QUARESMA
A
insanidade e uma única voz:
Silencie,
abdique e viva!
Com
sabedoria, amorosidade e em paz...
Agradeça
as dádivas de apenas SER.
Este
tal de "carnis levale"
Que
não seduz e faz o coração bater...
Forte
nas batidas da compaixão
Que
direciona à solitude e a reflexão
Lembro-me
das pessoas que amo
Do
silencio em mergulhar em águas cristalinas
Da
adrenalina de voar e saltar
Do
cavalgar e sentir o cheiro de mato.
Sinto
falta de melodias instrumentais
De
sorrisos românticos, ingênuos e infantis.
Na
verdade sinto saudades de mim,
Das
minhas esquisitices na busca de conhecimento.
Repentinamente
me dei conta que o Mundo não me seduz
Que
a Terra é a minha mãe
Guiada
por todas as fases das Lua
Sou
amarrada às “coisas” da VIDA
Não
sou uma mulher de convenções,
Mas
também não sou frívola e libertina...
Acredito
impreterivelmente no amor
Curo
as malesas do ego transgredindo
Ainda
caio em armadilhas
Mas
saio na velocidade da luz das lacunas que me submeti.
De
joelhos, reverencio por não ser mais a mesma,
Pois
a lapidação da vida é um milagre a se viver.
Sinto
muito! Muito obrigada! Eu te amo!
Sinto
muito! Muito obrigada! Te reverencio!
Esta
é a chaga de uma vida
Sinto
muito... esta é a única cicatriz que carrego
Por: Lucileyma
Carazza