quarta-feira, 5 de agosto de 2015

OXITOCINA


OXITOCINA

Homens são racionais
Vivenciam caixas vazias no cérebro.
Mulheres são emocionais
Vivenciam caixas férteis no útero.
Às vezes nos entregamos
Ao inapropriado ao não convencional
Degustando o proibido
Entregues a único momento.
Saímos do eixo
Nos viramos do avesso
Entregamo-nos aos instintos
Ferindo nossa centelha divina.
É que essa variante,
Entre cérebro, coração e instinto
Caminhando separados
Levam-nos a precipícios
De descargas emocionais involuntárias.
Neste instante, percebemos e sentimos,
Que esta trindade,
Caminhando de mãos juntas nos fortalece...
Em separado nos afasta de nós mesmos
Porque existe o “Santo” ego
Que insiste em desarmonizar.
E como nos ferimos desnecessariamente!
Involuntariamente nos colocamos como coitados...
Mergulho em minha energia vital,
Encontro o equilíbrio
E me apego ao aprendizado diário:
Crescemos quando nos relacionamos
Erramos e acertamos por e pelo amor.
Respiro e suspiro aliviada...
Está tudo bem!
Para dificultar o raciocínio da proza concluo:
O masculino e o feminino moram em mim
Sou inteira e faço parte deste Universo
Onde todos SOMOS UM
Viciados nesta adrenalina denominada: AMOR.


Por: Lucileyma Carazza

ESCORPIÕES


ESCORPIÕES

Tarde calorosa de inverno
Céu azul e relva vibrante
Correnteza doce e fértil

Seres vibrantes entregues
Fugindo dos padrões
São sensuais, sexuais e curiosos

Frações de segundos
Que nos revela
A busca de tudo aquilo que nos falta

Uma pegada levada
Onde os poros se abrem
A respiração ofegante prevalece

Não existe padrões e regras
Existe apenas a liberação farta
De um desejo viciante.


Por: Lucileyma Carazza

“Acho que o pior vício não é em cigarro, bebida, drogas... O pior vicio, pra mim, é no amor do outro. É eu tentar preencher o vazio da minha falta de auto-estima, da minha negligência comigo mesma, da falta de mim na minha vida, com o reconhecimento, a admiração, o elogio do outro. O pior vício é buscar encher a falta de amor por mim, com amor do outro. 


O que acontece quando dois buracos negros se sugam?”

Por: Paula Jácome

VENTANDO


VENTANDO

A minha viagem interna e minhas constantes descobertas me trouxeram algumas respostas. Pra começar, vou dizendo logo: parafuso a menos? Nunca tive.
Eu tenho é um coração a mais. No ventre.
Aliás, só alguém com ventre, terra fértil, fábrica de milagres, poderia abrigar outro coração.
Ser mulher é assim: Sentir duas vezes, três, ou muitas.
Eu acalento, cuido, eu desejo, eu agradeço e ouso lutar.
De tanto pisar no chão me misturei com a terra, aprendi com sua cria. Me curo com o verde que ela me dá.
Eu sou filha da Lua.
Minha música preferida é o sussurro do vento.
Meu teto é o manto de estrelas.
Me encontrei muitas vezes quando me perdi por ai... No colo de Pachamama... Em selvagens paisagens que me soaram tão intimas.
Quem me aquece é o fogo.
Estou viva.
Sou vida.
Vivo no limiar da procura insana por mais de mim.
Horas intermináveis de sono e dúvidas
Pensamentos sombrios e serenos, questionamentos e constatações...
E zelo.
Às vezes também penso com o ventre.
Eu "vento".
E sopro.
E ai sou calmaria.


Por: Juliana Cordeiro