quarta-feira, 15 de maio de 2019

IDIOCRACIA





IDIOCRACIA

Telhados de vidros,
Dedos apontados
Salve-se quem puder.
Sociedade medíocre, cega,
Com seres pensantes irracionais,
Onde o bom senso e a educação
Só servem para a Rainha Elizabete.
Viver entre máscaras
No “mimimi” da vida
O torna o iluminado da vez,
O “Nego Ney” da atualidade.
Um salve! Vários Salves!!!!!!!!!!!
Salve as princesas da Disney solteiras,
Tratadas como lésbicas;
Nós Bruxas fomos queimadas vivas...
Salve ao tal do “Pânico”,
Criticando “O Mecanismo”
Eles são humoristas? Babacas?
Ou apenas o meu reflexo?
Salve ao “Filho” que declarou:
“Ministério Público faz investigação ilegal”...
Se fosse a Bruxa, diria: - Por favor, fiquem à vontade.
Um salve ao “Vampiro” e ao “Coronel”!
“Vampiro” que não fede, não cheira, mais suga!
Preso ou solto... vampiriza...
E o tal do “Coronel”?
Uai... militar rouba?
Salve ao “Molusco”,
Até o Bono acreditou em você.
Cumpra pena. Até os 130 anos,
Prove que o diminuído “Togado” está errado...
- O “Togado”?  Sério? - Ele apenas assinou...
Um salve a “Lavo Jato”, ato jurídico perfeito.
Um salve a ditadura ela “nunca existiu”...
Existiu comunista queimado no forno,
lutando por direito trabalhista.
Hum... esqueceram de me queimar...
Sou  “Idiota útil e imbecil” graças ao “Mito”,
Com seus óculos e arma na mão,
Com 33 anos prestados ao Executivo...
- Já não devia ter aposentado com 6 anos de exercício?
Já aposentou! Mas não largou o osso,
Sanguessuga da previdência...
Fica igual  “Matusalém”, ou os  “Mãos branca” da “Araponga”.
Mudando de assunto:
O “Molusco” analfabeto com seu primeiro diploma,
De Presidente da República Federativa do Brasil.
O “Mito” ? Com o mesmo diploma,
Declara-se: analfabeto funcional em rede social.
- E eu? A Bruxa!?
Me deixa voar, preciso dos meus livros,
Quero aprender para vivenciar sabedoria!
A mudança se faz necessária
Nas entranhas da minha alma.
Sou adepta de liberdades;
LIBERDADES COM S MESMO,
Se tiver dúvidas leia: José Alfonso da Silva,
Ou Rui Barbosa, porque o tal Alexandre de Morais não explica.
Aliás, não leia nada!
O “Mito” acredita que política não é para estudantes...
Depois dessa, Confúcio vai até reencarnar no Brasil.
Na atual conjuntura, não existe lado.
A Bruxa aconselha tristemente:
Varem tudo e recomecem.
Ou...
Dão um tiro no “cu” e suicidem...
Mas não pode falar “cu” porque a princesa bloqueia.

Por: Lucileyma Carazza


# idocracia: idiota com democracia.



sexta-feira, 3 de maio de 2019

Chaga




CHAGA

O que era cura
Tornou-se árduo...
Expressões, palavras, pensamentos,
Vivências expostas
Entregues ao Universo.

Talvez seja a ilusão
De nunca ser amada,
Uma chaga da alma
Que chega com
Com o seu choro seco.

Ou apenas a “coitadice”
Que clama por amor
Que; quer porque quer
Ser amada e aceita,
A sua maneira e no seu tempo.

Fato é que não existe raiz,
Um lar, um afago, uma entrega...
São vínculos superficiais
Que não solidificam tornando-se desprezíveis,
Até mesmo descartáveis...

As vezes penso que é uma maldição
O apego a solidão,
Outras vezes acredito que a culpa é do ego
Que me torna uma incompetente afetiva
Que não sabe viver vínculos integrais...

Ah! Pode ser a falta de entrega,
Em seus pensamentos destrutíveis
Que me reduz a um ser invisível
Tornando-me cada vez mais insignificante.

Há algo errado em mim,
Que me leva a beira da loucura.
Onde algo me puxa para as trevas
E o cansaço me empurra para luz,
Um lugar onde vozes sussurram: transcenda.

Estou naquele momento de sempre:
O de respirar, suspirar e recomeçar.
Acolho a minha frustração,
Perdoando quem eu sou
Na libertação de apenas SER...

Por: Lucileyma Carazza

ORAÇÃO GESTALT




ORAÇÃO GESTALT

“Eu sou eu, você é você. Eu faço as minhas coisas e você faz as suas coisas. Eu sou eu, você é você. Não estou neste mundo para viver de acordo com as suas expectativas. E nem você o está para viver de acordo com as minhas. Eu sou eu, você é você. Se por acaso nos encontrarmos, é lindo. Se não, não há o que fazer.”
Fritz Perls, 1969

SOBRE A ORAÇÃO GESTALT
Por: Alina Purvinis (CRP: 06/1828-1)

A assim chamada “Oração da Gestalt”, um pequeno poema escrito por Frederick Perls, e considerada uma síntese da sua visão sobre as relações interpessoais, tem sido, na minha opinião, muitas vezes mal interpretada. 
Tenho ouvido críticas a ela, afirmando que Fritz prega um individualismo exacerbado, enfatizando o “eu” e o “tu”, e deixando de dar importância ao “nós”, a interdependência que existe entre todos os seres humanos. 

EU NÃO ENTENDO A ORAÇÃO DESTA MANEIRA.

Ao contrário, considero que a posição afirmada por Perls é a de um respeito total pela individualidade, pela aceitação das diferenças individuais e pelo reconhecimento e aceitação plenos dos limites inerentes a qualquer relacionamento.
Explicitando melhor cada parte da oração:

“Eu sou eu”: o primeiro pré-requisito para qualquer relacionamento maduro e saudável é que eu saiba quem sou, que eu reconheça e aceite todas as partes que compõem minha individualidade (tanto minhas qualidades e recursos, quanto meus defeitos e limitações), e que eu assuma totalmente a responsabilidade por tudo que sinto, penso e faço.

“Você é você”: o segundo pré-requisito (que depende do primeiro) é ser capaz de ver o outro, reconhecer o outro como outro, diferente de mim. Temos a tendência de projetar nossos sentimentos, expectativas, conflitos, significados, na outra pessoa, principalmente quando não temos uma consciência clara desses aspectos. Interpretamos muitos comportamentos das outras pessoas como algo dirigido a nós, quando, na maior parte das vezes, esses comportamentos têm a ver com o referencial delas, não tem nada a ver conosco. 

“Eu faço minhas coisas, você faz as suas”: costumo comparar as duas pessoas envolvidas num relacionamento com dois círculos. Se eles estão completamente separados, não existe relação. Se eles estão superpostos, isso configura uma confluência (fusão, simbiose), em que a individualidade dos dois está anulada. Se eles têm um espaço de intersecção, existe uma interdependência – cada um tem o seu espaço individual, em que desenvolve seus próprios interesses e preferências, e existe o espaço comum aos dois, em que fazem coisas juntos e compartilham experiências.

“Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas, e você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas”: quando iniciamos um relacionamento, podemos ficar extremamente preocupados em relação ao que o outro espera de nós; algumas pessoas (especialmente as mulheres) parecem ter desenvolvido “antenas” para captar as necessidades do outro e tentam satisfazê-las, na expectativa de assim obter seu afeto e aprovação. No entanto, agir dessa maneira é uma armadilha, por várias razões: em primeiro lugar, aquela pessoa única e interessante que despertou atração simplesmente desaparece, transforma-se num “zero á esquerda”, extremamente desinteressante; em segundo lugar, a pessoa que se anula e dá demais cria expectativas de receber muito também e se frustra – temos uma ideia errônea de que seremos tratados da mesma maneira como tratamos o outro, e na verdade somos tratados pelo outro da mesma maneira que nós nos tratamos; em terceiro lugar, a pessoa nunca vai se sentir realmente amada ou valorizada, pois não está sendo ela mesma no relacionamento, está mostrando uma falsa imagem; e, finalmente, ninguém consegue sufocar suas verdadeiras necessidades e sentimentos para sempre, então esse relacionamento é uma “ bomba relógio”, aquilo que a pessoa faz para manter a harmonia, para evitar brigas, é exatamente o que vai levar á ruptura.

“E se por acaso nos encontramos, é lindo. Se não, nada há a fazer”: este final, que ás vezes é considerado pessimista, simplesmente afirma uma verdade. Ninguém pode se obrigar a querer aquilo que não quer, a ser aquilo que não é, a passar por cima dos seus limites, a ceder onde não dá para ceder. E, por mais que duas pessoas tenham afinidades e gostem uma da outra, elas jamais conseguirão ter as mesmas necessidades, na mesma hora, com a mesma intensidade...O que podemos fazer é expressar diretamente para a outra pessoa o que pensamos, sentimos e desejamos, e permitir que o outro também se expresse livremente. Colocando assim as cartas sobre a mesa, podemos então tentar chegar a um consenso, a um acordo, cada um cedendo um pouco, sem se anular. Às vezes, isso é possível; às vezes, o melhor consenso a que conseguimos chegar é “Concordamos que discordamos...”
Se houver um afeto genuíno e um verdadeiro respeito e aceitação pela individualidade do outro, poderemos continuar nos relacionando. Se, no entanto, constatarmos que o abismo entre as minhas expectativas e as do outro é muito grande, talvez seja melhor reconhecer isso, nos despedirmos com gratidão e cada um trilhar o seu caminho, com outros companheiros de viagem.