terça-feira, 15 de setembro de 2015


INFANTIL

INFANTIL

Enquanto adultos
Temos atitudes infantis

Enquanto crianças
Temos atitudes adultas

O ego reage na infância
Quando não sabemos nos proteger
Ele nos protege, ele é útil!

O ego reage na fase adulta
Quando sabemos nos proteger
Ele nos “fode”!

Qualquer situação
Que me leve ao desconforto
Me faz entrar em contato com esta dor infantil

Um ciclo vicioso
Sem fim e propósito
Do qual não sabemos como lidar

A maioria das pessoas
Não estão aptas
A sentir e a compreender esta “matrix”

Ficar aqui esperneando
Não muda o entendimento alheio
E a impotência faz parte do humano

Dar a volta por cima
Recomeçar aceitando o óbvio:
Nem tudo vai ser a maneira que ansiamos.


Por: Lucileyma Carazza

INAPROPRIADO



Qual seria o benefício?
De manter esta tristeza,
De alimentar esta dor?

Qual seria o benefício?
De alguns momentos de prazer
De caricias e chamegos?

Seria o apego ao sofrimento
Que rasga com uma faca
Adentrando no peito...

Seria esta carência,
Ou, o ego que imagina amor
Aonde não nunca existiu respeito?

Fato é que as pessoas
Simplesmente não se importam;
E caio na miséria do meu ser te libertando!

Assumo a minha fragilidade
A minha carência
Suplicando por amor

Assumo ser nada
Vazia e desesperada
Louca e sombria

Assumo a chatice
De ser a poetisa solitária
Melancólica, improdutiva e decadente

Assumo todo o negativismo
Toda a insignificância
Toda rejeição

Assumo a burrice
De amar sem me proteger,
De viver e sonhar com o simples

Assumo esta falta de confiança
Esta insegurança
E esta infantilidade

Fato é que tudo que assumimos
Honestamente em nosso ser
Sai das trevas em direção à luz

E é disso que necessito:
Não morrer por Amor
Transformar dor em paz.


Por: Lucileyma Carazza