sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

"No primeiro dia pensei em me matar. No segundo, em virar padre. No terceiro, em beber até cair. No quarto, pensei em escrever uma carta para Marcela. No quinto, comecei a pensar na Europa e no sexto comecei a sonhar com as noites em Lisboa.
Em seis dias Deus fez o mundo e eu refiz o meu."

 (Memórias póstumas de Brás Cuba- Machado de Assis)

Salmos - cap. 51

Salmos - cap. 51

Salmos 51:1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões.
Salmos 51:2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado.
Salmos 51:3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
Salmos 51:4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.
Salmos 51:5 Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.
Salmos 51:6 Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria.
Salmos 51:7 Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve.
Salmos 51:8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste.
Salmos 51:9 Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades.
Salmos 51:10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.
Salmos 51:11 Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.
Salmos 51:12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.
Salmos 51:13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti.
Salmos 51:14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça.
Salmos 51:15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores.
Salmos 51:16 Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos.
Salmos 51:17 Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.
Salmos 51:18 Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.
Salmos 51:19 Então, te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar se oferecerão novilhos.

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia do matrimônio.
O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:
“Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã, minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e, quase se arrastando, a levou até a caminhonete.

Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou!

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

- Meus filhos, foram 55 bons anos… Ninguém pode falar do amor verdadeiro, se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.

Ele fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros… Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim, e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto, que não gostaria que sofresse assim.

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”

E por fim, o professor concluiu: “Naquele dia, entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.”

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar, pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

“Quem caminha sozinho, pode até chegar mais rápido. Mas aquele que vai acompanhado, com certeza, chegará mais longe, e terá a indescritível alegria de compartilhar alegria… alegria esta, que a solidão nega a todos que a possuem”

Autor: Desconhecido