TÁBUAS DAS MARÉS
Por
onde caminho sempre há andorinhas
E
vagueio na maré de uma vida
Equiparando
sentimentos a uma escala
Onde
a aceitação é um estofo a vivenciar
Sou
ventre, sou vida, sou morta e louca
Inflamo
como as marés
Atendendo
aos caprichos da Lua,
Ou
da minha bipolaridade real...
Real
sim, melhor assumir essa fragilidade
Para
não me tornar uma maré sizígia.
Esboço
um sorriso no rosto
Como
requisito “sine qua non”...
Sou
o subliminar da amplitude morta;
Com
um marégrafo me controlo e observo:
Viva,
morta, nova e cheia
Como
quartos crescentes e minguantes...
Por
vezes pescadores e marinheiros
Vagueiam
por essas águas
Imaginando
me dominar ou me conhecer
E
os surpreendo em suas insignificâncias
Sou
generosa e surpreendente
Posso
ser tudo ou nada
Tal
como um ponto anfidrómico...
Mas
gosto de acreditar que apenas sou
Um
ser vivo em suas metamorfoses
Às
vezes sou uma quadratura
Vivenciando
crescimentos
E
estabilidades variantes
Meu
espelho é o nível médio do mar
Lugar
onde medito,
Um
lugar onde me comparo
E
não me perco.
Por: Lucileyma
Carazza