Toques mais limpos, melodias
sinceras postas ao vento que as levam e as trazem como uma trilha sonora em
nossas histórias.
É preciso chorar, é preciso
deixar as lágrimas ácidas de tanto tempo guardadas, escorrerem por nossa pele
mostrando o que somos por dentro.
Mostrando a dor, o amor, a perca
e o desafio que enfrentamos; da busca constante de ser algo, de querer buscar
algo que não somos.
Tapamos nossos olhos, rebobinando
nossas mentes como verdadeiros alienados da sociedade, esquecendo assim o mais
importante, o mais verdadeiro, o mais simples e o mais singelo, gesto de um
sorriso ou demonstração do que é amor, esquecendo o verdadeiro sentido da vida,
e perdendo tempo.
É preciso deixar a dor apertar no
peito como forma de tortura, porque preferimos o material ao invés do complexo
emocional. Preferimos nos alimentar de restos pelo qual lutamos, pelo qual nos
doamos, vendemos tempos, história, memórias, conhecimento e liberdade.
A vontade de conhecer, de amar de
viver, de buscar... Já não é a mesma, pois estamos descreditados,
desesperançados, despedaçados, mas não nos vemos, afinal como poderíamos nos
enxergar no meio daquilo que nos deixa cego.
Aluna: Clarysse Petersen Rocha -
Eletiva Direitos Humanos e prática de produção de texto.
Quem sou eu
Viver aos olhos de muitos nós
vivemos, aos olhos dos realistas nos existimos, mas e se fossemos
verdadeiramente sincero com nós mesmos, iriamos identificar nosso propósito, algo
pelo qual iriamos viver adoidados?
Só sei que eu cansei, cansei de
levar uma vida fútil e sem agregação em nada decido por então viver, viver tudo
o que a vida me da, todos os momentos ao lado de pessoas que eu desejo passar
uma eternidade, cansei de esperar um sinal divino, cansei de deixar terceiros
decidirem o que eu sou e o que eu posso fazer, irei sair deste escritório e
viverei, viverei como se hoje mesmo fosse morrer, viverei como se a paz mundial
dependesse disto, cansei de mentir sobre o que sinto e por quem eu sinto, eu só
quero amar, é muito difícil de entenderem isso?
Quero expressar me sem ser
julgada, sem ser apontada como a maluca, deixei meus gostos de lado por muito
tempo, escrevi baboseiras sem tamanho para agradecer fulano e ciclano, viverei
feliz, sabendo quem eu sou, é a partir daqui que eu sei meus propósitos, meus
sentimentos e meus gostos, se me perguntarem quem sou irei responder sou quem
sou pelas coisas que gosto ,sou eu quem sou por conta do café, sou eu quem sou
por dançar debaixo da chuva, sou eu quem sou porque te amo sem ter medo, sou
ser vivo, pois respiro, respiro, pois sou ser vivo e é
assim que eu vivo.
Aluna: Maria Luiza - Eletiva
Direitos Humanos e prática de produção de texto.
Equipamento de mergulho
Assim que amanhece me preparo
para mergulhar, tomo meu café e vou me aventurar, coloco meu equipamento de
mergulho e caio de cabeça no oceano coloco meus pés no chão, decido me
aprofundar um pouco mais e logo em frente me deparo com espécies jamais vistas
por mim algumas são amigáveis e se aproximam sem me temer outras no entanto já
ficam receosas com minha presença em seu lar, em minha frente á apenas um breu
e é por ele que vou, não sei o que me espera, não sei o que vou fazer se
encontrar um tubarão a única coisa que sei é que vou por la e espero não
voltar, pois eu sei que se eu voltar aquelas criaturas irão me devorar estou
como qualquer humano em um lugar estranho, não tem mais volta será necessário
continuar. Nunca pensei que estaria em uma situação como essa tão cedo, pois os
meus iguais não deveriam ser assim, na primeira oportunidade fui sufocada, fui
afogada, quase fui degolada, mas antes disso fui salva, salva por quem me
jogaria no mar grudada em uma cadeira de ferro sem chances de jamais escapar,
lhe confiei meu equipamento de mergulho, e mais tarde vi ele jogado no canto da
sala, você disse pra mim que iria cuidar como se fosse seu, pois se importava
para mim importava para tu também, fui trouxa por acreditar, sei que fui pra
esquecer tentei mergulhar novamente, todavia me afoguei de primeira e aceitei
que ia ficar ali, algum tempo se passou e um ser veio me ajudar estendeu sua
mão para mim e me disse ''vamos continuar, não podes simplesmente parar, ainda
há um navio a explorar'' segui com este ser sem ao menos perguntar seu nome,
perguntar o motivo de estar ali seguimos até o navio onde falaram que havia
tesouros persistimos, pois nos arriscamos muito para simplesmente voltar de mão
vazia. Voltamos para a superfície e agradeci pelo o que me disse, assim que me
virei percebi que não estava mais lá, assim como você ele se foi sem nem dizer
o motivo pelo qual veio me dizer um ''oi'', passei dias pensando nisso, queria
saber quem era meu salvador, à quem eu devia a minha vida ele parecia até um
fantasma ninguém sabia nada sobre ele, a única coisa que eu sei é que a partir
daquele dia meu propósito de vida tornou-se conhecer meu salvador a razão pela
qual estou compartilhando isto hoje.
Aluna: Maria Luiza - Eletiva
Direitos Humanos e prática de produção de texto.