quarta-feira, 25 de abril de 2012

"GENTE FINA"*




de Martha Medeiros*


"Cada um faz o que bem entender com o próprio corpo. Comer com liberdade é
um direito e ninguém tem que se sacrificar para atender a um padrão
estético, mas que ser magro é melhor do que ser gordo, é.
Pra saúde é melhor, pra se vestir é melhor, pra se locomover é melhor, pra
dançar é melhor.
Não quer dizer que um gordo não seja feliz.
Geralmente, são felizes à beça, mais do que muito varapau.


Mas se fosse possível escolher entre ser magro e ser gordo sem nenhum
efeito colateral de felicidade ou infelicidade, sem nenhum esforço, só no
abracadabra, todo mundo iria querer ser magro, assim como todo mundo
preferiria se cristalizar entre os 30 e os 50 anos.
Eu acho.
A não ser que eu esteja louca, o que é uma hipótese a considerar.


Porém, melhor que tudo é ser gente fina.
Finíssima.
Isso nada tem a ver com a tendência atual de ser seca, de parecer um
esqueleto ambulante.
Gente fina é outra coisa.


Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda,
magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa.
Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação.
Todos a querem por perto.
Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário.
É simpática, mas não bobalhona.
É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe
transgredir sem agredir.


Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana.
Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho.
Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para
agradar.
Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira
de estrada e num castelo no interior da Escócia.


Gente fina não julga ninguém – tem opinião, apenas.
Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se
pode querer?
Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o
próprio nome diz, não engrossa.
Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa,
mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra.
Gente fina é que tinha que virar tendência.
Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença."

AS VINTE REGRAS DE VIDA




O pensador russo Gurdjieff que, no início do século passado já falava em autoconhecimentoe na importância do saber viver disse: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente, vale como principal". Ele traçou vinte regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Estresse, em Paris.

1. Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2. Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3. Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4. Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5. Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6. Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte de desejos, o eterno mestre de cerimônias.

7. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom-senso de pedir às pessoas certas.

8. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso que deveria ser preenchido com coisas mais importantes.

9. Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10. Evite se envolver com a ansiedade e a tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação. Os outros estão mais bem preparados para resolver seus próprios problemas.

11. Sua família não é você; ela está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade. Cada um é individual e diferente.

12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

13. É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente num raio de pelo menos cem quilômetros. Não adianta ir mais longe.

14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo ... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17. A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18. Uma hora de intenso prazer substitui com folga três horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19. Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.

20.Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que você fizer. Não culpe os outros pela sua infelicidade, pois só você poderá fazer você feliz!

( In Mente e Cérebro Poderosos, Conceição Trucom, ed. Cultrix, pag. 146/147)



Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança
dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.

Elas serão provas de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência
de que não sabe. Tenha a sabedoria superior.

Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera; a inferior, julga; a superior, alivia; a inferior, culpa; a superior, perdoa;
a inferior, condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

Por Padre Marcelo Rossi - Ágape

O sustento da vida criativa




"Proteja sua vida criativa. Se você quiser evitar a hambre del alma, a alma faminta, chame o problema pelo seu verdadeiro nome e trate de consertá-lo. Pratique sua atividade todos os dias. E então, não permita que nenhum homem, mulher, parceiro, amigo, religião, emprego ou voz resmungona venha forçá-la a passar fome. Se necessário, arreganhe os dentes."

CLARISSA PINKOLA ESTES - Capítulo 10 - As águas claras: O sustento da vida criativa

Reassumindo o rio



A natureza da vida-morte-vida faz com que o destino, o relacionamento, o amor, a criatividade e tudo o mais se movimentem em coreografias amplas e selvagens, uma atrás da outra na seguinte ordem: criação, crescimento, poder, dissolução morte, incubação, criação, e assim por diante. A sabotagem ou a ausência de idéias, pensamentos, sentimentos é o resultado de uma corrente tumultuada.
Eis como reassumir o rio.
Aceite o alimento para começar a limpeza do rio. Elementos contaminadores que perturbam o rio ficam óbvios quando a mulher rejeita elogios sinceros acerca da sua vida criativa. Pode ser que haja apenas um pouquinho de poluição, como no despreocupado "Ah, como você está sendo simpático com esse elogio", ou pode ser que os problemas com o rio sejam graves: "Ora, essa velharia" ou "Você deve estar ficando louco." Além da atitude defensiva: "É claro que eu sou maravilhosa. Como você poderia deixar de perceber?" Todas essas expressões são sinais de um animus enfermo. Podem chegar coisas boas à mulher, mas elas são imediatamente envenenadas.
Para reverter o fenômeno, a mulher treina aceitar elogios (mesmo que a princípio ela dê a impressão de estar se jogando ao cumprimento para, dessa vez, ficar com ele). Ela o saboreia e repele o animus maligno que quer responder "Isso é o que você pensa. Você na verdade não sabe todos os erros que ela fez. Você não sabe como ela é chata...", e assim por diante.
Os complexos negativos sentem uma atração especial pelas idéias mais suculentas, pelas idéias mais maravilhosas e revolucionárias e pelas formas de criatividade mais extravagantes. Portanto, não há outra alternativa: precisamos invocar um animus que aja com maior limpeza, e o mais velho deverá ser aposentado, ou seja, transferido para os arquivos da psique, onde deixamos arquivados impulsos e catalisadores vazios e dobrados. Ali eles se transformam em artefatos, em vez de agentes ou de emoção.
Seja sensível. É assim que se limpa o rio. Os lobos levam vidas imensamente criativas. Eles fazem dezenas de opções todos os dias, decidem de um modo ou de outro, avaliam distâncias, concentram-se na presa, calculam as suas chances, aproveitam oportunidades, reagem vigorosamente para realizar suas metas. Suas capacidades de encontrar o que está oculto, de aglutinar intenções, de focalizar a atenção no resultado desejado e de agir em seu próprio benefício para atingi-lo são as exatas características necessárias para a realização criativa nos seres humanos.
Para criar é preciso que sejamos capazes de nos sensibilizar. A criatividade é a capacidade de ser sensível a tudo que nos cerca, a escolher em meio às centenas de possibilidades de pensamento, sentimento, ação e reação, e a reunir tudo isso numa mensagem, expressão ou reação inigualável que transite ímpeto, paixão e determinação. Nesse sentido, a perda do nosso ambiente criativo significa que nos encontramos listadas a uma única opção, que fomos despojadas dos nossos sentimentos e pensamentos, ou que os reprimimos ou censuramos, sem agir, sem falar, sem fazer, sem ser.
Seja selvagem. É assim que se limpa o rio. O rio não começa já poluído; isso é nossa responsabilidade. O rio não fica seco; nós o represamos. Se quisermos lhe permitir sua liberdade, precisamos deixar que nossa vida ideativa se solte, corra livre, permitindo a vinda de qualquer coisa, a princípio sem censurar nada. Essa é a vida criativa. Ela é composta do paradoxo divino. Para criar, precisamos estar dispostas a ser rematadas idiotas, a nos sentar num trono em cima de um imbecil, cuspindo rubis pela nossa boca. Só assim o rio correrá, e nós poderemos nos postar na correnteza.
Podemos estender nossas saias e blusas para apanhar o que pudermos carregar.
Comece. É assim que se limpa o rio poluído. Se você tiver medo, tiver receio de fracassar, digo-lhe que comece já, fracasse se for preciso, recupere-se, recomece. Se fracassar de novo, fracassou. E daí? Comece novamente. Não é o fracasso que nos detém, mas é a relutância em recomeçar que nos faz estagnar. Se você estiver apavorada, qual é o problema? Se você estiver com medo de que algo vá dar um salto para mordê-la então pelo amor de Deus, resolva isso imediatamente. Deixei que seu medo surja e a morda para que você possa superá-lo e seguir adiante. Você irá superá-lo. O medo acaba passando. Nesse caso, é melhor que você o encare de frente, que o sinta e que o supere, do que continuar a usá-lo como pretexto parai evitar limpar o rio.
Proteja seu tempo. É assim que se eliminam os poluentes. Conheço uma pintora muito impetuosa nas Montanhas Rochosas que pendura o seguinte cartaz na porta de casa quando ela está disposta a pintar ou a pensar. "Hoje estou trabalhando e não vou receber visitas. Sei que você pensa que isso não se aplica a você porque você é o gerente da minha conta no banco, meu agente ou meu melhor amigo. Mas se aplica sim.’’
Outra escultora que conheço tem o seguinte cartaz pendurado no portão. "Não perturbe a não ser que eu tenha ganho a loteria ou que alguém tenha visto Jesus Cristo na rodovia de Old Taos." Como se pode ver, o animus positivo tem excelentes fronteiras.
Fique com ela. Como eliminar ainda mais a poluição? Insistindo para que nada impeça de exercitar o animus; continuando nossas iniciativas que tecem alma e criam asas, nossa arte, nossos consertos e remendos psíquicos, quer nos sintamos fortes, quer não, quer estejamos prontas, quer não. Se necessário, nos amarrando ao mastro, à cadeira, à mesa de trabalho, à árvore, ao cacto — onde quer que estejamos criando.
Esses complexos negativos são eliminados ou transformados — seus sonhos irão guiá-la no trecho final do caminho — quando você finca o pé, de uma vez por todas, e afirma, "Amo a minha vida criativa mais do que amo cooperar com a minha própria opressão." Se maltratássemos nossos filhos, o serviço de assistência social viria bater às nossas portas. Se maltratássemos nossos animais de estimação, a sociedade protetora dos animais viria nos afastar deles. No entanto, não existe nenhuma Patrulha da Criatividade ou Polícia da Alma para intervir se insistirmos em esfaimar nossa alma. Somos só nós mesmas. Nós somos as únicas a cuidar do Self da alma e do animus heróico. É uma enorme crueldade regá-los apenas uma vez por semana, uma vez por mês ou mesmo uma vez por ano. Cada um deles tem seu ritmo circadiano. Eles precisam de nós e da água da nossa atividade todos os dias.
Proteja sua vida criativa. Se você quiser evitar a hambre del alma, a alma faminta, chame o problema pelo seu verdadeiro nome e trate de consertá-lo. Pratique sua atividade todos os dias. E então, não permita que nenhum homem, mulher, parceiro, amigo, religião, emprego ou voz resmungona venha forçá-la a passar fome. Se necessário, arreganhe os dentes.
Forje seu verdadeiro trabalho. Construa aquele abrigo de carinho e conhecimento. Transfira sua energia de um lado para o outro. Insista em atingir um equilíbrio entre a responsabilidade prosaica e o êxtase pessoal. Proteja a alma. Insista numa vida criativa de qualidade. Não permita que seus próprios complexos, sua cultura, os dejetos intelectuais ou que qualquer papo-furado político, pedagógico, aristocrático ou pretensioso lhe roubem essa vida.
Ofereça alimentos para a vida criativa. Embora muitas coisas sejam boas e nutritivas para a alma, a maioria recai num dos quatro grupos básicos de alimentos da Mulher Selvagem: 0 tempo, a sensação de integração, a paixão e a soberania. Faça estoque deles. Eles mantêm o rio limpo.
Quando o rio estiver novamente limpo, ele estará livre para correr. A produção criativa da mulher aumenta e daí em diante continua em ciclos naturais de aumento e redução. Nada será enlameado ou destruído por muito tempo. Quaisquer agentes de contaminação que ocorram naturalmente serão neutralizados com eficácia. O rio volta a ser nosso sistema de realimentação, um sistema no qual penetramos sem medo, do qual podemos beber sem preocupação, junto ao qual podemos tranquilizar a alma atormentada de La Llorona, curando seus filhos e os devolvendo para ela.
Podemos então desmontar o mecanismo poluente da fábrica, instalar um novo animus. Podemos viver nossa vida como desejarmos e como nos for conveniente, ali ao lado do rio, com nossos filhinhos no colo, mostrando-lhes seu reflexo na água limpíssima.

CAPITULO 10 - As águas claras: O sustento da vida criativa - CLARISSA PINKOLA ESTES

O homem do rio



Antes de podermos entender o que o homem da história de La Llorona fez ao poluir o rio, precisamos ver como o que ele representa deve ser um constructo positivo na psique da mulher. Na definição junguiana clássica, o animus é a força da alma nas mulheres e é considerado masculino. No entanto, muitas psicanalistas, entre as quais me incluo, através de suas próprias observações, chegaram a uma conclusão contrária ao ponto de vista clássico e afirmam, em vez disso, que a fonte de revitalização da mulher não é masculina e alheia a ela, mas feminina e bem conhecida.
Seja como for, creio que o conceito masculino do animus tenha ampla aplicação. Existe uma forte correlação entre as mulheres que têm medo de criar, de manifestar suas idéias ao mundo, e as imagens de homens feridos ou que ferem nos seus sonhos. Por outro lado, os sonhos das mulheres com boa capacidade de manifestação externa muitas vezes apresentam uma forte figura masculina que aparece com regularidade sob diversos disfarces.
O animus pode ser compreendido melhor como uma força que ajuda as mulheres a agir em sua própria defesa no mundo objetivo. O animus ajuda a mulher a expor seus pensamentos e sentimentos íntimos e específicos de um modo concreto em termos emocionais, sexuais, financeiros, criativos e outros — em vez de expô-los numa imagem que se modele de acordo com um desenvolvimento masculino padronizado numa determinada cultura.
As figuras masculinas nos sonhos das mulheres parecem indicar que o animus não é a alma da mulher, mas que pertence a ela, provém dela, é uma "ponte" essencial. Ele possui capacidades fantásticas que o fazem chegar à altura do trabalho como um portador e um intermediário. Ele é como um negociante da alma.
Ele importa e exporta bens e conhecimentos. Ele escolhe o melhor entre o que é oferecido, negocia o melhor preço, faz o acompanhamento e completa a transação.
Outro meio de se interpretar essa imagem consiste em considerar a Mulher Selvagem, o Self da alma, como o artista, e o animus, como o braço do artista. A Mulher Selvagem é o motorista; o animus acelera o veículo. Ela compõe a canção; ele escreve a partitura. Ela imagina; ele dá conselhos. Sem ele, a peça fica escrita na nossa imaginação, mas nunca é escrita e nunca é representada. Sem ele, o palco pode estar repleto, mas as cortinas nunca se abrem e a portaria permanece sem iluminação.
Se quisermos traduzir o animus saudável por uma metáfora em espanhol, ele seria el agrimensor, o que conhece a configuração do terreno e, com seus instrumentos, mede a distância entre dois pontos. Ele define cantos e estabelece limites. Podemos, também, chamá-lo de el jugador, aquele que estuda e sabe como e onde colocar os marcos para ganhar ou para vencer. Esses são alguns dos aspectos mais importantes de um animus robusto.
Portanto, o animus trafega pela estrada entre dois territórios e às vezes entre três: o mundo subterrâneo, o mundo interior e o mundo exterior. Todas as idéias e sentimentos da mulher são amontoados e transportados de um ponto a outro — nas duas direções — pelo animus, que tem uma afinidade com todos os mundos. Ele traz idéias de "lá de fora" de volta para dentro dela e transfere idéias do Self da alma pela ponte para a fruição e "para o mercado". Sem o construtor e o zelador dessa ponte, a vida interior da mulher não pode se manifestar com determinação no mundo objetivo.
Não é preciso chamá-lo de animus; dêem-lhe o nome que preferirem. No entanto, compreendam também que existe atualmente dentro da cultura feminina uma suspeita quanto ao masculino, um medo de "precisar do masculino". Isso tem como origem os traumas que mal começam a se curar provocados pela família e pela cultura em tempos passados, quando as mulheres eram tratadas como servas, não como indivíduos de identidade própria. Ainda está recente na memória da Mulher Selvagem que houve um tempo em que as mulheres talentosas eram descartadas como lixo, em que uma mulher não podia ter uma idéia a não ser que em segredo a plantasse num homem, que então a apresentava ao mundo lá fora como se fosse exclusivamente sua.
Recentemente, porém, creio que não podemos ignorar nenhuma metáfora que nos ajude a ver e a ser. Eu não confiaria numa paleta na qual faltasse o vermelho, o azul, o amarelo, o branco ou o preto. Vocês também não confiariam. O animus é uma cor primária na paleta da psique feminina.
Portanto, em vez de ser a natureza da alma da mulher, o animus, ou natureza contra-sexual da mulher, é uma profunda inteligência psíquica com capacidade para agir, que viaja de um lado para o outro entre os mundos. Essa força tem a capacidade de expressar e encenar os desejos do ego, de executar os impulsos e idéias da alma, de despertar a criatividade da mulher de uma forma manifesta e concreta. O aspecto principal do desenvolvimento do animus é a real manifestação de pensamentos, impulsos e idéias muito particulares.
Além do mais, o animus é um elemento da psique da mulher que precisa ser exercitado, que precisa treinar com regularidade, a fim de ser capaz de agir. Se ele for negligenciado na vida psíquica da mulher, irá se atrofiar, exatamente como um músculo que permaneceu inerte por muito tempo.
Embora algumas mulheres levantem a hipótese de que uma natureza de mulher-guerreira, a natureza de amazona, a da caçadora, possa suplantar esse elemento "masculino-dentro-do-feminino", para mim existem muitas camadas e nuanças da natureza masculina, como por exemplo um certo tipo de criação de normas, de decretação de leis, de estabelecimento de fronteiras, em termos intelectuais, que é extremamente valioso para as mulheres que vivem nos nossos dias.
Esses atributos masculinos não se originam do temperamento psíquico instintivo das mulheres com a mesma forma ou tom daqueles da sua natureza feminina.
Portanto, por vivermos, como vivemos, num mundo que exige tanto a ação meditativa quanto a ação concreta, considero muito útil o emprego do conceito de uma natureza masculina ou animus na mulher. Quando em perfeito equilíbrio, o animus atua como auxiliar, companheiro, amante, irmão, pai, rei. Isso não quer dizer que o animus seja rei da psique da mulher, como poderia sustentar um ponto de vista patriarcal doentio. Quer dizer, sim, que existe um aspecto majestoso na psique da mulher, o de um rei que serve com carinho à natureza selvagem, que deve trabalhar para defender a mulher e seu bem-estar, governando o que ela lhe designar, reinando sobre os territórios psíquicos que ela lhe conceder.
Pois é assim que deve ser, mas na história o animus persegue outras metas em detrimento da natureza selvagem e, à medida que o rio se enche de detritos, a própria corrente passa a envenenar outros aspectos da psique criativa, especialmente os futuros filhos da mulher.
O que acontece quando a psique passou ao animus o poder do rio e esse poder foi mal utilizado? Quando eu era criança, alguém me disse que era tão fácil criar para o bem quanto para o mal. Descobri que isso não é verdade. É muito mais difícil manter o rio limpo. É muito mais fácil deixá-lo ficar imundo. Digamos, então, que manter a correnteza límpida é um desafio natural que todas nós enfrentamos.
Esperamos corrigir a turvação com a maior rapidez e abrangência possível. Mas, e se algo assumir o controle do fluxo criador, tornando-o cada vez mais enlameado? E se ficarmos presas nessa armadilha? E se de algum modo começarmos obstinadamente a extrair frutos dessa situação, a não só gostar dela mas nela confiar, a ganhar nosso pão com ela, a nos sentirmos vivas através dela? E se a usarmos para levantar da cama pela manhã, para nos levar a qualquer lugar, para fazer de nós alguém aos nossos próprios olhos? Essas são as armadilhas que esperam por todas nós.
O hidalgo nessa história representa um aspecto da psique da mulher que, para usar uma linguagem coloquial, "apodreceu". Ele se corrompeu. Ele extrai vantagem de fabricar veneno e, de certo modo, está vinculado à vida insalubre. Ele é como um rei que governa por meio de uma fome mal orientada. Ele nem é sábio nem jamais poderá ser amado pela mulher que ele simula servir.
É muito bom para a mulher ter uma figura de um animus devotado, forte, capaz de uma visão penetrante, capaz de ouvir tanto no mundo objetivo quanto no mundo subterrâneo, capaz de prever a probabilidade do que ocorrerá a seguir, tocando decisões quanto à luz e à justiça a partir da soma do que ele percebe e vê em todos os mundos. Nesse caso, porém, ele é um herege. O papel do hidalgo, do rei ou do mentor na psique da mulher destina-se a ajudar a realizar seus potenciais e suas metas, a tornar manifestas as idéias e ideais que lhe são caros, a avaliar a justiça, a se encarregar dos armamentos, a criar estratégias quando estiver ameaçada, a ajudar a unir todos os seus territórios psíquicos.
Quando o animus se transformou numa ameaça, como vemos na história, a mulher perde a confiança nas suas decisões. À medida que seu animus se vê enfraquecido pela sua parcialidade, a água do rio passa de algo que é essencial à vida para algo a ser abordado com a mesma precaução com que abordamos um assassino de aluguel. Ocorre, então, a fome na terra e a poluição no rio.
Criar é creare em latim,1 6 significando produzir, fazer (vida), produzir algo onde antes não havia nada. É o ato de beber água do rio poluído que provoca a suspensão da vida interior e, por conseguinte, da exterior. Na história, essa poluição gera a deformação dos filhos, e esses filhos simbolizam as novas idéias e ideais. Os filhos representam nossa capacidade de produzir algo onde antes não havia nada.
Podemos reconhecer que essa deformação do novo potencial está ocorrendo quando começamos a questionar nossa capacidade, e especialmente nosso direito, de pensar, agir ou ser.
Mulheres talentosas, mesmo quando resgatam sua vida criativa, mesmo quando obras lindas saem das suas mãos, da sua caneta, do seu corpo, continuam a questionar se são realmente escritoras, pintoras, artistas, gente, gente de verdade. E é claro que elas são reais, muito embora possam gostar de se atormentar quanto ao que constitui a realidade. Uma agricultora é real quando olha suas terras lá fora e planeja o plantio de primavera. Uma corredora é real quando dá o primeiro passo. Uma flor é real quando ainda está no caule da planta-mãe. Uma árvore é real quando ainda é uma semente dentro de um pinhão. Uma árvore adulta é um ser vivo real. Real é tudo o que tem vida.
O desenvolvimento do animus varia de mulher para mulher. Não se trata de uma criatura perfeitamente formada que salta do ventre dos deuses. Ele parece ter uma qualidade inata, mas também precisa "crescer", ser ensinado e treinado. Ele se estina a ser uma força poderosa e direta. No entanto, quando o animus sofre danos por parte de todas as inúmeras forças da cultura, algo de desgastante, de mesquinho, ou uma espécie de entorpecimento, que algumas pessoas chamam de "neutralidade", se interpõe entre o mundo interno da psique e o mundo externo da página em branco, da tela intocada, da pista de dança, da sala da diretoria, da platéia à espera. Esse "algo" coagula o rio, impede o pensamento, emperra a caneta e o pincel, trava as articulações por um tempo interminável, abafa as novas idéias e, assim, sofremos.
Ocorre um estranho fenômeno com a psique. Quando a mulher sofre de um animus negativo, qualquer esforço no sentido de um ato criativo aciona esse animus para que ele a agrida. Ela apanha a caneta para escrever, e a fábrica vomita seu veneno sobre o rio. Ela pensa em se matricular num curso, ou começar aulas, mas pára no meio, sufocada com a falta de apoio e alimento interiores. A mulher acelera, mas não pára de recuar. Há mais desenhos de bordado não-terminados, mais canteiros de flores não-concretizados, mais caminhadas não-feitas, mais bilhetes não-escritos só para dizer "Eu me importo com você", mais línguas estrangeiras jamais aprendidas, mais aulas de música abandonadas, mais tecidos suspensos no tear numa espera interminável...
Essas são as formas deterioradas da vida. São os filhos envenenados de La Llorona. E todas elas são jogadas no rio; são jogadas de volta às águas poluídas que tanto as afligiam desde o início. Nas melhores circunstâncias arquetípicas, elas deveriam borbulhar por algum tempo e, como uma fênix, deveriam renascer das cinzas sob uma nova forma. Aqui, porém, algo está errado com o animus e, portanto, com a capacidade de manifestar e implementar nossas idéias no mundo. E o rio está tão cheio de excrementos de complexos que nada pode nascer dele para uma nova vida.
E assim chegamos à parte mais difícil. Temos de entrar na lama e procurar por isso tudo. Como La Llorona, temos de dragar o rio à procura da nossa vida da alma, da nossa vida criativa. E ainda mais uma tarefa, também árdua: precisamos purificar o rio para que La Llorona possa ver, para que ela e nós possamos encontrar a alma das crianças e nos sentirmos em paz para criar novamente.
A cultura torna piores suas "fábricas" e sua poluição através do seu imenso poder de desvalorização do feminino — e sua incompreensão quanto à natureza mediadora do masculino. Infelizmente a cultura muitas vezes mantém o animus da mulher no exílio insistindo para que seja resolvida uma daquelas perguntas insolúveis e disparatadas que os complexos, querem dar a entender que são válidas e diante das quais muitas mulheres se intimidam. "Mas será que você é mesmo uma escritora [artista, mãe, filha, irmã, esposa, amante, trabalhadora, dançarina, pessoa] de verdade?" "Será que você realmente é talentosa [prendada, valiosa]?" "Será que você realmente tem algo a dizer que valha a pena [que seja esclarecedor, que irá ajudar a humanidade, que irá descobrir uma cura para o antraz]?
Não é de surpreender que, quando o animus da mulher é dominado por uma fabricação psíquica de natureza negativa, a produção da mulher se reduz, à medida que vão definhando sua confiança e sua força criadora. Mulheres nesse tipo de aflição afirmam "não conseguir ver uma saída" do chamado bloqueio de escritor, ou da sua causa. Seu animus está extraindo todo o oxigênio do rio, e elas se sentem "extremamente cansadas" e sofrem uma "tremenda perda de energia", parecem não conseguir "dar o primeiro passo", sentem-se refreadas por alguma coisa.

