LABIRINTOS
Às vezes o dia fica pesado, a
saudade aperta, perdemos a força e a vontade de conversar. O dia por mais lindo
que esteja insiste em tornar-se sombrio.
Olho em minha volta e vejo alegria,
imagino perfeição e sinto Gratidão. Apesar de estar um tanto quanto perdida na
vida, sei que tudo depende exclusivamente de mim. Nada depende do outro.
- Sabe o que é? Amores estraçalham
a alma, nos impulsionam e nos tiram do eixo.
Assistindo um especial do Cazuza na
TV, senti pela primeira vez, o quanto é bom amar intensamente, nem que seja um
amor que dure 3 meses, assim como durou o romance entre ele e o Ney. Cazuza
compôs e interpretou maravilhas é reverenciado pelo mundo e criticado pelas
pessoas. Penso que críticas são ocasionadas pelas lágrias germinadas no coração
e na alma de todos que param para escutar musicas reais de um coração louco e
intenso.
Estou falando sobre o amor no
sentido exagerado de ser. Amar no sentido de ligar a seta do FODA-SE e viver
aqueles momentos frenéticos e radiantes.
Quanto mais caminho, mas volto ao
passado, agora estou me referindo a Shakespeare. É que os romances
shakespearianos são assim: eternos, curtos, exagerados, intensos, mórbidos e
deliciosos.
Por mais que me esforce, insisto em
me arrastar para estes amores “precipícios”. É que estes amores, ou violentas
paixões nos proporcionam desejos e prazeres que o ego almeja e todo aquele
conceito de amar o próximo como a si mesmo, de erguer a autoestima, de pensar
positivo, de ser otimista, de trilhar o caminho do autoconhecimento vão embora
na enxurrada.
Dói! Grito sempre que amar dói. Mas
que ótimo que amamos e temos a consciência que o amor é assim mesmo, afinal,
Jesus morreu na cruz por amar a humanidade.
Vou para cruz feliz por amar
intensamente, por ter delirado em seus braços, por me sentir ridícula e por
tudo mais...
Sei que o tempo e o silêncio são
remédios pacificadores. Posso estar tendo dificuldades momentâneas, mas, sei
que tudo esta certo assim que a felicidade e só depende de mim. Não sei viver sem
tesão e em amores mornos...
Carrego este amor com carinho. Às
vezes, surto, outras, pacifico e muitas vezes fujo. Fato é que os meus
pensamentos, assim como o meu coração, continuam sendo exclusivamente seus... e
vai ser assim, pela eternidade, porque amor não se explica, ele simplesmente
existe.
Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza