sexta-feira, 13 de junho de 2014

FALÁCIAS


FALÁCIAS

Palavras que não condizem com a realidade
Uma ilusão torpe que insiste em maltratar.
Um luto subliminar e interminável
Constatado através dos caminhos que escolhi.
Vespeiros inconscientes aos quais me submeti
Ciclos viciosos enraizados dos quais necessito transformar.
Se ser especial em falácias é uma virtude ou a falta,
Me entrego para o despertar no umbral,
Para que as máscaras do oculto da alma germinam em mim.
A entrega é a libertação real
Não é a fuga do medo em se aceitar,
Muito menos a carência da solidão e da vaidade.
A energia do mundo não me sustenta
E acredito no despertar da centelha divina.
Não encobrirei sujeiras por comodismo
Nem morrerei afogada em fel por palavras e atitudes.
Vejo corações inflamados, desesperados
Em busca da aceitação e da perfeição,
Corrompidos pelo falta e pela aparência social,
Torturados pela gangrena e auto-afirmarão do ego.
Não rogo pela perfeição e pela iluminação
Assumo a minha insignificância,
Juntamente com a minha ignorância
De acolher o mundo com os olhos do coração
E de acreditar que somos todos um.
O peso do amor verdadeiro só é entregue a alguns
Pois, poucos são capazes de carregar esta cruz.
Realmente a falácia é gigantesca,
Mas é a realidade que conheço e sustento.
E se a atitude ainda não condiz com as palavras
Estou no meu caminho inteira e íntegra.


Por: Lucileyma Carazza

Angra - Make Believe


O herói de mil faces


James Joyce


Vou te dizer o que farei e o que não farei. Não servirei àquilo em que não acredito mais, chame-se isso o meu lar, a minha pátria, ou a minha igreja; e vou tentar exprimir-me por algum modo de vida ou de arte tão livremente quanto possa, e de modo tão completo quanto possa, empregando para a minha defesa apenas as armas que eu me permito usar: silêncio, exílio e sutileza.
-Fizeste que eu confessasse os pavores que tenho. Mas vou te dizer também o que não me apavora. Não tenho medo de estar sozinho, de ser desdenhado por quem quer que seja, nem de deixar seja lá o que for que eu tenha que deixar. E não tenho medo, tampouco, de cometer um erro, um erro que dure toda a vida e talvez tanto quanto a própria eternidade mesma.

James Joyce

PRECE CELTA DO AMOR

PRECE CELTA DO AMOR

Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a musica seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalento secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que a estrada se abra à sua frente.
Que o vento sopre levemente às suas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em sua face.
Que respondas ao chamado do teu Dom e encontre a coragem para seguir-lhe o caminho.
Que a chama da raiva te liberte da falsidade.
Que o ardor do coração mantenha a tua presença flamejante e que a ansiedade jamais te ronde.
Que a tua dignidade exterior reflita uma dignidade interior da alma.
Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos que não buscam atenção.
Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma.
Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada tecida em torno do cerne do assombro.
Que a chuva caía de mansinho em seus campos...
E, até que nos encontremos de novo...
Que os Deuses lhe guardem na palma de Suas mãos.
Que despertes para o mistério de estar aqui e compreendas a silenciosa imensidão da tua presença.
Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos.
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.

Que o teu viver seja pleno de Paz e LUZ.

Autor: Desconhecido