quando sentimos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele. O arrogante é a pessoa que parte do pressuposto de que é inferior às outras pessoas.

O invejoso é incapaz de ver a luz, a alegria, o brilho, a luminosidade das outras pessoas. A inveja é própria daqueles que não encontraram respostas para a diversidade das pessoas e do mundo. Essa incapacidade de aceitar que as pessoas e as coisas sejam diferentes é uma rejeição da sua própria pessoa como sendo diferente das demais. A inveja é a auto-aversão por não sermos como os outros são.

Toda a nossa cultura é a cultura da comparação e nós aprendemos desde muito cedo a interiorizar esse processo em nosso comportamento. Como tudo está em relação, nós perdemos a capacidade de ver as coisas em si mesmas e só conseguimos entender as coisas e as pessoas em comparação umas com as outras.

Na família, por exemplo, sempre houve alguém que em um ou outro momento nos foi apontado como padrão ou a quem nós fomos apontados como modelo. É imensa a carga de comparação a que somos submetidos em toda a nossa vida. É uma força tão grande que poucas vezes nos damos conta dela.

Todo o sistema escolar é baseado na comparação. Primeiro lugar ... segundo lugar.... último lugar ... classes mais adiantadas... classes mais atrasadas ... notas ... avaliações...

Em outras instituições, na igreja, nas empresas, nos clubes, sempre nos foram dados padrões de modelos a seguir. Sempre fomos convidados a reforçar o caminho da comparação. A força da comparação é tão presente em nossas vidas que poderíamos chamá-la de sangue cultural.

Sem consciência desse processo dificilmente conseguiremos reconhecer, trabalhar e sair do sentimento de inveja. Provavelmente viveremos em estados depressivos constantes, com freqüentes sensações de impotência e inferioridade, em momentos de insatisfação, sem ao menos perceber em nós mesmos qualquer traço de inveja.

A sociedade é sempre comparativa em seus vários instrumentos de transmissão cultural. Nos filmes sempre existem nossos heróis, nossos padrões. Toda propaganda é baseada no processo comparativo entre nós e os modelos que nos são apresentados. A trama base da propaganda consiste em construir um quadro com qualidades de riqueza, poder, prestigio, inteligência, dinamismo, beleza, força, magnetismo pessoal, para que nos comparemos com os ambientes e pessoas apresentados e nos sintamos inferiores, magoados e diminuídos, e em seguida nos é indicada a solução para resolver aquele mal estar: a compra de algum produto que nos fará iguais aos padrões apresentados.

Existe um tipo de comparação com a qual sairemos do processo da inveja, é a autocomparação. Em termos sociais, psicológicos, financeiros, espirituais, estamos hoje melhores ou piores do que há algum tempo?

Há uma grande diferença entre a comparação com os outros e a comparação conosco mesmos. Na autocomparação fortalecemos o nosso ser, o nosso centro, o nosso ponto de equilíbrio. Passamos a nos dirigir de dentro em função do que realmente somos e não em função do que os outros esperam de nós. Nós passamos a ser o nosso único ponto de referência. Passamos a ser donos da nossa própria vida, pois quando nos comparamos com os outros eles são o nosso padrão, somos dirigidos de fora.

A auto-comparação leva a um fortalecimento interior, fortalecemos nossa identidade, reencontramos a nós mesmos. Passamos a ser o nosso próprio ponto de apoio. Na etero-comparação nós nos alienamos, perdemos a nossa identidade e passamos a estar na vida para realizar expectativas fora de nós.

O mundo é o mundo das diferenças. Cada pessoa tem o seu jeito, seu caminho, seu próprio nível, sempre haverá alguém melhor do que nós em algum aspecto. Não estamos no mundo para sermos mais do que ninguém, mas para realizarmos o nosso próprio potencial, sendo cada vez melhores comparados conosco mesmos.

Só quando estamos centrados em nós mesmos e o mecanismo da autocomparação já faz parte do nosso comportamento, é que nos será possível comparar-nos às outras pessoas e aprender com elas, isso é admiração.

No fundo de cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração, mas este só pode desabrochar quando estamos centrados no nosso próprio tamanho, em postura de agradecimento pelo que já somos ou temos. Admiração pelo outro e tristeza conosco é inveja.

Só quando formos padrão de nós mesmos reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exercício da autocomparação nos levará à auto-aceitação, à realização do nosso próprio tamanho.

“Há cerca de 100 anos atrás um mestre idoso e coberto de honrarias estava à morte. Seus discípulos perguntaram:

- Mestre, você está com medo de morrer?

- Estou, respondeu ele. Estou com medo de me encontrar com o criador...

- Mas como, disse um discípulo, você que teve uma vida exemplar, assim como Moisés tirou-nos das trevas da ignorância...

- Você fez julgamentos justos como Salomão, disse outro discípulo.

