CHAGA
O que era cura
Tornou-se árduo...
Expressões, palavras, pensamentos,
Vivências expostas
Entregues ao Universo.
Talvez seja a ilusão
De nunca ser amada,
Uma chaga da alma
Que chega com
Com o seu choro seco.
Ou apenas a “coitadice”
Que clama por amor
Que; quer porque quer
Ser amada e aceita,
A sua maneira e no seu tempo.
Fato é que não existe raiz,
Um lar, um afago, uma entrega...
São vínculos superficiais
Que não solidificam tornando-se desprezíveis,
Até mesmo descartáveis...
As vezes penso que é uma maldição
O apego a solidão,
Outras vezes acredito que a culpa é do ego
Que me torna uma incompetente afetiva
Que não sabe viver vínculos integrais...
Ah! Pode ser a falta de entrega,
Em seus pensamentos destrutíveis
Que me reduz a um ser invisível
Tornando-me cada vez mais insignificante.
Há algo errado em mim,
Que me leva a beira da loucura.
Onde algo me puxa para as trevas
E o cansaço me empurra para luz,
Um lugar onde vozes sussurram: transcenda.
Estou naquele momento de sempre:
O de respirar, suspirar e recomeçar.
Acolho a minha frustração,
Perdoando quem eu sou
Na libertação de apenas SER...
Por: Lucileyma
Carazza