CAPITULO 10 - As águas claras: O sustento da vida criativa - CLARISSA PINKOLA ESTES

O RIO E O OCEANO

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!
OSHO

Palavras do ator Wagner Moura sobre o Pânico na TV, em carta aberta, divulgada no globo.com:

“Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.

” O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice ”

O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

” Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência ”

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.

No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?"

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Silêncio é uma Prece…

O silêncio, às vezes, fala…
Talvez até grita dentro
de um ser…
Mas ele nunca te trai…
Você não diz…
mas o silêncio é assim…
Poucas palavras e,
muitos pontos de
interrogação???
Enquanto muitos estão
no maior barulho…
tentando se comunicar,
explicar, falando sem parar…
Você usou o silêncio…
não para confundir,
e sim para não ferir o próximo…
Algumas palavras doem
e nos deixa marcas profundas
na alma da gente…
Silêncio, só pra quem
sabe usar…
Pois ele é uma Prece…

Autoria desconhecida

sexta-feira, 20 de abril de 2012

“Neste verão, qual você quer ser? Sereia ou Baleia?

A academia Runner criou um outdoor que perguntava o seguinte: "Neste verão, você quer ser sereia ou baleia?";
Uma mulher enviou a sua resposta, distribuindo o seguinte e-mail por aí:
“ Ontem, vi um outdoor da Runner, com a foto de uma moça escultural de biquíni e a frase: “Neste verão, qual você quer ser?”
Sereia ou Baleia?
Respondo:
Baleias estão sempre cercadas de amigos.
Baleias têm vida sexual ativa, engravidam e têm filhotinhos fofos. Baleias amamentam.
Baleias nadam por aí, cortando os mares e conhecendo lugares legais como as banquisas de gelo da Antártida e os recifes de coral da Polinésia.
Baleias têm amigos golfinhos. Baleias comem camarão à beça.
Baleias esguicham água e brincam muito.
Baleias cantam muito bem e têm até CDs gravados. Baleias são enormes e quase não têm predadores naturais.
Baleias são bem resolvidas, lindas e amadas.
Sereias não existem. Se existissem viveriam em crise existencial: “Sou um peixe ou um ser humano?”
Sereias não têm filhos, pois matam os homens que se encantam com sua beleza. São lindas, porém tristes e sempre solitárias...
Runner, querida, prefiro ser baleia!



De: ‎'' A melhor fase da minha vida ''

Acalme os seus pensamentos.

E tranquilize a sua alma.
Quando você apazigua a sua mente, é transmitida ao seu espírito a paz!
A voz da alma se cala, quando você deixa com que a sua mente
se atormente com pensamentos tortuosos, pensamentos que só trazem a você sentimentos de tristezas, amarguras... Mas quando você coloca a sua mente para serenar; quando você começa
a mandar embora da sua mente todos os maus pensamentos, e começa a dar espaço para os bons fluidos tomarem conta dela,
fazendo por alguns instantes, que os bons fluidos envolvam o seu ser... Sentirá uma leveza em seu espírito; sentirá que a sua alma começará a se expressar! Ela vai começar a se expressar de alguma forma... Poderá ser com uma lágrima cristalina...
ou com um riso de paz interior... Um suspirar profundo... Trazendo para fora de si, todas as suas mágoas,
todas as angústias, todas as suas aflições!
Deixe sua mente livre neste momento... Dê um livre acesso para a serenidade; para a paz.
Quando você cala a mente, você desprende a voz da alma.

De: Crystal Espaço Terapêutico
https://www.facebook.com/#!/photo.php?fbid=350869404957092&set=a.113613182016050.6975.100001021067068&type=1&theater

Senhor, ajuda-me a:

Dar mais e pedir menos
E sempre dar algo em troca.

Assumir a responsabilidade
E não culpar
Ou esperar pelos outros.

Viver com integridade e coragem
Com olhos no futuro.

Olhar o mundo e pensar
“Isto é nosso” e
Não “Isto é meu”.

Perguntar como eu posso ajudar
E como posso contribuir,

Olhar pelas janelas em vez de olhar
Somente para os espelhos,
E ver através dos meus mais estreitos limites.

Agir com compaixão e tolerância
Em todas as coisas e com todos.

Saber que, às vezes, minha maneira
Não é o único caminho,
Mas apenas um jeito mais de tentar.

E valorizar tudo que ela me dá.

Aceitar mais e julgar menos,
Amar mais e odiar menos.

