quarta-feira, 28 de agosto de 2013

E QUANDO APRENDI A AMAR




E QUANDO APRENDI A AMAR

Dizem que: “aprendemos na dor ou por amor”. Havia me comprometido a escrever sobre o amor e não me sentia suficientemente inspirada. Descobri que a minha falta de inspiração não tinha nada haver com o que estava vivenciando, e sim, porque me encontrava em processo de digestão emocional.

Neste instante parei a minha vida. A dor era imensa e não sabia ao certo como reagir. Me entreguei a dor. De joelhos debaixo do chuveiro: chorei, gritei, roguei e esperneei. Fiz pirraça mesmo! Por algumas horas me entreguei a aquele sentimento. Tudo que eu mais queria era não sentir aquela dor.

Voltei ao estágio da criança abandona. Aquela criança sentada no sofá, conversando com o passarinho, sem chão, teto e muito menos afeto, chorando escondido sem saber o que havia acontecido. Respirei e suspirei! Perdoei o passado e fiz as pazes com aquele momento e por aquela dor. No instante da pirraça percebi que ninguém poderia fazer nada por mim, a não ser eu mesma. Senti compaixão por mim e me acolhi. Reverenciei o passado e conscientizei de que se eu não me acolhesse ninguém mais o faria, e mesmo que alguém o fizesse, não seria suficiente.

Comecei a perceber que sou um ser humano repleto de defeitos e qualidades e que caberia a mim decidir o que deixaria crescer no meu coração. Com isto, a intuição GRITA! Percebo que não sabia meditar, e hoje, sou viciada. Não sabia sequer respirar e hoje transbordo o meu ser em suspiros. Eu não sabia o real sentido de realizar caridade, mesmo praticando. Existia em mim uma Fé submissa e insossa e hoje tenho a convicção de que tudo esta bem e no seu devido tempo. Achava que não sabia amar, e hoje, vejo que sempre soube amar.

É que eu era um cavalo selvagem na savana correndo atrás do amor e justificava os meus atos por amor. Ainda não estou completamente domesticada, e não quero isto, porém, quando o coração grita em dor, paro, olho, escuto e escolho.

Escolho ser feliz! Escolho com a sabedoria de que posso amar à distância, posso amar não ser amada por quem o meu ego escolheu e escolho ser amada e amar tudo aquilo que me faz bem. Vejo nascer no asfalto quente uma margarida e suspiro: ISTO É AMOR!

Fato é que: na dor é aonde encontramos com o nosso melhor e o nosso pior. A digestão emocional não é um processo simples. Como diz uma amiga: “Dói! Dói muito!! Mais é muito mais gostoso”.

Não sou escritora apenas vomito os meus sentimentos, aqui, aprendi que levo amor para o coração de pessoas das quais nem conheço e isto é amor. Um feixe de luz do meu ser, o qual, doo ao mundo sem esperar nada em troca.  Não sou terapeuta faço terapia porque quero crescer e divulgo tudo que aprendo com as pessoas, porque gostaria que todos sentissem tudo que eu aprendo. Não sou religiosa e vivencio Cristo em sua plenitude e simplicidade. Sei que sou uma péssima advogada porque não possuo a malícia de um, e com isto, me perco em um universo paralelo entre os animais, plantas e principalmente no mar. E só vejo AMOR! Sinto o amor e reverencio o amor...

E olha o quanto cresci! Na dor, que fique bem claro!

Aqui, aprendi que entre os animais não existe ressentimento, eles amam simplesmente porque amam e são livres. As plantas brotam e nascem quando existe harmonia no meio ambiente e elas germinam sem que ninguém as plante e nos fornece sombra, alimento e flores, muitas flores! O mar é fascinante porque na beira da praia somos todos iguais. Ele proporciona diversão, reflexão, alimento e contemplação. No direito aprendi que o humano ainda precisa de regras por não ser livre e amoroso o suficiente para com o outro. O Direito para mim é a maior falta de amor existente na face da Terra, porque se amassemos de fato não precisaríamos de regras e penalidades.

Não sei se estou sendo clara, mas estou tentando dizer que amar é um estado de espírito. Amar é ser amoroso com mundo sem esperar nada em troca. Quando nos amamos somos mais completos, realizados e aptos a amar. AMAR POR AMAR, SEM ESPERAR NADA EM TROCA. O amor é suspiro e tranquilidade.

Quando nos amamos abrimos mão dos julgamentos, dos espelhos, das decepções, das tristezas e dos lutos. Quando nos amamos sentimentos compaixão para conosco e para com o próximo e não atiramos mais pedras. Quando nos amamos aprendemos a ser feliz com o que tem para hoje e paramos de cutucar feridas. Na verdade, a ferida é apenas o ego viciado, em querer por querer, e principalmente, querer a qualquer custo nos colocar infelizes porque ficamos na busca incansável pelo o que não temos e não valorizamos o que temos de fato.

Feliz grito: EGO, você ainda me atrapalha! Sou grata a você, sem você eu não sobreviveria. Agora sei que você existe e você não me dominará mais. Agora tenho sabedoria e não me prejudicarei mais. Me aceito do jeito que sou. Não sou vítima e nem algoz sou Centelha Divina! De hoje e sempre me permitirei viver com o meu coração de mãos dadas com o cérebro e o instinto.

Tudo bem que a dor de cotovelo espreme o coração, talvez, seja este o seu momento. Pare, escute, respire e aprenda: Amar é ser amoroso com você.

Hoje escolho ficar entre os buquês de rosas, com os livros que recebo, com os presentes inadequados e com todos os ursinhos de pelúcia. Contemplando o quando o Universo é generoso comigo me deparo com esta citação, que traduz tudo que eu gostaria de dizer:

Amar quem nos faz mal, é se odiar.” (Paula Jácome)

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

AMOR



AMOR

Dizem que amo demais
Que é lindo o meu jeito de ser
Que sou especial
Que amo como um cavalo selvagem
Que me entrego  e vivo!
Que nada me prende
Que posso de tudo...
Fato é que em se tratando de amor
Sou uma negação
Porque me perco e enlouqueço.
Com o coração apertado
Onde a alma clama por paz...
Abro os braços em um lugar tranquilo
Solto um sorriso,
E concluo: esta tudo bem...
É apenas o meu coração generoso
Se metendo em encrencas...
É apenas  ressaca de Carnaval
Abrace as outras oportunidades
Porque o mundo é generoso contigo...
Com o tempo o amor será em dobro
E reverenciará todo o aprendizado...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

GAROTA MÁ




GAROTA MÁ

Não sou adepta
As hierarquias e obediências
Não questiono muito
Julgo a humanidade burra
Com regrinhas de consumo
E de convivência social
O meu conceito de mundo
É simples e regado de magia
No meu caminho
Existem sempre andorinhas...
É que sou meio Franciscana
Talvez seja o momento de me assumir
Não sou feliz em selvas de concreto
Em escritórios politicamente organizados
Não gosto do sofisticado elitizado
Gosto de nadar nua ao luar
Vivenciar as estações
Viver  o momento
Conhecer estranhos e culturas
Nunca fui boazinha
O egoísmo me consome
Por ser  livre demais
No meu território devidamente demarcado
Amo ser assim
Amo como um cavalo selvagem
Me entrego a quem não merece
E renego quem me deseja
Neste ciclo concluo
Que de fato quero estar só
Caminhar assim sem nada, vazia...
Observando  e vivendo a natureza
Não sou desta época
Sou antiga por dentro
E nem mais tão jovem assim
Mas sinto como se tivesse 5 anos
Talvez seja isto
Me tornei criança novamente
E não quero ser adulta
Não quero ter insônia, olheiras
E contas para pagar
Acho que assim que começaram
As verdadeiras revoluções
Che e sua motocicleta
Neste instante ele até me pareceu interessante
É que sou Confucionista de alma
E Che, comparado com Confúcio
É apenas uma andorinha...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza