quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

ESPIA


ESPIA

Nos perdemos de nós mesmos
Caminhamos pelos caminhos do ego
Pelas escolhas embasadas em falácias

Já tive raiva por ser hipersensível
Por escutar o que ninguém ouve
Enxergar o que ninguém vê

Já tive desprezo pela poesia
Desespero por não receber amor
Vergonha por atitudes e escolhas

Tive garra para assumir quem eu sou
Orgulho por ser como as águas que me banham
Compaixão para curvar diante da minha insignificância

Acredito que a insanidade é uma dadiva incompreendida
Por aqueles que insistem em manter-se fundeados
Que não se arriscam em águas tempestivas

Talvez esteja ancorada ao tempo
E seja incompreendida por ser quem eu sou
Saboreando aventuras e vivenciando a solitude

Talvez seja apenas mais um clamor
A dor da alma que ama por demais
Que almeja paz sem torna-se um nó...

Aos lúcidos que vivem ancorados em uma maré seca
O meu sinto muito
Tenho sede vida e liberdade de alma

A minha felicidade vai de encontro ao:
Eu te amo!
Por isso quero que você seja feliz!

Por: Lucileyma Carazza

Espia: cabo destinado a amarrar um barco ao cais (atracar).
Fundeados: ancorado