segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Recurso OAB 2011 -1

PROVA VERDE!

Questão 27
DIREITO ADMINISTRATIVO

RECURSO:
Com todo a respeito, as altenativas da questão estão confusas, levando a entender que duas questãos poderiam ser a acertiva, a letra `a` e `b`.
De acordo com a teoria do risco integral, o Estado responde pelos danos em qualquer circunstância não se admitindo, portanto, qualquer causa excludente de sua responsabilidade. Trata-se de uma forma extremada, pois obriga a administração a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de dolo ou culpa da vítima. De acordo com a CF/88 (teoria da responsabilidade objetiva ou tão somente teoria do risco), o legislador adotou a teoria do risco administrativo, a idéia de culpa esta ligada apenas à existência de nexo de causalidade entre o funcionamento do serviço público e o prejuízo sofrido pelo administrado, sendo indiferente que o servido tenha funcionado bem ou mal.
Para que ocorra a responsabilização civil das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos exige a observância dos requisitos: a) ocorrência de dano efetivo; b) ação ou omissão administrativa; c) nexo causal entre a conduta e o dano.
A ação regressiva do Poder Público contra o agente causador do dano, nos termos dos art. 36, § 6o, da CF é encessário o comprimento de dois requisitos: que o Estado já tenha sido condenado a indenizar a vítima e a comprovação do dolo ou da culpa do agente público. Trata-se de ação de responsabilidade subjetiva.
O certo para questão seria uma alternativa com os dizeres:
O município de Mar Azul, objetivamente, o Médico subjetivativamente com a proposititura de Ação Regressiva, em casa de dolo ou culpa compravada.
Nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Administrativo
Questão 30 – Prova Verde

RECURSO:
A concessão de serviços poderá se exitinguir em virtude do advento do termo contratual, da encampação, da caducidade, da anulação, da rescisão e pela falência ou extinção da empressa concessionária e falecimento ou incapcidade do titular, no caso de empresa individual. A rescisão administrativa é aquela feita por acordo entre as partes, sendo reduzida a termo em preocsso administrativo, desde que seja conveniente para administração pública e precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente. A rescisão judicial é aquela determinada pelo Poder Judiciário em face do descumprimento do contrato pelo poder concedente. Para que possa ser pleiteada, o cencessionário deverá promover ação específica par esse fim, comprar o descumpimento das cláusulas contratuais pelo poder concedente e manter a prestação do serviço até a decisão judicial transitar em julgado.
Em qualquer hipótese de extinção o contrato de concessão a lei, determina a reversão em favor do poder concedente dos bens, direitos e privilégios transferidos ao concessionário que estiveram afetados à princípio da continuidade dos serviços públicos.
A questão deve ser anulada. Isso porque o enunciado narra conduta do poder concedente insuficiente para decretar a caducidade. Segundo a Lei 8.987/95, o poder concedente, quando tomar conhecimento de que o serviço público está sendo prestado de forma inadequada, deve, em primeiro lugar, comunicar à concessionária detalhadamente os descumprimentos contratuais, dando-lhe prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais (art. 38, § 3º, da Lei 8.987/95).
A situação narrada no enunciado não permite que o poder concedente decrete a caducidade do contrato, nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Administrativo –
Questão 32 – Prova Verde

RECURSO:
Com todo a respeito, a altenativa apresentada como certa pelo gabarito está incompleta, senão vejamos, o art. 54, § 1º, da Lei 9.784/99:
“Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada ma‑fe.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar‑se‑a da percepção do primeiro pagamento.”
Dessa forma, a questão contém vício insanável, nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Civil –
Questão 34 – Prova Verde

RECURSO:
Com todo a respeito, a altenativa apresentada como certa pelo gabarito, não é a única alternativa verdadeira. Existe, a alternativa apontada no Gabarito `b’ e a letra `d’ que de acordo com a legislação vigente, também está correta. A alternativa indicada como correta (Jonas “deve arcar com as despesas referentes à restituição dos dois automóveis no local estipulado”) não condiz com enunciado, pois já estava estipulado que Silas restituiria os automóveis na residência de Jonas, de modo que incide a regra que “ressalva disposição em contrário” (art. 631 do CC), a respeito do dever de o depositante arcar com as despesas de restituição. Há de se lembrar, ainda, que Silas descumpriu o contrato, ao usar o carro, já que o depósito só permite a guarda da coisa (art. 627 do CC). O descumprimento contratual admite a resolução do contrato, com pagamento de perdas e danos, o que abrange inclusive as despesas de restituição, mormente se há uso indevido da coisa (art. 640 do CC). Por fim, caso não seja anulada a questão, há de se considerar correta, também, a alternativa que afirma que Jonas deve cobrar o prejuízo diretamente de Francisco, pois, como proprietário do veículo danificado culposamente por este, Jonas tem legitimidade para a ação indenizatória respectiva.
Dessa forma, a questão contém vício insanável, nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Civil –
Questão 35 – Prova Verde

RECURSO:
Com todo a respeito, a questão deve ser anulada por não possuir nenhuma alternativa correta.
A alternativa indicada como correta aplica-se em deternaminadas situações (art. 834 do CC), porém, é absolutamente falsa para o caso concreto, pois a correta providência, no caso, é Gustavo pedir o reconhecimento judicial que não está mais obrigado pelo contrato de fiança, por conta da moratória, conforme claramente determina o art. 838, I, do CC. A providência entendida como correta pelo gabarito é absolutamente impertinente para o caso concreto narrado no enunciado, nestes termos, pede-se pela anulação da questão.


Direito Civil –
Questão 39 – Prova Verde

RECURSO:
A questão deve ser anulada. Primeiro porque exigiu que o examinando fizesse a contagem de prazo sem que a prova trouxesse um calendário do período, de modo a possibilitar que a operação fosse feita. O calendário é de praxe em exames e fere a boa-fé objetiva a banca examinadora não trazê-lo. E nem se alegue que era possível acertar a questão por exclusão, pois a boa-fé exige que o examinando tenha meios de checar todas as informações que lhe são passadas numa afirmativa, a fim de confirmar a sua completa correção. Não bastasse, o enunciado tem problema insanável de redação. Em seu último parágrafo, apesar de iniciar fazendo referência à situação hipotética descrita (à situação concreta), acaba por concluir pedindo que o examinando verifique “a contagem do prazo para a entrada em vigor de lei que contenha período de vacância”, ou seja, pedindo que o candidato verifique uma situação abstrata. A expressão “de lei que contenha” (deveria ser “da lei acima transcrita”) acaba por prejudicar a compreensão do que estava sendo pedido, o que faz com que a questão, também por este motivo, deva ser anulada.

Direito do Consumidor –
Questão 47 – Prova Verde

RECURSO:
Com todo a respeito, a questão deve ser anulada por não possuir nenhuma alternativa correta.
A alternativa indicada como correta comete grave equívoco ferindo o princípio da boa-fé que se aplica a ambos os contratantes, mesmo que um deles tenha mais obrigações que o outro, pois esse princípio tem por efeito criar deveres anexos a ambos os contratantes (Enunciado JDC/CJF nº 24).
“Enunciado nº 24: - em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa”.
Assim, não é só a favor do “titular passivo da obrigação” que se deve reconhecer direitos pela aplicação do princípio.
No mais, mesmo que assim o fosse, o certo era que constasse a expressão “titular ativo da obrigação”, pois titular passivo é quem tem a obrigação, e não quem se favorece dela.
Erroneo dizer que alguém tem um “direito a cumprir em favor” de outrem, sendo correto dizer que alguém tem um “dever a cumprir em favor” de outrem. A questão posseui muitos equívocos conceituais, que, nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Empresarial –
Questão 52 – Prova Verde

RECURSO:
Com todo a respeito, a questão deve ser anulada por não possuir nenhuma alternativa correta. A vinculação a determinado território ou zona de mercado é característica típica do contrato de agência ou distribuição (art. 710 do CC), não sendo requisito a ser verificado no contrato de mandato (art. 654 do CC), indicado no gabarito como resposta correta. Ocorre que a alternativa B, que indica a agência, também não prospera porque, nesta modalidade, o agente não age em nome do agenciador (art. 710 do CC), aliás nem mesmo contrata com terceiros. Por fim, não se trata de comissão mercantil, vez que nesta o comissário atua em nome próprio (art. 693 do CC), nem de corretagem, na qual o corretor apenas aproxima as partes interessadas em contratar, também não figurando na avença (art. 722 do CC). Sendo assim, forçoso concluir que a questão deve ser anulada.

Questão 56 - DIREITO TRIBUTÁRIO
RECURSO:
Com todo a respeito, a questão deve ser anulada por não possuir nenhuma alternativa correta. Gabarito dado pela banca: letra d - mas não-cumulatividade não é sinônimo de valor agregado.
De acordo com a Constituição Federal (art.146, III, alínea a - parte final - e art. 155, par. 2º, inciso XII, alínea i), cabe à lei complementar definir a base de cálculo do ICMS.
A LC 87/96 definiu no art. 13 em síntese que a base de cálculo é o valor da operação de circulação de mercadoria ou o preço do serviço de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação. Por conseguinte, a letra D, apontada como resposta da questão 56, está incorreta, pois o ICMS não incide sobre o valor agregado, mas sobre o valor total na operação de circulação de mercadoria e na prestação dos serviços previstos em sua hipótese de incidência. Conforme o principio da não cumulatividade, é possível compensar o imposto devido na operação/prestação seguinte com o já incidente nas etapas anteriores, não interferindo tal sistemática na definição da base de cálculo. ademais, há situações nas quais a própria Constituição veda o aproveitamento de créditos (art. 155, par. 2º, inciso II), descaracterizando-se o imposto sobre valor agregado. Caso o ICMS fosse um imposto sobre valor agregado, não haveria incidência se não houvesse acréscimo de valor na mercadoria/serviço de uma etapa para outra, mas não é isso que ocorre. Saliente-se ainda que a base de cálculo deve levar em consideração o valor do próprio imposto, conforme previsto na Constituição Federal e considerado constitucional pelo STF em recente decisão, o que corrobora o fato de não ser um imposto sobre o valor agregado pelo sujeito passivo.
Nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Ambiental – Questão 57 – Prova Verde
RECURSO:
A questão deve ser anulada tendo em vista que, todas as alternativas estão incorretas. A alternativa indicada como correta não está de acordo com o disposto na Lei 10.650/03. Essa lei estabelece que apenas o “indivíduo” terá as informações de que trata o enunciado da questão. A pessoa jurídica estrangeira, portanto, não tem legitimidade para fazer a solicitação mencionada. A pessoa jurídica estrangeira sofre limitações legais para funcionar no País, seja para a prática de atos isolados, como o mencionado, seja para a prática de atos reiterados (arts. 1.134 e seguintes do CC). Por fim, a alternativa considerada correta está incompleta, pois, apesar de não ser necessário demonstrar interesse específico, é necessário que o requerente declare, dentre outras coisas que não utilizará as informações colhidas para fins comerciais (art. 2º, § 1º, da Lei 10.650/03), circunstância que interfere não questão do “interesse específico” e que deveria ter constado da afirmativa, para que esta representasse o sentido completo da lei nesse aspecto. Nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Penal - Questão 61
Prova Verde


RECURSO:
A questão deve ser anulada tendo em vista que, possui duas alternativas corretas. A indica no gabarito “c” e a letra “d” tendo em vista que: no sistema de aplicação da pena privativa de liberdade, previsto no art. 68, do Código Penal, o acréscimo pelas circunstâncias agravantes deve ser feito posteriormente à redução pelas circunstâncias atenuantes.
O exame gramatical do referido dispositivo legal espanca qualquer dúvida, pois diz o legislador que a “pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento”.
Existe o sistema trifásico de fixação da pena privativa de liberdade, são três os momentos percorridos no processo de fixação da pena: primeiramente, determina-se a pena base, com lastro nas circunstâncias judiciais do art. 59; após, são consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes e, por derradeiro, as causas de diminuição e de aumento, gerais e especiais” (PRADO, Luiz Regis. Comentários ao Código Penal. 5ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. p. 276)
Portanto, o “acréscimo da pena pela embriaguez preordenada (circunstância agravante) deve ser feito posteriormente à redução pela confissão espontânea (circunstância atenuante)”.
Nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Direito Penal –
Questão 63 – Prova Verde

RECURSO:
A questão, deve ser anulada, já que a alternativa dada como certa contém divergência doutrinária. Não há problema nenhum em relação à reincidência, na medida em que a sentença penal condenatória do crime de furto é anterior à prática do crime de extorsão. Já no que toca ao crime de roubo, há, em relação à caracterização dos maus antecedentes, divergência doutrinária e jurisprudencial. Ocorre que a prática do roubo antecedeu o trânsito em julgado do crime de extorsão, o que, segundo preconizado na Súmula 444 do STJ, não caracteriza maus antecedentes. Este entendimento é compartilhado por parte da doutrina, já que está em consonância com o postulado da não culpabilidade, e contraria, portanto, o posicionamento adotado pelo examinador, segundo o qual processos em andamento (sem trânsito em julgado) podem ser considerados como maus antecedentes.
1 Corrente: afirma que na sentença condenatória pelo crime de extorsão o agente deve ser considerado reincidente em virtude do crime de furto, isto está correto, a condenação pelo crime de furto transitou em julgado em 31/03/2002, o crime de extorsão ocorreu em 30/05/2003, portanto o crime de extorsão foi praticado após o transito em julgado da condenação o que caracteriza a reincidência nos termos do art.63 do CP.
2 Corrente: afirma que na sentença condenatória pelo crime de extorsão deve ser considerado mau antecedente em razão do crime de roubo, neste ponto o gabarito está equivocado. Primeiro, a súmula 444 do STJ afirma que ações penais em curso não podem ser consideradas como maus antecedentes, portanto deve ser considerada a data do trânsito em julgado da condenação, a sentença condenatória do roubo transitou em julgado em 10/06/2003. A banca considerou que por ser esta data anterior a CONDENAÇÃO pelo crime de extorsão poderia ser utilizada como maus antecedentes. A doutrina majoritária e a jurisprudência do STJ (HC 130.762-SP publicado no informativo 416 do STJ), consideram que o transito em julgado da condenação pelo crime anterior deve ser anterior ao NOVO CRIME para ser considerada como maus antecedentes, como ocorre com a reincidência, por isso esta condenação não acarreta maus antecedentes.
Nestes termos, pede-se pela anulação da questão.

Amor!




Por saber que você sabe qual é a nossa principal diferença (razão X emoção),
tenho certeza que você entenderá o meu sentimento!
Pela primeira vez, desde que te conheci, me sinto muito insegura.
Um aperto no peito,
Os olhos lacrimejam!
Percebo, que diante de um contexto diferente e apaixonante, sinto-me assim:
Completamente envolvida por você e com você!
Com o tempo,
a minha admiração aumentou!
Uma esperança surgiu!
Sinto que estou te amando!
Sinto-me pequena por ter um homem tão forte ao meu lado!
Sinto-me protegida!
Sinto um conforto como nunca senti!
Quero o seu bem!
Porém, preciso compartilhar das suas emoções, razões, dores e principalmente: Da sua vida!
E quero que tudo dê certo em nossas vidas!
No tom da canção suave do U2: With or Without You

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

Ela sempre me chamou de escorpião!




E é bem assim que me sinto!

Quando acuada, solto o meu veneno. Pico e paraliso a presa, mas quando estou com medo, adoto a postura inversa, ou seja, curvo o meu corpo e curo a minha dor.
Me pico e morro para salvar-me da dor.

E vivo assim.

Por um tempo, pensei que fosse um ciclo vicioso, porém, aí, aprendi que o ciclo é virtuoso! E com este pensamento acredito que as mudanças ocorrerão no seu tempo!
Sempre fui uma criança chorona, talvez por que este fosse o único momento em que eu sentia a atenção dos meus pais, sentimentos de falta, abandono e melancolia sempre foi uma constante em minha vida.

Cresci uma criança dedicada aos estudos porque não podia nunca decepcionar os meus pais. Na adolescência trabalhava para ganhar o meu próprio dinheiro, não porque queria a minha independência financeira, mas porque queria mostrar para os meus pais que podia ser capaz de trabalhar. Quando adulta formei-me nova e meses antes de concluir a faculdade arrumei um emprego e me aquietei. Casei e divorciei nova e na velocidade da luz.

Quando me divorciei tornei amiga do meu pai. Vi o quanto eu o amava e o quanto ele era bom, amigo e companheiro. Passei a ter com ele uma relação nunca existente. Foi um período difícil, mas na dor, encontrei o meu maior amor. O amor de uma filha para um pai!

Tá! E o quê que isto tem haver com o escorpião e a minha criança?

Tem haver que sempre tive um relacionamento estranho com a minha mãe. E vejo que a minha mãe teve um relacionamento muito mais estranho com a mãe dela, e também com as suas irmãs.

E com isto, percebi, que as mulheres da minha família materna, sempre foram fortes, porém com relacionamentos “medíocres”. Onde o amor é tratado como sendo algo vergonhoso! Onde o amor não precisa ser demonstrado nunca! Onde é muito mais legal sermos inimigas do quê amigas.

Percebo que as mulheres maternas ao qual estou ligada são fortes, rancorosas, querem amor, mas preferem viver na amargura e na dor.

E este câncer de dor foi se alastrando de gerações em gerações...

Com esta percepção martelando o meu intelecto, me pus na condição de tentar fazer o meu melhor e fugir o máximo deste câncer. Não queria ser como a minha mãe e principalmente, não queria morrer com este câncer!

Hoje, após uma explosão de “ferroadas” entre filha e mãe, percebo que sou pequena demais aos olhos da minha mãe. - Confesso e assumo que sou pequena mesmo! E aquele olhar de desprezo dela me doeu muito, assim como o meu olhar de ódio deve ter cortado ela por dentro.

Não imaginava que era aquilo tudo para ela, ou melhor, que era um nada para ela. Uma pequena mulher, onde a vida esta passando, e ela aí, no mesmo lugar. Sem marido, filhos, profissão, carreira bem sucedida, dinheiro etc.

Bom! Eu percebia isto no meu silêncio, mas até ter a certeza de tudo, foi um choque! Acredito que a “ferroada” foi uma catarse. Que se resolverá com o tempo! Porque sou uma criança, ou melhor, sou uma mulher pequena e medíocre, que precisa crescer e encontrar o seu lugar. Preciso progredir! E quero e preciso que esta transformação ocorra na minha vida!

Com a minha explosão de “ferroadas” pude perceber que sou uma pessoa portadora de muitos defeitos e que não alcancei nenhum dos objetivos que tracei ou sonhei para mim!

Neste contexto surgiu uma voz pequena me dizendo o seguinte: Se goste! Talvez as suas escolhas não estejam ao seu alcance, faça outras escolhas e lute!
Então mandei uma mensagem assim para minha mãe: “Agora eu sei o que eu sou e o que eu represento na vida da Senhora. Se a Senhora esta feliz assim, eu também ficarei”!
Este foi o segundo gesto, no meu dia, para tentar mostrar a minha mãe, que eu não quero fazer parte de um ciclo de amarguras e cancerígeno, que quero fazer parte de uma história de mulheres que lutam, que são muito fortes, que vencem os obstáculos, que se amam, que querem amar e ser amadas, que prezam pela harmonia e pela excelência na boa convivência.

Mãe! Eu te amo muito! A Senhora é muito mais forte do que eu, então, por favor, vamos juntas romper com este ciclo e vamos fazer as pazes. Me perdoe pela minha mediocridade!

Mas vamos viver em paz umas com as outras e que isto ocorra em todas as nossas gerações.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

QUANDO ME AMEI DE VERDADE


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passam de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é… Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é… Saber viver!!!

texto de Kim McMillen

A morte de Órion

O gigante Órion, filho de Posídon, era um exímio caçador, dotado de beleza e vigor extraordinários. Por mérito de sua bravura, era constantemente convocado para combater feras e monstros que atacavam as cidades e os campos. Alguns mitógrafos afirmam ser ele filho de Geia (a Terra) com quase todos os gigantes. Órion tinha o poder de andar sobre as águas, contemplando mares e terras, dom concedido por Poseidon. Era também o caçador preferido de Ártemis.

EOS - a deusa Aurora - impressionada com a extrema beleza do gigante, apaixonou-se por ele e raptou o amado para a ilha de Delos. Conta-se que a deusa Aurora, que havia ousado provocar os ciúmes de Afrodite, envolvendo-se com Ares, foi punida pela deusa do Amor, que inspirou-lhe amores eternamente insatisfeitos.

Mas a paixão de Aurora e Órion durou pouco, porque, segundo conta uma versão, Ártemis mandou um escorpião para picar-lhe mortalmente o calcanhar. Os mitógrafos têm várias versões para o furor de Ártemis, porém, a mais comum delas, é que Órion tentou estuprar a própria deusa. Todos são unânimes quando narram que os dois, escorpião e gigante, viraram estrelas, foram catasterizados.

"Pelo benefício prestado, o escorpião foi transformado em constelação, merecendo Órion também ser colocado entre as estrelas, onde aparece como um gigante, com a cinta, a espada, a pele de leão e a clava. Sírius, seu cão, o segue e, diante, dele, fogem as Plêiades".

Fonte: http://portodoceu.terra.com.br/artesimbolismo/mitos-08.asp

Plutão

Plutão representa o inferno, o invisível e o misterioso. No mapa, vai mostrar onde a sua alma terá a possibilidade de morrer para o que é inferior, renascendo transformada e, consequentemente, melhorada.

Ao enfrentar esta "morte", esta descida aos seus infernos interiores com o objetivo de enfrentar seus medos, exorcizar os fantasmas e curar as feridas, você faz uma opção consciente por tornar-se profundo investigador de você mesmo e de quaisquer outras situações que viver, indo além do que as aparências nos impõem. Caso contrário, terá de conviver com o seu lado sombrio, medroso, tempestuoso, destruidor e, às vezes, até vingativo.

Plutão rege o signo de Escorpião e, na Mitologia, é o deus do mundo invisível, nos relembrando que essa dimensão é comum a todos nós e faz parte da vida, que podemos e até devemos transitar por ela, mas com o intuito de superarmos nossas próprias limitações.

Fonte: Cacah Travassos - Astróloga e escritora

O Nascimento do prazer (trecho)


O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele e nós.

Fonte: Clarice Lispector

A pequena morte



Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França, a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce.

