sábado, 29 de dezembro de 2018

O ÚLTIMO CORDEL DO ANO




O ÚLTIMO CORDEL DO ANO

Que esse ano e na vida... você possa recomeçar...
Acreditar é ter fé naquilo que ninguém prova... É dispensar a certeza que geralmente comprova, pois, a dúvida é uma dívida e a conta só se renova. Acredite inclusive no que lhe faz mal também, já que para se proteger é preciso conhecer o que vai se enfrentar. Que você nunca se esqueça, não importa o que aconteça não deixe de acreditar.

Que esse ano e na vida... você possa aprender...
Aprender com cada dor, com cada decepção, com cada vez que alguém lhe partiu o coração. O futuro é obscuro e às vezes é no escuro que se enxerga a direção. Aprenda quando chorar e quando sentir saudade. Aprenda até quando alguém lhe faltar com a verdade. Aprender é uma grande dom. Aprenda que até o bom vai aprender com a maldade.

Que esse ano e na vida... você possa caminhar...
O meu ou o seu caminho não é muito diferente. Tem espinho, pedra e buraco para modo de atrasar a gente. Não desanime por nada, pois, até uma topada empurra você para frente.

Que esse ano e na vida... você possa mudar...
Há mudança até na dor, basta a gente observar. Deixar a casa dos pais mesmo querendo ficar. Ver amigos indo embora. Sentir a dor de quem chora. Sofrer também é mudar. Perder aquele emprego, não ter grana para gastar. Estudar para passar num concurso e mesmo assim não passar... ser largado, ser traído, se sentir meio perdido. Sofrer também é mudar. O vento que às vezes leva é o mesmo vento que traz, transforma agito em sossego, desconforto em aconchego e faz a guerra virar paz.

Que esse ano e na vida... vocês possam amar...
E o ideal é amar inclusive o diferente. Afinal, que graça tem amar uma cópia da gente. O amor é a própria cura, remédio para qualquer mal e qualquer cura para o amado e para quem ama. O diferente, o igual talvez seja essa é pela anormalidade que todo amor é normal.

Que esse ano e na vida... você possa perdoar...
Perdoar talvez seja o recomeço. Não entenda isso como esquecimento, siga em frente que Deus faz o julgamento e cada um paga a conta no seu preço e a justiça nunca erra o endereço, mesmo cega só enxerga o que é verdade. Perdoar não o faz mais cego ou mais fraco, ou covarde, o faz forte, o faz livre e tolerante. Que a vingança só dure um instante e o perdão dure uma eternidade que você possa ter também coragem. Toda coragem precisa de um medo para existir uma estranha dependência complicada de sentir. Que a coragem de levantar vem do medo de cair. Use sempre a coragem para se fortalecer. Quando o medo surgir não precisa se esconder. Faça com que o seu próprio medo tenha medo de você.

Enfim, que você possa na vida recomeçar...
É preciso de um final para recomeçar. Como é preciso cair para poder se levantar, nem sempre engatar ré significa voltar...
Remarque aquele encontro.
Reconquiste um amor.
Reúna quem lhe quer bem.
Reconforte um sofredor.
Reanime quem está triste.
Aprenda na dor.
Recomece se refaça.
Relembre o que foi bom.
Reconstrua cada sonho.
Redescobre um dom.
Reaprenda quando errar.
Rebole quando dançar.
E se algum dia, lá na frente, a vida der uma ré... recupere sua fé e recomece novamente.

Bráulio Bessa
Poesia com rapadura
Programa: Fátima Bernardes – 28/12/2018


Este texto, dedico, ao Wanderson Follador. Muito obrigada pela experiência vivenciada! Te reverencio! (Lucileyma)


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018




Zuiudinho! Zuiudinho!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

SOBRE CENTELHA DIVINA E SOLO SAGRADO




SOBRE CENTELHA DIVINA E SOLO SAGRADO

Há tempos abdiquei de alguns hábitos. Precisava desconstruir para me reerguer. Não sabia distinguir o que era ego ou um traço da minha personalidade, ressalto que nesse momento quase enlouqueci. Foi quando aprendi que o ego me leva para longe de mim.

Não sabia quem eu era e para aonde estava indo. Apenas sentia uma dor descomunal no peito, um vazio e um assopro. Julgava-me um ser superespecial, um tanto quanto excêntrica, sem raiz, que não sabia reverenciar a família, ou muito menos ser grata pela vida e as oportunidades. Eu era, ou sou (ainda), apenas um coração espedaçado em meio à multidão, vivendo como um zumbi e lutando em um padrão da sociedade o qual não me encaixo.

Contudo, uma frase não me sai da memória: “há algo errado em mim”, pensamento Confucionista, o qual li em algum livro e nunca mais esqueci. Confesso que os pensamentos estão meio desgovernados e acelerados e sei muito bem que este descontrole não me leva a lugar algum...

Confúcio é uma fonte de inspiração e projeção; e fico a pensar: qual seria o resgate dessa essência em um filósofo tão antigo? - A resposta é obvia: Confúcio foi um político mal sucedido e o professor mais respeitado da China. Quando ele decidiu mudar de profissão, mal sabia, que seus alunos, se tornariam 90% da base política de toda a China. Seus ensinamentos foram praticados com maestria proporcionando uma revolução social, cultural e espiritual em toda China. Nesse contexto, volto à frase: “há algo errado em mim”, primeiro eu me transformo e tudo se transformar ao meu redor.
                      
E nessa reconstrução, nessa busca pelo autoconhecimento olho para mim. Acolho todas as minhas frações. Reverencio a mulher que me tornei, me perdoo, reconecto e recomeço. Sou centelha divina designada a amar. Simples assim.

Não estou falando desse amor pregado na atualidade, mas naquele amor que nascemos com ele. Aquele amor de apenas ser. O amor do qual acessamos o cérebro, o instinto e o coração, a tríade sagrada do: Pai, Filho e Espírito Santo.

Quanto ao solo sagrado... esse, venho regando, acredito que seja o momento de recomeçar uma antiga crença pessoal: a reforma íntima e moral. É hora de me entregar verdadeiros dons e outro ensinamento me vem à memória:

“Lao­tsé e Chuang­tsé falavam sobre o Tao como se esse não tivesse qualquer relação com o ser humano e com as coisas, considerando­o além e a parte do Céu, da Terra, das formas  e dos  instrumentos, o que quer dizer que antes de existirem  Céu, Terra e as dez mil coisas  só havia um Princípio Vazio, como nos  diz o  ensinamento: “O Tao é anterior ao Taiji”. [...] No Budismo, o Tao tem um sentido  semelhante. Entretanto, quando os  seguidores  de Lao­tsé consideram a não­ existência o ancestral das dez mil coisas, ou os seguidores de Buda, que igualmente consideram o vazio o ancestral das dez mil coisas, apresentam a minha natureza verdadeira como algo anterior a tudo e, portanto, tudo o que vem depois não passa de fantasmagorias, de ilusões. As  ações  humanas  se tornam pegadas  grosseiras, devendo ser todas extirpadas para se retornar ao vazio original. Isso seria atingir o  Tao. Não compreender o Tao seria um princípio da existência e da ação humanas. (in Zhang L. org 1996, p. 190)”

Nesse recomeço traço uma meta de 100 dias de meditação e estabeleço o meu primeiro passo: SILENCIAR - o retorno ao vazio original.

Por: Lucileyma Carazza

sábado, 1 de dezembro de 2018

COMO UMA LESMA




COMO UMA LESMA

Um apetite “sine qua non”
Querido mil desculpas...
Palavras jogo no mar
Para que boiem com tartarugas...
Leio a sua alma
Degusto o seu corpo...
Minha prisão é uma zona de conforto
Vivenciando a solitude.
Adormeci o instinto e esqueci
Daquilo que nos leva a saltos quânticos
Que nos provocam catarses.
Estava tal como o “Billly”:
“Les yeux sans visage”
Se bem estou mais para “Nightwish”
“Love while the night still hides the withering”
Somos aquilo que negamos
Romancistas são péssimos
Mas nos tiram o folego...
Do aplicativo para a cama
Em uma velocidade luz
Não escrevo putarias
Prefiro o que me transcende
Como a uma lesma...

Por: Lucileyma Carazza


terça-feira, 27 de novembro de 2018

LIBERTINA



LIBERTINA

Talvez não esteja no juízo perfeito
Mas, contudo, porém e portanto...
Meu pai me disse ainda criança:
Seja livre e não dependa de ninguém.
Cresci assim...
Um misto de liberdade, libertinagem,
Ou liberdades mesmo (aquelas do Direito)...

Talvez o juízo não seja perfeito
Me perdi num emaranhado
De conceitos patriarcais
De pessoas exóticas...
Não sei bem quem sou
Quando olho para o outro
Não existe projeção,
Porque sei bem quem eu não sou.

Vivo plena em solitude
Não me ajusto em modinhas da sociedade,
Em crises de meia idade
Vivo um dia de cada vez.
Faço o que me dá vontade
Dentro das minhas possibilidades.
Não sou a mulher certa
Mas sou a melhor na sua cama.

Você nunca vai entender
Meus pensamentos são como um manicômio
A liberdade está em mim
Sou solo sagrado consagrado
Sem delimitações.
Minha droga é a ocitocina,
Germino felicidade,
Fecundo inspiração
Numa gargalhada frouxa.

