quarta-feira, 22 de abril de 2015

LÚCIA DE MINAS


LÚCIA DE MINAS

Casa de jardim amor de mãe
Trono e como de amor.
Ventre de paz que mais e mais
Ao que é bem viver
Seu amor és perfeita harmonia
Minha mãe minha eterna e bela flor.
Entre as flores mais belas
Seu nome estais.
Sobre os encantos do mundo
Seu nome é um mistério a vogar.
És das Marias de Minas
Uma simples mãe de singelo amar
És a Lúcia dos filhos uma mãe exemplar
Ante mãe e esposa sempre a cuidar.
É mulher de Lajinha das Minas a cantar.


Sérgio Dias

quarta-feira, 15 de abril de 2015

REBELDIA

REBELDIA

Ando vazia
Sem assunto
Inspiração e poesia

Uma certa inquietação
Me consome
Constantemente

É que ser vazia
É uma novidade
E não sei se está tudo bem

Ando sacudindo poeiras
Caçando confusões
Para preencher

Talvez esteja viciada
Na bipolaridade inconstante
Que sempre me acompanhara

Convivências escravizam
Porque nos fazem olhar
Para nossas sombras

E ando cansada
Ou acostumada
A parar de olhar e a procurar

É que este vazio
É uma nova zona de conforto
Irritante

Talvez esteja adquirindo forças
Para novas transgressões
Ou apenas disposta a vivenciar

As imperfeições
Os demônios
Existentes no meu ser

Assumo as fraquezas
A falta de padrão e coerência
Existente em minha centelha divina

Virtudes são máscaras
Incorporadas por fracos
Indispostos a amar

Sinto que apenas sou


Por: Lucileyma Carazza

MAR CEGO



MAR CEGO

Sempre olho para ondas
Onde tudo se renova
Na finitude do mar

“Românticos são loucos”
Principalmente os viciados
Nesta “vibe” de vai e vem

De 4 para 4
Paris nunca fora minha onda
Se bem, que no sul da França

Sobre aquelas pedras
Do vai e vem
Me acabaria

Na cegueira
De um Universo Paralelo
Da sensualidade lúdica

Tudo seria possível
Em um respirar
Em outro suspirar

Somos opostos
De mundos equidistantes
Da terra do nunca...

Vivendo de rock
Clássicos
Subjugados no progressivo

Simplesmente amamos
Uma fagulha
Um instante

Uma fração
Uma simplicidade
Um suspiro


Por: Lucileyma Carazza

terça-feira, 7 de abril de 2015

MERO ADEREÇO


MERO ADEREÇO

Até onde estamos envoltos
Disfarçados em virtudes
Vivenciando aparências?

Não sei mais ao certo
Até onde sou pura máscara
Vivendo para sobreviver ou agradar...

Ando vazia de pensamentos,
Talvez até de sentimentos
Tudo está a transgredir.

Vejo os meus defeitos,
Sinto o meu egoísmo
E vivo o meu vazio existencial.

Oscilo entre a luz e as trevas
Carrego o meu “Karma”
E liberto o meu “Dharma”.

O ego é o meu algoz,
Pois, minha máscara
Ainda é gigantesca.

Não tenho medo,
Muito menos vergonha e culpa,
Ainda sinto muita raiva...

Sinto o vazio
Como um buraco
Sem fundo...

Estive acelerada,
Lotada de sentimentos, pensamentos,
Padrões, regras e lixo...

Custei esvaziar
E vivencio o silencio em sua plenitude
Como um vício existencial

Talvez uma nova máscara,
Um novo caminho
Um estado de espírito inconstante...

Não quero contestar,
Ter razão e fundamentar
Vou apenas vivenciar e me entregar...

Tenho este vazio a preencher
Com tudo novo
Em constantes ciclos...

Virtuosos e viciosos
Em estágio permanente
De evolução.

Pois tenho esta essência
Defeituosa e acessa
Que grita por lapidação.

Olho para a minha máscara,
Sinto compaixão
E clamo por sabedoria e muita paciência.


Por: Lucileyma Carazza