sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ame e Dê Vexame


“Os amantes sabem que só se ama por inteiro, ou então o que estão fazendo não é amor, mas uma associação de interesses mútuos, um negócio. Além disso, quando se ama, não se está  pensando em segurança, duração, controle, posse, pois isso corresponde à forma com que o autoritarismo capitalista familiar ou de estado se expressa no plano pessoal e afetivo. Se sou um  libertário, desejo que tanto eu quanto o meu parceiro vivamos o amor em liberdade, na emoção, no espaço e no tempo. É o amor  em si mesmo que comanda a intensidade, a beleza, a forma e a duração do nosso amor, em cada um e entre os dois, jamais o contrário.

(...)

O amor, para mim, só pode ser expresso pelas artes e viajado pela poesia. Mas falar científica ou literariamente do amor e explicá-lo psicologicamente não significa absolutamente saber o que ele é e como ele funciona. Descubro ser o mistério a sua natureza mesma. Desvendá-lo é assassiná-lo. Só podemos, pois, senti-lo, jamais compreendê-lo. Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo já não está amando. Procurei resumir assim, neste livro, minhas conclusões: do amor só se pode fazer necrópsia, jamais biópsia."


Roberto Freire - Ame e Dê Vexame 

“Somos queijo gorgonzola”



“Somos queijo gorgonzola” 

Estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, só ouço isto. No táxi, no trânsito, no banco, só me chamam de senhora. E as amigas falam “estamos envelhecendo”, como quem diz “estamos apodrecendo”. Não estou achando envelhecer esse horror todo. Até agora. Mas a pressão é grande. Então, outro dia, divertidamente, fiz uma analogia. O queijo Gorgonzola é um queijo que a maioria das pessoas que eu conheço gosta. Gosta na salada, no pão, com vinho tinto, vinho branco, é um queijo delicioso, de sabor e aroma peculiares, uma invenção italiana, tem status de iguaria com seu sabor sofisticadíssimo, incomparável, vende aos quilos nos supermercados do Leblon, é caro e é podre. É um queijo contaminado por fungos, só fica bom depois que mofa. É um queijo podre de chique. Para ficar gostoso tem que estar no ponto certo da deterioração da matéria. O que me possibilita afirmar que não é pelo fato de estar envelhecendo ou apodrecendo ou mofando que devo ser desvalorizada. Saibam: vou envelhecer até o ponto certo, como o Gorgonzola. Se Deus quiser, morrerei no ponto G da deterioração da matéria. Estou me tornando uma iguaria. Com vinho tinto sou deliciosa. Aos 50 sou uma mulher para paladares sofisticados. Não sou mais um queijo Minas Frescal, não sou mais uma Ricota, não sou um queijo amarelo qualquer para um lanche sem compromisso. Não sou para qualquer um, nem para qualquer um dou bola, agora tenho status, sou um queijo Gorgonzola.


Maitê Proença

quinta-feira, 29 de maio de 2014

ATO

ATO

Amar dói! Amar é respeito! Amar é a dificuldade em relacionar, em dizer e expressar! Amar é atitude e a postura de vida para a vida! Amar é continuar amando apesar “de”... Amar é a alma livre da raiva, da mágoa, do egoísmo e de todo o ressentimento. Amar é curvar-se. Amar é aceitar que muitas vezes a pirraça do ego te leva para precipícios longínquos do amor real. Amar é silenciar. Amar é simplesmente um estado de amorosidade. Amar é viver sem expectativas e dar sem receber absolutamente nada em troca. Amar é perdoar e sentir compaixão sempre. Amar é colocar-se no lugar do outro. Amar é ser GRATO sempre!

Simples assim! O amor transcendi a vida e ao tempo.

Na verdade não existe uma regra cartesiana para amar, e sim, diversas formas de amar.

Como boa romancista, sei que o amor está muito além de um rompante de paixões descabidas; e dizer um “eu te amo” verdadeiro é um ato de supra dificuldade, de transformação e de elevação de um ser.

E opto simplesmente em amar e deixar a VIDA fluir...


Por: Lucileyma Carazza

quarta-feira, 28 de maio de 2014

BASTA OLHAR PRA VER

BASTA OLHAR PRA VER
Posted on 28/05/2014 by Paula Jácome

Minha mãe ama cuidando das coisas pra gente, pra todo mundo. Nem senta na mesa com a gente, preocupada em nos ver bem e felizes. Esse é o jeito dela de amar. Meu avô amava nos dando presentes. Uma avó lembrando da nossa comida predileta, a outra, da bebida! Meu pai amava brincando e conversando. Meu amor ama fazendo play lists com minhas músicas preferidas, cozinhando pra mim, abraçando meus pesadelos. Meu filho maior ama filosofando, o menor, me agarrando!

Tenho um tio que ama zoando, outro ensinando o que é melhor fazer com a nossa vida. Uma amiga querida ama sendo muito generosa, outra ama acolhendo minhas idiossincrasias, outra ama brigando quando faço bagunça, outra rindo, outra só se cala e me aceita.

Conheço quem ame sendo rígido, pra ensinar que a vida é dura. Quem ama com os olhos, quem ama cozinhando e quem ama comendo. Tem quem ame se doando, tem quem ame recebendo. As flores amam se abrindo aos beija-flores e às borboletas, os cães amam protegendo, os gatos nos esfregando. Tem também as pessoas engraçadas que amam brigando, gritando e xingando.

Eu acho que amo ouvindo, dando atenção. E essa minha forma de amar não engloba tudo que todas as outras pessoas esperam de mim, eu sei. Pra quem é amado por mim, sempre vai parecer faltar.

Mas também sei que toda maneira de amor vale a pena receber. Toda maneira de amor vale a pena amar. Vale olhar, vale procurar pra encontrar onde está.
O que não vale é ficar imaginando que não há amor porque o amor não veio do jeito que esperamos. O que não vale é se sentir carente e ficar tentando consertar os outros por não nos darem o que queremos, do jeito que queremos, na hora que queremos. O que não vale é não ser capaz de ver e reconhecer o outro em suas peculiaridades, é não receber o que está debaixo do nosso nariz e ainda ficar dizendo que não tem. O que não vale é ser ingrato. E, ainda, quantas e quantas vezes, se achar no direito de negar o melhor que se tem aos outros, como um direito adquirido por não achar que não recebeu, não tem que devolver…

O que não vale, não vale mesmo, é se negar pra vida e achar que a culpa é dos outros. É ser priosioneiro da própria mente.

“Eu ri quando me disseram que um peixe dentro d’água tem sede”

Basta olhar pra ver.


terça-feira, 27 de maio de 2014

A FICHA CAIU


A FICHA CAIU

É o momento
Do ponto final
De virar à página
Libertar com carinho
Perdoar o percurso
Reverenciar o aprendizado
Desapegar e despertar.
Abrir as portas do coração,
Da alma e da vida.
Lutar com sabedoria
Deixar fluir
Parar de controlar
Mudar a rotina
Abdicar o vício
Aceitar a vivencia
Acolher a sabedoria
Acreditar que é possível.
Sonhar com um novo caminho
Recomeçar um plantio.
Existe a obrigação de movimentar
E romper para a conquista do Mundo
Para a prática da sinergia alcançada.
Concentrar todas as energias
Para um novo ciclo.
Ainda há tempo
E possuo o comprometimento
De ser feliz e amar.

Por: Lucileyma Carazza

A soma de todos os afetos


Amadurece quem não se vitimiza em busca de atenção, nem se omite pra manter sua reputação;
Amadurece quem aprende que é o único responsável por seus caminhos, e deixa de culpar quem quer que seja pelos fracassos, frustrações ou sonhos não realizados;
Quem entende que não adianta depositar suas expectativas em ninguém, cada pessoa enxerga a vida à sua maneira e não é certo cobrar algo que tem valor relativo para cada um;
Amadurece quem acredita que a vida é um conjunto de bem e mal, certo e errado, belo e feio, alegrias e tristezas, e convive bem com os dois lados, sem negociar uma escolha definitiva;
Amadurece quem aprende que o sofrimento faz parte do caminho_ e é bem vindo também_ quando ensina a paciência e a aceitação diante das demoras e revezes;
Amadurece quem compreende que não há lógica nem explicação pra tudo, que o importante é ter menos controle e mais diversão; quem finalmente percebe que a maturidade flerta com a INSANIDADE...

[Fabíola Simões, A soma de todos os afetos]

SOMBRAS


SOMBRAS

Oscilo por caminhos
Em degraus que escolho subir
Muitas vezes fico paralisada
A energia fica estagna
Sinto que tudo me puxa para trás
E absolutamente nada acontece
Perco as esperanças e a estribeira
Sinto que a energia foi gasta em vão
Por nunca alcançar os sonhos
Entro em desespero
Mergulho em minhas sombras
Escuto a voz de sempre:
LUTE! VOCÊ NÃO FOI CAPAZ AINDA!
E o Universo conspira ao meu favor
É que a Fé nunca me abandonou
E existe muita GRATIDÃO em meu ser!
- EU NÃO FUI CAPAZ AINDA.


Por: Lucileyma Carazza

PRIMEIRO EU


PRIMEIRO EU

Relacionamentos passam em mim
É uma escolha em relacionar
E refazer laços de união e conexão.
Desconfortos são projeções
Que nos levam ao nosso interior.
Para a compreensão deste lugarzinho íntimo
Deverá sempre existir respeito e honra aos sentimentos
Abdicar as máscaras e os julgamentos alheios e próprios
O desafio é olhar para  mim
Olhar para o bem e o mal existente no meu ser
Transformar todo o meu desconforto
Reverenciar e acolher o que não gosto em mim.
Enfrentar os meus incômodos,
Limpar os medos, desejos e ímpetos
Para viver livre e consciente.
Primeiro eu transformo
E o restante transforma em minha volta.
“Se a sua luz mostra a minha sombra
Honro a sua existência e cresço.
Se a minha luz mostra a sua sombra
Você pode crescer ou fugir de mim.”


Por: Lucileyma Carazza

segunda-feira, 26 de maio de 2014

ATENÇÃO

ATENÇÃO

Somos o que plantamos
Vivenciamos o que escolhemos
E não acredite em fatalidades.
O Universo conspira conforme nossos pensamentos!
E se o que desejamos não acontece
É porque de fato nunca o desejamos realmente.

Por:Lucileyma Carazza

ENGANOS


ENGANOS

Estamos todos perdidos
Sem saber aonde pisar
Em quem confiar
Não nos entregamos
Desconfiamos da vida
Julgamos os sentimentos
Nos amordaçamos
Perdidos no materialismo imposto
Nos sucessos estabelecidos
Esquecidos por não ter
Excluídos por estar fora dos padrões
Da sociedade moderna.
No Mundo do TER de faz de contas
Onde a propriedade estabelece
Seres humanos ricos em matéria
Conduzidos para além do coração
Vivendo com os pesos das máscaras
Julgando e condenando além das estribeiras
Talvez seja o meu pessimismo torpe
Ou apenas a minha compaixão aflorada
Por este mundo rico e sem compreensão
Suspiro e abro todas as portas e janelas
Quero ver o sol entrar e me dominar
Seria mais fácil se vivêssemos de LUZ
Amando o próximo como a si mesmo
Entregues às amorosidades da vida
Onde o SER seria a regra
E a igualdade absoluta prevaleceria
- É, vivo no faz de contas!
Sonhando por um Mundo de regenerações
Livre de todas as expiações.


Por: Lucileyma Carazza

domingo, 25 de maio de 2014

LIMITES

LIMITES

Poderosa sensação
De liberdade da alma
Sempre livre
Fluindo através das estações
Selando o próprio destino
De difícil entendimento
Vivenciado por poucos
Entregue ao Universo
E a todas as oportunidades
Sorrindo e brindando
As Dádivas alcançadas
Caminhando sobre as conchas
Mergulhando ao luar
Rendendo-se aos demônios da alma
Renascendo ao despertar do Sol
Regenerando a vida
No recomeço do dia
Fugindo da realidade surreal
Agarrada ao Paralelo
Fixo no presente


Por: Lucileyma Carazza

sexta-feira, 23 de maio de 2014

RELACIONAMENTOS


RELACIONAMENTOS

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?

E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.

Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????"


Dizem que é do Arnaldo Jabor, mas não estou certa disso.

Prem Baba

O antídoto para os pactos de vingança é a renúncia. A questão é que a renúncia é fruto da compreensão. Até um determinado estágio você pode usar a espada da vontade consciente e fazer um voto, uma austeridade inteligente. Isso somente é possível quando você já pode compreender. A austeridade inteligente é uma maneira para descondicionar a mente. É um instrumento que serve para isso. É uma forma de ir além do vício. Mas, se você não compreendeu suficientemente, em algum momento você vai se frustrar, porque vai perceber a insuficiência da sua vontade. Você faz um voto e trai o voto às vezes no mesmo dia. Assim você começa a se frustrar e cair na armadilha do ceticismo, o que te faz não acreditar mais na sua capacidade de sair desse ciclo vicioso. Mas, estando consciente de tudo isso, você pode usar esse instrumento da austeridade inteligente para dizer “esse não sou eu”, “eu não dou mais alimento para esse eu viciado dentro de mim”. Até que, em algum momento, a renúncia floresça naturalmente dentro de você. Em algum momento o espírito da renúncia te pega. Aí, muito naturalmente, sem esforço, você deixa de se vingar. Você simplesmente compreende a estupidez e a falta de sentido dessa vingança. Você compreende que é somente um aspecto da ignorância. É somente um eu viciado em vingança que está ocupando o trono onde deveria estar o seu Eu verdadeiro. O impostor está ocupando o trono do rei. Então, em algum momento, você expulsa o impostor e senta no trono.
O impostor é viciado em tragédia; é viciado em dramas. O drama faz que com que ele sinta-se vivo. Pacto de vingança é outro nome para esse eu sofredor que é uma entidade, um complexo autônomo. O eu sofredor vive de sofrimento. Ele precisa gerar situações que tragam alimento para ele. Mas, esse eu sofredor que é o próprio pacto de vingança em si mesmo, já é um sintoma da dor. A dor é a raiz. Dá dor nasce o pacto de vingança que se desdobra nas matrizes do eu inferior, que é a destrutividade, e do eu inferior nascem as máscaras que são distorções dos atributos divinos. A distorção do amor, o vitimismo; a distorção do poder, que é a agressividade e a violência; a distorção da serenidade que é o retraimento, ou o anestesiamento. É isso que gera toda a miséria do mundo. A miséria continua se repetindo e multiplicando porque você tem prazer nisso. Em algum momento o prazer ficou conectado com o sofrimento. Com isso, você acha que, se abrir mão do sofrimento, abrirá mão também do prazer. Essa é a crença básica que habita o universo sombrio da personalidade. Você acredita que, se abrir mão do sofrimento, abrirá mão da vida. Isso é somente uma crença. Você pode ter prazer também no positivo. É possível ter prazer também no amor, na união... O pacto de vingança é esse casamento entre o sofrimento e o prazer. É o que faz você se punir para poder sentir prazer. Outro nome que eu dou para isso é ciclo vicioso do sadomasoquismo. Mas, como eu estava dizendo, são desdobramentos da dor original.
Então, a questão é chegar a esse núcleo para poder tratar dela. Você me pergunta qual prática pode ser antídoto para a dor. O antídoto é a compreensão. Quando chega ao núcleo da dor, você é iluminado pela sagrada compreensão, que naturalmente te explica porque você teve que passar por determinadas amarguras.
Eu estou dizendo que a crença básica vem do casamento da dor com o sofrimento, mas estou vendo que existe ainda outro ponto abaixo desse, que é a crença de que você é uma vítima. Então, quando você chega ao núcleo da dor e a sua compreensão é iluminada, você descobre que não é uma vítima. Por alguma razão você precisou estar nesse lugar.
Algumas coisas são difíceis para a mente compreender. Como a mente compreende o abuso sexual de uma criança? Como a mente compreende um pai querendo matar um filho? Como a mente compreende uma mãe que não quer saber do filho e quer jogá-lo pela janela? É difícil para a mente compreender que aquela criança também não é uma vítima. A personalidade é vítima de um sistema doente (e nós temos que cuidar desse sistema para evitar que horrores dessa natureza continuem se repetindo), mas no nível da alma, existe uma razão para isso ter acontecido. O que você precisa para se libertar da dor é compreender no nível da alma.
No mais profundo, a sua pergunta é “quem sou eu?” Quem é você enquanto uma alma em evolução, que passa por altos e baixos, por erros e acertos... Até que esteja você suficientemente maduro para poder receber sua verdadeira identidade. Até que esteja pronto para se unir ao Espírito Santo. A alma é a noiva que se casa com o espírito. Esse é o casamento alquímico do masculino e do feminino dentro de você. Esse é o encontro de Shiva e Shakti dentro de você. É somente quando ocorre esse casamento que você se torna o senhor de si mesmo. É só quando o masculino e o feminino se encontram dentro de você, que você se torna senhor de si mesmo.


