domingo, 27 de janeiro de 2013

TARDE




TARDE

Alto teor etílico,
Tempestade de verão,
Ao som de Lana Del Rey, “just Ride”.
Um fim de semana atípico,
Após meses de inconstância emocional.
O nó na garganta desfez-se.
A amarração de amar a quem não se deve...
Uma prisão em quem quer estar livre.
O apego a todo o amor despertado...
Querer dormir eternamente de conchinha...
O medo, não de perder a liberdade,
Uma constante em sua vida,
E sim, de perder aquele amor,
Nunca vivenciado...
As dificuldades, a aceitação e a compaixão,
Retornou-me ao ser real.
O ser livre cujo principal medo,
Nunca foi o de perder a  liberdade,
Sempre tão presente, e sim,
O de perder a sanidade...
Só se é realmente livre quando não existe apego,
E só se ama de fato quando respeitamos a liberdade.
Loucura pouca é bobagem,
Presente no sangue e no DNA.
E não tem como negar o sangue e o DNA...
E hoje?
Com os amigos de fato,
Que nem são “As mais legais”,
Percebo que estive na loucura.
E que às vezes, permitirei ser louca.
Porém, perder a liberdade jamais.
Para quem nunca teve,
Um coração livre,
Uma mente livre,
Sem choro e sem dor, digo:
Agora não me importo mais,
Continuarei amar de braços abertos,
Mas não me permitirei mais a dor do apego...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza