sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SIM, É UMA NOVA FASE





SIM, É UMA NOVA FASE

Virei à página e ainda sofro
E comecei a sentir muita raiva
Sentir raiva é melhor que estar inerte a tristeza!
A raiva transforma e a tristeza mata...
Me juguei, me condenei e me senti culpada.
Perdi a força, o sentido, perdoei e me acolhi!
É que entre a razão e o sentir
Existe um período de digestão emocional.
Paciência é uma virtude
Que compete com a ansiedade
Você me virou do avesso de fato
Na verdade precisava me virar
Você foi apenas um empurrão
Uma ajuda enfeitiçada
Neste inverno sombrio tive muita luz
E agora, no início da primavera me entrego à meditar...
Desfruto uma viagem surreal
Saio em desdobramento acordada
E sinto a minha entrega ao Universo
Não deixei fluir, transbordei!
Perdi o medo e agora posso seguir
Amo todas as minhas frações!
E esta tristeza é apenas a nova realidade
Ainda desconectada e desconhecida
É que não existe mais euforia ou angustia
E a tranquilidade é assustadora
Porque vivemos agitados como tormentas
E se de tudo consigo ter amor por mim
Reverencio do fundo da alma:
Toda a amorosidade e solitude que sinto
Todas as descobertas vivenciadas!
Crescer com sabedoria dói
Porque aqui nos responsabilizamos
Nos perdoamos e sentimos muita COMPAIXÃO
Não sou do mundo, sou da VIDA.
Liberto os meus pensamentos de toda negatividade
Me liberto de pensar em você!

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

TALVEZ




TALVEZ
Seja o momento de assumir...
Mas, contudo, portanto e porém...
Não sinto que tenho uma veia poética
Tal como a do Tatão Rocha.
Meu estimado bisavô
Que tive a honra de conhecer
Muito velhinho e cego...
Nunca li nada que ele escreveu.
Sei que ele tinha uma biblioteca imensa
Com livros todos rabiscados
E não gostava de gatos...
Detestava o fato dele não gostar de gatos (risos)
Mas respeitava a sua carequinha lisa...
E sinto amor pelo homem que ele foi
Acho que “CONSTELEI”  viajando em poesias!
Ele era bucólico e inteligente
Amava a terra e a natureza
Vejo agora tudo que sou...
Escrever é muito mais que poesias
Foi à maneira que encontrei
De curar as dores da alma
E um jeito torto de conversar...
Reverencio tamanha comparação
Porque sei que foi de coração!
E tocar o coração das pessoas
Tem sido uma dádiva
Com todos os “vômitos” e desabafos
Existentes no amago da minha alma.
Gosto de escrever sem compromissos
E chega um momento que todos me cobram...
E não quero transformar meus textos em prisões
Prefiro deixa-los livres
Soltos na net e entregues ao mundo...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza