domingo, 9 de junho de 2013

"Noite de lua cheia...
Figuras femininas
Despem-se diante da luz mágica
Que as embebedam de sensualidade
O uivo alcança o tom mais alto
E a dança convida ao acasalamento
Noite de lua cheia...
Mulher transformada em loba
Na caçada que domina a noite
Cheiro aguçado, desejo revelado
Noite de lua cheia...
Da boca que devora a carne
Na satisfação do corpo
Na dominação do outro
Noite de lua cheia..."

(Jacqueline Batista)

Tem amores


Tem amores rubros...
Blues
Verdes
Arco-íris
Cinzas
Tem amores Rosas...
Tulipas
Orquídeas
Flores do Campo
Damas da Noite

Mas o que me encanta mesmo...
São os amores Girassóis!
Solares
Abertos
Radiantes...

Ahhh, estes iluminam!
Iluminam até um sorriso triste.

Libertária
Edição: Libertária

A Grande Crise...

 
A Grande Crise...Jesus volta para convidar-nos à compaixão. Se não puderdes perdoar, pelo menos, desculpai aqueles que vos ferem, que vos magoam, e se não tiverdes forças para desculpar, pelo menos, permiti que a compaixão aloje-se nas paisagens tristes dos vossos sentimentos magoados. A grande crise moral da sociedade anuncia a era nova. Buscai ouvir, e escutareis em toda parte a musicalidade dif...erente de um mundo novo; fazei silêncio interior, e ouvireis a sinfonia dos astros. Tende a coragem, pois, de amar, em qualquer circunstância, por que se amardes somente àqueles que vos amam, mais não fazeis do que retribuir, no entanto, se fordes capazes de amar a quem vos alveja com os petardos terríveis da ingratidão, da ofensa, da perseguição gratuita, vosso nome será escrito no livro do reino dos céus e uma alegria inefável tomará conta de vossos corações preenchendo o vazio existencial. Filhos e filhas da alma! Vossos guias espirituais acercam-se-vos, e em torno dos vossos pensamentos enviam mensagens de paz para diminuir a agressividade e a violência. Tornai-vos pacíficos no lar, no relacionamento, nas parcerias, no trabalho, na rua, no clube... Onde estiverdes mantende a paz, sendo pacíficos para vos transformardes em pacificadores. O mundo é o que dele têm feito os seus habitantes, mas, crede em mim, nunca houve tanto amor na Terra como hoje. A violência e a exaltação do crime ganham manchetes, vendem na grande mídia alucinando as vidas, mas nos alicerces da sociedade o amor é o paradigma que nutre as existências de milhões de mães e pais anônimos, assim como de filhos abnegados e estoicos que compreendem os mártires e os companheiros abnegados. Não vos envergonheis de amar! Na época da tirania o vosso amor é semelhante à terra que, exultante, arrebenta-se em flores como gratidão a Deus. Sois as divinas flores da humanidade agradecendo a Deus a presença de Cristo Jesus na Terra. Ide, ide na paz! Amai de tal forma que uma dor imensa de compaixão expresse o vosso amor para a vossa plenitude. É a mensagem dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco neste dia dedicado à gratidão em nome do amor de Jesus-Cristo pelas suas ovelhas. Muita paz, meus filhos! Que o Senhor de bênçãos vos abençoe e permaneça Ele conosco hoje, amanhã e sempre. São os votos do companheiro paternal e humilde de sempre, Bezerra.

ninfomaníacas

ninfomaníacas

mulheres assim não vacilam
vão direto ao p...onto

*líria porto

AS MAIS...



AS MAIS...

E me acabo em lágrimas...
Mais uma vez esta sensação:
O da exclusão!
Do abismo da falta de amor,
Da falta de perdão,
Da falta de esperança,
Da falta da compaixão e
Do fracasso.
O fracasso de ter um sorriso farto
E um coração morto!
O fracasso de não praticar,
Sentir e vivenciar o amor de fato.
Escuto a voz:
É a criança mais uma vez em sua pirraça!
Sussurro: sente aqui e vivencie esta criança
Se a pirraça é esta,
Eu me perdoo
Sonho com o acolhimento
Se não foi desta vez
Não desistirei
Sou Solo Sagrado
E meu coração tornar-se-á fértil
Quando a expiação acabar
Caminharei em Cascatas de LUZ!

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza
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Sergio Vaz


"No caminho do crer e não crer
Vivo na dúvida do milagre
Entre as brumas da uva e do vinho
Sou eu quem destila o vinagre.

Caminho no chão em busca do céu
Num fogo e água que não tem fim

Porque
Não me esforço para acreditar em Deus
Esforço-me para que Deus acredite em mim."


 Sérgio Vaz

A mulher selvagem

 
 
A mulher selvagem
Ela anda enjaulada, é verdade. Mas continua viva na alma das mulheres. Sua beleza é arisca, arredia aos modismos. Ela encanta por um não-sei-quê indefinível… mas que também agride o olhar. É um tipo raro e não tem habitat... definido: vive em Catmandu, mora no prédio ao lado ou se mudou ontem para Barroquinha. E não deixou o endereço. É ela, a mulher selvagem.

Em quase tudo ela é uma mulher comum: pega metrô lotado, aproveita as promoções, bota o lixo para fora e tem dia que desiste de sair porque se acha um trapo. Porém em tudo que faz exala um frescor de liberdade. E também dá arrepios: você tem a impressão que viu uma loba na espreita. Você se assusta, olha de novo… e quem está ali é a mulher doce e simpática, ajeitando dengosa o cabelo, quase uma menininha. Mas por um segundo você viu a loba, viu sim. É a mulher selvagem.

A sociedade tenta mas não pode domesticá-la, ela se esquiva das regras. Quando você pensa que capturou, escapole feito água entre os dedos. Quando pensa que finalmente a conhece, ela surpreende outra vez. Tem a alma livre e só se submete quando quer. Por isso escolhe seus parceiros entre os que cultuam a liberdade. E como os reconhece? Como toda loba, pelo cheiro, por isso é bom não abusar de perfumes. Seu movimento tem graça, o olhar destila uma sensualidade natural… mas, cuidado, não vá passando a mão. Ela é um bicho, não esqueça. Gosta de afago mas também arranha.

Repare que há sempre uma mecha teimosa de cabelo: é o espírito selvagem que sopra em sua alma a refrescante sensação de estar unida à Terra. É daí que vem sua força e beleza. E sua sabedoria instintiva. Sim, ela é sábia pois está em harmonia com os ritmos da Natureza. Por isso conhece a si mesma, sabe dos seus ciclos de crescimento e não sabota a própria felicidade. Como todo bicho ela respeita seu corpo mas nem sempre resiste às guloseimas. Riponga do mato, gabriela brejeira? Não necessariamente, a maioria vive na cidade. E há dias paquera aquele pretinho básico da vitrine. E adora dançar em noite de lua. Ah, então é uma bruxa… Talvez, ela não liga para rótulos. Sabe que a imensidão do ser não cabe nas definições.

Mulheres gostam de fazer mistério. Ela não, ela é o mistério. Por uma razão simples: a mulher selvagem sabe que a vida é uma coisa assombrosa e perfeita e viver é o mais sagrado dos rituais. Ela sente as estações e se movimenta com os ventos, rindo da chuva e chorando com os rios que morrem. Coleciona pedrinhas, fala com plantas e de uma hora para outra quer ficar só, não insista. Não, ela não é uma esotérica deslumbrada mas vive se deslumbrando: com as heroínas dos filmes, aquela livraria nova, um presente inesperado… Ela se apaixona, sonha acordada e tem insônia por amor. As injustiças do mundo a angustiam mas ela respira fundo e renova sua fé na humanidade. Luta todos os dias por seus sonhos, adormece em meio a perguntas sem respostas e desperta com o sussurro das manhãs em seu ouvido, mais um dia perfeito para celebrar o imenso mistério de estar vivo.

Ela equilibra em si cultura e natureza, movendo-se bela e poética entre os dois extremos da humana condição. Ela é rara, sim, mas não é uma aberração, um desvio evolutivo. Pelo contrário: ela é a mais arquetípica e genuína expressão da feminilidade, a eterna celebração do sagrado feminino. Ela está aí nas ruas, todos os dias. A mulher selvagem ainda sobrevive em todas as mulheres mas a maioria tem medo e a mantém enjaulada. Ela é o que todas as mulheres são, sempre foram, mas a grande maioria esqueceu.

Felizmente algumas lembraram. Foram incompreendidas, sim, mas lamberam suas feridas e encontraram o caminho de volta à sua própria natureza. Esta crônica é uma homenagem a ela, a mulher selvagem, o tipo que fascina os homens que não têm medo do feminino. Eles ficam um pouco nervosos, é verdade, quando de repente se veem frente a frente com um espécime desses. Por isso é que às vezes sobem correndo na primeira árvore. Mas é normal. Depois eles descem, se aproximam desconfiados, trocam os cheiros e aí… Bem, aí a Natureza sabe o que faz.

[cronica de Ricardo Kelmer]

Ser ninguém



SER NINGUÉM

“É intolerável ser ninguém.” Na meditação você perde a identidade, mergulhando no universo....
E este é o milagre, quando você aceita ser ninguém, quando você se torna tão comum quanto todos os outros, quando não quer mais reconhecimento, quando pode existir como se não existisse. Estar ausente é o milagre.
As pessoas têm medo de ser ninguém porque toda sua p...ersonalidade terá então desaparecido. Nome, fama, respeitabilidade, tudo isso terá desaparecido, daí o medo. Mas a morte irá levá-las, de qualquer forma. Aqueles que são sensatos permitem que essas coisas se vão por conta própria. Então não haverá mais nada para a morte levar. Então todo o medo desaparecerá, porque a morte não pode chegar até você, já que nada terá restado para ela. A morte não pode matar um ninguém.
Você está aqui, de certa forma, e ainda assim não está.
Você está aqui por causa da velha associação com o corpo, mas olhe com cuidado e verá que não está. E esse reconhecimento, onde há puro silêncio e puro estado-de-ser, isso é sua realidade, que a morte não pode destruir. Essa é a sua eternidade, sua imortalidade.
Não há nada a temer. Não há nada a perder. E se você pensar que perdeu algo – nome, respeitabilidade, fama -, todas essas coisas não possuem valor. São brinquedos de crianças, não servem para as pessoas maduras. Você deve amadurecer, você deve ‘Ser’ apenas.
Seu ser-alguém é tão pequeno. Quanto mais você é alguém, menor é. Quanto mais você é ninguém, maior se torna. Seja absolutamente ninguém e você será um com a própria existência.

 Osho