Prem Baba

DESFAZENDO EQUÍVOCOS


Um texto da Monja Coen:

DESFAZENDO EQUÍVOCOS

Se você quer milagres, não procure o Budismo. O Supremo milagre para o Budismo é você lavar seu prato depois de comer.
Se você quer curar seu corpo físico, não procure o Budismo. O budismo só cura os males de sua mente: ignorância, cólera e desejos desenfreados.
Se você quer arranjar emprego ou melhorar sua situação financeira, não procure o Budismo. Você se decepcionará, pois ele vai lhe falar sobre desapego em relação aos bens materiais. Não confunda, porém, desapego com renúncia.
Se você quer poderes sobrenaturais, não procure o Budismo. Para o Budismo, o maior poder sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo.
Se você quer triunfar sobre seus inimigos, não procure o Budismo. Para o Budismo, o único triunfo que conta é o do homem sobre si mesmo.
Se você quer a vida eterna em um paraíso de delícias, não procure o Budismo, pois ele matará seu ego aqui e agora.
Se você quer massagear seu ego com poder, fama, elogios e outras vantagens, não procure o Budismo. A casa de Buda não é a casa da inflação dos egos.
Se você quer a proteção divina, não procure o Budismo. Ele lhe ensinará que você só pode contar consigo mesmo.
Se você quer um caminho para Deus, não procure o budismo. Ele o lançará no vazio.
Se você quer alguém que lhe perdoe as falhas, deixando-o livre para errar de novo, não procure o Budismo, pois ele lhe ensinará a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade de uma autocrítica consciente e profunda.
Se você quer respostas cômodas e fáceis para suas indagações existenciais, não procure o Budismo. Ele aumentará suas dúvidas.
Se você quer uma crença cega, não procure o Budismo. Ele o ensinará a pensar com sua própria cabeça.
Se você é dos que acham que a verdade está nas escrituras. não procure o Budismo. Ele lhe dirá que o papel é muito útil para limpar o lixo acumulado no intelecto.
Se você quer saber a verdade sobre os discos voadores ou sobre a civilização de Atlântida, não procure o Budismo. Ele só revelará a verdade sobre você mesmo.
Se você quer se comunicar com espíritos, não procure o Budismo. Ele só pode ensinar você a se comunicar com seu verdadeiro eu.
Se você quer conhecer sobre suas encarnações passadas, não procure o Budismo. Ele só pode lhe mostrar sua miséria presente.
Se você quer conhecer o futuro, não procure o Budismo. Ele só vai lhe mandar prestar atenção a seus pés, enquanto você anda.
Se você quer ouvir palavras bonitas, não procure o Budismo. Ele só tem o silêncio a lhe oferecer.
Se você quer ser sério e austero, não procure o Budismo. Ele vai ensiná-lo a brincar e a se divertir.
Se você quer brincar e se divertir, não procure o Budismo. Ele o ensinará a ser sério e austero.

Se você quer viver, não procure o Budismo, pois ele o ensinará a morrer.

12 SINTOMAS DE UM POSSÍVEL DESPERTAR

"12 SINTOMAS DE UM POSSÍVEL DESPERTAR
J. Krishnamurti:

1. Uma tendência crescente de deixar as coisas acontecerem ao invés de tentar controlá-las;
2. Ataques frequentes de alegria, sorrisos sem explicação e explosões de risos a qualquer momento;
3. Sensações de estar intimamente conectado aos outros e à natureza;
4. Episódios frequentes de apreciação e admiração com coisas simples;
5. Uma tendência de pensar e agir espontaneamente, no lugar do medo baseado na experiência passada;
6. Uma nítida habilidade de curtir cada momento;
7. Uma perda da habilidade de se preocupar;
8. Uma perda do desejo por conflito;
9. Uma perda de interesse por tomar as coisas como pessoais;
10. Uma perda de apetite em julgar o outro;
11. Uma perda de interesse em julgar a si mesmo;

12. Uma inclinação em dar sem esperar nada em troca."

quinta-feira, 22 de maio de 2014

CLÍMAX


CLÍMAX

a minha alma gêmea ela mora em marte
e vagueia solta por entre as estrelas
se há tempestade ou um pé de vento 
vem ela dormir em meu travesseiro

a minha alma gêmea dança tão bonito 
quando é lua cheia sou eu quem vai lá 
rodopiamos doidos pela via láctea 
às vezes perdemo-nos pelo infinito

nas noites escuras deixo a porta aberta 
a minha alma gêmea vem aqui me ver 
leva-me consigo voo em sua nave 
só a minha casca fica presa à terra

a minha alma gêmea fez-me prometer 
quando ela puder quando eu precisar
vai me transportar carregar meu corpo 
vou morar em marte de uma vez por todas

acaso ouças risos ou vozes alegres 
barulho de guizo ou de cachoeira 
é minha alma gêmea a brincar comigo 
a contar-me histórias sobre a lua cheia
então eu te peço – não chores 
abre a janela

*líria porto


LUDIBRIADA

LUDIBRIADA

Um ciclo sem enredo
Apegada a uma pegada
Um romance pávido
Conquistado por um
Estelionatário do coração


Por: Lucileyma Carazza

EU


EU

Não sou sua
Muito menos dele
E absolutamente de ninguém!
Sou exclusivamente minha
E não atribuo esta responsabilidade
Para mais ninguém.

Por: Lucileyma Carazza


FILOSOFIA DE BUTECO


FILOSOFIA DE BUTECO

- Não sei por quê?
Talvez, seja o teor etílico
Elevado desta segunda-feira.
Acabei viajando em trilhas sonoras
Que fazem parte da minha vida...
Compartilho as minhas poesias e textos;
E acredite... não suporto conversar sobre elas
Detesto o julgamento alheio
O título de escritora solitária
Me irrita profundamente
E quando elogiam a minha capacidade intelectual também.
Fato é que viciei em uma rejeição mórbida
Que me mostra a realidade dos fatos
Me abstraindo do inconsciente...
E isso me leva ao encontro para com as dificuldades
E ao crescimento constante...
- Melhor voltar para as trilhas sonoras!
O Bono tem um coração Shakespeariano,
Assim como o meu,
O engraçado que ele tem uma música
Que sempre me descreveu muito bem,
Tenho amigo que sempre brinca com isto...
Nunca pensei em trilhas sonoras pessoais
Sempre tem aquele lance de casal e “tals”...
Mas esta é trilha sonora da minha vida:
Who's Gonna Ride Your Wild Horses
E olha que ela é antiga...
Depois veio outra que continua sendo a atual:
Kansas – Carry  On My Wayward Son
Recentemente me entreguei a uma terceira: SOJA – True love
Para ver se muda esta energia...
E em atenção ao Bono Vox
Resolvo transformar esta energia estagnada
É que cansei de ser “um caco de vidro jogado na praia”,
Não quero mais ninguém jogado aos meus pés,
Prefiro me jogar aos pés de alguém...
Um amor verdadeiro é difícil,
Mas, não é impossível!
- E eu? Simplesmente acredito e necessito!

Por: Lucileyma Carazza