Fonte: Eduardo Galeano

O Simbolismo de Escorpião

O recado que o signo de Escorpião passa para você, mesmo que não tenha nascido com o Sol neste trecho do Zodíaco, descreve um símbolo transcendente da profundidade e intensidade da vida. Escorpião está no Céu porque uma vida só é possível com a morte de outras: "Pela morte vivemos, porque só somos hoje porque morremos para ontem. Pela morte esperamos, porque só poderemos crer em amanhã pela confiança da morte de hoje. Tudo o que temos é a Morte, tudo o que queremos é a Morte, é morte tudo o que desejamos querer. (...)" (Fernando Pessoa)
Isto é triste? Claro que não; é profundo, intenso, foge às banalidades da vida que costumamos ter e nos abre portas para uma outra, muito além de toda superficialidade cotidiana e de nossas angústias imediatas. Ir além, aliás, é o conceito de Escorpião. A história mitológica deste signo conta que um escorpião foi enviado por Ártemis, para que matasse Órium - um gigante caçador, que vangloriava-se em ser capaz de vencer qualquer animal do mundo. O escorpião brotou da terra e o gigante, pisando-lhe a cabeça, foi atingido mortalmente pelo veneno do bicho.

A dor que sentimos com as transformações que precisamos enfrentar, sem escolha, em nossa vida, possuem o sublime sentido de nos mergulhar no que há de mais profundo em nossa alma. "O que a lagarta chama de morte, o sábio chama de borboleta". Se você souber entender este recado, colhê-lo com a máxima entrega e aplicá-lo ao seu cotidiano, os seus infernos serão mais amenos, a vida terá mais profundidade e sentido. A parte de sua alma que nutre-se desta intensidade, que busca por esta transformação e que almeja, acima de tudo, compreender a vida em seu sentido mais amplo, livre de todas as supericialidades, estará iluminada neste mês, seja qual for o seu signo solar. Ë tempo de termos consciência das transformações que precisamos enfrentar.


As palavras, quando poéticas, falam mais do que qualquer explicação didática. A compreensão do mundo, através dos olhos de Escorpião, nas vozes de Clarice Lispector e Eduardo Galeano, são a prova disto. Mergulhe no que elas dizem!

Fonte: Roberta Tótora - Editora do site Porto do Céu

O Sol nos Signos - A inteligência em Escorpião

A inteligência de Escorpião vê a alma das coisas, não simplesmente as coisas; a alma das pessoas, não as pessoas. Ela é aguda, penetrante, profunda. Aptos a enxergar além do que a visão comum é capaz, os escorpianos captam o extremo, o disfarce, a máscara.

Na superfície de qualquer problema, eles são cegos, inoperantes, frágeis, mas quando mergulham - seja a situação amorosa, financeira ou existencial - nasce deles uma força, vitalidade e combatividade extraordinárias. Na consciência de escorpião, enquanto uma pessoa não vai até o fim de um problema, ele não se resolve. Ninguém encontra a cura para nada ou transforma uma realidade se ficou "polindo pedrinhas". Uma situação precisa ficar aguda para ser transformada.

A garra e o processo de cura escorpiônico só se dá através do aprofundamento. Ninguém melhor do que eles conhecem a dor da ferida aberta e o dom de cicatrizá-la. Escorpião tem a coragem de arrebentar, quebrar e destruir para depois reerguer. É a inteligência dos cirurgiões e arquitetos, não dos maquiadores e decoradores.

Escorpião tem uma enorme clareza para perceber o que está morto, podre, o que precisa ser removido para que algo de bom e novo possa "re-existir". É deles a inteligência de matar e morrer para que uma nova vida se instale e também a percepção de que a crise não deve ser evitada, já que transforma e renova. A inteligência das metamorfoses é um Dom, um dote daqueles que têm o Sol em Escorpião.

É um fruto da consciência de Escorpião saber que na dor todas as farsas caem, tudo que é mentiroso cai. Esta é a função da dor: desmascarar. Independente do tamanho da dor ou da perda, um dia ele cicatriza, estanca. Escorpião não teme o auge de uma situação porque sabe que ele significa o início de outra. Nada fica terrível para sempre ou maravilhoso para sempre. Toda energia quando chega ao seu pico, reverte.

Fonte: Márcia Mattos - Astróloga