sábado, 7 de novembro de 2015


O SIMBOLISMO DA VASSOURA


O SIMBOLISMO DA VASSOURA

As avós sábias nos ensinaram que varrer é uma prática ancestral de empoderamento feminino.
Quando uma mulher varre, limpa e põe em ordem a energia do espaço e ao mesmo tempo, limpa e põe ordem seu coração.
Colocar o coração em ordem significa colocá-lo em sintonia e harmonia com a vibração do amor ...
Se você estiver com raiva, varre sua raiva.
Se você sentir ciúmes, varre o seu ciúme.
Se você se sentir triste, varre sua tristeza.
Se você estiver ansiosa, varre a sua ansiedade.
Se você se sentir desvalorizado, varre a sua baixa autoestima.

A vassoura torna-se um instrumento de poder, quando a mulher que a dirige faz isso conscientemente, para endireitar seu coração.

Fonte: https://www.facebook.com/outrascosturas/photos/a.812115928843920.1073741828.812055938849919/923939777661534/?type=3&theater


TÁBUAS DAS MARÉS


TÁBUAS DAS MARÉS

Por onde caminho sempre há andorinhas
E vagueio na maré de uma vida
Equiparando sentimentos a uma escala
Onde a aceitação é um estofo a vivenciar

Sou ventre, sou vida, sou morta e louca
Inflamo como as marés
Atendendo aos caprichos da Lua,
Ou da minha bipolaridade real...

Real sim, melhor assumir essa fragilidade
Para não me tornar uma maré sizígia.
Esboço um sorriso no rosto
Como requisito “sine qua non”...

Sou o subliminar da amplitude morta;
Com um marégrafo me controlo e observo:
Viva, morta, nova e cheia
Como quartos crescentes e minguantes...

Por vezes pescadores e marinheiros
Vagueiam por essas águas
Imaginando me dominar ou me conhecer
E os surpreendo em suas insignificâncias

Sou generosa e surpreendente
Posso ser tudo ou nada
Tal como um ponto anfidrómico...
Mas gosto de acreditar que apenas sou

Um ser vivo em suas metamorfoses
Às vezes sou uma quadratura
Vivenciando crescimentos
E estabilidades variantes

Meu espelho é o nível médio do mar
Lugar onde medito,
Um lugar onde me comparo
E não me perco.


Por: Lucileyma Carazza