segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O TEMPO



O TEMPO

Quando não temos mais nada para dizer...
Quando ficamos constrangidos,
Quando perdemos a espontaneidade.
Um diz que gosta muito e precisa esquecer.
O outro, que gosta e prefere ficar sozinho,
E acusamos por não saber andar pelos meios.
E acusamos as pirraças.
E nos olhamos com compaixão,
Percebemos e sentimos o perdão...
E quando o abraço ainda é bom?
E ganho vários beijinhos na testa?
E nada de puxões de cabelos, um garro, um sarro gostoso...
E ele nem tenta tirar a sua roupa...
Parece que nem te vê mais como mulher...
Até o sorriso é diferente,
E não consigo ser quem eu era.
Depois de dias...
A expectativa era diferente.
A expectativa é viver no futuro.
Pensei que estaríamos curados.
E que talvez pudéssemos tentar novamente...
Dói! Dói muito ver tudo que perdemos!
O quanto poderíamos ter sido felizes.
E vamos ser felizes!
O tempo sara as feridas,
As minhas e as suas.
O tempo traz outras oportunidades.
A única coisa que apego neste instante é ao tempo.
Com lágrimas nos olhos e aliviada.
Aliviada por ter feito o melhor...
Aliviada por voltar ao presente,
Sem arrependimento ou culpa.
Sinto apenas que não existe amor suficiente.
Porque quando um homem deseja uma mulher...
Puxa pela cintura, beija, atrapalha os seus cabelos e tira a sua roupa.
E não consegue ficar muito tempo longe...
Já disse um milhão de vezes que não quero...
Da boca para fora.
E por que quero muito?
Porque o coração bate forte, sinto muita sede,
Sinto saudades, sei da sua importância,
A perna treme, tenho muitos desejos...
E por incrível que pareça,
Preocupei-me com a sua tosse e com a sua saúde...
Não posso fazer mais nada...
Preciso cuidar de mim agora.
Aceito que é impossível caminharmos juntos.
Respeito e vou respeitar sempre a sua decisão.
E volto ao tempo...
Meu amigo e meu remédio.
Por que quem disse que não podemos curtir uma dor de cotovelo;
E ser feliz ao mesmo tempo?

 Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

A VEZ...

Pitty - Na sua estante
A música da vez!! http://www.youtube.com/watch?v=DP3j6hgS4VY


A VEZ...


Sem ideias e sem saber direito.
Melhor dizer: sem saber o que estou sentido.
Sem vontade de escrever, espernear ou conversar...
Perdi o controle por algum instante.
O nó da garganta desapareceu.
A tristeza, ou melhor, a melancolia voltou.
A melancolia existe quando vivemos no passado.
É apenas a confirmação do óbvio.
Não fomos feitos um para o outro.
E ainda, levo alguns elogios:
Ansiosa, oito ou oitenta e chata!
E acuso as pirraças.
A coitada da terapeuta vai ter muito trabalho.
Ainda bem que posso melhorar.
Quero reencontrar o equilíbrio.
E definitivamente você me leva para longe dele.
Quando juntos, ficava triste pela solidão a dois,
Tive dificuldades em entender...
Separados, ou melhor, depois que você me deixou,
Resolvi aceitar e te esquecer.
Foi difícil porque não tive com quem desabafar.
Em um momento de festas e confraternizações.
E tive que esforçar...
Esforçar para não fazer um barraco ou uma loucura.
Esforçar para não dizer para os outros sobre o que durou tão pouco tempo.
Um tempo gostoso e importante para mim.
Um tempo que preciso guardar no fundo do meu coração,
Com muito carinho para prosseguir.
E me esforcei muito.
Esforcei para respeitar a sua decisão.
Porém, você voltou cutucando a ferida.
A única existente.
E agora você conseguiu, mais uma vez.
Espero que esta seja à última.
Não sou terreno baldio.
Sou Solo Sagrado!
Não quero ter vergonha de mim.
E sabe tudo aquilo que nunca te disse?
Não foi pela sua perfeição,
E sim, porque quero ser uma pessoa melhor.
Não quero acusar e nem apontar.
Neste instante tomo a decisão:
Jogo fora de dentro do meu coração,
Toda mágoa, toda falta de respeito e;
Toda falta de amor.
Tenho direito a um coração inteiro.
Tenho o dever de recomeçar.
Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza