quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A BRUXA



A BRUXA

Era para ser um conto de amor
Parece que sobre este assunto,
Perdi a inspiração...
Olhei para mim e decidi me amar...
Egoisticamente falando do jeito que sou...
Lembro do arquétipo da BRUXA
Suspiro e solto uma gargalhada
Detesto princesas...
A minha essência é toda assim
Lógico que existem as boas e más
Em alguns momentos sou as duas
Depende do ponto de vista
E da sujeira dos olhos embutida em cada ser,
Ou da necessidade de sobrevivência.
O bem e o mal estão no humano
Fato é que elas são livres
De convenções e de rotinas
Usam vestidos longos
Botas de bico fino
Conversam com os bichos
Sabem tudo sobre plantas
Protegem o meio ambiente
Vivenciam as quarto estações do ano
Dominam os quatro elementos:
Terra, fogo, ar e água!
Acompanham o ritmo das marés
Reverenciam as fases das Lua
Amam no ritmo de cavalos selvagens
São viscerais e vivem intensamente.
Morrem e renascem quando necessário
O ciclo da natureza selvagem.
Sobrevivem isoladas e optam pela natureza
São extremamente intuitivas
Conversam, escutam e enxergam
O que ninguém mais percebe ou sente
Em desdobramentos presenciam profecias
Curam enfermidades através do toque...
Os homens até aparecem, vez e outra,
Elas encantam e desencantam
E voltam ao estágio anterior:
Conduzir vassouras, um caldeirão
E conversar com gatos pretos
É muito mais fácil e gostoso
Difícil é sustentar o martírio
Da convivência conjugal
Sendo quem você é livre de projeções...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza