terça-feira, 10 de maio de 2011

Vocabulário Feminino



Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas descomplicar.

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo.

Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.

E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas.

Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele.

Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar. do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida. aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio.

Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio.

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada.

Mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias.

Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.

Nas mesas de restaurantes, nem pensar.

Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?

Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza.

Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.

Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia,

E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.

A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas

Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Por: Leila Ferreira

Auto-estima!


“A personalidade jurídica está vinculada na existência do indivíduo, na sua consciência e vontade. Uma criança pequena, ou um louco, é uma pessoa. Entre as pessoas físicas não existe diferença alguma para as suas atribuições de direitos civis; por mais débil e incapacitado, todo ser humano é um ser singular, sendo, uma pessoa de direito”. Pablo Stolze

Achei lindíssima esta citação e resolvi compartilhar. Também resolvi falar sobre o “Grupinho Semanal”.

Este Grupinho Semanal de mulheres voltadas exclusivamente para a busca da autotransformação.

No início senti um desconforto. Era a novata e a estranha do grupo.
Todas com a mesma faixa etária, maridos, filhos, casas, compras de supermercado, profissão estabelecida, ginástica, yoga, angústias pessoais e a Fina aqui, a única fora do perfil estabelecido.

Tirando as angústias pessoais e a profissão estabelecida não me encaixava em mais nada. Mentira! Também tinha a busca da autotransformação.

Era a única que não possuía um conto de fadas cor-de-rosa e tudo perfeitinho no lugar. Com a convivência, percebi que quem causava desconforto era eu, porque eu não tinha nada para reclamar, ou melhor, não tinha problemas.

Comecei a pensar que era a mais louca, bipolar mesmo, de todas, por estar fora daquele “enlace matrimonial cor-de-rosa”, sem filhos, sem “muita” responsabilidade, saindo para baladas, festinhas e sempre junto dos amigos e de uma boa cerveja gelada.
Agora percebo que todas adorariam estar no meu lugar. Porque não sofro por não ter a rotina vivenciada por elas e amo estar livre!

Livre!

Na verdade sou livre até demais.

Já senti incomodo com esta liberdade.

Hoje curto de montão.

Lógico, que já refleti muito sobre isto! Mais que culpa tenho eu? Se prefiro viver assim.

- Sim, foi uma questão de escolha. Somos responsáveis por tudo que acontece em nossas vidas. Se nos frustramos por algo que não aconteceu e que gostaríamos que tivesse acontecido, certamente é porque no nosso inconsciente não queríamos aquilo de fato!

A partir de então, decidi assumir a responsabilidade da minha inconsciência. Mergulhei no meu ego inflado e cheguei à brilhante conclusão: as mulheres sofrem em virtude da auto-estima baixa.

Com esta conclusão resolvi criar umas regrinhas básicas para manter a minha auto-estima. E tenho praticado a um bom tempo e os efeitos já surgiram.
Segue as dicas:

PRIMEIRO: “Sou mestre da minha própria vida”!

Não adie mais, não se martirize. Comece com a menor coisa que acha que consegue fazer em face da tarefa mais importante. Como se fosse um impulso ascendente para a construção para melhorar a sua auto-estima.

2) Comece com passos pequenos: com pequenos êxitos construímos o impulso para ganhar mais confiança nas nossas capacidades.

3) Crie uma visão convincente: crie uma imagem de si mesmo como sendo uma pessoa confiante em que você aspira tornar-se.

4) Relaxe: mentalize e idealize esta imagem.

5) Socialize: force a barra mesmo, a convivência em grupos distintos vai te fazer uma pessoa mais interessante.

6) Faça algo naquilo que é bom: ficamos melhor à medida que vamos repetindo e praticando. O simples fato de se propor a enfrentar algumas coisas ou situações em que sente menor capacidade ou mais incomodado permitir-lhe-á desconfiar a sua incapacidade. Provavelmente perceberá que o receio era infundado.

7) Defina metas: ao definir metas claras, práticas e exeqüíveis, você tem um alvo em direção ao qual se pode movimentar.

8) Ajude os outros a se sentirem melhor: ajude alguém, ou ensina-lhe algo. Estimule o próximo a sorrir. O contato e a partilha são duas condições necessárias ao bom desenvolvimento e crescimento saudável.

9) Obtenha clareza nas áreas da vida: principalmente nas que precisam de mais atenção.

10) Construa um plano: um dos principais motivos para alguns de nós ficarmos pelo caminho ou vermos a nossa vontade paralisada para realizar algo, deve-se ao fato de não construirmos um plano para alcançar os objetivos necessários.

11) Motive-se: leia algo inspirador, ouça música que o energize, converse com alguém que possa elevar o seu espírito.

12) Afirmações: a sua afirmação tem que ser sentida e coerente com aquilo que pretende realizar.

13) Deixe de se comparar: perceba o que quer, daquilo que é capaz, e eventualmente o que tem de melhorar ou mudar para alcançar os seus objetivos e sonhos. Transforme a mente ao concentrar nas coisas que são verdadeiras, admiráveis, nobres e divinas.

Bom, estes são alguns dos princípios que estabeleci.

O “Grupinho Semanal” continua fazendo parte da minha vida. Sou eternamente grata a esta experiência. Um grupo de pessoas voltadas para o bem e à procura do caminho da autotransformação pessoal. Pessoas iguais e tão diferentes.

Foi com esta convivência que aprendi a me amar e a amar muito mais o próximo.
E como diria o meu grande amigo Bono Vox: “Um vampiro ou uma vítima? Isso depende de quem está ao seu redor”.

Sou dona do meu destino e aceito o presente como ele é!

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

Ciclos e ciclos


Dei-me conta,
Que ainda,
Você me atrapalha!
No início,
Era apenas ressentimento,
Tornou-se mágoa.
Posteriormente pena,
E agora raiva!
Queria não sentir nada!
Ciclo interminável...
Os mesmos erros!?
Ou apenas uma transformação...
Queria não pensar nada!
Queria já não sentir mais nada!
Nem fazer qualquer tipo de comparação.
Ainda bem, que o universo está conspirando.
Reagindo!
E eu?
Acompanho!
Engrandecidamente!
Com tranqüilidade!
Por que sei, que os ciclos se enceram!

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

Stay Or Leave


Dave Matthews Band

Maybe different but remember - Talvez diferente mas lembre
Winters warm there you and I - Invernos quentes você e eu nos beijando
Kissing whiskey by the fire - Whisky ao lado da lareira
With the snow outside - Com a neve lá fora
And the summer comes - E o verão chega
The river swims at midnight shiver cold - No rio, nadar a meia noite, frio arrepiante
Touch the bottom you and I - Tocamos o fundo eu e você
With muddy toes - Com dedos enlameados

Stay or leave - Fique ou vá embora
I want you not to go but you should - Eu quero que você não vá mas você deve
It was good as good goes - Era tão bom quanto bom pode ser
Stay or leave I want you not to go but you did - Fique ou vá embora, eu quero que você não vá mas você foi


Wake up naked drinking coffee - Acordar nu bebendo café
Making plans to change the world - Fazendo planos para mudar o mundo
While the world is changing us - Enquanto o mundo está mudando a nós
It was good good love - Era bom, bom amor
You used to laugh under the covers - Você costumava rir embaixo das cobertas
Maybe not so often now - Talvez não tão frequentemente agora
The way I used to laugh with you - A maneira como eu costumava rir com você
Was loud and hard - Era alto e forte

Stay or leave - Fique ou vá embora
I want you not to go but you should - Eu quero que você não vá, mas você deve
It was good as good goes - Era tão bom quanto bom pode ser
Stay or leave I want you not to go but you did - Fique ou vá embora, eu quero que você não vá mas você foi


So what to do - Então o que fazer
With the rest of the day's afternoon hey - Com o resto da tarde deste dia
Isn't it strange how we change - Ei, não é estranho como nós mudamos
Everything we did - Tudo que nós fizemos
Did I do all that I should - Eu fiz tudo que devia?

That I coulda done - Que poderia ter feito

Remember we used to dance - Lembra nós costumávamos dançar
And everyone wanted to be - E todos queriam ser
You and me - Você e eu
I want to be too - Eu quero ser também
What day is this - Que dia é hoje?
Besides the day you left me - Além de ser o dia que você me deixou
What day is this - Que dia é hoje?
Besides the day you went - Além de ser o dia que você se foi
So what to do - Então o que fazer
With the rest of the day's afternoon hey - Com o resto da tarde deste dia
Well isn't it strange how we change - Bom, não é estranho como nós mudamos
Everything we did - Tudo que fizemos
Did I do all that I could - Fiz tudo que podia?

