terça-feira, 15 de setembro de 2015

INAPROPRIADO



Qual seria o benefício?
De manter esta tristeza,
De alimentar esta dor?

Qual seria o benefício?
De alguns momentos de prazer
De caricias e chamegos?

Seria o apego ao sofrimento
Que rasga com uma faca
Adentrando no peito...

Seria esta carência,
Ou, o ego que imagina amor
Aonde não nunca existiu respeito?

Fato é que as pessoas
Simplesmente não se importam;
E caio na miséria do meu ser te libertando!

Assumo a minha fragilidade
A minha carência
Suplicando por amor

Assumo ser nada
Vazia e desesperada
Louca e sombria

Assumo a chatice
De ser a poetisa solitária
Melancólica, improdutiva e decadente

Assumo todo o negativismo
Toda a insignificância
Toda rejeição

Assumo a burrice
De amar sem me proteger,
De viver e sonhar com o simples

Assumo esta falta de confiança
Esta insegurança
E esta infantilidade

Fato é que tudo que assumimos
Honestamente em nosso ser
Sai das trevas em direção à luz

E é disso que necessito:
Não morrer por Amor
Transformar dor em paz.


Por: Lucileyma Carazza