GENTE FELIZ QUE NÃO INCOMODA NINGUÉM!
Uma guerra interna, outra externa que só o tempo, a paciência, a compreensão e muito amor podem curar.
O encontro semanal, falar dos problemas, achar que solucionou tudo internamente, a amizade, os comes, as bebidas, o tapume da solidão, o convencimento é tudo de bom que todo mundo quer e ninguém quer perder (inclusive eu).
Quando não se quer perder uma coisa zelamos por ela, não criamos uma dependência daquilo para ser feliz. Dependência não é felicidade.
O medo da solidão que já atormentou os nossos corações não pode ser um alicerce. O medo é uma fragilidade que se não for tratada torna-se destruidora. O medo torna as pessoas artificiais.
A dependência é uma ruína.
Não permitir, criar regras, não deixar que uma discussão evolua, cada um cuidando da sua vida (e ao mesmo tempo pensando na vida dos outros), sair para os bares, fazer festas e conviver sempre com as mesmas pessoas é continuar na solidão. Precisamos ter um ombro para aquelas horas decadentes e para as horas felizes também. Um ombro amigo e não um vínculo de dependência.
Sou uma pessoa de poucos amigos e aprendi a sair com a minha bolsa quando não tinha mais ninguém para sair comigo. Estas saídas foram as melhores da minha vida. Sabe por quê? Porque me permiti. Eu não precisava ser infeliz só porque naquele dia ninguém quis sair comigo. Escolhi ser feliz da maneira que sempre acreditei: permitindo novas experiências.
Como dizia um amigo: “estar na zona de conforto é muito confortável”. Ficar na zona de conforto é uma ilusão amarga.
Não sei se é a minha visão que está suja, mas se for olhar apenas para mim deixo de existir. Preciso olhar para o mundo.
A autotransformação para mim é como a frase: GENTE FELIZ NÃO INCOMODA NINGUÉM. Todo mundo lê e pensa: - “Gente feliz incomoda sim, incomoda aqueles que estão infelizes”. O que a maioria das pessoas não conseguem perceber é que quando uma pessoa está verdadeiramente feliz ela não incomoda nem os infelizes, porque ela lembra daquele ser que está infeliz. Um ser feliz não segue a sua vida exclusivamente sem pensar no próximo porque ele sabe que vai continuar na infelicidade.
O feliz que grita e mostra para o infeliz a sua felicidade é o mais infeliz de todos, porque a infelicidade nunca saiu dele.
Depois de chegar a esta conclusão e me dispor a ouvir a opinião de várias pessoas, onde uma maioria concordou e uma minoria que não se manifestou, e da qual, tinha muito interesse de ouvir me apontou: “a sua cara emburrada enche o saco de qualquer um a sua energia é muito pesada”.
Não disse nada na hora porque a minha ficha só caiu depois, porque nem estava pensando em felicidade. Quando dei conta do ocorrido concluí: A cara infeliz de ninguém nunca me incomodou. Quando estou verdadeiramente feliz não é uma cara fechada e triste que vai causar a minha infelicidade, diante de uma cara fechada simplesmente retribuo com um abraço e um sorriso, porque eu não sei o que está passando na cabeça da outra pessoa e não quero julgar ninguém, porém se precisar de ajudar me disponho a isto também.
Eu não sou emburrada, sou séria e sempre tive uma gargalhada de bruxa.
Funciona assim: chega sorrindo no trabalho todo mundo te incomoda, agora chega sério, ninguém te incomoda.
Sobre isto, fiquei muito tempo de castigo meditando: GENTE FELIZ NÃO INCOMODA NINGUÉM. Ver a felicidade para mim é como falar sobre gatos. NORMAL!
Neste instante não aprendi sobre felicidade, e sim, a perdoar os infelizes e ter um pouco mais de compaixão.
Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza