CLÍMAX
a
minha alma gêmea ela mora em marte
e
vagueia solta por entre as estrelas
se há
tempestade ou um pé de vento
vem
ela dormir em meu travesseiro
a
minha alma gêmea dança tão bonito
quando
é lua cheia sou eu quem vai lá
rodopiamos
doidos pela via láctea
às
vezes perdemo-nos pelo infinito
nas
noites escuras deixo a porta aberta
a
minha alma gêmea vem aqui me ver
leva-me
consigo voo em sua nave
só a
minha casca fica presa à terra
a
minha alma gêmea fez-me prometer
quando
ela puder quando eu precisar
vai me
transportar carregar meu corpo
vou
morar em marte de uma vez por todas
acaso
ouças risos ou vozes alegres
barulho
de guizo ou de cachoeira
é
minha alma gêmea a brincar comigo
a
contar-me histórias sobre a lua cheia
então
eu te peço – não chores
abre a
janela
*líria
porto