terça-feira, 17 de junho de 2014

SUPLICA


SUPLICA

E surge uma vontade de me calar para o mundo e me tornar invisível. A loucura me assombra, os ombros estão pesados e o cérebro acelerado.
Se a raiva é proporcional ao tamanho do meu amor, sinto e tenho a convicção que amo e não sei como reverter e transformar este processo ainda.
Estive paralisada e quero me libertar deste apego torpe, que tanto me suga energias.
Faço parte de uma geração de mulheres que não sabem amar e que lutam em nada dar. Um congelamento destrutível e avassalador, do qual necessito me libertar.
Perdoo o passado e reverencio o fato de ter sido presenteada com a vida.
Agora preciso lutar e romper. Rogo pela energia vital das minhas ancestrais e aceito.


Por: Lucileyma Carazza

MELANCOLIA



MELANCOLIA

É a falta do olhar, do reconhecimento e do acolhimento. A falta do colo. A carência de um buraco que jamais será preenchido.

A agressão veio da pirraça, da cegueira de um ego doente que ocasionou a estagnação dos sonhos e da vida.

Fiquei completamente desprotegida. Fui violentada e me senti humilhada. Perdi a ingenuidade, passei por dificuldades e não fui protegida. Parti para o mundo com o sentimento de culpa e muito ressentimento, fujo da minha essência e me entrego ao mundo das conquistas.

Presa em uma imagem que a vida me proporcionou. Existe muita dor, arrasto este sentimento inconscientemente, caio em lágrimas e sempre perco o sono.

Luto pela sobrevivência e quero ser valorizada e muito reconhecida. A opinião das pessoas que amo, muito me interessa. Sou uma mulher forte e que merece ser respeitada.

O acolhimento surge com o desabafo. Procuro incansavelmente demonstrar que sou digna e casta; e assim, em meio ao caos, retorno a imagem da infância, que se repete através de um ciclo vicioso, registrado na adolescência e que ainda me sufoca.

Preciso reverenciar os antepassados, perdoar o ocorrido, viver no presente e acreditar em minha força interior.

O reconhecimento está em mim, e não vem do outro. Hoje, transbordo em lágrimas que transformam. Permitirei ficar triste, acolherei a minha dor, vou morrer porque necessito renascer.

Reconecto com a vida! Estou inteira e plena. Não preciso conquistar, pois, possuo o dom de gerar e não abdicarei mais a minha essência.

Sou uma mulher com inúmeras virtudes, que vez e outra, se depara com alguns demônios da alma. Me liberto da culpa e da carência. Perdoo o passado. A minha voz interior se manifesta: não foi minha a culpa de tamanha agressão.

Minha força vital está restabelecida e posso seguir adiante. Possuo o dom da escolha e quero um lindo jardim. Tenho o dom da VIDA, a qual esteve adormecida em mim.


Por: Lucileyma Carazza

A RAIVA É PROPORCIONAL AO TAMANHO DO SEU AMOR.


POR: PAULA JÁCOME