sexta-feira, 19 de maio de 2017

DA CULPA



DA CULPA

- Estou desejando o que não devia. Querendo o que não tinha que querer.
 - Como? 
- Eu quero algo que não atende as expectativas. Dos amigos, dos familiares, do mundo... As auto-espectativas gigantes que juntei todos esses anos em que passei tentando agradar todas as pessoas a minha volta. 
- Mas, por quê? 
- Pra ser amada... Abri mão de mim pra pertencer... Mesmo sem querer. Medo... Por medo de ficar só. 
- Sério? 
- É. E, ao querer o que não devia, me culpo. E, antes que os outros me julguem, me puno. 
- E, como faz isso? 
- Desta vez, ficando triste. Ja engordei, me sabotei profissionalmente, me deprimi, desisti de coisas que amava... Desta vez, não me permitindo a alegria. 
- Então, você, por querer algo que não está de acordo com o que o mundo espera de você, se pune, se entristece, se culpa. Antes que seja julgada... 
-Sim. 
- E o que sente disso tudo? 
- Na verdade, raiva. De mim, pois não me sustento, não me posiciono. Das pessoas, que me julgam pra me limitar. Mas não assumo isso também, nem pra mim, ou estaria, mais uma vez sendo o que não era pra ser... 
- Triste isso... 
- Sim... 

(Paula Jácome - se gosta, compartilhe com autoria)


quinta-feira, 11 de maio de 2017

UM CASO DE AMOR



UM CASO DE AMOR

Existe a monotemática
Onde tudo já foi dito e vivido
Existe o julgamento subliminar
De simplesmente nada a fazer

Uma estrela cadente caiu em coração
Num festival intergalático
Guiada pela Lua insana incandescente
Inspirando uma vida simples

Casei com a autoestima
Em uma cerimônia lúdica
Transcendi a minha essência
Vivencio experiências entregue aos contos

Essa benevolência tem um rebolado
Nessa solitude carrego sabedoria
De amar e ser amada
Um tanto quanto fora dos padrões

Não se enganem...
Aqui “jas” uma mulher feita
Livre e conhecedora de si
Selvagem e entregue...


Por: Lucileyma Carazza