terça-feira, 10 de novembro de 2015

Cuidar de mim. Não me perder de vista. Confiar no que eu sinto. Expressar o que preciso. Haja coragem... Haja verdade... Haja força... Pra mostrar que preciso... Que me falta... Que não gosto... Que quero mais... Que sou gente... 

Haja coragem, haja força pra pedir...

Olhar pro que fazem, não pras palavras bonitas e perfeitas e ideais que dizem... Ver quem eu sou agora. Estar comigo agora. Aceitar o que preciso agora. Sem tentar me comparar às ideias de um sábio qualquer. Sem tentar me limitar a expectativa de perfeição alguma... 

Valorizar minha imperfeição. Ter orgulho, um orgulho bom, não daquele que me impediria, mas do que me acalma, do que não é ideal em mim. Orgulho do desconstruído, do torto, do fracassado, do carente, do preguiçoso, do cansado, do desmilinguido, do feio... Compreender minhas partes falhas e fartas como um todo! Um não era sem o outro! As falhas são só o letreiro que aponta o caminho que ainda me falta percorrer, o que ainda preciso compreender. Compreender com o coração... A necessidade que nunca expresso, às vezes, até porque não sei... 

Honrar a dor que me aperta o peito tão quanto o amor que me espalha. 

Honrar o que cresce em direção à luz, para o alto, para o céu! E também a raiz que afunda na dor da terra pra sustentar a expansão...

Cuidar de mim...
Aceitar o que vier de mim...
Cada parte de mim... 
Expressar e proteger a mim... 
E assim... Encontrar o ti...


(por Paula Jácome)