segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

QUARESMA


QUARESMA

A insanidade e uma única voz:
Silencie, abdique e viva!
Com sabedoria, amorosidade e em paz...
Agradeça as dádivas de apenas SER.

Este tal de "carnis levale"
Que não seduz e faz o coração bater...
Forte nas batidas da compaixão
Que direciona à solitude e a reflexão

Lembro-me das pessoas que amo
Do silencio em mergulhar em águas cristalinas
Da adrenalina de voar e saltar
Do cavalgar e sentir o cheiro de mato.

Sinto falta de melodias instrumentais
De sorrisos românticos, ingênuos e infantis.
Na verdade sinto saudades de mim,
Das minhas esquisitices na busca de conhecimento.

Repentinamente me dei conta que o Mundo não me seduz
Que a Terra é a minha mãe
Guiada por todas as fases das Lua
Sou amarrada às “coisas” da VIDA

Não sou uma mulher de convenções,
Mas também não sou frívola e libertina...
Acredito impreterivelmente no amor
Curo as malesas do ego transgredindo

Ainda caio em armadilhas
Mas saio na velocidade da luz das lacunas que me submeti.
De joelhos, reverencio por não ser mais a mesma,
Pois a lapidação da vida é um milagre a se viver.

Sinto muito! Muito obrigada! Eu te amo!
Sinto muito! Muito obrigada! Te reverencio!
Esta é a chaga de uma vida
Sinto muito... esta é a única cicatriz que carrego


Por: Lucileyma Carazza