segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quem sou eu?





Quem sou eu?
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu posso ver e sentir meu corpo,
E o que pode ser visto e sentido não é o verdadeiro Vidente.

Meu corpo pode estar cansado ou excitado,
Doente ou saudável, pesado ou leve,
mas isso nada tem a ver com meu Eu interior.

Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.

Eu tenho desejos, mas eu não sou meus desejos, eu posso conhecer meus desejos,
e o que pode ser conhecido não é o verdadeiro. Conhecido.
Desejos vêm e vão, flutuando através de minha percepção,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho desejos, mas não sou desejos.

"Eu tenho emoções, mas eu não sou minhas emoções.
Eu posso sentir minhas emoções,
e o que pode ser sentido não é o verdadeiro Senciente.
As emoções passam através de mim,
mas elas não afetam meu Eu interior.

Eu tenho emoções, mas eu não sou emoções.

Eu tenho pensamentos, mas eu não sou meus pensamentos.
Eu posso conhecer e intuir meus pensamentos,
E o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Pensamentos vêm a mim e pensamentos me deixam,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho pensamentos, mas não sou meus pensamentos.

Eu sou o que permanece, um centro puro de percepção,
uma testemunha impassível de todos esses
pensamentos, emoções, sentimentos e desejos."

Ramana Maharshi

LABIRINTOS


LABIRINTOS

Às vezes o dia fica pesado, a saudade aperta, perdemos a força e a vontade de conversar. O dia por mais lindo que esteja insiste em tornar-se sombrio.

Olho em minha volta e vejo alegria, imagino perfeição e sinto Gratidão. Apesar de estar um tanto quanto perdida na vida, sei que tudo depende exclusivamente de mim. Nada depende do outro.

- Sabe o que é? Amores estraçalham a alma, nos impulsionam e nos tiram do eixo.

Assistindo um especial do Cazuza na TV, senti pela primeira vez, o quanto é bom amar intensamente, nem que seja um amor que dure 3 meses, assim como durou o romance entre ele e o Ney. Cazuza compôs e interpretou maravilhas é reverenciado pelo mundo e criticado pelas pessoas. Penso que críticas são ocasionadas pelas lágrias germinadas no coração e na alma de todos que param para escutar musicas reais de um coração louco e intenso.

Estou falando sobre o amor no sentido exagerado de ser. Amar no sentido de ligar a seta do FODA-SE e viver aqueles momentos frenéticos e radiantes.

Quanto mais caminho, mas volto ao passado, agora estou me referindo a Shakespeare. É que os romances shakespearianos são assim: eternos, curtos, exagerados, intensos, mórbidos e deliciosos.

Por mais que me esforce, insisto em me arrastar para estes amores “precipícios”. É que estes amores, ou violentas paixões nos proporcionam desejos e prazeres que o ego almeja e todo aquele conceito de amar o próximo como a si mesmo, de erguer a autoestima, de pensar positivo, de ser otimista, de trilhar o caminho do autoconhecimento vão embora na enxurrada.
 
Dói! Grito sempre que amar dói. Mas que ótimo que amamos e temos a consciência que o amor é assim mesmo, afinal, Jesus morreu na cruz por amar a humanidade.

Vou para cruz feliz por amar intensamente, por ter delirado em seus braços, por me sentir ridícula e por tudo mais...

Sei que o tempo e o silêncio são remédios pacificadores. Posso estar tendo dificuldades momentâneas, mas, sei que tudo esta certo assim que a felicidade e só depende de mim. Não sei viver sem tesão e em amores mornos...

Carrego este amor com carinho. Às vezes, surto, outras, pacifico e muitas vezes fujo. Fato é que os meus pensamentos, assim como o meu coração, continuam sendo exclusivamente seus... e vai ser assim, pela eternidade, porque amor não se explica, ele simplesmente existe.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza