O amor, carinho e dedicação que recebi de meus pais, dou hoje aos meus filhos. A beleza do meu jardim, está estampada no meu bom dia. Todos os livros que já li, se tornam as crônicas que escrevo, a música que ouço, transformo em dança, o conhecimento que sorvo, se vira trabalho.
O amor do meu marido explode em vestidos esvoaçantes e coloridos, o silêncio da floresta eu transformo em paciência, em escuta. Com a alegria do encontro com amigos eu faço bolo com café. A luz do sol esquenta o meu abraço, o brilho enlaçado da lua liberta os meus segredos pro mundo.
Gratidão significa que a energia recebida, deve ser devolvida. Foi o que li em uma rede social, e virei vida!
Depois de brincar com os meus filhos, eu só posso plantar as flores que vão servir de alimento pras borboletas e enfeitar o mundo. O aconchego da minha casa, transparece no colinho pra acalentar a tristeza de quem vem chorando…
Da água eu devolvo o frescor, a fluidez, a transparência, a minha verdade sobre mim. Com a inteligência, eu estampo conexões. A chuva permite a preguiça, germina o descanso. Pelo o vento eu troco as coisas de lugar, reorganizo, adapto. As mulheres que me ensinaram, eu planto com sangue.
De um telefonema carinhoso, eu faço gargalhadas! O dentinho que cai da boca do menino, eu transformo em pó de pirlimpimpim, pura esperança. As estrelas viram o melhor futuro que eu possa sonhar, as nuvens são brinquedos de montar. De encontros gostosos, pulam sorrisos pelo dia à fora.
O dinheiro do trabalho colore as paredes da casa. A tecnologia espalha sementes. O tempo que passa pinta os vidros resplandecentes. A comida que resta, voa pelos bicos das aves que vêm, e eleva meu pensamento ao céu.
O filme doce inspira o almoço, da cama macia eu devolvo a mesma doçura. Da brincadeira de bola, que entra e quica no meu coração, vem o brilho nos olhos, a contagiante alegria mais boba. Da vela acesa, eu recebo, e dou, toda a compaixão.
Com o pé de acerola, eu faço sucos de admiração. As lições do fracasso, eu ensino. Simples assim. As minhas mágoas, viram conversas que desnudam as almas. O espelho do meu quarto, reflete a beleza pro mundo.
As bicicletas fazem voar! E eu mostro como. Os caminhos me levam, e eu trago a novidade de lá. Pra mover o parado, pra desalinhar o correto, pra levantar a poeira, instalo o caos, a inquietação viral, vital. Em cada passo que recebo, escancaro um pouco do que sou.
Dos cachorros e gatos, eu exprimo (espremo) fé. Os desejos de felicidade, viram festas! A festa com as amigas, vira livro. O livro dá ao coração que bate, o sonho que suspira. Inspiro e choro. Porque é verdade que nada é de ninguém e que somos todos um. Que nos tocamos sem ver, na claridade da luz, e carregamos partes de cada um.
Encher e esvasiar. Encher, é esvasiar. É o todo um fluir, um ir e voltar, um receber pra dar. A respiração. O mar.
Grata!
Por: Paula Jácome