sábado, 24 de novembro de 2012

E ASSIM...


E ASSIM...


Uma exaustão emocional.
Um cansaço sem explicação.
E com isto,
Aos poucos você vai me perdendo.
Meu coração ainda dói.
Se não ocorrer uma mudança de atitude,
Será impossível.
Impossível continuar.
Eu aqui e você acolá.
Estou cansada!
Não tenho forças para brigar.
Não compensa e
Não quero!
Apenas abro mão.
Abro mão do amor que pensei que existisse.
Uma vontade de chorar...
E as lágrimas não saem de mim.
Não quero mais dar prioridade.
De onde não existe reciprocidade.
De hoje em diante,
Voltarei para a minha rotina.
Para a minha solidão.
Porque andar sozinha e feliz, eu sei.
Só não sei caminhar sozinha com o coração preso.
Pior que isto,
Só sentir-se sozinha em meio à multidão.
E assim você vai me perdendo.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

EQUILÍBRIO


EQUILÍBRIO
 
Equilibrada é a pessoa que não dá ao outro o poder de tirá-la do centro.
Quem reage, não reage diretamente, pois o faz só em função de uma interpretação dada a uma situação dentro de um relacionamento dado. Somos responsáveis pelas interpretações ilusórias que fazemos dentro de um relacionamento e se reagimos, fazemos uma interpretação tão rápida, que não dá tempo de passar nosso julgamento por um exame mais minucioso. Será que estávamos certos do que estava realmente acontecendo dentro do outro ou foi nosso passado a referência do ponto de vista para uma reação tão rápida, quase automática?
Precisamos conhecer nossos gatilhos emocionais para não detonar uma bomba quando e onde o outro só estava mostrando que precisava da nossa paciência e do nosso amor.
Quem mostra que não tem amor está mostrando o que lhe falta, portanto, está pedindo amor. Esta é uma interpretação compassiva e ela não nos tira do centro do equilíbrio nem ativa nossos velhos gatilhos de dores arquivadas na memória.
 
Sérgio Condé

CAUSA E EFEITO


CAUSA E EFEITO

Tudo que repugnei.
A vida inteira.
Atualmente, estou aqui,
A colher a causa e o efeito,
Deste sentimento.
Não sei se vou,
Ou se fico.
Só sei que me permito.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

AINDA SOBRE O AMOR


AINDA SOBRE O AMOR

Nem sei mais o que pensar.
Nem sei como sentir.
Só sei que tenho uma vontade imensa de ir embora.
Crio situações inconscientes para que isto aconteça.
Preciso aprender a ficar,
Quando tenho vontade de ir.
E aí, deparo com a CLARISSA PINKOLA ESTÉS:

Amar significa ficar com. Significa emergir de um mundo de fantasia para um mundo em que o amor duradouro é possível, cara a cara, ossos a ossos, um amor devoção. Amar significa ficar quando cada célula nos manda fugir.”

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

NOVEMBRO


NOVEMBRO

Aquela canção,
Que não saía da memória:
Eu sei que vou te amar...”
Do famoso poeta: Tom Jobim,
Foi-se embora.
Uma situação,
Da qual não sei como lhe dar.
Fez-me perder  o rebolado.
Aquele rebolado do ventre.
Uma atitude a tomar.
Mas qual?
Um coração apertado,
Uma vontade de me libertar.
Quero voltar para aquele estado.
Aquele estado de espírito tranquilizador.
Porém, não tenho vontade nem de respirar.
Um medo assustador...
E a terapeuta me diz:
Medo é igual a desejo.
E tenho vários desejos:
Que o caminho se limpe,
Que as brunas se abrem,
Que eu volte a caminhar e a respirar,
Que o coração se liberte.
Que ele fique aberto.
Que a amargura e a tirania não me acompanhem jamais.
E  continuar a amar.
Um instinto:
Isso tudo vai passar.
O AMOR não é uma conta matemática.
Então, lembrei-me de outros amores.
Principalmente daquele que conheci em uma fria chuva de Novembro.
Ou melhor, November Rain,
Da famosa banda de rock: Guns N' Roses
E aí, CARTOLA me conforta:
Tive, sim
Mas comparar com o teu amor seria o fim
Eu vou calar
Pois não pretendo amor te magoar
Não sei amar,
Porque cada amor é uma experiência nova.
Meu coração solitário vive de amor e
De recomeços.
Na busca de um futuro feliz,
Do lado do ser amado.
 
Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

BRIGAS


BRIGAS

Não há que se discutir o óbvio.
As evidências são claras.
Estar em último lugar na vida de uma pessoa...
Aquela que você acaba de conhecer...
Aquela que você espera com todo entusiasmo.
Aquela que você guarda com tanto carinho.
Aquela que você quer ver crescer e prosperar...
Aquela que você cuida das plantas para quando ele voltar...
É muito difícil.
Difícil demais saber que você chegou por último.
Difícil demais perceber que havia um mundo antes de vc.
Difícil aceitar.
Porque sempre queremos ser o primeiro da lista.
O primeiro do topo.
E só...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

UM ROMANCE DE UMA ESTAÇÃO SÓ



UM ROMANCE DE UMA ESTAÇÃO SÓ

Dias e dias assim.
Tudo começou na primavera,
Em setembro.
Um amor Eros que avassala o meu peito.
Uma garganta seca e um calor sem fim.
Uma tristeza profunda ao ver o corpo te dizer...
Dizer o óbvio.
Dizer que estou sem equilíbrio.
Dizer que estou cobrando o que não deveria.
Calar, aceitar e respeitar.
Neste momento é muito difícil.
Principalmente, com quem quer apenas silenciar-se.
Com quem que não está preparado para envolver-se.
Não era o momento para isto acontecer...
Mas vou fazer o quê?
Retirar-me porque  é assim que fazem os incomodados.
E também, porque é assim que  Gente Feliz não incomoda ninguém.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

PIRRAÇAS


PIRRAÇAS

 Vejo o pior da história:
O silêncio, a cara emburrada,
Ignorar o próximo.
A falta de diálogo.
Uma briga idiota.
Não saber compartilhar uma dor.
Uma ferida,
Uma comparação,
Uma exposição,
Um medo de se entregar.
Um medo de amar e ser amado.
Medo é desejo!
Um não querer se envolver.
Um querer não ser cobrado
E me ter a sua disposição.
Uma garota complicada e perfeitinha.
Ingredientes fatais,
Que levam qualquer relação
Ao desgaste e ao fim.
O certo é que precisamos falar.
Sentar e conversar
Com muito respeito.
Como adultos...
Mas parece que ambos,
Resolvemos agir como crianças.
Um achando que merece mais que o outro.
Pirraças sem fim...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza


CICLO

Eu só sei,
Não me importar...
Quando não sinto absolutamente nada pelo próximo.
Estrago toda e qualquer relação.
De amor, de amizade e até mesmo familiar.
Um ego insuportável.
Difícil de domar.
Uma alma caridosa,
Doida para amar.
Um dia aprendo.
Porque quero saber e
Preciso aprender a ser um ser.
Preciso aprender a  amar
Sem me importar.
Sem esperar nada do próximo.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

TRANSFORMAÇÃO DA BRUXA EM MULHER PLENA


TRANSFORMAÇÃO DA BRUXA EM MULHER PLENA
 
Mulheres imaturas que não vivem a sua feminilidade profunda fazem de seu filho homem uma projeção de seu lado masculino. Elas gozam através deles, fazendo deles, pequenos deuses ilimitados, ajudando e colocando-os fora do alcance do poder do Pai: O Poder de limitar, prerrogativa e lugar por direito moral assegurado ao Pai. Pois o pai deve separar amorosamente seu filho da esposa, para que ele possa crescer integrando-se às regras do social, aceitando os limites éticos deste conviver social.
Se o filho pode ter a mãe em detrimento do pai, ou seja, excluindo seu pai, não aprende nada a respeitos de limites e irá querer fazer o que ele desejar no espaço social. O social é espaço que se projeta como um prolongamento da família. Por isso que um indivíduo que não se insere eticamente ao seu meio é chamado de "filho da mãe", ou de filho da puta, ou seja, filho de uma mãezona que dá seu "amor", sem limites ao seu filho, mostrando a ele que ele pode tudo e que o poder paterno, não importa já que ela não respeita o pai. (Veja que nenhum compromisso com a pátria, nenhum pacto social será então respeitado. A corrupção é coisa de políticos (filhos da puta) que não respeitam os pactos sócias.).
A mulher bruxa, (símbolo da mulher peniada, com sua vassoura) é aquela que, não sabendo gozar de sua receptividade profunda, não podendo sentir-se valorizada por este seu poder natural e feminino, inveja o poder do masculino e já não mais poderá aceitar o poder de seu homem ou apoia-lo em seu poder junto ao seus filhos. Por isso que se diz que, por trás de um grande homem existe sempre uma grande mulher, seja ela sua própria mãe ou sua esposa.
Ela, a bruxa, irá buscar projetar seu prazer clitoriano (e é só assim que ela sabe gozar) em seu filho homem e gozar através dele, fazendo dele uma projeção de seu clitóris todo poderoso, irá fazer dele o seu romântico Hary Potter.
Elas desautorizam seus maridos, competem com eles, fazem com que eles se sintam inadequados, indesejados sexualmente e culpados, em tudo o que diz respeito a satisfazê-las em sua ávida busca de sempre mais e mais, o que, na verdade é uma forma de inveja destrutiva, a inveja do poder do masculino.
Inveja, isto quer dizer: Não ver o que se tem; no caso o útero. Ao não ver o seu poder feminino invejam o que podem ver, o pênis do outro.
Para deixar de serem bruxas, devem resgatar sua feminilidade, devem desidentificar de suas mães, sejam elas do tipo peniadas, ou do tipo castradas e dominadas por seus maridos e buscar em suas profundezas inexploradas, sua essência feminina, seu desejo feminino, devem buscar o poder de ser dona deste desejo profundamente feminino e criativo.
Feminino é o desejo de uma mulher em receber em sua profundidade criativa e fértil algo que já está aí, fazer disto que já está aí esperando por elas, uma ocasião para darem-se plenamente, criativamente, amorosamente e belas. Qualquer coisa que esteja aí esperando por elas, será então uma ocasião para elas serem mulheres plenas. Plenas ao entregarem-se aos seus maridos ou então, em serem firmes com eles e não deixar que eles se coloquem na relação com elas como se eles fossem seus filhos. Plenas, ao amarem sim a seus filhos, porém vendo em seus filhos, seres diferentes delas, entes que não se prestam as suas projeções e desejos incestuosos. Amando puramente a seus filhos e sendo obedientes a seus maridos maduros, estas verdadeiras mulheres respeitam a seus maridos, e como conseqüência, os seus filhos também irão respeitar o pai. É óbvio que elas devem ter ajuda por parte de seus maridos, estes devem ajuda-las, deixando de ser "filhos irresponsáveis" que competem com seus verdadeiros e legítimos filhos. O homem verdadeiro e maduro, assume seu lugar de marido e de pai. Onde uma mulher cresce no seu poder feminino, ajuda seu marido a crescer no poder masculino e vice versa.
Desta forma, o filho homem, aquele que, no início esteve simbioticamente esta ligado a sua mãe, poderá desligar-se progressivamente, condição para seu amadurecimento psíquico e social, de forma sadia e natural.
Pois, o filho homem, como condição para uma integração social e para se encontrar internamente íntegro e psicologicamente amadurecido, deve renunciar a posse sobre sua mãe. Para que tal processo aconteça, deve encontrar condições por parte de ambos os pais para que, de um lado, sua mãe deseje mais a seu pai do que a ele, e por outro, deve encontrar em seu pai um grande amigo amoroso e forte, pois somente o temor ao pai, não é suficiente para que o filho renuncie à sua mãe. O filho deve realizar um pacto com seu pai, principalmente por amor a seu pai, pois é assim que ele renuncia a predileção de sua mãe em favor do respeito e admiração de seu pai. Assim ele recebe todas as possibilidades de crescer respeitando os limites sociais, respeitando os outros e suas posses e tendo o digno direito de desejar outra mulher que não a sua "santa" mãe. Como poderia um tal homem ser um filho da puta? Como ele poderia ele trair a outros se foi um herói que conseguiu atravessar suas tentações e os desejos por sua mãe, sendo fiel a seu pai?
A criança que não respeita os seus mestres não tem em casa uma mãe madura. No exterior será um rebelde sem causa mas em seu interior se culpa por sua condição indigna, e se sente como um filho da puta culpado por incesto psicológico. Por esta culpa inconsciente ele temerá o sucesso irá autosabotar suas conquistas e realizações dignas e mais ainda, invejará quem as tiver.
Por outro lado, a sua condição sem limites, pode ser também o resultado de ser um filho de um pai banana, que não se faz respeitar pela mãe e por seus filhos, um pai que não aceita responsabilizar-se pelo seu lugar de pai e de provedor e que deixa, confortavelmente, sua mulher fazê-lo, emprestando a ela o seu lugar, e ocupando ou um outro indevido lugar: Ou o de filho ciumento, um tirano invejoso com relação a seus próprios filhos ou o lugar de uma mãe amorosa e permissiva, que não se coloca para assumir responsabilidade pelos limites que seus filhos caprichosos necessitam. Muitos assim se tornam ausentes como pais e maridos.
E estes filhos irão implorar por sua dignidade, implorar por estes limites sob a forma de uma transgressão que irá testar persistentemente a seus pais, na esperança inconsciente de que eles assumam seus verdadeiros papeis e lugares essenciais. Na esperança de que seus pais sejam verdadeiros pais e os brindem com o grande presente de um limite real e construtivo que irá se tornar para eles um esqueleto de suporte, cheio de possibilidades, a condição de viver uma vida digna, amorosa e criativa, que poderá então se estender aos outros seres que, por eles, hão de vir.
 
Sérgio Condé