terça-feira, 3 de abril de 2012

O Escorpião

Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
— Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas às vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
— A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, não é problema nosso... é problema deles.

Fonte: Mistérios de Deus

Síndrome da Inveja



Uma das causas mais influentes de nossa infelicidade é a inveja. Falar de inveja é falar de comparação. Quando uma pessoa se compara a outra e se sente inferior, em algum aspecto está com inveja.
Eu não estou dizendo que toda vez que você se compara a alguém está com inveja, estou dizendo que nunca poderá haver o sentimento de inveja se não houver a comparação.

A inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, por nos sentirmos menos do que outros, por não sermos o que os outros são. É o desequilibro íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que se faz em relação à outra pessoa em algum aspecto específico.

Quando impedimos que alguém se desenvolva estamos tentando esconder todas as nossas frustrações pessoais e, principalmente, o prestar contas com nosso próprio potencial não efetuado. Aferir nosso potencial perante outrem sempre será doloroso e quanto maior for o sentimento de estarmos aquém de alguma expectativa ou de determinada pessoa, maior será a possibilidade de se deflagrar um sentimento de inveja.

Em algumas ocasiões perdemos o controle, então, surge a vingança. Infelizmente isto se dissemina muito mais rapidamente no mundo corporativo e quanto maior for o complexo de inferioridade de uma pessoa mais combustível é liberado para aumentar a chama da inveja, naturalmente, para àquelas pessoas que são fracas.

O efeito colateral disso, é que a cada dia fica mais difícil criar um clima psicológico saudável, e acabamos sendo vítimas da sabotagem social e pessoal. A verdade é que muitas pessoas não estão preparadas para administrar suas próprias frustrações e ficam absortas pela fúria quando as coisas não saem como planejaram.

O motivo é que estas pessoas não possuem nenhum treino para a contrariedade ou crítica, seja construtiva ou não, é muito difícil para elas admitir o sucesso de uma outra pessoa e o sentimento resultante é a inveja.

O invejoso não inveja o que é de uma outra pessoa, mas o que esta pessoa é.

As pessoas sempre procuram se identificar com o vencedor e muitas sofrem de um terrível medo de a cada dia estar mais distante desse ideal internalizado. Na verdade, a compaixão não é tanto pelo fracasso de não conseguir os mesmos resultados de uma pessoa de sucesso, mas, principalmente, autopiedade por toda a sua insegurança.

A inveja é um dos sentimentos mais difíceis de ser aceito pelo ser humano, embora em nossos tempos e nos meios corporativos talvez seja o mais vivenciado, quando deveria ser o contrário onde a amizade, o companheirismo, a ajuda mútua deveriam caminhar paralelamente.

Se desde cedo o ser humano não aprender que existirá sempre um muro para o desenvolvimento pleno, com certeza cedo ou tarde as coisas se complicarão. No fundo, no fundo, em cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração.

O invejoso quando vê alguém que deveria admirar, tende a diminuir esta pessoa. Por isso é preciso perdoar. Perdoar sempre é e será um ato que implica o extremo peso do passado, mas, a pessoa tem que estar ciente e consciente de que haverá sempre uma energia extra e por respeito ao seu íntimo deve prosseguir, e afinal, eu não dizendo que devemos esquecer, pois, perdoar não é esquecer. É viver em paz.

Fonte: Simão Horácio - https://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100001149356556

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Espelhos!



Às vezes pode ser apenas o meu ego. Posso estar dando voltas para não enxergar e negando a ajuda de um atalho. Às vezes pode ser apenas um espelho. Às vezes pode ser eu com a minha maldade e/ou com a minha bondade.

Uma dúvida constante bate na minha cabeça insistentemente: como saber se o que falo, sinto e faço , está certo ou errado? Como saber se é o meu ego ou se é verdadeiramente o meu ser?

Uma coisa é fato: existe uma mágoa imensa no meu peito, uma sensação de ser descartável, uma impotência, um vazio. Por mais que eu tenha fé e vejo as bênçãos que me são proporcionadas, ainda sinto este vazio.

Alguma coisa ainda precisa ser resolvida, mais o quê?

Existem ambientes que transito com uma leveza e me sinto tão confortável, e outros, que me levam a um desconforto insuportável. Seria fácil se optasse apenas pelo conforto. Mas não! Opto sempre pelo mais difícil.

Talvez seja teimosa e opto por aquilo que nunca vou ter, ou talvez seja forte por estar lutando por um ideal; talvez seja uma pirraça que não consigo expressar.
Uma pirraça, uma intolerância, uma falta de amor e uma falta de compaixão? Esta sou eu?

Conviver com aquilo que você não consegue perdoar, sentar-se a mesa do lado do seu inimigo (aquele que literalmente te traiu) e perceber que você precisa ter compaixão até por aquela barata nojenta; pedir que uma foto seja rasgada por não suportar enxergar aquilo que você não quer ver (e não ser atendida); ver todas as pessoas felizes em sua volta (menos você) e ainda querer que elas comunguem da sua dor; Deixar as pessoas livres e ver que a vida continua sem você e que para elas, tudo bem. O cabelo cair, a coluna doer, prostrar em cima de uma cama e saber que é só você que sai de cima dela, porque foi você que se colocou ali. Apanhar de paulada nas costas do mundo espiritual por ignorar aquilo que lhe foi dado? Parecer invisível, por não estar de corpo físico presente e sentir-se completamente abandonada. Estas são as curas? Tenho que passar por estas dores? A culpa é minha? Preciso sentir dor para aprender?

Sim, esta é a cura, tive que passar por estas dores. Não consegui aprender com o amor, então, aprendi com a dor. Um tirano que não sabe perdoar, que não tem uma gota de compaixão, um traidor que não se enxerga e um grupo. Uma ilusão de respeito. Foi assim que comecei uma guerra. Dois espelhos e um grupo. Um espelho tocando na ferida, o outro, fugindo da feriada e um grupo que não sabe mais o que fazer.

Um grupo extremamente forte e ao mesmo tempo tão frágil. Esta sou eu? Forte e frágil?

Uma pessoa extremamente boa e ao mesmo tempo tirana. Esta sou eu? Boa e tirana?

Uma pessoa que trai e não tem noção alguma daquilo que fez? Esta sou eu? Traidora e sem percepção?

Uma pessoa extremamente falsa e ao mesmo tempo supérflua? Esta sou eu? Falsa e supérflua?

Uma pessoa extremamente inteligente e que busca o conhecimento o tempo todo? Esta sou eu? Inteligente e burra?

Uma pessoa com muita compaixão e ao mesmo tempo sem um pingo de compaixão? Esta sou eu? Amor e ódio?

Uma pessoa com muitos princípios e ao mesmo tempo sem princípio algum? Esta sou eu? Ética e sem princípio?

Uma pessoa competente e ao mesmo tempo insegura? Esta sou eu? Competente e incompetente?

Uma pessoa que escuta e vê o que ninguém mais vê e que não consegue entender o que todos veem? Esta sou eu? Médium e ignorante?

Um suicida e ao mesmo tempo incompetente por estar viva? Esta sou eu? Morte e vida?

Uma pessoa que não confia e que quer ser confiável? Esta sou eu? Insegura e não confiável?

Uma pessoa que não escuta e que ao mesmo tempo não fala? Esta sou eu? Surda e muda?

Uma pessoa que aponta e que não consegue enxergar o óbvio? Esta sou eu? Verdade e mentira?

Preciso me polir todos os dias, antes nem sabia quem eu era.

Percebi um ciclo constante de maldade. Uma maldade de saber que estar fazendo mal para alguém e mesmo assim o faz. Fico irrita quando as pessoas me magoam e não percebem. Fico irrita, me esbravejo e depois me arrependo. Eu não tinha consciência deste ciclo e as pessoas não sabem quem eu sou, elas sabem o que eu sou.

Melhor é sarar aquilo que te magoou e esquecer aquilo que não esta ao seu alcance, o outro não tem consciência, o outro nem sabe, porém você sabe. Quando fui tirana me senti infinitamente pior, porém quando aprendi a controlar a raiva me senti muito melhor.

Precisei aprender com a dor a minha maldade, porém, existem qualidades em mim que aprendi com muito amor. Vou apegar-me às qualidades e ao aprendizado, o tempo cura o restante.

Aqui aprendi quem eu sou através dos meus espelhos. E o mais legal? É que eu nunca gostei de espelhos.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

A verdade é para poucos



A verdade é pouco democrática, via de regra, é coisa de especialistas e pouco acessível a grande maioria. Na maior parte das vezes, quando exposta ao grande público, não a entendem, ou pensam que é falsa ou mentirosa, pois mais que apontar a grandiosidade das coisas, revela a simplicidade de tudo. Retira a mágica e a fantasia, e coloca a realidade nua e crua, mais sanguinolenta que espiritual, mais prosaica do que fantástica, mais corpórea do que transcendente, mais rotineira que revolucionária. Ora, a verdade está no melhor argumento que convence, não a todos, pois que isso seria impossível, mas aqueles poucos que importam e determinam o andar dos acontecimentos; é construída no debate constante do seu estatuto, que está sempre em risco devido a novas descobertas ou invenções. E, no entanto, aqueles que ousam mostrar novas verdades são sempre considerados pervertidos, pois o novo parecerá sempre degenerado para velhos hábitos mentais, que não querem largar suas crenças, eis porque só os corajosos conseguiram enunciá-las do decorrer da história. Já a mentira e a falsidade são bem mais abrangentes, convincentes e até mesmo aceitáveis, na medida em que quase todos nascem e crescem dentro das verdades antigas, muitas falsas e ignorando as mudanças que ocorreram e estão ocorrendo. E ainda que se possa superar as ideias falsas conhecendo-se as verdadeiras, já as mentiras são inevitáveis e parecem fazer parte do cotidiano, visto que a honestidade é quase sempre insuportável, mais para aquele que ouve do que para aquele que enuncia, e como não se quer ouvir, também não se fala. O grande dilema da verdade é que, quando ela se torna popular, é quando se acende o alerta de que ela deve ser falsa, pois a aceitação de uma maioria não dá mais certeza à verdade, e quando todos começam a discuti-la, abre-se a brecha que novas ideias surjam, num primeiro momento inaceitáveis, para logo depois se tornarem algo óbvio. Foi sempre assim, alguns poucos enunciam uma nova verdade para só muito depois serem debatidas e mais tempo depois aceitas. Eis porque a verdade muitas vezes é solitária, quando não é enquadrada como imoral, anormal e perversora. De minha parte, quando muito me contento com as minhas poucas verdades, enquanto aprecio o digladiar de todos pela sua posse, pelo que, quando preciso for (ou assim acharem), mentirão para que dela não se afastem, pois em nome da verdade inúmeras mentiras e falsidades foram cometidas pela estúpida humanidade.

Fonte: OASS - https://www.facebook.com/?ref=tn_tnmn#!/photo.php?fbid=259997837426235&set=p.259997837426235&type=1&theater