Por Padre Marcelo Rossi - Ágape

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O amor!

Amor é sorrir!

Amor é estar de bem com a vida!

Amor é saber dizer na hora certa:

Muito obrigado; Deus te abençoe!

Posso ajudar? Com licença! Desculpe!

Amor é ter fé!

Amor é levar luz onde há escuridão!

Amor é ajudar o próximo, sem temor!

Amor é partilhar o que temos de melhor!

Amor é admirar o próximo, sem ser corroído pela inveja!

Amor é entender que a felicidade existe dentro de nós e não no bazar da esquina!

Amor é a família unida, que cresce, floresce e dá frutos!

Amor é ouvir nossa canção preferida, dos tempos de antigamente!

Amor é a demonstração de afeto explícito, a qualquer hora, em qualquer lugar e circunstância!

Amor é o vigor da vivacidade!

Amor é a experiência da idade!

Amor é o bailado de uma borboleta visitando as flores de um belo jardim!

Amor é enxergar Deus em cada demonstração de amor, de alegria, de felicidade!

Amor é nossa amizade!

Amor verdadeiro é doação ( Ágape ).
Padre Marcelo Rossi

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Avante e ao sucesso. Ser focado. Estar ocupado não significa estar focado

O que distingue o amador do profissional, o trabalhador comum do líder, o sucesso em marcha daquele que apenas está guardando lugar na fila, o empreendimento exitoso do empreendimento de sucesso? É, sobretudo, o foco. Quem não tem foco jamais deixará de ser amador. Pense no lugar que você está agora. Pense, em seguida, no lugar que você gostaria de estar. A conexão entre um e outro está no foco. Quem tem baixa capacidade de concentração se dispersa rapidamente. Isso gera baixo rendimento. Não aprende o que deve ser aprendido, não faz bem o que deve ser bem feito. Em outras palavras: nunca alcançará o sucesso. Pode até estar sempre ocupado. Mas estar ocupado não significa estar focado. Quem pula de galho em galho sem definições, quem não se concentra naquilo que é necessário para fazer bem feito o que deve ser feito, dificilmente concretiza algo de valor. É da natureza da nossa mente ficar divagando pelos labirintos conhecidos ou desconhecidos do Universo. Mas somente quem está focado vê tudo com mais clareza, enxerga coisas que antes não via, vislumbra soluções melhores para os problemas. Avante!

Por: Luiz Flávio Gomes

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Como enfrentar 10 desafios na hora de estudar para concursos?

Por Ana Laranjeira

Constantemente publicamos aqui no site do CERS dicas e orientações da consultora em concursos Lia Salgado. Lia é colunista do G1 e sempre traz sugestões eficazes de como organizar da melhor forma os estudos. Como acreditamos que o verdadeiro desafio do concurseiro é manter a motivação, compartilhamos com vocês esses ensinamentos para que não fujam dos seus objetivos por falta de estímulo.

No artigo que divulgamos hoje, Lia explica, tanto para quem está começando agora quanto para concurseiros de longa viagem, como organizar seu tempo de maneira produtiva em apenas 10 passos. Confere:


*Lia Salgado, colunista do G1, é fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

Encontrar tempo para estudar é, talvez, o maior desafio a ser enfrentado por quem decide se candidatar a uma vaga na administração pública. Numa vida que normalmente já é corrida, é preciso abrir espaço para aulas e estudo, se possível diariamente. Muita gente chega a desistir antes mesmo de tentar, por imaginar que um projeto desse tamanho não caberia na sua rotina.

Como fazer, então? Uma boa providência, para quem trabalha, é imaginar que está iniciando uma faculdade. Isso dá uma dimensão aproximada do tempo que deverá ser disponibilizado na semana, da dedicação necessária e do prazo razoável para o êxito do projeto. Não estamos querendo dizer que somente depois de 4 ou 5 anos você será aprovado, mas é preferível ter um horizonte de longo prazo a criar uma expectativa de solução muito rápida e se frustrar ou colocar uma carga de cobrança excessiva, que pode levar à desistência.

1) Como organizar o tempo
A vantagem é que na “faculdade fictícia” os horários devem começar mais reduzidos e ser gradativamente aumentados – começar com 1 a 2 horas por noite, aumentando até 3 ou 4 horas, sempre cuidando de fazer intervalos de 15 minutos no meio do período de estudo e reservando de 6 a 8 horas para dormir (menos do que isso prejudica a memorização dos conteúdos).

Caso você pretenda fazer um curso presencial, pode optar por assistir às aulas aos sábados e, assim, economizar tempo e custo de deslocamento. Se preferir, pode assistir às aulas à noite e estudar nas noites vagas e no sábado. O mesmo se aplica para quem escolheu cursos via internet ao vivo. Quem optar por cursos gravados, a sugestão é intercalar dias de aula e estudo, incluindo o sábado.

Para quem trabalha em esquema de escala, com dias alternados, a solução é reservar as horas de estudo nos dias de folga. Também as aulas via internet gravadas se ajustam melhor a esse tipo de rotina. O candidato pode alternar aula e estudo a cada dia de folga ou assistir às aulas num dia e estudar no outro, conforme for mais conveniente.

2) Como fazer um planejamento
O mais importante é fazer um planejamento real e possível, de acordo com a sua realidade de tempo e de outras tarefas a seu cargo. Não é a quantidade de horas dedicadas ao estudo que garante a aprovação, mas a continuidade da preparação. Além disso, com o passar dos meses, o número de aulas necessárias vai sendo diminuído e o tempo disponível para o estudo, aumentando. E é bom que seja assim: depois de um tempo de preparação, bastam aulas pontuais de alguma disciplina nova ou mais difícil para o candidato. É o trabalho individual e progressivo de revisar e aprofundar a teoria, fazer exercícios e resolver provas anteriores que vai efetivamente sedimentar o conhecimento.

3) Como se concentrar
Depois de longos anos sem contato com os livros e com tantas outras demandas na cabeça, como fazer o cérebro entender que é hora de estudo? Grande parte dos candidatos são pessoas adultas, com responsabilidades de trabalho, família e casa.

Um planejamento real, mensal, colocado no papel (ou computador), que contemple todas as atividades - com definição de horário de início e fim de cada período de estudo, e também com as matérias a serem estudadas a cada dia -, coloca cada coisa no seu lugar, estabelece claramente a prioridade de cada momento (essencial para a concentração) e elimina a confusão de fazer uma coisa pensando em outra.

Mas, não é só isso. Se a forma de estudar for entediante, o cérebro vai tentar fugir da sensação de desconforto e a distração será inevitável.

4) Como manter o foco
O estudo dos tempos de escola, quando apenas líamos a matéria para tentar fixá-la, é a única forma de estudo conhecida pela maioria de nós. Isso funcionava para pequenos conteúdos, mas o candidato a um concurso público precisa ter conhecimento profundo sobre diversas disciplinas, o que significa compreender e reter até o dia da prova uma quantidade enorme de informações. São meses ou anos de estudo contínuo, incluindo novas matérias e mantendo as anteriores.

Sem dúvida, tudo passa pelo estudo da teoria, mas isso deve acontecer de forma dinâmica.

Uma estratégia eficiente de iniciar o contato com conteúdos novos é fazer a leitura de um ponto por vez, a partir de anotações de aula, conjugada à leitura do mesmo ponto em um livro para concursos, seguida imediatamente da resolução de exercícios sobre o assunto, com consulta à teoria. A compreensão e fixação natural são facilitadas, porque os exercícios exigirão retornos sucessivos à teoria e um olhar mais atento, permitindo que o candidato perceba detalhes e informações que passariam despercebidas numa simples leitura. Vale lembrar que, nesse primeiro momento, o candidato não deve ficar preocupado com a memorização, mas tão somente com o entendimento dos conteúdos.

5) Como testar seu conhecimento
Depois de vista toda a teoria de uma disciplina, o candidato precisa colocar o seu conhecimento à prova, resolvendo questões de concursos anteriores. Isso é importante para que o candidato possa perceber o nível de profundidade exigido nas provas e como está o seu conhecimento naquela matéria. A partir dessa verificação será possível retornar à teoria para aparar as arestas.

Em disciplinas exatas, tais como matemática e raciocínio lógico, a dificuldade pode não estar na compreensão da teoria, mas na prática mesmo da resolução de questões. Nesse caso, o melhor é fazer dezenas, até centenas de exercícios, para ganhar confiança e agilidade.

6) Como revisar o conteúdo

Outra dificuldade nesse tipo de estudo é garantir que a qualidade de conhecimento se mantenha, mesmo com o passar do tempo. É uma situação bem semelhante à de um equilibrista de pratos: se algum prato deixar de rodar, vai cair e quebrar. Também o candidato precisa manter todas as disciplinas ativas, para que não caiam no esquecimento.

Para revisar rápida e periodicamente diversas disciplinas com extensos conteúdos é preciso preparar um material de qualidade. E isso pode ser utilizado como uma etapa avançada do estudo. Depois que o candidato chegar ao fim da teoria de uma matéria, deve repetir o processo inicial de leitura/exercícios, incluindo aí a elaboração de fichas-resumo. Trata-se de esquemas, quadros, tópicos organizados com poucas palavras, que permitam uma revisão de todos os assuntos.

O tempo investido nesse trabalho é amplamente recompensado pelo resultado – sedimentar e organizar as informações que o candidato já possui. Podem-se utilizar fichas de papelaria, separadas por disciplina, numeradas e organizadas por tópicos, a fim de facilitar a consulta. São mais eficientes do que os resumos tradicionais, porque são mais rápidas de serem confeccionadas e mais objetivas na hora das revisões. Além disso, presas por um elástico, são práticas para acompanhar o candidato a qualquer lugar.

7) O que fazer com as matérias difíceis?
Pode acontecer de, mesmo com toda a estratégia e dedicação, o candidato ter reais dificuldades para compreender e avançar numa matéria. É uma situação relativamente comum e não deve ser motivo para desespero, muito menos para desistência – nem quanto ao projeto nem quanto à disciplina em questão.

Muitos concursos cobram matérias de diversas áreas de conhecimento e é natural que o candidato sinta mais facilidade em algumas disciplinas do que em outras. Como se fosse um jogador fraco que você não pode dispensar nem deixar no banco de reservas, a solução é investir mais para superar as deficiências.

Fazer um módulo específico da disciplina (de preferência com professor diferente, para ter a oportunidade de nova abordagem/didática) costuma oferecer excelentes resultados porque, mesmo com dificuldades, o assunto já foi visto anteriormente, e voltar ao início com o apoio de um professor pode ser suficiente para sanar as dúvidas. Providência similar pode ser adotada utilizando-se um novo livro (que seja bem recomendado para concursos) sobre o assunto e estudando a matéria desde o início, como se fosse a primeira vez.

8) O edital ainda não saiu. Devo estudar?
Outro grande desafio para quem se prepara para concursos públicos é o longo tempo de preparação – praticamente uma maratona. E esse fato é agravado quando não há nenhum edital publicado para a área de interesse do candidato. Mas esse tempo, se bem aproveitado, pode garantir a aprovação quando a oportunidade surgir, porque os editais vão acontecer, mais cedo ou mais tarde.

Quem mantiver o ritmo de estudo estará em boa vantagem em relação aos outros candidatos quando o edital for publicado. E isso é motivo suficiente para garantir a motivação. O planejamento mensal também ajuda a preservar a regularidade da preparação, que deve ser permanente até a aprovação. Apenas o foco é que precisa ser ajustado na iminência de algum edital.

9) Não passou? Veja o fazer para não desanimar

Mesmo se o candidato vier a ser reprovado em algum momento, é importante seguir estudando. Outros editais virão e o conhecimento acumulado de concursos anteriores da mesma área servirá de patamar para o seguinte.

Interromper o estudo até a publicação de novo edital ou desistir do projeto seria jogar fora todo o investimento já feito, e o pior – o movimento para transformar a própria vida. Isso sim seria muito ruim. Além disso, algum tropeço num projeto dessa grandeza não é nada demais e faz parte da trajetória de quase todo candidato. Muitos aprovados nos primeiros lugares em seus concursos precisaram enfrentar uma ou mais reprovações durante o percurso.

10) Passou? Continue estudando mesmo assim
Deixamos aqui um alerta: mesmo depois de aprovado, o ideal é que o candidato continue a estudar e prestar novos concursos. Isso porque a nomeação/contratação pode acontecer até o fim do prazo de validade do concurso, que pode ser de até 2 anos, prorrogáveis por mais 2.

Assim, o mais prudente é buscar novas aprovações. E isso não deve ser difícil, pois o candidato aprovado mostra que conquistou excelência no conhecimento e amadurecimento para fazer provas. Mantendo-se na mesma área de concursos, que cobram muitas matérias em comum, a tendência é que passe a colecionar aprovações e, com isso, aumente as suas chances de tomar posse mais rapidamente.

Depois, o problema será decidir em qual órgão ficar, quando for chamado para assumir novos cargos por conta de outras aprovações. Mas esse é um ônus que todo candidato deseja enfrentar.

Fonte: http://renatosaraiva.com.br/noticias/2972/COMO+ENFRENTAR+10+DESAFIOS+NA+HORA+DE+ESTUDAR+PARA+CONCURSOS.html

domingo, 15 de abril de 2012

Comece o dia com entusiasmo!

A palavra, em si, já diz tudo.

Vem de duas palavras gregas que significa "em Deus".

Enfim, é quase um estado de graça.

O entusiasmo funciona como uma bateria de energia inesgotável.

Ilumina o rosto triste, torna os olhos brilhantes e alegres.

Para o entusiasmo não existe o desânimo... Só o sucesso...

O entusiasmo sempre abre uma porta quando as outras chaves falham.

É a fonte da eterna juventude.

Basta investigar na história da humanidade.

Os homens que exerceram grande influência no mundo, nem sempre foram os mais inteligentes ou espertos.

Mas, sim, os mais determinados e entusiasmados.

Capazes de envolver os outros com o seu carisma.

O entusiasmo tem um quê de misterioso...

Capaz de transformar qualquer pessoa num indivíduo excepcional...

Como anda seu entusiasmo?

Se você acha que é impossível entusiasmar-se com os "dias de hoje" acredite:

Isso jamais mudará se você não se entusiasmar com tudo o que a vida oferece todos os dias, ainda mais
com Agapinho, que já está mudando a vida de várias pessoas.


Um forte Ágape e um forte Agapinho!!!

Por: Padre Marcelo Rossi - Ágape

Afetos integrais e refinados

"As vezes a nossa vida é assim, nós não estamos felizes porque reclamamos dos terrenos baldios que estão do nosso lado. As vezes nós colocamos a culpa da nossa infelicidade nos lugares desertos da nossa existência onde o outro jogou o seu lixo e a gente acaba se acostumando a conviver com esse lixo, quando na verdade o que a gente precisa fazer é tomar a iniciativa de limpar a nossa vida, de limpar aquilo que está do nosso lado para que a gente possa voltar a continuar o dom de ser feliz. Se a gente se acostuma a conviver com o lixo, daqui a pouco a gente já se identifica com ele e a gente não sabe mais viver fora do lixo. Vida espiritual é assim também, se a gente não se cuida, a gente corre o risco de ter uma vida extremamente desagradável e nós vamos vivendo de sentimentos mesquinhos porque a gente se acostumou com eles. Quem sabe hoje Deus está segurando na sua mão para lhe ajudar a olhar os terrenos baldios da sua vida para que você possa transformá-los em jardins."

Fonte: Pe. Fábio de Melo

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Isso é impossível.

Você diz: Isso é impossível.
Deus te diz: “Todas as coisas são possíveis.” (Lucas 18:27)
Você diz: Estou muito cansado (a).
Deus te diz: “Eu te darei descanço.” (Mateus 11:28)
Você diz: Ninguém me amade verdade.
Deus te diz: “Eu te amo.” (João 3:16 e 13:34)
Você diz: Não consigo ir em frente.
Deus te diz: “Minha graça te basta.” (II Coríntios 12:9 e Salmos 91:15)
Você diz: Eu não consigo perceber as coisas.
Deus te diz: “Eu dirigirei seus passos.” (Provérbios 3:5 e 6)
Você diz: Eu não consigo fazer isto.
Deus te diz: “Você pode todas as coisas.” (Filipenses 4:13)
Você diz: Eu não sou capaz.
Deus te diz: “Eu sou capaz.” (II Coríntios 9:8)
Você diz: Isto não vai valer a pena.
Deus te diz: “Isto valerá a pena.” (Romanos 8:28)
Você diz: Não consigo me perdoar.
Deus te diz: “Eu perdôo você.” (I João 1:9 e Romanos 8:1)
Você diz: Não consigo o que quero.
Deus te diz: “Eu suprirei todas as suas necessidades.” (Filipenses 4:19)
Você diz: Estou com medo.
Deus te diz: “Eu não tenho te dado um espírito de covardia.” (II Timóteo 1:7)
Voê diz: Estou sempre preocupado(a) e frustado(a).
Deus te diz: “Lança toda sua ansiedade em mim.” (I Pedro 5:7)
Você diz: Eu não tenho fé suficiente.
Deus te diz: “Eu tenho dado a cada um uma medida de fé.” (Romanos 12:3)
Você diz: Eu não sou inteligente suficiente.
Deus te diz: “Eu te dou sabedoria.” (I Cor?ntios 1:30)
Você diz: Eu me sinto sozinho (a).
Deus te diz: “Eu nunca te deixarei, nem te desampararei.” (Hebreus 13:5)

Autor: Desconhecido

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Quando...

Quando for amar, ame o mais profundo que puder.

Quando for falar, fale o que for realmente necessário.

Quando for sorrir, procure sorrir com os olhos também.

Quando pensar em desistir, lembre-se da luta que foi começar, e não desista!

Quando quiser se declarar a alguém, faça isso sem medo do que essa pessoa irá pensar de você...

Quando sonhar, sonhe bem alto, bem longe...

Quando for partir, não diga “adeus”, diga que foi tudo maravilhoso...

Quando abraçar um amigo, abrace-o com todo carinho e lembre desse abraço por toda vida!

Quando precisar de ajuda, não se envergonhe de pedir socorro, sua humildade vale a vitória...

Quando sentir raiva de alguém, pense em como isso pode estar fazendo mal a você mesmo...

Quando tentar algo de novo na vida, tente pra valer... mude, arrisque-se, viva intensamente...

Enquanto isso, lembre-se de que sempre haverá alguém torcendo por você e por sua felicidade!

E este alguém, não é qualquer um, é o nosso próprio Deus!

Fonte: Padre Marcelo Rossi - Ágape

terça-feira, 10 de abril de 2012

OS TIPOS DO ENEAGRAMA EM CORDEL




TIPO UM
O tipo um transparece
Está sempre com a razão
Honesto, amigo, leal
Ama a organização
Não aceita imperfeições
E foge da irritação

TIPO DOIS
Tipo dois é prestativo
Um autêntico doador
Não quer grandes recompensas
Só quer mostrar seu valor
Demonstra ser carinhoso
E muito bajulador

TIPO TRÊS
Tipo três é otimista
Pensa e age num piscar
É auto-propagandista
Busca o êxito sem cessar
Tem sede de elogios
E seu vício é trabalhar

TIPO QUATRO
Tipo quatro é bem romântico
Um eterno sonhador
Prefere idealizar
Que viver um grande amor
São deprês ou hiperativos
Ou oscilantes de humor

TIPO CINCO
Tipo cinco é sistemático
Tem ar de superioridade
Pra transmitir o que sabe
Tem certa dificuldade
Cultiva as amizades
Preservando a liberdade

TIPO SEIS
Tipo seis é inseguro
E muito atento ao perigo
Bastante desconfiado
Vive a fugir do castigo
Tem na mente uma fobia
Que o mau sempre anda consigo

TIPO SETE
Tipo sete é exibido
Humorista natural
Acredita que a piada
Serve pra curar o mal
Que rir afugenta a dor
E o prazer é sem igual

TIPO OITO
Tipo oito tem a força
Provoca a oposição
Não suporta a injustiça
Repudia a opressão
Não quer demonstrar ser fraco
Temendo a submissão

TIPO NOVE
Tipo nove é satisfeito
Servidor despreocupado
O trabalho de rotina
Lhe deixa gratificado
E jamais fica em pé
Podendo ficar sentado

AUTOR: Francisco Chagas (Chico Justino) de São João do Jaguaribe - CE
Aluno do Curso de Letras (Português) da FAFIDAM/EUCE, Limoeiro do Norte – CE.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A GRANDEZA DO MAR

Você sabe por que o mar é tão grande?
Tão imenso? Tão poderoso?
É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros
abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios,
não seria mar, mas sim uma ilha.
Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.
A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.
É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber viver.
Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe.

Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade o ganho e a perda, o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte.

Por: Paulo Roberto Gaefke

O LEÃO E O VERME




Há duas espécies na fauna que representam o máximo do antagonismo e entenderemos facilmente o por que disto. Elas, são o leão e o verme. Cada qual, expressa perante a natureza admiração e asco, devido as funções que desempenham no equilíbrio do ecossistema.


Repetindo isso, nós imitamos por muitas vezes a natureza de outros seres devido às nossas ações e o peso que elas têm para o mundo. Sendo assim, afirmo, que na existência há pessoas que se comportam como leões, enquanto que outras se comportam como vermes.


O leão é a auto-afirmação, ele não é o melhor por ser o melhor, mas por se afirmar como tal. Ele ousa e executa algo, mesmo que não esteja perfeitamente preparado. É independente e sua evolução na escala das coisas é bem rápida. ELE quer, ele vai buscar, não tem meio termo.

O verme, é minúsculo, se caracteriza por chafurdar em algo, até que haja alguém a que, possa parasitar. Sua essência é depender "de", depender de algo, de alguém. Não tem auto-afirmação, é praticamente invisivel, e quando e notado é porque realizou algo danoso.


Em nossa vida, acompanhamos pessoas que seguem estes estereótipos de comportamento, que insistem em repetir ininterruptamente. Haverão aqueles leões, que perseguirão seus objetivos nos campos da vida, serão positivos e sempre terão mais pela atitude de demonstram, de ir atrás e perseguir os objetivos.


Por outro lado, também surgirão pessoas que se comportam como vermes. Estão sempre à margem, sem atitude e inertes ao que acontece. Automaticamente dependem de que alguém faça por eles e, tão logo possam, arranjarão alguém para se encostar, para que possam parasitar emoções e ações, num processo infinito de coitadismo.

A Cabala nos ensina, que devemos nos sintonizar com as realizações. Neste sentido, você, que já é um leão na vida, pode se tornar uma pessoa melhor, fazendo com que suas rezalizações, tragam a plenitude buscada. Por outro lado, você que por tanto tempo vem se inferiorizando, pode buscar a virada, sair da lama e ir para onde jamais foi.


Desejo á todos muita força e sucesso!


Fraternalmente, Rafael Chiconeli

Livro



Sou como um livro,
Há quem me interprete pela capa.
Há quem me ame apenas por ela.
Há quem viaje em mim.
Há quem viaje comigo.
Há quem não me entende.
Há quem nunca tentou.
Há quem sempre quis ler-me.
Há quem nunca se interessou.
Há quem leu e não gostou.
Há quem leu e se apaixonou.
Há quem apenas busca em mim palavras de consolo.
Há quem só perceba teoria e objetividade.
Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim.

Fonte: autor desconhecido

quarta-feira, 4 de abril de 2012

GENTE FELIZ NÃO INCOMODA NINGUÉM!

GENTE FELIZ QUE NÃO INCOMODA NINGUÉM!

Uma guerra interna, outra externa que só o tempo, a paciência, a compreensão e muito amor podem curar.

O encontro semanal, falar dos problemas, achar que solucionou tudo internamente, a amizade, os comes, as bebidas, o tapume da solidão, o convencimento é tudo de bom que todo mundo quer e ninguém quer perder (inclusive eu).

Quando não se quer perder uma coisa zelamos por ela, não criamos uma dependência daquilo para ser feliz. Dependência não é felicidade.

O medo da solidão que já atormentou os nossos corações não pode ser um alicerce. O medo é uma fragilidade que se não for tratada torna-se destruidora. O medo torna as pessoas artificiais.

A dependência é uma ruína.

Não permitir, criar regras, não deixar que uma discussão evolua, cada um cuidando da sua vida (e ao mesmo tempo pensando na vida dos outros), sair para os bares, fazer festas e conviver sempre com as mesmas pessoas é continuar na solidão. Precisamos ter um ombro para aquelas horas decadentes e para as horas felizes também. Um ombro amigo e não um vínculo de dependência.

Sou uma pessoa de poucos amigos e aprendi a sair com a minha bolsa quando não tinha mais ninguém para sair comigo. Estas saídas foram as melhores da minha vida. Sabe por quê? Porque me permiti. Eu não precisava ser infeliz só porque naquele dia ninguém quis sair comigo. Escolhi ser feliz da maneira que sempre acreditei: permitindo novas experiências.

Como dizia um amigo: “estar na zona de conforto é muito confortável”. Ficar na zona de conforto é uma ilusão amarga.

Não sei se é a minha visão que está suja, mas se for olhar apenas para mim deixo de existir. Preciso olhar para o mundo.

A autotransformação para mim é como a frase: GENTE FELIZ NÃO INCOMODA NINGUÉM. Todo mundo lê e pensa: - “Gente feliz incomoda sim, incomoda aqueles que estão infelizes”. O que a maioria das pessoas não conseguem perceber é que quando uma pessoa está verdadeiramente feliz ela não incomoda nem os infelizes, porque ela lembra daquele ser que está infeliz. Um ser feliz não segue a sua vida exclusivamente sem pensar no próximo porque ele sabe que vai continuar na infelicidade.

O feliz que grita e mostra para o infeliz a sua felicidade é o mais infeliz de todos, porque a infelicidade nunca saiu dele.

Depois de chegar a esta conclusão e me dispor a ouvir a opinião de várias pessoas, onde uma maioria concordou e uma minoria que não se manifestou, e da qual, tinha muito interesse de ouvir me apontou: “a sua cara emburrada enche o saco de qualquer um a sua energia é muito pesada”.

Não disse nada na hora porque a minha ficha só caiu depois, porque nem estava pensando em felicidade. Quando dei conta do ocorrido concluí: A cara infeliz de ninguém nunca me incomodou. Quando estou verdadeiramente feliz não é uma cara fechada e triste que vai causar a minha infelicidade, diante de uma cara fechada simplesmente retribuo com um abraço e um sorriso, porque eu não sei o que está passando na cabeça da outra pessoa e não quero julgar ninguém, porém se precisar de ajudar me disponho a isto também.

Eu não sou emburrada, sou séria e sempre tive uma gargalhada de bruxa.

Funciona assim: chega sorrindo no trabalho todo mundo te incomoda, agora chega sério, ninguém te incomoda.

Sobre isto, fiquei muito tempo de castigo meditando: GENTE FELIZ NÃO INCOMODA NINGUÉM. Ver a felicidade para mim é como falar sobre gatos. NORMAL!

Neste instante não aprendi sobre felicidade, e sim, a perdoar os infelizes e ter um pouco mais de compaixão.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

O Poder da Amizade



Todo Progresso é Resultado de Cooperação Carlos Cardoso Aveline

O texto a seguir foi publicado inicialmente na edição de maio de 2011 do boletim eletrônico “O Teosofista”.

“De todos os bens que a sabedoria proporciona para produzir a felicidade por toda a vida, o maior, sem comparação, é a amizade.”

(Epicuro)


A amizade é uma forma de afeto em que há um sereno respeito pela liberdade e pela autonomia de cada um.

Livre de apegos cegos, o sentimento de amizade não é necessariamente dirigido apenas a este ou aquele indivíduo em especial. Os sábios são amigos de todos os seres: a amizade pode ser incondicional. Por outro lado, cada amizade tem suas características específicas e possui uma capacidade própria de resistir a adversidades. “Amigos na dificuldade, amigos de verdade”, diz o ditado popular em língua inglesa.

A verdadeira amizade surge do eu superior, ou alma imortal. Ela corresponde ao primeiro objetivo do movimento teosófico moderno, que busca ser um núcleo de fraternidade sem fronteiras. A mesma ideia está presente no budismo, no taoísmo, no hinduísmo e outras filosofias orientais e ocidentais. A prática da amizade universal é pitagórica: Thomas Stanley, um filósofo do século 17, escreveu em sua obra sobre o ensinamento de Pitágoras:

“Há uma amizade e uma afinidade de todos por todos: entre deuses e homens, através da compaixão e do sentimento religioso; entre as diferentes doutrinas; entre a alma e o corpo (a parte racional e a parte irracional do ser humano) através da filosofia e das suas teorias; e entre os diferentes seres humanos...”[1]

A fraternidade universal é uma verdade básica que pode ser observada por todos. No mundo animal - assim como no reino humano - a regra geral é dada pela cooperação e pela amizade. A competição se dá no interior do processo de cooperação. É esta última que predomina. O escritor anarquista russo Piotr Kropotkin, um partidário da ação não-violenta, desenvolveu um cuidadoso estudo histórico mostrando de modo inegável que, ao contrário do que o darwinismo pensa, não foi a competição, mas sim a ajuda mútua, que possibilitou desde o início da vida a evolução das espécies.[2]

Tudo o que rodeia um cidadão - mesa, computador, ônibus, roupas, ruas, prédios - é resultado da cooperação de ajuda mútua. A civilização materialista leva seus cidadãos a esquecerem disso. Muitos pensam que a competição é central, e isto os torna infelizes. A maneira natural dos seres humanos relacionarem-se é através da amizade. Por que motivo é tão difícil seguir essa tendência natural? O ser humano cresce na luta com os paradoxos. Um poderoso jogo de pressões e conveniências ensina a ele desde cedo que é preciso desenvolver a competição. Assim se limita a amizade como impulso natural e se dificulta a plena ajuda mútua. Uma condição básica para que possamos voltar a viver plenamente a solidariedade consciente é ser autênticos, primeiro, com nós mesmos. Aceitar os outros como eles são, estimulando o melhor neles, e ser grato à vida inclusive pelas suas lições dolorosas, são hábitos realistas que nos tornam mais sábios e mais capazes de compreender a vida e de ser amigos.

