TRANSFORMAÇÃO
DA BRUXA EM MULHER PLENA
Mulheres imaturas que não vivem
a sua feminilidade profunda fazem de seu filho homem uma projeção de seu lado
masculino. Elas gozam através deles, fazendo deles, pequenos deuses ilimitados,
ajudando e colocando-os fora do alcance do poder do Pai: O Poder de limitar,
prerrogativa e lugar por direito moral assegurado ao Pai. Pois o pai deve
separar amorosamente seu filho da esposa, para que ele possa crescer
integrando-se às regras do social, aceitando os limites éticos deste conviver
social.
Se o filho pode ter a mãe em
detrimento do pai, ou seja, excluindo seu pai, não aprende nada a respeitos de
limites e irá querer fazer o que ele desejar no espaço social. O social é
espaço que se projeta como um prolongamento da família. Por isso que um
indivíduo que não se insere eticamente ao seu meio é chamado de "filho da
mãe", ou de filho da puta, ou seja, filho de uma mãezona que dá seu
"amor", sem limites ao seu filho, mostrando a ele que ele pode tudo e
que o poder paterno, não importa já que ela não respeita o pai. (Veja que
nenhum compromisso com a pátria, nenhum pacto social será então respeitado. A
corrupção é coisa de políticos (filhos da puta) que não respeitam os pactos sócias.).
A mulher bruxa, (símbolo da
mulher peniada, com sua vassoura) é aquela que, não sabendo gozar de sua
receptividade profunda, não podendo sentir-se valorizada por este seu poder
natural e feminino, inveja o poder do masculino e já não mais poderá aceitar o
poder de seu homem ou apoia-lo em seu poder junto ao seus filhos. Por isso que se diz que, por trás de um
grande homem existe sempre uma grande mulher, seja ela sua própria mãe ou sua
esposa.
Ela, a bruxa, irá buscar
projetar seu prazer clitoriano (e é só assim que ela sabe gozar) em seu filho
homem e gozar através dele, fazendo dele uma projeção de seu clitóris todo
poderoso, irá fazer dele o seu romântico Hary Potter.
Elas desautorizam seus maridos,
competem com eles, fazem com que eles se sintam inadequados, indesejados
sexualmente e culpados, em tudo o que diz respeito a satisfazê-las em sua ávida
busca de sempre mais e mais, o que, na verdade é uma forma de inveja
destrutiva, a inveja do poder do masculino.
Inveja, isto quer dizer: Não ver o que se tem; no caso o útero. Ao não ver o seu poder feminino invejam o
que podem ver, o pênis do outro.
Para deixar de serem bruxas, devem resgatar sua feminilidade, devem
desidentificar de suas mães, sejam elas do tipo peniadas, ou do tipo castradas
e dominadas por seus maridos e buscar em suas profundezas inexploradas, sua
essência feminina, seu desejo feminino, devem buscar o poder de ser dona deste
desejo profundamente feminino e criativo.
Feminino é o desejo de uma
mulher em receber em sua profundidade criativa e fértil algo que já está aí,
fazer disto que já está aí esperando por elas, uma ocasião para darem-se
plenamente, criativamente, amorosamente e belas. Qualquer coisa que esteja aí
esperando por elas, será então uma ocasião para elas serem mulheres plenas.
Plenas ao entregarem-se aos seus maridos ou então, em serem firmes com eles e
não deixar que eles se coloquem na relação com elas como se eles fossem seus
filhos. Plenas, ao amarem sim a seus filhos, porém vendo em seus filhos, seres
diferentes delas, entes que não se prestam as suas projeções e desejos
incestuosos. Amando puramente a seus
filhos e sendo obedientes a seus maridos maduros, estas verdadeiras mulheres
respeitam a seus maridos, e como conseqüência, os seus filhos também irão
respeitar o pai. É óbvio que elas devem ter ajuda por parte de seus
maridos, estes devem ajuda-las, deixando de ser "filhos
irresponsáveis" que competem com seus verdadeiros e legítimos filhos. O homem verdadeiro e maduro, assume seu
lugar de marido e de pai. Onde uma mulher cresce no seu poder feminino, ajuda
seu marido a crescer no poder masculino e vice versa.
Desta forma, o filho homem,
aquele que, no início esteve simbioticamente esta ligado a sua mãe, poderá
desligar-se progressivamente, condição para seu amadurecimento psíquico e
social, de forma sadia e natural.
Pois, o filho homem, como
condição para uma integração social e para se encontrar internamente íntegro e
psicologicamente amadurecido, deve renunciar a posse sobre sua mãe. Para que
tal processo aconteça, deve encontrar condições por parte de ambos os pais para
que, de um lado, sua mãe deseje mais a seu pai do que a ele, e por outro, deve
encontrar em seu pai um grande amigo amoroso e forte, pois somente o temor ao
pai, não é suficiente para que o filho renuncie à sua mãe. O filho deve
realizar um pacto com seu pai, principalmente por amor a seu pai, pois é assim
que ele renuncia a predileção de sua mãe em favor do respeito e admiração de
seu pai. Assim ele recebe todas as possibilidades de crescer respeitando os
limites sociais, respeitando os outros e suas posses e tendo o digno direito de
desejar outra mulher que não a sua "santa" mãe. Como poderia um tal
homem ser um filho da puta? Como ele poderia ele trair a outros se foi um herói
que conseguiu atravessar suas tentações e os desejos por sua mãe, sendo fiel a
seu pai?
A criança que não respeita os seus mestres não tem em casa uma mãe
madura. No exterior será um rebelde sem causa mas em seu interior se culpa por
sua condição indigna, e se sente como um filho da puta culpado por incesto
psicológico. Por esta culpa inconsciente ele temerá o sucesso irá autosabotar
suas conquistas e realizações dignas e mais ainda, invejará quem as tiver.
Por outro lado, a sua condição
sem limites, pode ser também o resultado de ser um filho de um pai banana, que
não se faz respeitar pela mãe e por seus filhos, um pai que não aceita
responsabilizar-se pelo seu lugar de pai e de provedor e que deixa,
confortavelmente, sua mulher fazê-lo, emprestando a ela o seu lugar, e ocupando
ou um outro indevido lugar: Ou o de filho ciumento, um tirano invejoso com
relação a seus próprios filhos ou o lugar de uma mãe amorosa e permissiva, que
não se coloca para assumir responsabilidade pelos limites que seus filhos
caprichosos necessitam. Muitos assim se
tornam ausentes como pais e maridos.
E estes filhos irão implorar por
sua dignidade, implorar por estes limites sob a forma de uma transgressão que
irá testar persistentemente a seus pais, na esperança inconsciente de que eles
assumam seus verdadeiros papeis e lugares essenciais. Na esperança de que seus
pais sejam verdadeiros pais e os brindem com o grande presente de um limite
real e construtivo que irá se tornar para eles um esqueleto de suporte, cheio
de possibilidades, a condição de viver uma vida digna, amorosa e criativa, que
poderá então se estender aos outros seres que, por eles, hão de vir.