O mestre respondeu:

- Quando eu me encontrar com Deus ele não vai me perguntar se fui Moisés ou Salomão, ele apenas vai me perguntar se eu fui eu mesmo.”
 
Fonte: http://marcoaureliorocha5.blogspot.com.br/2009/04/inveja.html#!/2009/04/inveja.html

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Tentaçoes dos Tipos



A tentação do Nove é acreditar que a tranqüilidade é um valor maior;

a do Oito é acreditar no seu próprio poder;

a do Sete é acreditar que possessões materiais o realizarão;

a do Seis é acreditar na segurança proporcionada pelas outras pessoas;

a do Cinco é acreditar que o conhecimento é um fim em si mesmo;
...

a do Quatro é acreditar na sua liberdade para fazer o que quiser;

a do Três é acreditar na sua própria excelência;

a do Dois é acreditar na sua própria importância e,

a tentação do Um é acreditar na sua própria retidão.

Por: https://www.facebook.com/#!/groups/168318086565873/doc/413587732038906/

Ilusoes dos tipos


O que é estranho é que, em nossa busca da razão da vida, nós estamos na difícil situação de buscar o que é realmente bom para nós, sem um entendimento claro do que é. Cada tipo de personalidade tende a buscar, o que ele pensa que é bom para ele, nos lugares errados, da maneira errada, ou ambos.
 
  •  O Dois pensa que será feliz se for amado (ou adorado)... pelos outros,

  • O Três se for admirado pelos outros,
  • O Quatro se ele for totalmente livre para ser ele mesmo,
  •  
  • O Cinco se ele tiver certeza intelectual,
  •  
  • O Seis se ele tiver absoluta segurança,
  •  
  • O Sete se ele possuir tudo que quiser,
  •  
  • O Oito se tiver as coisas da sua maneira,
  •  
  • O Nove se ele puder "fundir-se" com alguém, e
  •  
  • O Um se ele for perfeito.

Riso e Hudson.

O que acontece quando o ego nos comanda:


Forçando os outros a amá-los,

os Dois terminam sendo odiados.

Engrandecendo-se, os Três acabam sendo rejeitados.

Seguindo somente seus sentimentos, os Quatro acabam desperdiçando suas vidas.

Impondo suas idéias sobre a realidade, os Cinco terminam desligados da realidade.

Sendo muito dependentes dos outros, os Seis terminam sendo abandonados.
...

Vivendo para o prazer, os Sete acabam frustrados e insatisfeitos.

Dominando os outros para terem o que querem, os Oito acabam destruindo tudo.

Acomodando-se demais, os Nove tornam-se conchas subdesenvolvidas e fragmentadas.

Tentando perfeição sem sensibilidade humana, os Um acabam pervertendo a própria sensibilidade.

Hudson e Riso

Remedinhos para os Tipos:


O 2 precisa superar a tendência à autodecepção com a autocompreensão do 4 saudável;

o 3, precisa superar a inveja maliciosa dos outros caminhando para a lealdade do 6;

o 4, superar a autodestrutiva subjetividade com a objetividade e autodisciplina do 1;

o 5, superar sua auto-anulação movendo-se para a coragem do 8;
 o 6, superar suas suspeitas d...os outros movendo-se para a receptividade do 9;
o 7, superar sua impulsividade movendo-se para o envolvimento do 5;

o 8, superar seu egocentrismo movendo-se para a consideração pelos outros do 2;

o 9, superar sua complacência movendo-se para a ambição do 3;

o 1, superar sua inflexibilidade movendo-se para a produtividade do 7.

Riso e Hudson

O nascimento do ego


IRA - Ela nasce da busca da perfeição. Ficamos com raiva por tudo não ser perfeito. Buscamos a perfeição em nós e nos outros como o bem maior. Assim, o E1 é minucioso, cuidadoso e crítico.
 ORGULHO - Ele nasce do esquecimento das nossas necessidades. Queremos ajudar, ser bons, não precisamos de nada. Não sabemos nem pedir. O E2 é prestativo, compre...
ensivo e paciente em aguardar o sucesso.

VAIDADE - Nasce do desejo de sermos admirados pelo que fazemos. Nem sabemos quem somos, sentimos que os outros só nos amam se temos sucesso. O E3 é a imagem do sucesso, e demonstra.

INVEJA - Nasce porque percebemos a beleza nas outras pessoas e não conseguimos perceber a nossa. Somos sensíveis, profundos e invejamos a "beleza" dos outros. O E4 é "diferente", vive no passado.

AVAREZA - Nasce porque temos medo de perder o que temos e ficarmos vazios. O que temos é precioso; conhecimento, afeição, não só dinheiro. O E5 é solitário, estudioso, técnico e observador.

MEDO - Nasce porque percebemos o mundo como um lugar cheio de perigos e de conspirações. Se não nos dizem algo, deve ser porque tem algo que pode nos ameaçar. O E6 é desconfiado, leal e vigilante.