Remember we used to dance - Lembra nós costumávamos dançar
And everyone wanted to be - E todos queriam ser
You and me, I want to be too - Você e eu, eu quero ser também
What day is this - Que dia é hoje?
Besides the day you went babe - Além ser o dia q você se foi, baby
What day is this - Que dia é hoje?

II° Sonetto di William Shakespeare



Quando quaranta inverni faranno assedio alla tua fronte
Scavando trincee fonde nel campo della tua bellezza,
Quando l'imponente livrea dell'ammirata giovinezza
Sarà ridotta a uno straccio d'abito tenuto in poco conto.
Se allora si chiedesse dove la tua bellezza giace,
Dove tutto il tesoro dei giorni caldi di vigore,
Dire: nei tuoi propri occhi infossati profondamente,
Mostrerebbe con indiscreta lode, ingiuria implacabile.
Ma quale elogio parerebbe la tua bellezza logora
Se tu potessi replicare: < Questo bel bimbo mio,
Assolverà il mio debito, rende scusabile ch'io invecchi >
Dimostrando la sua bellezza per successione, tua!
Sarebbe il tuo rinnovamento quando già sarai vecchio,
Vedresti il tuo sangua ardere quando già ne sentirai il gelo.

Um anjo em minha vida!





Amei e fui muito amada!
Rompimento traumático!
Luto profundo!
Distanciamento!
Magoa...
Choros...
Meses e meses...
Por vias tortas,
Você me aparece!
Apaixonada e enamorada.
Ouço: Eu te amo!
Estou sem saber como lidar
Penso: foi da boca para fora...
Foi exclusivamente para me agradar.
Foi para me conquistar.
Mas por quê???
Se não pedi nada em troca.
Estava em uma situação leviana e gostaria de ser tratada como tal.
Se tudo era para ser apenas “rock”.
Definitivamente detesto esta frase:
Deus escreve por vias tortas...
Definitivamente foi um anjo!
E uma experiência divina!

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

Estranho




Amei, fui amada!
Por anos e anos!
Como fui amada!
Recebi muito mais do que dei...
Quando percebi a magnitude daquela relação...
Investi!
Do rompimento cruel e doentio,
Um luto profundo.
Magoei-me!
Deprimi-me,
Criei uma muralha,
Não quis saber mais de qualquer tipo de relacionamento afetivo...
Vivi um luto, a reclusão o isolamento e as críticas constantes.
A partir de então, pedi a Deus:
Deus me dê um relacionamento verdadeiro,
Mas por favor, faça com que a pessoa me encontre na minha casa.
De onde menos espero,
Por vias tortas,
O inesperado acontece.
Fiz o que nunca pensei em fazer!
Me entreguei!
Ouvi no final:
Eu te amo!
Disse no final: Estou feliz comigo mesma!
Do jeito que sou!
Complicada, perfeitinha e intensa!

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

Magistrado diz que "Exame de Ordem é tão difícil" que, agora, nem ele seria aprovado


Magistrado diz que "Exame de Ordem é tão difícil" que, agora, nem ele seria aprovado

Com o adiamento da divulgação do resultado da prova do último Exame de Ordem, a OAB aumentou a expectativa de mais de 26 mil bacharéis em Direito. Eles esperam passar na prova para obter o certificado que garante o direito de exercer a profissão de advogado.

O resultado da segunda fase, que seria anunciado no final de abril, será divulgado no próximo dia 20, e a lista dos aprovados sairá no dia 26. Muitos candidatos afirmam que o Exame de Ordem está cada vez mais difícil. O índice de reprovação chegou a quase 90% na última edição.

A primeira fase foi marcada por várias polêmicas e o ajuizamento de centenas de mandados de segurança e ações cautelares - que deram em nada depois de uma decisão do presidente do TRF da 1ª Região.

“As provas da OAB estão num nível de dificuldade absolutamente igual às da Defensoria Pública, do Ministério Público e, se bobear, da magistratura”, diz o desembargador Sylvio Capanema, ex-vice-presidente do TJ do Rio de Janeiro. Falando ao G.1, ele disse que “com absoluta sinceridade, hoje ru não passaria no Exame de Ordem". A matéria é assinada pelos jornalistas Andressa Gonçalves e Paulo Guilherme.

São realizadas três edições do exame por ano, cada uma com duas fases. A taxa de inscrição para cada edição é de R$ 200. A prova é organizada pela Fundação Getulio Vargas. A edição mais recente, a 2010.3, teve 104 mil inscritos na primeira fase, composta por 100 questões de múltipla escolha, e só 26% dos candidatos passaram para a segunda fase, que teve perguntas com respostas dissertativas.

