quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

RELATO DE UM TIPO 4 SEXUAL



No auge dos meus 37 anos, concluo:
Estou “pocando” de boa...
Houve uma época que gostaria de ser como a Madonna:
Like a virgen” (como uma virgem)
Doce ilusão, perder a virgindade não é tão legal...
O sexo aprende-se depois...
E com isto, rebolamos por puro prazer do despertar...
E hoje, outras “birongas” são  mais legais...
Atualmente continuo querendo ser tal como a Madonna...
Porque o que é bom não sobra...
Evolui...
A good girl gone wild” (Uma garota boa que ficou selvagem)
De hoje em diante quero viver a plenitude
A plenitude de ser livre e feliz
Sem amarras e amarguras no coração.
Definitivamente não quero e não sofrerei com o câncer...
A seta está acesa e piscando em neon na minha testa.
Gratidão por tudo que acontece em minha vida.
Portas se fecham e outras se abrem instantaneamente...
Não me arrependo de nada, talvez acrescentasse um pouco mais de “purpurina”...
Suspiros... suspiros.... suspiros...
Não quero pensar em escolhas errôneas...
Posso errar mais um milhão de vezes e acertar uma única vez...
Com um sorriso estonteante,
Um bronzeado surreal,  uma cintura fina e 108 de quadril...
Dançar o oito, ou o infinito, ou apenas o samba e a dança-do-ventre.
Sinto pela primeira vez o abandono da nostalgia.
Quero viver e aproveitar todos os segundos da minha vida...
Nunca estive tão viva e tão sã...
Posso dizer que estou até feliz...
Com alegria, de coração aberto...
Quero conhecer e viver tudo que ainda não vivi!
Como um marinheiro...
Talvez com “um amor em cada porto”...
Não existe plenitude maior que conscientizar-se:
Que a liberdade é o melhor que existe na vida.
E sempre fui assim...
O apego nunca me fez feliz...
Carpe diem

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

GRATIDÃO

Gratidão
O amor, carinho e dedicação que recebi de meus pais, dou hoje aos meus filhos. A beleza do meu jardim, está estampada no meu bom dia. Todos os livros que já li, se tornam as crônicas que escrevo, a música que ouço, transformo em dança, o conhecimento que sorvo, se vira trabalho.
 
O amor do meu marido explode em vestidos esvoaçantes e coloridos, o silêncio da floresta eu transformo em paciência, em escuta. Com a alegria do encontro com amigos eu faço bolo com café. A luz do sol esquenta o meu abraço, o brilho enlaçado da lua liberta os meus segredos pro mundo.
 
Gratidão significa que a energia recebida, deve ser devolvida. Foi o que li em uma rede social, e virei vida!
 
Depois de brincar com os meus filhos, eu só posso plantar as flores que vão servir de alimento pras borboletas e enfeitar o mundo. O aconchego da minha casa, transparece no colinho pra acalentar a tristeza de quem vem chorando…
 
Da água eu devolvo o frescor, a fluidez, a transparência, a minha verdade sobre mim. Com a inteligência, eu estampo conexões. A chuva permite a preguiça, germina o descanso. Pelo o vento eu troco as coisas de lugar, reorganizo, adapto. As mulheres que me ensinaram, eu planto com sangue.
 
De um telefonema carinhoso, eu faço gargalhadas! O dentinho que cai da boca do menino, eu transformo em pó de pirlimpimpim, pura esperança. As estrelas viram o melhor futuro que eu possa sonhar, as nuvens são brinquedos de montar. De encontros gostosos, pulam sorrisos pelo dia à fora.
 
O dinheiro do trabalho colore as paredes da casa. A tecnologia espalha sementes. O tempo que passa pinta os vidros resplandecentes. A comida que resta, voa pelos bicos das aves que vêm, e eleva meu pensamento ao céu.
 
O filme doce inspira o almoço, da cama macia eu devolvo a mesma doçura. Da brincadeira de bola, que entra e quica no meu coração, vem o brilho nos olhos, a contagiante alegria mais boba. Da vela acesa, eu recebo, e dou, toda a compaixão.
 
Com o pé de acerola, eu faço sucos de admiração. As lições do fracasso, eu ensino. Simples assim. As minhas mágoas, viram conversas que desnudam as almas. O espelho do meu quarto, reflete a beleza pro mundo.
 
As bicicletas fazem voar! E eu mostro como. Os caminhos me levam, e eu trago a novidade de lá. Pra mover o parado, pra desalinhar o correto, pra levantar a poeira, instalo o caos, a inquietação viral, vital. Em cada passo que recebo, escancaro um pouco do que sou.
 
Dos cachorros e gatos, eu exprimo (espremo) fé. Os desejos de felicidade, viram festas! A festa com as amigas, vira livro. O livro dá ao coração que bate, o sonho que suspira. Inspiro e choro. Porque é verdade que nada é de ninguém e que somos todos um. Que nos tocamos sem ver, na claridade da luz, e carregamos partes de cada um.
 
Encher e esvasiar. Encher, é esvasiar. É o todo um fluir, um ir e voltar, um receber pra dar. A respiração. O mar.
 
Grata!

Por: Paula Jácome