MERO ADEREÇO
Até
onde estamos envoltos
Disfarçados
em virtudes
Vivenciando
aparências?
Não
sei mais ao certo
Até
onde sou pura máscara
Vivendo
para sobreviver ou agradar...
Ando
vazia de pensamentos,
Talvez
até de sentimentos
Tudo
está a transgredir.
Vejo
os meus defeitos,
Sinto
o meu egoísmo
E
vivo o meu vazio existencial.
Oscilo
entre a luz e as trevas
Carrego
o meu “Karma”
E
liberto o meu “Dharma”.
O
ego é o meu algoz,
Pois,
minha máscara
Ainda
é gigantesca.
Não
tenho medo,
Muito
menos vergonha e culpa,
Ainda
sinto muita raiva...
Sinto
o vazio
Como
um buraco
Sem
fundo...
Estive
acelerada,
Lotada
de sentimentos, pensamentos,
Padrões,
regras e lixo...
Custei
esvaziar
E
vivencio o silencio em sua plenitude
Como
um vício existencial
Talvez
uma nova máscara,
Um
novo caminho
Um
estado de espírito inconstante...
Não
quero contestar,
Ter
razão e fundamentar
Vou
apenas vivenciar e me entregar...
Tenho
este vazio a preencher
Com
tudo novo
Em
constantes ciclos...
Virtuosos
e viciosos
Em
estágio permanente
De
evolução.
Pois
tenho esta essência
Defeituosa
e acessa
Que
grita por lapidação.
Olho
para a minha máscara,
Sinto
compaixão
E
clamo por sabedoria e muita paciência.
Por: Lucileyma
Carazza