Por: Lucileyma Carazza

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Por nosso dia, mulheres maravilhosas!

Chamam de bruxa as mulheres que assumem seu poder pessoal. As que não têm medo de serem livres.
Chamam de bruxa as que cheiram a ervas e que as cultivam em seus jardins.
Chamam de bruxa mulheres que ensinam brincadeiras às crianças e brincam com elas, mesclando a mestre e a aprendiz.
As que sonham seus encantamentos, que encontram respostas no vento, que sentem o cheiro da chuva chegando com as nuvens ainda leves de água...
Chamam de bruxa todas as loucas que falam com seus bichos, as que se encantam com pássaros, que se comovem com seus cantos.
Chamam de bruxa, mulheres que trocam um par de sapatos novos por um passeio na praia e uma ida ao shopping, por um banho de cachoeira.
As mulheres que caminham descalças, que secam cabelo com a brisa da manhã, que se entregam ao luar com a mesma intensidade que uma loba uiva, nas noites de lua cheia!
As que fazem ungüentos, preparam chás, penduram ervas nas janelas, que se sentam na terra e trocam com ela, a sabedoria mensal, imersa em seu sangue sagrado.
Chamam de bruxa todas as que encontram em seu canto sagrado e nas marcas de seu rosto, o mapa de sua sagrada jornada.
As que têm como templo, as estrelas e o firmamento, como sagrado as águas que correm pelos campos, e firmam seus passos no solo que as sustentam.
Chamam de bruxa as que se abençoam por serem: Mulheres benditas, geradoras de vida, cuidadoras por natureza, fênix por natureza, ainda que esmagadas diariamente pela hipocrisia humana.
Chamam de bruxa as que brilham, mas que caminham sob o manto da simplicidade.
Chamam de bruxa as que iluminam, mas que caminham por entre as sombras, levando sua luz aos que necessitam, sem julgamentos, apenas no acolhimento da alma.
Chamam de bruxa as que possuem a coragem de ser quem são, sem medo apenas com o coração repleto de amor e que em seus intentos espalham sementes do bem, pelos corações que se abrem para que elas possam entrar!

Chamam de bruxa, as mulheres repletas do poder de Si mesmo, que assustam por serem diferentes, mas que encantam quando compreendidas e respeitadas, pois não precisam ser aceitas. Não precisam da aprovação de ninguém para serem as Mulheres de Poder que são!

Rose Kareemi Ponce ❤️

terça-feira, 30 de outubro de 2018

APENAS UM OLHAR




APENAS UM OLHAR

Não ser com carne dada aos vermes
Não ser enterrado vivo
Por medo e crenças intelectuais.
Fuga é uma covardia
Por medo de se entregar a um flerte...
Possuímos algo em comum: a vida.
Onde podemos ser tudo ou nada
Entregues no presente
Vivenciando o que tem para hoje                                      
Como fonte de vida...
Uma vida leve e comprometida
Pois, somos adultos
Com nossas experiências e decepções
Vivemos as nossas escolhas
Não vamos desperdiçar oportunidades,
Não por medo...
Medo é apenas um desejo a ser rompido.
Na vida acolho a tristeza para que ela se torne luz
Escolho e pratico a felicidade
Numa dualidade humana.
Jamais me enterrarei em vida
Por medo de amar...
Obrigatoriamente acesso o meu coração
Sei que tudo acabará bem...
Pois te amo como centelha divina que tu és...
As minhas escolhas me fazem viver em paz...
Simples assim:
Tenho sede de vida!

Por: Lucileyma Carazza


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

ESPETÁCULO DE AMOR

Sobre presentes! Talentos! Gratidão! Simplesmente amo esse universo!




ESPETÁCULO DE AMOR 

E por esse olhar
silencioso
que enaltece seu rosto.
E com esse jeito de menina
com esse saudoso a nos abraçar
num contágio de gostoso lidar.

és sem segredos uma rosa
uma pequena menina e mulher
a realizar seus encantos.
feito primavera a colorir
toda terra
sendo feliz por viver dia a dia
és um tesouro a fascinar
uma força a gerar
uma alegria gostosa

és uma dama de alma atraente
de corpo belo e quente
a conduzir em seu âmago
suas vontades loucas e ardente
és essa menina mulher
de boca atraente
de olhar que transcende o silêncio
és bela rosa a colorir
tantos olhares
esse jardim eloqüente.

