terça-feira, 9 de setembro de 2014

- 79 dias dos 100diasdeGRATIDÃO – Vítima e algoz


Vítima e algoz

Ciclos viciosos existentes
Uma dualidade constante
Na busca incessante na abertura da inconsciência.
Uma relação muito comum
Que nos proporciona dor
E consequentemente muito crescimento.
Vítimas e algozes sedentos por carência e afetuosidade
Transtornados por traumas da vida...

Ser um coitado é muito vantajoso
Porque nos permite ser olhados...
Mesmo que superficialmente
Por muitos expectadores despreparados...
É uma sedução constante
Pela busca da justiça, ou da injustiça...
Detesto coitadice!
Principalmente a da pobre heroína sofredora,
A garota perfeitinha, a boazinha,  
Que merece reconhecimento custe o que custar,
Mesmo que seja com lágrimas de sangue de crocodilo...

- Ah! O algoz! O repugnante algoz!
O autossuficiente,
O perfeito com seu padrão de julgamento
Politicamente correto.
Onde um fio de cabelo não pode estar fora do lugar
E quem dirá um desvio de conduta...
São autoritários, implicantes e imponentes;
Para não dizer impotentes!
Com um tom de voz ameaçador
Que proporciona prazer
Advindo do respeito, melhor dizer, do medo da vítima.
Apontam com o dedinho e ferem com a língua...
Também estão seduzindo
Pela busca da justiça, ou da injustiça.
Como não seduzem com um beicinho,
Cortam as cabeças.

Tudo depende dos olhos de quem vê
E da maneira como nos defendemos na vida!
É uma questão de sobrevivência e defesa...
Muitas vezes fui vítima
E infinitas vezes fui algoz,
Por expor e dilacerar feridas (minhas e alheias).

Nada é estático e não sustentarei rótulos!
Olharei para todos os lados da minha moeda,
Olharei para sombra e para a luz
Porque sou vítima e algoz!

Não gosto da vítima,
Não suporto o algoz.
No entanto, a minha vítima, silencia e busca respostas;
Enquanto, o meu algoz, atira com a raiva cega e burra!
A dualidade existe em mim!

A vitimização realça a minha frustração,
E o algoz, ressurge, quando estou longe da minha essência.
Concluo que tudo depende do quanto estamos abertos
E da nossa exclusiva aceitação!

Sinto muito! Me perdoo! Me amo! Sou grata!
Sinto muito! Te perdoo! Eu te amo! Muito obrigada!
Somos todos um aprendendo a amar...

Por: Lucileyma Carazza


- 79 dias dos 100diasdeGRATIDÃO

- 78 dias dos 100diasdeGRATIDÃO – ESCREVER



ESCREVER

Revendo e vivenciando antigos padrões
Me deparei com o passado
Apegada à melancolia...
Degustei versos, crônicas e poesias;
Revi toda a monotemática de uma vida.
As vezes não sei se é um dom,
Ou um mau agouro...
Mas assim, meio que de repente
Senti orgulho das minhas prosas...
De toda a gostosura da paixonite,
Da energia sexual existente,
De todo amor empreendido
E da total pagação de mico
De uma mulher de meia idade...
Saboreio frutos apetitosos
Marcados pela eternidade.
Em estado de graça contemplo que:
Onde existe o amor
Não cabe negatividade.
Cabe apenas caminhos
Marcados por oportunidades
Geradas por afetos integrais,
Ou refinados...

Por: Lucileyma Carazza

- 78 dias dos 100diasdeGRATIDÃO

Reverencio este dom e sinto gratidão por me reconhecer como poetisa.
Este é o meu texto preferido:

ERROS

O autoconhecimento é um exercício e uma repetição diária. É a consciência entrelaçada com a inconsciência constantemente.

De vez e sempre, precisamos voltar atrás para rever os passos e o aprendizado. Como é difícil silenciar e digerirmos quem somos, perdoando o passado, e ainda, errando muito no presente com muita esperança, aceitação, confiança, amorosidade e Fé.

É um caminho sem volta onde lapidamos o nosso ego, alma, ou personalidade. Este é um lugar onde os sábios escolhem caminhar.

Limpamos os nossos vícios sociais, culturais, religiosos, fisiológicos e abrimos a consciência de que nunca alcançaremos a perfeição.

Aprendemos a lidar com as nossas emoções e vivenciamos todas as frações da vida entregues aos ciclos do amor. O entendimento emocional criam vínculos reais de afetividade.

Não somos demônios e muito menos anjos, somos humanos em um processo de evolução emocional. Somos a luz e as trevas em um único contexto. Somos frações de uma vida no Universo e no tempo.

Somos o resultado de como fomos emocionalmente feridos e a opção daquilo que realmente alimentamos a nossa alma.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza