sexta-feira, 11 de setembro de 2015

RECOLHER-ME



RECOLHER-ME

Nós dois sabemos
Que não é elegante nos amarmos...
Mas o que fazer?
Com esse sentimento que reina em mim...

Com essa vontade louca
De te fazer à leitura e a releitura
Como um bom livro
Da minha cabeceira

Queria compartilhar meu mundo
Te mostrar minha estrada
Ser a sua inspiração
E o real motivo dos seus desejos...

O que fazer com este anseio,
Com esse sonho torpe que me flagela,
Degenera e destrói;
Me levando a precipícios emocionais...

Estou cansada
Desse deserto infértil
De estar à deriva
Como um navio fantasma

Cansada de ser levada com o tempo
De não possuir um porto
Para a minha cabeça deleitar
E os pés aterrar

Cansada de ser esta poetisa
Melancólica e monotemática
Que se expandi em reflexões sem nexos
E textos incoerentes...

Tudo culpa desse danado de coração
Que insisti amar o impossível
Que não tem fundo
E que só sabe amar...

É o momento de me retirar
Ficar reclusa e não me expor
Pois existe uma sensibilidade surreal
Quase impossível de suportar

Não há mais nada a ser dito
Muito menos o que se fazer
Qualquer ato a partir de agora
Seria a mais pura falta de amor

Falta de amor...
Excesso de amor!
Por amar demais
O que não é correspondido.


Por: Lucileyma Carazza

DEVIDOS A VOCÊS


Sou o que sou, devido a vocês.
Sou artista, poeta e menino.
Aquilo que sou...
Com milhões de detalhes,
São reflexos de bons traços.
Somente seus.
Muito me alegra recordar
Saber que meu berço fez historia
A preencher com palavras
A página branca que quero contar.
De Minas nascer e entoar
Da pequena Lajinha
A minha avó Júlia.
Com seu jeito de ser fez falar.
E das terras vermelhas de Barão
A minha avó Maria.
Com seus crochês e sistemática sempre a cuidar.
A você minha irmã Andréa
Desde criança e sempre presente
Mesmo nas brigas,
Soube de longe e na despedida.
lágrimas e uma eterna amizade inaugurar.
De Fabri minha tia
Minha mãe segunda linha
Sempre lembro os dias felizes,
Que sempre tão juntos,
Fim de ano sempre a celebrar.
A você flor a brilhar meu jardim
A minha mãe bela Lúcia
Que desde ao ventre de maneira simples
Chega a reinventar o amor.
Minas mãe minha rosa flor.
É devido a vocês Mulheres e rainha de minha vida
Tão singelas marias
Hoje me alegro em celebrar
O que sou e devido a vocês vou.


Por: Sérgio Dias
A crise é da alma; que não se acalma nem num dia bom.
A crise é do peito; que não sabe direito onde pousar.
A crise é da mente; que mente pra gente dizendo ‘tá tudo bem’.
A crise é de quem ama e não consegue dizer 'quero ir além da cama'.
A crise é de quem transa e trava pra dizer ‘era só isso mesmo, tchau’.
A crise é moral; tamo cagando pro bem estar próximo.
A crise é religiosa; Jesus foi foda, mas, nossa, o fã clube tá fodendo tudo.
A crise é no foco; estamos sem mira. Primeiro a gente atira, depois pergunta.
A crise é absurda e tem tão pouco a ver com dinheiro.
A crise é o corpo inteiro querendo utopia: cabeça tronco e membros precisando de novos tempos

(...)

pra sonhar

**

[fábio chap]


REAL HOMEM DEUS


Quanto ao tempo
E logo no prazo satisfazer.
Pimenta no olhos do outro,
Sem duvida a todos é refresco.
E ao ar livre a videira esbanja segredos
E o mel que se colhe
Traz o sal que adoça a certeza.
Que os sabores da terra,
É vida que como um eu,
E o vento que sopra.
São suaves cuidados,
De um Belo que olha e saúda.
De uma amante certeza
Deu um real homem Deus.


Por: Sérgio Dias
Vinhos e palavras
Olhos de almas parente
Sentimento de amigos mais.
Calma, paciência de amor e paz.

Numa noite encontrar seu olhar
Pela estrada amizade a começar
Bem depois, quantas prosas zelar.

Descobri...
O vento que celebra sua paz.
Cada instantes que com vinhos.
Seus sigilos de prazeres se desfaz.
E o amor que sobrevive és tão mais.

Descobri...
Que em torno de uma mesa.
Se a vinho e palavras,
Nossa sempre amizade.
Logo, logo é poesia com café
Somos amigos das Minas Gerais.

Por: Sérgio Dias