RECOLHER-ME
Nós
dois sabemos
Que
não é elegante nos amarmos...
Mas
o que fazer?
Com
esse sentimento que reina em mim...
Com
essa vontade louca
De
te fazer à leitura e a releitura
Como
um bom livro
Da
minha cabeceira
Queria
compartilhar meu mundo
Te
mostrar minha estrada
Ser
a sua inspiração
E
o real motivo dos seus desejos...
O
que fazer com este anseio,
Com
esse sonho torpe que me flagela,
Degenera
e destrói;
Me
levando a precipícios emocionais...
Estou
cansada
Desse
deserto infértil
De
estar à deriva
Como
um navio fantasma
Cansada
de ser levada com o tempo
De
não possuir um porto
Para
a minha cabeça deleitar
E
os pés aterrar
Cansada
de ser esta poetisa
Melancólica
e monotemática
Que
se expandi em reflexões sem nexos
E
textos incoerentes...
Tudo
culpa desse danado de coração
Que
insisti amar o impossível
Que
não tem fundo
E
que só sabe amar...
É
o momento de me retirar
Ficar
reclusa e não me expor
Pois
existe uma sensibilidade surreal
Quase
impossível de suportar
Não
há mais nada a ser dito
Muito
menos o que se fazer
Qualquer
ato a partir de agora
Seria
a mais pura falta de amor
Falta
de amor...
Excesso
de amor!
Por
amar demais
O
que não é correspondido.
Por: Lucileyma
Carazza