segunda-feira, 20 de maio de 2013

GOSTOSURA




GOSTOSURA

Olho para você
Não te reconheço
As curtições e badalações
A falta de juízo
O sorriso solto e farto
Uma pegada ao desconhecido
Uma aventura inesquecível
Ocasionada pela “menosesperança”
Me entrego, gosto e apaixono
Estava muito ferida
E você com toda a sua luz
Sou tão comum e você tão exótico
Num lamento suplico
Deixe-me ir...
Estou com medo
Perdi a minha identidade
Estou na insanidade
Não me reconheço
Sinto culpa...
Escondo a dor
Não quero compartilhar
O corpo não diz nada
A mente briga com o coração
As lágrimas correm em mim
Entristeço com a escolha
Aceito e respeito
Sou apenas uma tola
Com um coração partido
Sei que não me compreendes
Nem eu mesma...

Lucileyma Rocha Louzada Carazza



LUTO





LUTO

Uma constante
Gostaria de acelerar
Acabar com a dor
Sei que é pior
Acolho a dor
Tenho compaixão
Só por hoje
Ou até quando durar
Me  entrego
Não quero um esparadrapo
Anseio a cura da alma
O libertar das mágoas
O perdão do passado
Me aceito assim
Desejo que tudo transforme
Que a primavera ressurja
Já que o verão foi triste
E o inverno cinzento

Lucileyma Rocha Louzada Carazza

E QUANDO




E QUANDO

O coração aperta
E não suportamos carregar
Fazemos pirraças
Abortamos
Cometemos suicídios
Tudo que enxergarmos
É o oposto de uma vida
Tudo que sentimos
É  uma ilusão romântica
Num mundo caótico
Onde o ‘patético’ é o conveniente
Mais aceitável e reverenciado
A sujeira dos olhos aumenta
O ego grita por cicatrizes antigas
Revivemos ciclos antigos
A dor aumenta...
E com isto, interrompemos os novos.
O silencio a constante
A Fé acolhedora o esteio da alma!
O tempo é a ESPERANÇA

Lucileyma Rocha Louzada Carazza