Só com o último Exame de Ordem a entidade arrecadou R$ 20.800.000,00. Mas é um segredo fechado o valor que a Ordem paga à Fundação Getúlio Vargas.

Em março, a Comissão de Constituição de Justiça do Senado rejeitou por unanimidade a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha considerar o diploma de curso superior como comprovante da qualificação profissional e extinguiria o Exame de Ordem.

Na defesa da importância da prova, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, disse que o maior problema é a baixa qualidade do ensino jurídico no país. “Cerca de 70% dos alunos formados por universidades públicas e particulares de boa qualidade passam no exame. O problema são as faculdades ruins, de fundo de quintal", disse Cavalcante.

Hoje, segundo ele, há 1,3 milhão de bacharéis em direito no país sem inscrição na OAB. E são 700 mil os profissionais aptos a advogar. O Ministério da Educação registra a existência 1.164 cursos superiores de Direito no país.

O G1 foi à feira Expo Direito, realizada na semana passada, no Rio, para ouvir as opiniões e sugestões de advogados, desembargadores, professores e estudantes de direito. Afinal, o Exame de Ordem é necessário para definir quem pode ou não exercer a profissão de advogado?

O desembargador Sylvio Capanema se diz contrário à constitucionalidade do exame.“Eu não consigo entender como é que o governo chancela um curso, outorga o grau de bacharel, o que significa reconhecer que o aluno está preparado para o exercício da profissão, e que ele ainda tenha que passar por um último teste, último desafio” - afirma.

O magistrado avalia que “as faculdades de direito ficam desmoralizadas, porque recebem um atestado
de incompetência porque são capazes de lançar no mercado profissionais que não teriam condições de exercer a profissão”.

Outras opiniões

"É uma confirmação de que a pessoa tem a capacidade para poder exercer a profissão. Eu fiz aos 47 anos de idade, sou aeroviária, trabalho o dia inteiro, trabalho final de semana e consegui passar". A
manifestação é de Rosemere Alves Pereira, advogada

A advogada e professora de direito Tereza Rampinelli considera o Exame de Ordem necessário para uma boa qualidade da Advocacia brasileira. “Infelizmente hoje muitas faculdades não estão cumprindo o que realmente o Ministério da Educação (MEC) determina e com isso cada vez mais os estudantes estão sendo prejudicados”, avalia. “E a sociedade vai ser prejudicada também, porque serão inseridas pessoas no mercado de trabalho que não vão ter uma consciência ética da profissão nem uma boa fundamentação jurídica para poder fazer com que o cliente seja amparado”.

A advogada Aline Gonçalves Maia acha que o exame não pode servir para avaliar os cursos de direito.“A gente não pode é querer comparar a OAB ao MEC. É responsabilidade do MEC fiscalizar o tipo de ensino e não da OAB. A impressão que se tem é que a OAB quer tomar o lugar do MEC. A OAB tem que avaliar os profissionais. O ensino compete ao MEC” .

Ela reclama também do alto valor da taxa de inscrição.“A maioria esmagadora dos candidatos não consegue nem atingir a segunda fase e precisa ficar repetindo essa prova várias vezes ao longo do ano. Tem gente que tenta durante anos, e cada tentativa são R$ 200.”

"As provas estão sendo cada vez mais acirradas, tem um grau de dificuldade que eu acho que não precisaria ser atendido nesse início de carreira" - diz

Flavia Bahia Martins, professora de Direito. Ela vê o exame muito parecido com os concursos públicos. “As provas estão sendo cada vez mais acirradas, tem um grau de dificuldade que eu acho que não precisaria ser atendido nesse início de carreira do bacharel em Direito”, diz.

A favor do exame, o advogado e consultor Diogo Hudson sugere uma mudança no formato da prova.“A OAB deveria aplicar o exame aos estudantes em duas fases, a primeira na metade e a segunda no final do curso de direito. Existem algumas matérias do início da faculdade que são extremamente importantes, sendo que, no final da faculdade, muitas vezes você não se lembra delas.”

Estudantes se dizem a favor da prova

Para os estudantes de Direito, o Exame da OAB é importante para garantir embasamento para quem vai entrar no mercado de trabalho. Eles questionam apenas o fato de só esta carreira ser submetida a uma prova para certificar a profissão.

“Tem muitas faculdades que precisam de uma forma de avaliação, mas por que só o direito tem que ter a prova? Se a prova se estendesse a todos os cursos seria mais justo”, diz a universitária Neila dos Santos Carvalho, que vai fazer o Exame de Ordem este ano.

Amanda Luiza Dias Félix acha o exame válido porque é uma maneira de provar que o bacharel em direito sabe o mínimo para poder atuar na sua área. “O pessoal de medicina tem que fazer um vestibular super difícil em qualquer faculdade, então acho que não é nada demais no direito você mostrar que aprendeu.”
"Se com ele a gente já tem tantos profissionais que não preenchem os requisitos necessários, imagina se não houvesse o exame?" - questiona Gabriela Pinheiro Ornelas, estudante de Direito.

O estudante Raphael Alves Oldemburg acha que o Exame de Ordem representa um controle adequado da qualidade da formação dos estudantes.“É muito difícil você, depois de passar por um longo processo de cinco anos do ensino superior, ter que fazer uma prova para mostrar se você aprendeu ou não aquele conteúdo da sala de aula”, diz. Ele sugere uma fiscalização maior da qualidade dos professores das
universidades.

“Eu acho a prova bem difícil. Uma fase seria suficiente”, diz Camila Martins da Costa Lemos, estudante do quarto ano de Direito.

Para Gabriela Pinheiro Ornelas, o exame da OAB é um “mal necessário”. E justifica: "se com ele a gente já tem tantos profissionais que não preenchem os requisitos necessários, imagina se não houvesse o exame como não ficaria banalizada a profissão?”

O que diz a lei

O Exame da OAB se baseia no artigo 5º parágrafo XIII da Constituição Federal: "XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer"; e no Estatuto da Advocacia (lei 8.906/94): "Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)"

Quem deve participar - Todo bacharel de direito precisa fazer o exame para poder exercer a profissão de advogado

Quantas provas são feitas por ano? -São três edições por ano e o candidato que não for aprovado pode fazer a edição seguinte. A OAB está atrasada com os Exames de 2011; neste ano não houve nenhuma realização.

Como é a prova? - A prova é dividida em duas fases. A primeira fase é composta de 100 questões de múltipla escolha. Quem acertar o mínimo de 50 questões passa para a segunda fase. Na segunda fase o candidato precisa redigir uma peça processual e responder a cinco questões, sob a forma de situações-problema, compreendendo as seguintes áreas de opção do bacharel, indicada no momento da inscrição: Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Empresarial, Direito Penal ou Direito Tributário.

Quanto custa a taxa de inscrição? - O candidato paga R$ 200 para fazer o exame.

Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 09/05/2011 e
http://www.endividado.com.br/noticia_ler-28829,magistrado-diz-que-quotexame-ordem-to-difcilquot-que-agora-nem-ele-seria-aprovado.html

Errar é humano, perseverar no erro é tolice



Vamos nesta semana refletir sobre a sexta dica de sucesso atribuída a Bill Gates: “Se você fracassar não ache que a culpa é de seus pais. Não lamente seus erros, aprenda com eles.”

Já dizia Cícero: “É coisa de qualquer ser humano errar, porém de nenhum deles, salvo os nécios (ignorantes), é perseverar no erro”. É incrível como conhecemos tanta gente que persiste no erro!

Esses errantes não percebem que um erro nunca pode ser corrigido por outro. Aliás, um erro seguido de outro não faz um acerto, ao contrário, forma dois erros.

Se a história é a grande inventariante da vida humana, certamente ela anda muito triste em relação à dificuldade de muitos seres humanos de aprender com seus próprios erros. Em regra demoramos muito tempo para assimilar nossos erros.

“Errare humanum est” (errar é coisa de humanos). O problema grave está em perseverar no erro, apesar dos grandes prejuízos sofridos. Não deveríamos nunca resistir a corrigir nossos erros. Não deveríamos nunca ser orgulhosos a ponto de não aceitar nenhuma mudança nos nossos comportamentos.

Nossa capacidade de mudar o rumo das nossas vidas e atividades equivocadas deveria ser proporcional à nossa falta de habilidade para fazer as coisas certas (ou seja: à nossa facilidade para errar). Manifeste. Dê sua opinião.

Por: LuíZ Flávio Gomes - http://www.ipclfg.com.br/dicas-de-sucesso-do-prof-lfg/errar-e-humano-perseverar-no-erro-e-tolice/