quinta-feira, 22 de maio de 2014

CLÍMAX


CLÍMAX

a minha alma gêmea ela mora em marte
e vagueia solta por entre as estrelas
se há tempestade ou um pé de vento 
vem ela dormir em meu travesseiro

a minha alma gêmea dança tão bonito 
quando é lua cheia sou eu quem vai lá 
rodopiamos doidos pela via láctea 
às vezes perdemo-nos pelo infinito

nas noites escuras deixo a porta aberta 
a minha alma gêmea vem aqui me ver 
leva-me consigo voo em sua nave 
só a minha casca fica presa à terra

a minha alma gêmea fez-me prometer 
quando ela puder quando eu precisar
vai me transportar carregar meu corpo 
vou morar em marte de uma vez por todas

acaso ouças risos ou vozes alegres 
barulho de guizo ou de cachoeira 
é minha alma gêmea a brincar comigo 
a contar-me histórias sobre a lua cheia
então eu te peço – não chores 
abre a janela

*líria porto