GULA - Nasce do medo da "abundância" acabar. Como somos especiais, merecemos mais de tudo que é bom. A comida é o item mais mal interpretado neste caso. O E7 é genial, é o máximo!

LUXÚRIA - Nasce da nossa necessidade de adrenalina. Queremos ser notados, respeitados. Queremos controlar tudo e todos. O E8 é confrontador, defende os fracos, vê as pessoas como alvos.

INDOLÊNCIA - Nasce de nos sentirmos completos. Se estivermos em harmonia com o universo sempre alguém cuidará de nós. O E9 é mediador, evita confrontos, todo mundo se preocupa demais!
www.fredport.com

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cascata de Luz



“Existem os que seguem e os que param. Os que dizem “não tenho nada com isso”, e os que se sentem responsáveis por tudo e por todos. Os que só sabem criticar e os que estão presentes no sofrimento que hoje invade a Terra. Os que não matam esperanças, que não fazem mal a ninguém, e aqueles que só criticam e maltratam. Os que são covardes, por isso contra a caridade, e os que se ocupam com o sofrimento alheio. Há também os que procuram os livros doutrinários e os que os ignoram, porque os levam à verdade. Os que seguem, seguem e seguem..., buscando sempre aprender, e os que julgam que tudo sabem. A vida é uma estrada de quilômetros e mais quilômetros, mas do que suficientes para dividir os homens em duas categorias: os que seguem e os que param.”

Fonte: Luis Sergio

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O DIÁLOGO DOS POTES



"Havia dois grandes e belos potes que, num canto do quintal, falavam entre si:
- Ah que tédio! Viver aqui, exposto a tudo: sol, vento, chuva, calor... Por mais que eu me proteja, como sobreviverei? Aqui estou, perfeitamente tapado, lacrado para proteger-me e ainda assim sinto-me ameaçado, vazio. Não vejo graça em estar aqui.

Tranquilamente, com amor e humildade retruca o outro pote:
- Veja, me encontro aqui, aberto, nada me protege a boca, ou melhor, o meu interior. Cai a chuva, eu a recebo. Vem o vento, eu o sinto bem dentro de mim. Vem o sol e me leva as gotinhas que retornam para o céu. Vem o novo e eu me torno o sujeito com e ao lado dos outros. E nem por isso me sinto ameaçado...
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- Ora, grandes vantagens! Seu interior não guarda mais a cor original como o meu, sua cor é cada vez mais diferente. Você não é mais o mesmo!
- Sim! E isso me alegra! O meu interior se transforma a cada dia à medida que novas coisas me penetram. Posso sentir cada criatura que me visita e cada uma delas deixa algo de si para mim, assim como deixo para elas, pouco a pouco, minha cor.
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- É, mas você não tem mais paz. A todo instante você é solicitado. Carregam você todo dia para levar água, ao passo que eu permaneço em meu lugar. Ninguém me incomoda quando se aproxima, já sei que é você que eles querem.

- Sim, se solicitam é porque tenho algo a dar e o que dôo não é diferente do que você pode dar. Deixo-me encher pela água que cai da chuva, tanto sobre mim quanto sobre você. Encho-me até transbordar. Outros seres precisam desta água e eu os sirvo. Me esvazio e me deixo encher de novo. Assim minha vida é um constante dar e receber. Enquanto isso, me desinstalo, saio do meu pequeno mundo e vou ao encontro de outros mundos. Já conheci potes diversos, animais, pessoas, tantas coisas e seres! E cada um me fez perceber ainda mais o pote que sou.
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- Não sei... se continuar assim, brevemente serás um pote quebrado, gasto e, então, do que adiantará tudo isso?
- Creio que se me desgasto a cada dia é para ser possível a vida a outros seres. Vejo que o mais importante não é ser um pote intacto, tal como fui feito, mas um pote de valor como estou me tornando.... Se vou durar pouco tempo, se o pouco que viver tiver sentido, se me trouxer alegrias e me fizer sentir cada vez mais o que é um pote, isso me basta...Já era tarde, o sol havia se escondido quando os dois se cansaram de falar. O pote aberto, sentindo-se cansado, logo adormeceu, o que não foi possível para o outro pote, que não conseguia dormir, pois algumas palavras ditas pelo companheiro lhe vinham à mente e não deixavam em paz:
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- Participar; despojar-se; transformar o interior; paz; esvaziar-se; deixar algo de si; ser pote; deixar encher; pequeno mundo; desinstalar-se; trabalhar em equipe; escutar mais do que falar; amar; encorajar; avaliar; construir coletivamente; semear; ser feliz.
Na manhã seguinte, um pote acordava, o outro dormia, porque fora o grande o seu esforço durante a noite para retirar a tampa que o acompanhava há tanto tempo..."

Fonte: https://www.facebook.com/lucileyma.carazza#!/notes/psicoterapia-regressiva/o-di%C3%A1logo-dos-potes/379374015462703