quarta-feira, 3 de abril de 2013


Consulta


 
Não sei quem escreveu, mas eu ri:

Eu estava agendada para uma consulta com meu ginecologista durante a semana. Numa manha, recebo a ligação do consultório dizendo que minha consulta foi mudada para esta mesma manha às 9h30. Eu tinha acabado de despachar todos para a escola e trabalho, e já eram 8h45. O trajeto até o consultório me tomaria 35 minutos, logo não tinha muito tempo a perder. Assim com...o a maioria das mulheres fazem, gosto de dar uma caprichada na higiene quando vou a estas consultas, mas dessa vez, não ia dar tempo de fazer este esforço!

Então, corri escadas acima, arranquei o meu pijama, molhei a toalhinha que estava na beira da banheira, e me dei um banho de gato naquela “área” para assegurar que eu estava ao menos apresentável. Joguei a toalhinha no cesto de roupas sujas, vesti alguma roupa, saltei pra dentro do carro e corri para a consulta.

Eu estava sentada há apenas alguns minutos na sala de espera quando fui chamada. Já sabendo dos procedimentos, assim como todas também sabem, pulei pra cima da mesa de exames, e comecei a olhar para o outro lado, fingindo estar em Paris ou qualquer outro lugar a milhas de distância. Fiquei um pouco surpresa quando o médico disse: “Puxa! Alguém fez um esforço extra esta manhã, não?”. Nem respondi.

Depois da consulta, já relaxada, voltei para casa. O restante do dia seguiu normalmente.. algumas compras, faxina, cozinhar. Depois da escola, quando minha filha de 6 anos estava brincando, ela me chama do banheiro: “Mamãe, onde está a minha toalhinha?”.
Disse a ela para pegar outra no armário.
E ela responde: “Não! Preciso daquela que estava na beirada da banheira! Foi lá que guardei a minha purpurina e as minhas estrelinhas!”

Nunca mais eu volto a aquele médico!..... NUNCA!
 

Espírito das Águas


 
Um samurai depois de ser sido derrotado numa importante prova de habilidades, vagou sem rumo com os pensamentos confusos, enfurecido, sem querer aceitar a derrota. Parou em um lago que encontrou no seu caminho e lançou violentamente uma pedra contra as suas águas, que se agitaram violentamente. O samurai ainda com raiva e ressentido, percebeu algo e refletiu: - “Mesmo ofendido e perturbado com a p...edra que atirei, em instantes o lago se recompôs, retornando a tranquilidade inicial."

O samurai concluiu que mesmo que lançasse todas as pedras da redondeza, pequenas ou grandes, o lago sempre retornaria à sua natural tranquilidade, como se nunca tivesse sido atingido por nada.

Ao refletir sobre isso o homem evocou "Mizu no kami"(O Espírito das Águas):
- “Espírito das Águas, por que quando meu coração é ferido ficam cicatrizes e este lago, em instantes apaga todos os vestígios da agressão sofrida”?

Respondeu o “Espírito das Águas”: 



- “O Lago faz com que a pedra se perca na sua grandeza e profundidade, logo, é como ser atingido por nada. O lago conserva consigo o silêncio, e não as queixas. Eis o segredo de sua serenidade”.

O Samurai curvou respeitosamente em gratidão para o lago e declarou ao “Espírito das águas”:

- “Hoje aprendi um grande ensinamento com as águas silenciosas de um lago”!

Conto Zen

Om Shanti


Fonte:https://www.facebook.com/lucileyma.carazza?ref=tn_tnmn#!/photo.php?fbid=492794467448990&set=a.453296474732123.99675.327150527346719&type=1&theater  














 

A RESPEITO DA NOVA LEI SOBRE O TRABALHO DOMÉSTICO



A RESPEITO DA NOVA LEI SOBRE O TRABALHO DOMÉSTICO
A revolta da sala de jantar.
Apesar da resistência de uma classe média urbana acostumada às vantagens da era serviçal, a chaga da exploração do trabalho das domésticas finalmente está sendo reduzida no Brasil. RICARDO ANTUNES*


Quando a classe trabalhadora inglesa, a partir do século XVIII, começou a lutar pelos diretos do trabalho, como redução da jornada (que atingia 18 horas por dia), salários dignos, intervalos para refeições, descanso semanal, férias, licença maternidade, etc, as crianças e adolescentes trabalhavam diuturnamente, sem intervalos, ao sabor dos proprietários. Pude constatar, no acervo do museu da maquinaria industrial inglesa, chamado Quarry Bank Mill, em Manchester, os caixotes minúsculos onde dormiam as crianças-operárias exploradas pela Revolução Industrial nascente, no gélido frio do norte da Inglaterra.
Em plena expansão do mundo maquínico e sua lógica produtivista, o legítimo ingresso das mulheres nas fábricas teve como contrapartida patronal a redução do salário da totalidade dos assalariados, homens, mulheres e crianças. E, a cada avanço em seus direitos, a grita patronal aumentava. Era como se o capitalismo fosse acabar, e ele mal estava começando...
Se a história é singular em suas distintas épocas, há algo de similar ocorrendo no Brasil do século 21, após a ampliação dos direitos das trabalhadoras domésticas. Nossa origem escravista e patriarcal, concebida a partir da casa grande e da senzala, soube amoldar-se ao avanço das cidades. A modernização conservadora deu longevidade ao servilismo da casa grande para as famílias citadinas. As classes dominantes sempre exigiram as vantagens do urbanismo com as benesses do servilismo, com um séquito de cozinheiras, faxineiras, motoristas, babás, governantas e, mais recentemente, personal trainers para manter a forma, valets nos restaurantes para estacionar os carros, etc.
Como o assalariamento industrial excluiu a força de trabalho negra das fábricas (preterida em favor dos imigrantes brancos), formou-se um bolsão excedente de trabalho ex-escravo que encontrou acolhida no trabalho doméstico. E, como um prolongamento da família senhorial, manteve-se as vantagens da era serviçal. Agora, os de cima, para recordar Florestan Fernandes, estão novamente alvoroçados com a ampliação de direitos dos de baixo. Algo lhes incomoda neste avanço plebeu.
Com as classes médias o quiproquó é maior: os seus estratos mais tradicionais e conservadores agem quase como um espelhamento deformado das classes proprietárias e vociferam a revolta da sala de jantar: não será estranho se começarem a defender o direito das trabalhadoras domésticas não terem os direitos ampliados. E sua bandeira principal já está indicada: são contrárias à ampliação dos direitos das trabalhadoras domésticas para lhes evitar o desemprego.
Nos núcleos mais intelectualizados e democráticos das classes médias, há o sentimento de que uma chaga está sendo reduzida. Percebem a justeza destes direitos sociais validos para o conjunto da classe trabalhadora, ainda que sua conquista altere significativamente seu modo de vida. Mais próxima (ou menos distante) do cenário dos países do Norte, tende a recorrer cada vez mais ao trabalho doméstico diarista em substituição ao mensalista.
E isso aproxima setores da classe média ao home office, com suas conhecidas vantagens (flexibilidade do uso do tempo e sem perder horas no trânsito para o emprego) e múltiplas desvantagens (como a proximidade com a terceirização e a informalidade, o fim da separação entre espaço público e privado e o risco de perda de controle do tempo, entre outras). E pode incentivar especialmente as mulheres ainda mais em busca de trabalho em meio período, o que, se possibilita maior proximidade com os filhos, pode ampliar ainda mais a desigual divisão sexual do trabalho na esfera reprodutiva.
Para as trabalhadoras domésticas, entretanto, a ampliação e igualdade de direitos tem o significado de uma primeira abolição. O risco de maior desemprego é claramente falacioso: primeiro porque faz tempo que elas procuram melhores qualificações para migrar para novos empregos, especialmente no comércio e serviços. É por isso que a redução da oferta de trabalhadoras domésticas vem se reduzindo a cada ano. Ao contrário, portanto, do propalado desemprego inevitável, a ampliação de direitos poderá até mesmo ampliar a oferta de trabalho. Uma parcela destas trabalhadoras pensará duas vezes se compensa recorrer ao call center e telemarketing, onde a burla e a informalidade também não são exceções.
Combater a informalidade que atinge mais de 70% desse contingente (dos quais mais de 90% são mulheres e mais de 60% negras) será uma bandeira decisiva dos sindicatos das trabalhadoras domésticas que devem avançar sua organização e aumentar sua força buscando a regulamentação efetiva dos direitos. E esta sim, será uma consequência importante da ampliação de direitos, que tanto incomoda aos conservadores.

*RICARDO ANTUNES É PROFESSOR TITULAR DE SOCIOLOGIA DO TRABALHO NA UNICAMP E AUTOR, ENTRE OUTROS, DE OS SENTIDOS DO TRABALHO (ALMEDINA, COIMBRA). SEU NOVO LIVRO, RIQUEZA E MISÉRIA DO TRABALHO NO BRASIL, VOL. II (BOITEMPO), ESTÁ NO PRELO
 

One Of Us





One Of Us
 
Oh, one of these nights at about twelve o'clock
This whole earth is gonna reel and rock
Saints will tremble and cry for pain
For the Lord's gonna come in his heaven airplane.
 
If God had a name, what would it be?
And would you call it to His face
If you were faced with Him in all His glory?
What would you ask if you had just one question?
 
 
Yeah, yeah, God is great
Yeah, yeah, God is good
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
 
What if God was one of us?
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make His way home
 
If God had a face, what would it look like?
And would you want to see
If seeing mean that you would have to believe
In things like Heaven and Jesus and the Saints
And all the prophets?
 
 
Yeah, yeah, God is great
Yeah, yeah, God is good
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
 
What if God was one of us?
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make His way home
Just trying to make His way home
Back up to Heaven all alone
Nobody call him on the phone
'Cept for the Pope, maybe, in Rome
 
Yeah, yeah, God is great
Yeah, yeah, God is good
Yeah, yeah, yeah, yeah
 
What if God was one of us?
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make His way home
Like a holy rolling stone
Back up to Heaven all alone
Just trying to make His way home
Nobody call him on the phone
'Cept for the Pope, maybe, in Rome
 
Um de Nós
 
Ah, em uma dessas noites, lá pela meia noite
Esta terra inteira vai cair no rock
Os santos vão tremer e chorar de dor
Para que o Senhor venha em seu avião celestial.
 
 
Se Deus tivesse um nome, qual seria?
E você seria capaz de ligar nome à Pessoa,
se você desse de cara com Ele e toda a Sua glória?
O que você perguntaria, se você pudesse fazer apenas uma pergunta?
 
Sim, sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim, sim
 
E se Deus fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como um de nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando fazer Seu caminho de casa
 
Se Deus tivesse um rosto, com o que seria parecido?
E você gostaria de vê-Lo
Se ver significasse que você tivesse que crer
Em coisas como o Céu e Jesus e os santos
E todos os profetas?
 
Sim, sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim, sim
 
E se Deus fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como um de nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando do Seu jeito voltar para casa
Apenas tentando do Seu jeito voltar para casa
Voltar para o céu sozinho
Ninguém chamando-o ao telefone
Exceto pelo Papa, talvez, em Roma.
 
Sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim, sim, sim
 
E se Deus fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como um de nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando do Seu jeito voltar para casa
Como um Holly Rolling Stone
Voltar para o céu sozinho
Apenas tentando do Seu jeito voltar para casa
Ninguém chamando-o ao telefone
Exceto pelo Papa, talvez, em Roma.