Amar é melhor do que ser amado. Ser amigo é mais importante que ter amigos. Mas a única base sólida para a afinidade entre os seres humanos é um respeito sagrado de cada um por si mesmo. Este sentimento surge da percepção de que pertencemos à alma imortal existente em nosso próprio coração. Não temos uma alma, mas a alma nos tem. Nosso “eu superior” é nossa origem e nosso destino, e também nossa fonte de inspiração. O respeito por si mesmo está, pois, na origem do respeito pelos outros. Voltaire, o filósofo francês do século 18, escreveu:

“Amizade é um contrato tácito entre duas pessoas sensíveis e virtuosas. Sensíveis, porque um monge, um solitário, pode não ser ruim e viver sem conhecer a amizade. Virtuosas, porque os maus não buscam mais que cúmplices. Os sensuais buscam companheiros de devassidão. Os interesseiros reúnem sócios. Os políticos congregam partidários. O comum dos homens ociosos mantêm relações. Os príncipes têm cortesãos. Só os virtuosos possuem amigos.”[3]

Assim, a verdadeira amizade é inseparável da ética e do altruísmo. O significado original da palavra “filosofia” é “amor pela sabedoria”, e Voltaire afirma:

“O filósofo é um amigo da sabedoria, ou seja, da verdade. Esse duplo caráter esteve presente em todos os filósofos. Não houve nenhum na Antigüidade que não desse exemplo de virtude aos homens e lições de verdades morais.” [4]

Sem dúvida, é comum encontrar gente que ignora qualquer diferença entre ser amigo e ser cúmplice. Deste ponto de vista, dois amigos devem apoiar um ao outro “em qualquer situação”, inclusive em ações contrárias à verdade e ao equilíbrio.

Os mafiosos criam os seus próprios “códigos de ética” e “compromissos de lealdade”. O uso da amizade em jogos de conveniências gera confusão e sofrimento. O pensador romano Cícero (106 a.C.- 43 a.C.) esclareceu esta questão há pouco mais de dois mil anos. Em seu tratado sobre a amizade, ele escreveu:

“Uma associação de pessoas sem fé nem lei não poderia se abrigar sob a desculpa da amizade (...). Essa é, portanto, a primeira lei que se deve instaurar na amizade: não pedir a nossos amigos senão coisas honestas, não prestar a nossos amigos senão serviços honestos, sem esperar que eles nos sejam pedidos; permanecer sempre confiante, banir a hesitação, ousar dar um conselho em total liberdade. No domínio da amizade, é preciso que predomine a autoridade dos amigos mais bem avisados, e que esta influência se aplique em acautelar os outros, não só com franqueza mas com suficiente energia, se a situação o exigir, para que o conselho seja posto em prática.” [5]

Amizade verdadeira é inseparável de sentimentos nobres, e Cícero explica:

“A amizade nos foi dada pela natureza como auxiliar das nossas virtudes, e não como cúmplice dos nossos vícios, para que a virtude de um, não podendo alcançar sozinha o supremo bem, o alcance apoiada na virtude do outro”. Para o filósofo romano, “há uma simpatia quase inevitável entre os bons entre si, que é o princípio da amizade instaurado pela natureza.”

Em outro trecho do seu tratado sobre a amizade, Cícero afirma:

“O amor, de onde provém a palavra amizade, é no seu primeiro fundamento simpatia recíproca (...). Na amizade nada é fingido, nada é simulado, tudo é verdadeiro e espontâneo.”[6]

O nível da franqueza existente entre amigos é um indicador da solidez do vínculo. Quando dois amigos usam muita cautela para não se ferirem mutuamente, a amizade pode ser superficial. Uma amizade mais profunda produz certa ausência de cuidado com as palavras, e torna possível um grau maior de espontaneidade. Às vezes isso só surge com o tempo: a confiança mútua raramente se constrói em um dia.

Toda amizade enfrenta testes, e, para Aristóteles, “somente a amizade entre pessoas boas é imune à calúnia”. Ele explica:

“É entre pessoas boas que encontramos a confiança, o sentimento de que uma nunca fará mal à outra, e tudo mais que se espera em uma amizade sincera. Nas outras espécies de amizade, todavia, nada impede o aparecimento de suspeitas”. [7]

Platão fazia deste sentimento uma virtude social e política, elemento auxiliar importante para a construção da sociedade ideal. Mas Epicuro, que viveu em um período de decadência política, via a amizade como um fim em si e dava a ela importância suprema.

Considerado um sábio por Helena Blavatsky, Epicuro tinha uma filosofia próxima à dos estóicos. Ele fundou uma comunidade em Atenas para viver com os amigos, o Jardim, e sua vida foi um exemplo de ética e autodisciplina. Para Epicuro, “de todos os bens que a sabedoria proporciona para produzir a felicidade por toda a vida, o maior, sem comparação, é a amizade”. E acrescentou: “A mesma convicção que nos inspira a confiança de que nada existe de terrível que dure para sempre, nem mesmo por muito tempo, também nos habilita a ver que dentro dos limites da vida nada aumenta tanto a nossa segurança como a amizade.” [8]

Na Bíblia, o Eclesiástico parece concordar com Epicuro. Primeiro o texto aconselha cautela (em 6: 7): “Se queres um amigo, adquire-o pela prova e não te apresses a confiar nele”. Pouco depois, o Eclesiástico acrescenta:

“Afasta-te de teus inimigos e acautela-te com teus amigos. Um amigo fiel é um poderoso refúgio; quem o descobriu, descobriu um tesouro. Um amigo fiel não tem preço, é imponderável seu valor. Um amigo fiel é um bálsamo vital, e os que temem o Senhor o encontrarão. Aquele que teme ao Senhor faz amigos verdadeiros, pois tal como ele é, assim é seu amigo (6:13-17).”

Amigos cometem erros. Mesmo numa amizade sincera pode ocorrer decepção. Por outro lado, devemos respeitar nossos adversários. O texto clássico de teosofia “Luz no Caminho”, de Mabel Collins, afirma o seguinte, sem meios termos:

“A inteligência é imparcial; nenhum homem é teu inimigo, nenhum homem é teu amigo. Todos são igualmente teus instrutores.” [9]

Carlos Castaneda ensina que o adversário é sempre um instrumento precioso do nosso crescimento, porque identifica as falhas que devemos corrigir e mostra como funcionam em nós o medo e o ódio, para que, então, estes dois sentimentos sejam extirpados pela luz da compreensão.

Outros autores, como Plutarco, destacam que os amigos freqüentemente acobertam nossas falhas, nos acostumam mal e nos levam a ficar preguiçosos, enquanto que os adversários nos mantêm alertas, nos obrigam a crescer e a superar a rotina que, de outro modo, nos engoliria. Tais testemunhos reforçam a idéia de que a verdadeira amizade é um processo livre de apego, em que o afeto não é colocado acima da sabedoria nem dos valores éticos, mas sim a serviço deles. A verdadeira amizade é nobre, e Khalil Gibran escreveu:

“Não deve haver outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espírito. Pois o amor que procura outra coisa a não ser a revelação do seu próprio mistério não é amor, mas uma rede armada, e somente coisas inúteis são apanhadas nela.”[10]

A frase de Gibran pode ser dura, mas ela é realista. Quanto mais cedo renunciarmos à auto-ilusão, melhor para nós. A verdadeira amizade requer desapego. Os “Versos de Ouro” de Pitágoras expressam a sabedoria teosófica, e neles podemos ler o seguinte sobre a combinação de firmeza com flexibilidade:

“Escolhe como amigo o mais sábio e virtuoso. Aproveita seus discursos inspiradores, e aprende com os seus atos úteis e virtuosos. Mas não afasta teu amigo por um pequeno erro, porque a força da vida é limitada pela necessidade.” [11]


NOTAS:

[1] “Pythagoras, His Life and Teachings”, de Thomas Stanley, Philosophical Research Society, Califórnia, EUA, 1970.

[2] “El Apoyo Mútuo, Un Factor de la Evolución”, de Piotr Kropotkin, Ed. Proyección, Buenos Aires, 1970, 328 pp. Há uma edição em inglês: “Mutual Aid, a factor of evolution”, Peter Kropotkin, Dover Publications Inc., Mineola, New York, 2006, 312 pp.

[3] “Dicionário Filosófico”, Voltaire, Ed. Martin Claret, p. 23.

[4] “Dicionário Filosófico”, p. 232.

[5] “A Amizade”, texto de Cícero incluído no volume “Saber Envelhecer”, Ed. L&PM, Porto Alegre, 151 pp. Ver respectivamente as pp. 104 e 105.

[6] “A Amizade”, texto de Cícero incluído no volume “Saber Envelhecer”, Ed. L&PM, Porto Alegre, 151 pp. Ver respectivamente as pp. 91 e 131.

[7] “Ética a Nicômacos”, de Aristóteles, Ed. UnB, Brasília, terceira edição, 238 pp., ver p.157.

[8] “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, Diógenes Laertios, Editora UnB, Brasília, 1977, 357 pp., ver p. 319.

[9] “Luz no Caminho”, Mabel Collins, Ed. Pensamento, SP, 85 pp., ver pp. 33-34.

[10] “O Profeta”, Gibran Khalil Gibran, Ed. ACIGI, RJ, 89 pp., ver p. 56.

[11] A íntegra de “Os Versos de Ouro de Pitágoras” pode ser facilmente encontrada pela Lista de Textos por Ordem Alfabética do website www.FilosofiaEsoterica.com , ou na seção de “Filosofia Ocidental, Clássica e Moderna” do mesmo website.

Momento de Reflexão

É o momento de refletir

É o momento de agir

É o momento de pensar

É o momento de perdoar.

É o momento de fazer o que não se pode fazer…

É o momento de escrever

É o momento de desculpar

É o momento de clarear.

É o momento de reflexão…

É o momento de amar

É o momento de sermos amados

É o momento de dar e receber carinho

É o momento de ser feliz.

É o momento de reflexão…

É o momento de um instante vivido

É o momento de uma dor sofrida e não esquecida

É o momento de lembrarmos e guardar.