Por: Sérgio Dias
Poeta Mineiro

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

CONFUSOS



CONFUSOS

Estamos congelados
Parece que “estar na zona de conforto
É bastante confortável”...
Perdemos energia vital
Quando nos deslocamos
Estamos exaustos.
Mas o que fazer?
Simplesmente parar de sentir
Isolarmos de nós mesmos...
Mascarar nossas dores com maquiagem
Viver em uma vitrine falida
Para agradarmos gregos, troianos e espartanos...
Estou perdendo a minha juventude
Perseguindo antigos conceitos
Andei em linha reta
Mas você nunca vai saber...
Posso ser a mulher que quer o seu bem
E também ser a que lhe causa dor,
Sentimento concebido por suas escolhas...
A solidão me assusta
Não quero mais estar aqui.
Quero apenas ser
Sinto muito, me perdoe
Sobre “zonas”, prefiro a boemia!
Quem disse que não podemos divertir
Com um coração partido ou congelado?
O meu coração é livre...

Por: Lucileyma Carazza

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

MEDO




MEDO

Feridas tornam-se cicatrizes
Em um mundo de expiações
Estou cansada, porém, vazia.
Não há nada a ser dito
E tudo a ser sentido...
Sou apenas um coração regenerado
Aprendendo a amar,
Emoldurado num sorriso aberto.
Vejo a beleza do mundo
Onde anjos me conduzem
Não há nada errado é apenas o medo...
Onde existe medo,
Existe um sentimento oculto,
Um desejo a ser degustado...
Sempre fui uma garota incomum
Procurava a liberdade, a paz e o amor
Em uma estrada sem fim...
Até que um dia me deparei com a solitude
Que me ensinou sobre a compaixão e a gratidão.
Nessa aprendizado aprendi a ser
Ser tudo aquilo que eu procurava.
Estava tudo aqui, bem no meu coração.
Neste ensinamento me deparei com a falta...
Talvez a história já esteja traçada
E o livre arbítrio designado.
A aceitação ainda é um martírio...
É que essa dor é um livramento
Uma vez que não temos o controle.
O mundo não é do jeito que sonhamos,
Muito menos as pessoas,
Mas a vida é tudo o que ansiamos...

Por: Lucileyma Carazza

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

MAGIA NEGRA




MAGIA NEGRA

Foi mandinga brava
O corpo adoece
A alma esvaece
A energia vital estremece
Pensamentos obsessivos
Sentimentos tóxicos
Uma fumaça cerebral.

Foi feitiço de sangue
Feito por um coração despedaçado
Que não perdoa
Que está muito ferido
Mais ferido até que o destinatário.
Feito por uma mente doentia
Que se esconde na bondade...

O meu pecado foi o da carne
O da luxúria
Escancarado em textos inflamados.
O meu pecado foi o de amar
Um lobo em pele de “Cordeiro”.
O meu pecado foi o romantismo exagero
Foi acreditar no amor de pele...

Acontece que apesar do meu pecado
A minha magia é branca.
O mal não te desejo,
Pelo contrário, emano luz,
Acendo velas e rezo terço.
Exclusivamente e diariamente para você!
Desejo-lhe paz no coração e na alma.

O feitiço negro e de sague
Já foi desfeito.
Meus anjos da guarda me protegem,
Me carregam no colo
E mostram o meu destino.
O meu coração também está partido
Mas procuro a luz, sou filha de Deus.

Por: Lucileyma Carazza


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

FIM


FIM


É hora de recomeçar
Reconectar e viver...
Existe uma exaustão emocional
Nossos corpos suplicam em dor
Por vivenciarmos falta de amor...
Talvez seja falta de amor próprio
Ou um amor sem descrição.
Não nos causamos bênçãos
Estamos cansados!

Navegue em águas que escolhestes
Descanse no seu porto sagrado
Honre as pessoas as quais você ama,
Seja livre...

A poesia perdeu a graça e o tom
Talvez tenha destruído o meu dom
Mas acredito que o “copo” esvaziou
E tudo que esvazia é preenchido...
Ajoelho, rezo, clamo,
Acendo velas e medito mantras...

Agir com o coração espedaçado
É pior do que agir com um ego inflado.
Os pensamentos estão nublados
E o instinto calado,
Talvez esteja adormecido
Para não dizer afadigado...

Em mim encontro a paz
Ando por um caminho solitário
Estou longe de casa...
Mas escolhi ser feliz!
Posso ter estado nas trevas
Mas recuperarei a minha integridade.

Este é o meu adeus!
Encerro um ciclo,
Fecho uma porta...
Olho para o horizonte
Há muito a ser vivido
Para estarmos aprisionados em histórias do passado...

Quando nos encontrarmos
Nos trataremos com cordialidade
Respeito e muito amor...
Sabemos que mesmo ausente
Estamos sempre presente...
Na lembrança de um amor...
Um amor que não pode ser vivido...

Por: Lucileyma Carazza