É o momento de reflexão…

É o momento de partir e não voltar

É o momento de progredir

É o momento de construir

É o momento de despertar a mente.

Fonte: Padre Marcelo Rossi - Ágape

EGO E COMPAIXÃO



Vivi sem ser por anos e sobrevivi, meu ego me defendeu. Vivi em grupos bons e ruins e também sobrevivi. Agora sem Deus não sobrevivo. Viver com qualidade, ou não, vai depender exclusivamente de mim. A autotransformação não é olhar exclusivamente para mim, para o meu ego e viver a minha vida. A autotransformação é olhar para aquilo que preciso transformar olhando para o próximo, respeitando o próximo, amparando o próximo, dar sem a expectativa de receber em troca.

Penso que o bom seria: oferecer para participar do sucesso, da felicidade e de todo processo. É a atenção visando o bem estar do próximo e não a sua própria felicidade.

Amparar o próximo é fazer caridade. Caridade nua e crua.

Caridade não é tirar as roupas velhas do armário e dar para alguém. É tirar as roupas velhas do armário para vestir alguém é ver a roupa passar e não pensar: olha aquela roupa que doei esta ótima que arrependimento! Caridade é ver a sua roupa boa passando com outra pessoa e pensar: que bom que ela aceitou a roupa. É ver a roupa passando e não fazer diferença alguma em você, e sim, para a pessoa que recebeu e vestiu.

Não adianta fazer terapia e achar que melhorou porque consegue enxergar aquilo que você não vê em você. Sair falando para os outros, olha estou tão feliz, eu faço terapia e participo de um grupo (fechado) que me aceita. Não adianta falar para os outros o quanto você está melhor por ver o seu ego e continuar com ele ali, te domando.

Quer saber? Encontrei-me diante de uma situação da qual pensei que o problema fosse exclusivamente meu. Retraí-me por não saber controlar a minha raiva interior, mudei um padrão, fiquei de luto e tinha a certeza que não precisava esperar nada em troca. Mesmo assim fiquei magoada, quando percebi que quando ninguém vinha ao meu encontro, ninguém percebeu que havia mudado. Pensei: o padrão continua errado vou aprender o certo. Queria sim um pouco mais de atenção daquele “Grupinho em busca da autotransformação” porque acreditei que elas fossem mais especiais. Não tive do jeito que desejei. Veio à voz: talvez estas pessoas estejam te ajudando e você não consegue ainda perceber o esforço, na concepção delas o certo foi te ajudar assim. Senti um conforto e aceitei... Momentaneamente, novamente surge a voz: como que um grupo de autotransformação cruza os braços tão facilmente (teve exceções)?

Nada mais me interessava a não ser aquele “Grupinho” todo especial o qual sempre cativei.

Saí do grupo precisava digerir toda a informação que fritava o meu cérebro e não queria desrespeitar mais ninguém com a minha raiva.

Quando saí do grupo não senti solidão. Tinha outros amigos, outros grupos que consegui cativar simultaneamente e que notaram a minha mudança. Não tive ajuda de quem eu queria, do jeito que gostaria (do “Grupinho”), mas tive de outros grupos e consegui visualizar, me dei por satisfeita! Momentaneamente novamente...

Fiquei a pensar: porque estou preocupada com o “Grupinho Semanal – As mais legais”? É um desconforto tão grande conviver com este “Grupinho”. Que fique bem claro: o desconforto é meu. “As mais legais” são as mais legais mesmo! Aprendi muito com elas e sou eternamente grata.

Não conseguia compreender o porquê de estar ali, preocupada com aquele “Grupinho” todas com saúde, dinheiro, com problemas óbvios para serem curados e tinham principalmente o apoio uma da outra. Quando me lembrava de outros amigos, das pessoas com necessidades especiais e das vozinhas da sopa, me dava uma dor no coração queria fazer tudo por eles(as) e quando lembrava do “Grupinho” não queria fazer mais nada por elas.

Pensei: o ciclo não fechou continuei atormentada.

A minha persistência me fez voltar para o “Grupinho”. Na frente de todos movia com um esforço surreal e não conseguia sair do lugar e mais ninguém percebia o esforço (lógico teve exceções), agora entendo que o grupo também não domina o que faz. Não existe uma regra cartesiana, tudo é relativo.

Percebi a minha dor: dar sem querer nada em troca e ter compaixão pelo TER.

Dicionário: Lucileyma
TER = pessoas que trabalham e conseguem todo o conforto material possível e impossível da vida; pessoas sem nenhuma dificuldade física ou intelectual.
SER = o infeliz que não tem: carro, casa, emprego, comida, estudo, família, é deficiente físico, mental etc.

Na minha cabeça bipolar só merecia a minha compaixão aquelas pessoas excluídas da sociedade, nunca olhei para o incluído na sociedade, este, nunca teve a minha compaixão.

Conviver com o “Grupinho” que aparentemente tem de tudo foi à experiência mais dolorosa de todas que experimentei. Percebi que não tinha compaixão pelos iguais a mim (do mesmo núcleo da cadeia da sociedade).

Sempre soube conviver com o SER pelo amor e agora estou aprendendo a conviver com o TER pela dor.

Ter compaixão pelos desiguais eu sempre tive e nunca tive compaixão pelos iguais.

A digestão emocional ou o processo de autotransformação é complexo.

Conviver com as desigualdades sociais, conviver com os princípios fundamentais, defender o direito de todos, aceitar que não vou dar conta de todos e respeitar o meu limite foi fácil. Ver que até quando optei em sair do emprego, e hoje, com quase nenhum bem material também está sendo fácil. Agora, aprender a conviver com pessoas que tem o material, na busca da autotransformação, olhando apenas para o ego... isso foi difícil. Confesso que tenho uma antipatia por pessoas que tem de tudo e são infelizes, na minha cabeça quem tem de tudo tem a obrigação de ser feliz.

Sou assim, porém vou mudar. Viver com o ser na sua completude é muito mais fácil do que viver com o ter. Eu não tenho de tudo, aceito o que tenho e luto pelo que não tenho (mesmo parecendo uma coitada aos olhos dos outros).

Viver com o SER é seguir os ensinamentos de Jesus Cristo.

Minha opinião é: enxergar o ego, melhorar, ver e ajudar o próximo.
A autotransformação não é olhar para o meu ego e cuidar apenas da minha vida. Não é olhar para mim e assumir o que eu não sou para atender a realidade do outro. É olhar meu ego e zelar pelo próximo.

Aqui aprendi a ter COMPAIXÃO COM IGUALDADE; enxergar o benefício que a raiva me trazia e a andar em zonas de desconforto, isto devo ao “Grupinho”.

O benefício da raiva? Joguei fora. O aprendizado e o apoio do “Grupinho”? Agradeço do fundo da minha alma, uma parte do meu coração sempre estará com vocês, de corpo físico não mais. E a Compaixão com igualdade? Vou praticar.

Ah! Andarei em todas as zonas de desconforto.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

terça-feira, 3 de abril de 2012

O Escorpião

Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
— Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas às vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
— A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, não é problema nosso... é problema deles.

Fonte: Mistérios de Deus

Síndrome da Inveja



Uma das causas mais influentes de nossa infelicidade é a inveja. Falar de inveja é falar de comparação. Quando uma pessoa se compara a outra e se sente inferior, em algum aspecto está com inveja.
Eu não estou dizendo que toda vez que você se compara a alguém está com inveja, estou dizendo que nunca poderá haver o sentimento de inveja se não houver a comparação.

A inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, por nos sentirmos menos do que outros, por não sermos o que os outros são. É o desequilibro íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que se faz em relação à outra pessoa em algum aspecto específico.

Quando impedimos que alguém se desenvolva estamos tentando esconder todas as nossas frustrações pessoais e, principalmente, o prestar contas com nosso próprio potencial não efetuado. Aferir nosso potencial perante outrem sempre será doloroso e quanto maior for o sentimento de estarmos aquém de alguma expectativa ou de determinada pessoa, maior será a possibilidade de se deflagrar um sentimento de inveja.

Em algumas ocasiões perdemos o controle, então, surge a vingança. Infelizmente isto se dissemina muito mais rapidamente no mundo corporativo e quanto maior for o complexo de inferioridade de uma pessoa mais combustível é liberado para aumentar a chama da inveja, naturalmente, para àquelas pessoas que são fracas.

O efeito colateral disso, é que a cada dia fica mais difícil criar um clima psicológico saudável, e acabamos sendo vítimas da sabotagem social e pessoal. A verdade é que muitas pessoas não estão preparadas para administrar suas próprias frustrações e ficam absortas pela fúria quando as coisas não saem como planejaram.

O motivo é que estas pessoas não possuem nenhum treino para a contrariedade ou crítica, seja construtiva ou não, é muito difícil para elas admitir o sucesso de uma outra pessoa e o sentimento resultante é a inveja.

O invejoso não inveja o que é de uma outra pessoa, mas o que esta pessoa é.

As pessoas sempre procuram se identificar com o vencedor e muitas sofrem de um terrível medo de a cada dia estar mais distante desse ideal internalizado. Na verdade, a compaixão não é tanto pelo fracasso de não conseguir os mesmos resultados de uma pessoa de sucesso, mas, principalmente, autopiedade por toda a sua insegurança.

A inveja é um dos sentimentos mais difíceis de ser aceito pelo ser humano, embora em nossos tempos e nos meios corporativos talvez seja o mais vivenciado, quando deveria ser o contrário onde a amizade, o companheirismo, a ajuda mútua deveriam caminhar paralelamente.

Se desde cedo o ser humano não aprender que existirá sempre um muro para o desenvolvimento pleno, com certeza cedo ou tarde as coisas se complicarão. No fundo, no fundo, em cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração.

O invejoso quando vê alguém que deveria admirar, tende a diminuir esta pessoa. Por isso é preciso perdoar. Perdoar sempre é e será um ato que implica o extremo peso do passado, mas, a pessoa tem que estar ciente e consciente de que haverá sempre uma energia extra e por respeito ao seu íntimo deve prosseguir, e afinal, eu não dizendo que devemos esquecer, pois, perdoar não é esquecer. É viver em paz.

Fonte: Simão Horácio - https://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100001149356556

_/\_